Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

[Super Flanker]

Não é possível que o governo tenha permitido uma obra de tal porte para construir 4 submarinos e depois mandar todo mundo embora e transformar aquilo em elefante branco. Custo acreditar em tal feito.

[vplemes]

A parte que interessava (money!) a quem liberava a verba já acabou a muito tempo. No Brasil, o fato de um projeto ser viável a longo prazo nunca foi a principal objetivo dos governantes. A marinha que se vire para conseguir vender um de seus scorpene para financiar a construção de outro e manter a linha aberta. Caso isso não aconteça as demissões serão inevitáveis.

[FCarvalho]

O que vai acontecer: Serão demitidos, daqui uns anos voltam a contratar para algum novo projeto (seja o subnuc, seja algum outro sub) e ai esses caras não estão mais disponíveis....e ai vc treina novos profissionais ($)...depois de um tempo demite por falta de continuidade e vai perpetuando o ciclo de todo projeto público.
abs

Acho que a situação é mais séria e difícil de resolver do que isso. No momento manda-se embora os soldadores, logo o pessoal de eletrônica, eletricidade, hidráulica, etc, também ficam sem o que fazer e, ou são mandados embora (o óbvio!) ou a MB faz um programa do tipo "minha mamata, minha vida" e fica pagando pra esse pessoal ficar coçando saco durante alguns anos até que tenha condições de começar a construir o tal Álvaro Alberto (nome estranho pra submarino). Não acho que dê para ficar treinando novos especialistas sempre que o estaleiro tiver um soluço construtivo. Vão ter que arranjar alguma solução para esse imbróglio, e pode ter certeza, vamos ter que pagar a conta (mais uma vez!) dessa falta de continuidade da indústria naval tupiniquim.

Conforme o nosso bem informado amigo Lord Nauta, a MB parece irá priorizar os NaPaOc, e isto pode ser a salvação da lavoura de Itajaí.
Sem subs para construir, podem ir quebrando o galho com o projeto dos navios patrulha, que na teoria serão 12 navios.
Já é melhor do que nada.

[gusmano]

Não é possível que o governo tenha permitido uma obra de tal porte para construir 4 submarinos e depois mandar todo mundo embora e transformar aquilo em elefante branco. Custo acreditar em tal feito.

Não duvide. É o governo.

abs

[Cassio]

Isso foi algo que a Embraer percebeu desde o início... Nasceu com uma vultuosa encomenda de 80 Bandeirante e mais de 100 Xavante... Mas sabia que no longo prazo não poderia ficar só dependendo do governo, e partiu para o mercado civil nacional e depois internacional.

[FCarvalho]

Novamente, o Prosub era para 14 subs convencionais e 6 nucleares. Ninguém parece querer tocar neste assunto.
Não deveríamos sequer estar discutindo esse tipo de assunto se os números propostos pela MB ao programa desde o início não fossem tratados apenas como mera especulação ou desejo sem lastro do almirantado.

[gusmano]

Isso foi algo que a Embraer percebeu desde o início... Nasceu com uma vultuosa encomenda de 80 Bandeirante e mais de 100 Xavante... Mas sabia que no longo prazo não poderia ficar só dependendo do governo, e partiu para o mercado civil nacional e depois internacional.

É essa visão que faltou. Ainda que o mercado de atuação seja diferente era a melhor opção para manter a "bola" rolando no estaleiro.

abs

[Túlio]

Sei lá, com isso tudo rolando eu penso em umas coisas ESTRANHAS :


A eleição presidencial na França é para quase meio ano antes da nossa (aqui a campanha mal vai estar começando, na verdade);

Dependendo do resultado, pode vir daí a "vingança" do Françuá pelo prejuízo do AUKUS, com muito mais do que Tech Transfers apenas para o casco de um SSN;

E caso o PR Macron se reeleja - brabo mas possível, admitamos - talvez seja o caso de repensarmos nossa opção aqui. Tem que ser realista, tigrada...


Como dizia El Degancito Chuck Norris, esperemos y veamos...

[knigh7]

Na Comissão, o Alte Olsen reclama que desde o início do programa o Naval Group (quando tinha um outro nome) atrasa o envio de equipamentos (mas infelizmente as multas contratuais que são cobradas não voltam para o programa, mas sim para o Tesouro). O Alte reclamou também que há muitas negativas de vendas de equipamentos, também desde o início, mas não são sempre explícitas. Os franceses não respondem ou o depois de anos impedem o embarque (nesse caso deve ser do Governo daquele país).


A gente (inclusive eu) fica escrevendo da "puxada" de tapete do Governo americano nos franceses no caso do contrato dos 12 submarinos para a Austrália com o Naval Group, mas deve ter coisa a mais aí...Aliás os australianos poderiam solicitar ao mesmo para os franceses, já que tinham um contrato de valor astronômico. Por que pularam fora e foram tratar com os americanos e britânicos?? É pra se pensar...

[gabriel219]

Os Australianos reclamam de tudo sobre os Franceses, até que os Franceses viviam atrasando reuniões e que não queriam trabalhar em Agosto.

Eu sempre ouvi falar que a MB queria mesmo eram os U212 e não o Scorpene, esse escolhido pelo Nove Dedos de forma política. Eu acho que já devíamos repensar quanto ao Scorpene e o que fazer do projeto, se podemos construir um Submarino parecido, mas nacional a partir dele e esquecer a Naval Group.

"Ah, mas com os Alemães, não íamos aprender sobre os cascos de SSN", e se tivéssemos seguido o caminho Indiano?
Franceses sempre foram difíceis de cumprir contrato. Quase todos sempre tiveram problemas com eles ou esqueceram que traíram os Israelenses pra fazer negócios com Sadam, no meio das guerras? O caso dos Argentinos nas Malvinas?

[Viking]

Novamente, o Prosub era para 14 subs convencionais e 6 nucleares. Ninguém parece querer tocar neste assunto.
Não deveríamos sequer estar discutindo esse tipo de assunto se os números propostos pela MB ao programa desde o início não fossem tratados apenas como mera especulação ou desejo sem lastro do almirantado.

Eu sou da opinião que a primeira etapa do PROSUB relativo a construção de navios deveria ter sido de um primeiro lote de 8 SSK e mais o SNA 10 e o SNA 11. Era na época para '''chutar o pau da barraca''.
Agora temos uma mega estrutura que pode virar um elefante branco. Muitas reuniões, apresentações , reclamações, pessoal demitido, a UFEM ficando ociosa. Dada a importância do programa e que se espera são atitudes concretas e assertivas, como por exemplo, o comunicado que a MB colocou a encomenda de pelo menos mais dois SCR, a serrem construídos em paralelo ao Álvaro Alberto. E fundamental a continuidade das construções de SSK, caso não ocorra todo o PROSUB pode ir para a lata do lixo como aconteceu com o Programa da Classe Tupi.
E este ponto que o almirante Guimaraes levantou dois anos antes do lançamento do PROSUB. Ele tinha duvidas se o Brasil varonil com toda sua história em relação a agenda de Defesa e dos Programas da Marinha iria ter como manter de forma perene a produção de SNA, por isso a opção da época seria a continuidade de construção dos IKL que seria adequada a visão de da sociedade em relação as suas FFA's.

Sds

[Viking]

Isso foi algo que a Embraer percebeu desde o início... Nasceu com uma vultuosa encomenda de 80 Bandeirante e mais de 100 Xavante... Mas sabia que no longo prazo não poderia ficar só dependendo do governo, e partiu para o mercado civil nacional e depois internacional.

É essa visão que faltou. Ainda que o mercado de atuação seja diferente era a melhor opção para manter a "bola" rolando no estaleiro.

abs

De fato foram encomendados 80 Bandeirantes e 112 Xavantes. Até pouco tempo eu tinha a reportagem de capa da Folha de São Paulo com esta matéria. Na época foi uma noticia de dar orgulho. Eram aviões que elevaram a FAB a outro patamar.

[Túlio]

É essa visão que faltou. Ainda que o mercado de atuação seja diferente era a melhor opção para manter a "bola" rolando no estaleiro.

abs

De fato foram encomendados 80 Bandeirantes e 112 Xavantes. Até pouco tempo eu tinha a reportagem de capa da Folha de São Paulo com esta matéria. Na época foi uma noticia de dar orgulho. Eram aviões que elevaram a FAB a outro patamar.

Alhos e bugalhos, e o @Cassio poderia explicar muito melhor do que um leigo como eu: EMBRAER como modelo de negócio surgiu de uma mente genial e tinha total apoio governamental, sendo realmente vista como um Projeto Estratégico de Estado; já Itaguaí é uma replicação do "modelo helibras", uma espécie de "atalho fácil" que a gente já viu que dá errado.

Só aquele acordo com a P&W já mostrava para onde estava indo a EMB; um modelo até melhor que o da citada, mais parecido com o da Taurus (empreendimentos privados e diversificados desde o começo), aliás, é o da WEG, empresa com vasto potencial para Defesa e que deveria ser melhor observada, IMO.

[Aim For The Top]

continuam as negociações sobre os riachuelos na Indonésia.

https://indonesiadefense.com/kapal-sela ... indonesia/

[FCarvalho]

Se forem construídos aqui pode ser a salvação da nossa lavoura.