Isso não é lobby...FCarvalho escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 12:47 pmFIGHTERCOM escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 8:04 am Ou terem se associado a alguma empresa brasileira para reforçar o lobby. Afinal, não basta ser bom, tem que mostrar que é bom!
Abraços,
Wesley
O Japão tem a segunda ou terceira maior rede industrial no Brasil.
É o quarto maior em termos de relações comerciais conosco. Só perde para USA, China e Alemanha.
A presença no país da comunidade japonesa é centenária e o seu envolvimento com pesquisa, desenvolvimento e inovação é mais que reconhecida.
Sua presença nas IES, indústria, comercio e economia é mais que robusta.
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Re: UM MBT NACIONAL
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Re: UM MBT NACIONAL
Isso é lobby.
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Re: UM MBT NACIONAL
Existem mais de 300 Type 90 no exército japonês hoje em carga. Com o aumento das ameaças chinesas na região creio ser muito difícil eles se livrarem destes bldos no curto e médio prazo. Comprar mais CC não é um problema para eles na forma de mais Type 10, pelo contrário, novas aquisições são esperadas a fim de complementar, não substituir, a frota do seu antecessor.Túlio escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 1:08 pmSei lá, o Type 90 me parece à altura do Leo2A4 em muitos pontos (poder de fogo, blindagem) e até superior em outros (peso e mobilidade) e provavelmente será descarregado à medida que o Japão for adotando o Type 10. Me parece que custaria muito menos e teríamos um carro sem rivais na região ainda por décadas, senão vejamos:
ARGENTINA - É o único País com diversos pontos de passagem nas fronteiras e amplos espaços para operar após os Bld passarem (RS, e descarto o UY por razões óbvias). O problema é que até modernizar 74 TAM para a versão 2 (e nem falo na 2IP) parece impossível, vão levar décadas para sair do buraco em que se meteram. Ainda assim, mesmo na versão 2IP o L7 não perfura a chapa frontal do Type 90 e, no caso de adotarem o LAHAT no carro, a resposta seria equipar pelo menos metade dos MBTs (2 por Pel, que tem 4) com Trophy (apenas exemplo) e/ou outras contramedidas físicas e eletrônicas para o míssil; mesmo assim não existe modernização que faça aquele carro segurar um tirambaço de 120/L44.
PERÚ - Consegue estar quase pior do que a sua aliada Argentina, com T-55 desde sempre e quase tudo inoperante; se no hay plata nem para botar de volta em operação, haveria para modernizar? Mesmo que tivesse, cairia na mesma arapuca do TAM2IP, agravada pela mobilidade muito menor e com muito menos espaço aberto para operar aqui, BTW.
VENEZUELA - Essa só rindo e nem vou me estender, o @gabriel219 já exemplificou como seria fácil para o pouco de T-72 que talvez conseguissem movimentar até um exíguo ponto de passagem para cá. Se algum chegasse perto, não seguraria um único Spike ou Ataka. Mas, no miserê em que estão, com que meio$ iriam $u$tentar uma guerra contra nós?
Assim, Type 90 PARA MING seria um win-win: os japas se capitalizam para ir introduzindo Type 10 em sua própria frota (e ainda nos vendendo possíveis/prováveis kits de update/upgrade que irão aparecer) e nós teremos MBT para tempo suficiente até o mundo resolver o que vai ser a próxima geração.
Por outro lado, seria interessante pensar que eles podem nos vender o projeto deste carro e, com as devidas modernizações, e adaptações que o RO da VBC CC requerem, poderia ser produzido aqui sob licença sem maiores problemas, e a um custo talvez bem mais baixo que o próprio Type 10.
Quanto as ameaças bldas vizinhas, levaremos décadas para nos atualizar se nos referenciarmos neles.
A fronteira com o Peru não tem qualquer viabilidade de uso de veículos bldos, enquanto a Venezuela tem suas forças bldas do outro lado da cordilheira (mais focados na Colombia do que em nós ou na Guiana), e os TAM argentinos talvez com muita sorte tenham algumas poucas dezenas de unidades modernizadas, mas nada que seja tomado a sério como ameaça a nós.
Enfim, tanto o Type 10 como o Type 90 podem vir a ser boas soluções. Mas antes precisamos sentar e conversar, muito, com os japoneses. E ver até onde eles querem ir.
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Re: UM MBT NACIONAL
Mais do que se possa pensar.FIGHTERCOM escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 1:21 pmIsso não é lobby...FCarvalho escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 12:47 pm O Japão tem a segunda ou terceira maior rede industrial no Brasil.
É o quarto maior em termos de relações comerciais conosco. Só perde para USA, China e Alemanha.
A presença no país da comunidade japonesa é centenária e o seu envolvimento com pesquisa, desenvolvimento e inovação é mais que reconhecida.
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Quer melhor lobby que isso?
Compras militares são antes de tudo compras políticas.
E os japoneses sabem disso.
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Re: UM MBT NACIONAL
Também. Mas cada coisa a seu tempo.
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Re: UM MBT NACIONAL
Type 90 Kyū-maru and Leopard 2
https://armedforces.eu/compare/tanks_Ty ... _Leopard_2
A título de comparação.
O CC nipônico parece uma versão tamanho "P" do Leopard 2. Mas no final, são muito parecidos em termos de soluções.
Os valores apresentados dos custos de aquisição são indicativos, e podem não representar a realidade de cada CC hoje.
Fico imaginando que se os japoneses fizeram um Leo 2 menor e mais leve, adaptado as necessidades e características deles, o que impede os alemães de fazerem o mesmo com os Leo 2A4 e encaixar o mesmo no RO do exército para a VBC CC?
Capacidade em engenharia eles tem de sobra. E acho que vontade de levar este projeto do EB para Santa Maria, também. Afinal, mais para frente teremos outros projeto gigantesco, e muito maior que a VBC CC, a substituição dos M-113.
https://armedforces.eu/compare/tanks_Ty ... _Leopard_2
A título de comparação.
O CC nipônico parece uma versão tamanho "P" do Leopard 2. Mas no final, são muito parecidos em termos de soluções.
Os valores apresentados dos custos de aquisição são indicativos, e podem não representar a realidade de cada CC hoje.
Fico imaginando que se os japoneses fizeram um Leo 2 menor e mais leve, adaptado as necessidades e características deles, o que impede os alemães de fazerem o mesmo com os Leo 2A4 e encaixar o mesmo no RO do exército para a VBC CC?
Capacidade em engenharia eles tem de sobra. E acho que vontade de levar este projeto do EB para Santa Maria, também. Afinal, mais para frente teremos outros projeto gigantesco, e muito maior que a VBC CC, a substituição dos M-113.
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Re: UM MBT NACIONAL
Bem, se fosse assim, era para termos um percentual significativo de equipamentos nipônicos nas FAs. Mas temos. Sorry!
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Re: UM MBT NACIONAL
Com as características do Type10, se a Mitsubishi tivesse se associada a uma dessas empresas de Defesa que vivem nos metendo em frias e/ou nos esfolando (como a Embraer e a Avibrás), que conhecem e usam todos meandros podres do sistema, nem haveria modernização dos Leopard 1A5. Poderiam não contratar agora, mas abortariam a modernização e o EB aguardaria a aquisição.
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Re: UM MBT NACIONAL
Provavelmente sim... se eles quisessem/pudessem vendê-los para nós.FIGHTERCOM escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 5:34 pmBem, se fosse assim, era para termos um percentual significativo de equipamentos nipônicos nas FAs. Mas temos. Sorry!
Abraços,
Wesley
Mas vamos esperar. Não é todo dia que o império do sol nascente bate à nossa porta com ofertas na seara militar. É um novo começo para eles. E diria para nós também, que trocamos de um tudo um pouco com o pais há décadas. É um jogo de ganha-ganha, para quem souber jogar.
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Re: UM MBT NACIONAL
Como qualquer decisão sobre um eventual novo CC foi jogada, a meu ver, para depois de 2030, julgo que as possibilidades do Type 10 são, no mínimo, as mesmas de qualquer outro pretenso candidato.knigh7 escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 6:33 pmCom as características do Type10, se a Mitsubishi tivesse se associada a uma dessas empresas de Defesa que vivem nos metendo em frias e/ou nos esfolando (como a Embraer e a Avibrás), que conhecem e usam todos meandros podres do sistema, nem haveria modernização dos Leopard 1A5. Poderiam não contratar agora, mas abortariam a modernização e o EB aguardaria a aquisição.
Até por isso, teremos tempo para modificar os RO e por conseguinte as regras do processo seletivo.
Em consequência, não vejo pressa nas ações negociais deles em relação aos projetos da defesa por aqui. Mas isso não significa que não estejam agindo. Eles costumam ser bastante discretos, até porque esse ainda é um tema muito sensível no Japão.
Já vi e ouvi muitas conversas sobre esse projeto dos VBC CC pela internet. Tem muita coisa maluca e outras com alguma lógica, mas a verdade é que com a atualização dos Leo 1A5, a ideia de um substituto não é uma urgência para esta década. O EB quer primeiro resolver a questão da cavalaria e infantaria mecanizada com os Guarani e a VBC Cav agora, e por tabela, aproveitar para dar uma garibada nos Leo 1 e Cascavel. Não é a solução ideal mas é o que as limitações financeiras permitem que se façam no curto e médio prazo.
A manter o atual RO, tirando o Armata e o Type 10, não há CC no mercado que obedeçam o item limitante das 50 ton obrigatórios. Conquanto, duvido que o EB se limite a ter de escolher entre um bldo russo que jamais seria aceito por aqui, e outro que simplesmente não tem nenhuma venda no mercado internacional de um país sem qualquer tradição em comércio de defesa.
Ou pode simplesmente estar tudo arranjado para o Type 10 e no apagar das luzes, se faz os acertos necessários em termos de finanças e está tudo em casa a partir de 2030. E o RO serviu para dar ares de licitação ao processo todo.
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Re: UM MBT NACIONAL
Com a base tecnológica atual que temos, mau temos capacidade pra desenvolver e fabricar mira térmica pro artilheiro e/ou comandante.knigh7 escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 12:45 amAo invés de gastarmos dinheiro modernizando os leo1A5 e desenvolvendo futuro CC, simplesmente poderíamos pular todas essas etapas (e poupando portanto o orçamento para o que disse anteriormente) e produzirmos localmente o Type10, com itens nacionais. Não precisam desenvolver nada para ele, pois ele cumpre todos os requisitos. O que podemos fazer é substituir alguns itens nacionais por nacionais.Viktor Reznov escreveu: ↑Qui Set 30, 2021 11:50 pm Deve estar custando baratinho. Um preço de uns 2 Leopard 2. Se ao menos a mão de obra da Mitsubishi não fosse tão absurdamente cara. Esses engenheiros lá no fim do mês devem receber como parte do salário um cálice de ouro 24 kilates com uns 3 quilos do cocaína de 100% de pureza dentro pra os produtos militares deles custarem tanto.
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Re: UM MBT NACIONAL
O EB só vai modernizar 116 Leo 1A5, o suficiente para mobiliar 2 RCC e 2 pelotões do CIBld.FCarvalho escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 7:54 pmComo qualquer decisão sobre um eventual novo CC foi jogada, a meu ver, para depois de 2030, julgo que as possibilidades do Type 10 são, no mínimo, as mesmas de qualquer outro pretenso candidato.knigh7 escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 6:33 pm
Com as características do Type10, se a Mitsubishi tivesse se associada a uma dessas empresas de Defesa que vivem nos metendo em frias e/ou nos esfolando (como a Embraer e a Avibrás), que conhecem e usam todos meandros podres do sistema, nem haveria modernização dos Leopard 1A5. Poderiam não contratar agora, mas abortariam a modernização e o EB aguardaria a aquisição.
Até por isso, teremos tempo para modificar os RO e por conseguinte as regras do processo seletivo.
Em consequência, não vejo pressa nas ações negociais deles em relação aos projetos da defesa por aqui. Mas isso não significa que não estejam agindo. Eles costumam ser bastante discretos, até porque esse ainda é um tema muito sensível no Japão.
Já vi e ouvi muitas conversas sobre esse projeto dos VBC CC pela internet. Tem muita coisa maluca e outras com alguma lógica, mas a verdade é que com a atualização dos Leo 1A5, a ideia de um substituto não é uma urgência para esta década. O EB quer primeiro resolver a questão da cavalaria e infantaria mecanizada com os Guarani e a VBC Cav agora, e por tabela, aproveitar para dar uma garibada nos Leo 1 e Cascavel. Não é a solução ideal mas é o que as limitações financeiras permitem que se façam no curto e médio prazo.
A manter o atual RO, tirando o Armata e o Type 10, não há CC no mercado que obedeçam o item limitante das 50 ton obrigatórios. Conquanto, duvido que o EB se limite a ter de escolher entre um bldo russo que jamais seria aceito por aqui, e outro que simplesmente não tem nenhuma venda no mercado internacional de um país sem qualquer tradição em comércio de defesa.
Ou pode simplesmente estar tudo arranjado para o Type 10 e no apagar das luzes, se faz os acertos necessários em termos de finanças e está tudo em casa a partir de 2030. E o RO serviu para dar ares de licitação ao processo todo.
Como vai jogar para 2030? O que o EB está fazendo com os Leo1A5 é o mesmo que com os Cascavéis: pegando os em melhores condições e estendendo a vida últil e modernizando equanto isso ele procura uma solução para seu substituto.
Aliás, a existência do próprio RO e RTLI do novo CC já evidencia que a escolha não será para 2030. Diga-se de passagem, esses 2 documentos estão lá na parte de Separatas do SGEx, não foram revogados.
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Re: UM MBT NACIONAL
knigh7 escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 10:37 pmO EB só vai modernizar 116 Leo 1A5, o suficiente para mobiliar 2 RCC e 2 pelotões do CIBld.FCarvalho escreveu: ↑Sex Out 01, 2021 3:46 pm
Existem mais de 300 Type 90 no exército japonês hoje em carga. Com o aumento das ameaças chinesas na região creio ser muito difícil eles se livrarem destes bldos no curto e médio prazo. Comprar mais CC não é um problema para eles na forma de mais Type 10, pelo contrário, novas aquisições são esperadas a fim de complementar, não substituir, a frota do seu antecessor.
Por outro lado, seria interessante pensar que eles podem nos vender o projeto deste carro e, com as devidas modernizações, e adaptações que o RO da VBC CC requerem, poderia ser produzido aqui sob licença sem maiores problemas, e a um custo talvez bem mais baixo que o próprio Type 10.
Quanto as ameaças bldas vizinhas, levaremos décadas para nos atualizar se nos referenciarmos neles.
A fronteira com o Peru não tem qualquer viabilidade de uso de veículos bldos, enquanto a Venezuela tem suas forças bldas do outro lado da cordilheira (mais focados na Colombia do que em nós ou na Guiana), e os TAM argentinos talvez com muita sorte tenham algumas poucas dezenas de unidades modernizadas, mas nada que seja tomado a sério como ameaça a nós.
Enfim, tanto o Type 10 como o Type 90 podem vir a ser boas soluções. Mas antes precisamos sentar e conversar, muito, com os japoneses. E ver até onde eles querem ir.
Como vai jogar para 2030? O que o EB está fazendo com os Leo1A5 é o mesmo que com os Cascavéis: pegando os em melhores condições e estendendo a vida últil e modernizando equanto isso ele procura uma solução para seu substituto.
Aliás, a existência do próprio RO e RTLI do novo CC já evidencia que a escolha não será para 2030. Diga-se de passagem, esses 2 documentos estão lá na parte de Separatas do SGEx, não foram revogados.
O post do Manuel véio praticamente complementa o meu, inclusive com dados que eu nem sabia (apenas ACHAVA - ah, os achismos - que o Japão tinha produzido bem mais de 300 MBTs Type 90 e que o EB iria querer/poder comprar centenas para substituir Leo e M60 tipo 1:1). De qualquer modo, MBT só faz diferença na defesa territorial quando há contiguidade, o que não é o caso do Japão (ou Taiwan, ambos insulares, BTW): se chegarem a precisar de grandes números de MBTs porque a China já desembarcou um montão logo verão a futilidade disso, pois para desembarcar precisam antes estabelecer superioridade naval e aérea (como os Ingleses fizeram nas Malvinas) e aí quanto mais Bld, mais alvos para a Aviação inimiga.
E isso é o basicão, se moras em um ilha e teu inimigo domina a terra e o mar, é apenas questão de tempo pra seres presa dele. Ademais, consideres um arquipélago montanhoso pouca coisa maior que o Paraguay (que é em sua maior parte plano) mas com uns 60% da população total do Brasil: é lógico que suas poucas áreas planas são urbanizadas/industrializadas (lembres do problema não resolvido com a Defesa Antiaérea/Antimíssil, quando o primeiro estágio de SAMs caía em áreas povoadas, o que causou o postergação de sua implementação, e notemos que é um sistema crítico) e o que sobra delas serve ao Agribusiness que, ao contrário "dos antigamentes", não se compõe mais de enormes planícies com plantações aqui e ali e pastos com uma que outra vaca a cada hectare, hoje é galpão para confinamento de gado, estufas e até hidroponia em tudo que é canto (basta ver que a expansão industrial, agrícola e populacional do Japão foi acompanhada pelo decréscimo quantitativo de suas forças blindadas, bem como expansão das capacidades aéreas e navais). Não é lugar para contra-ataques com grandes formações blindadas e sim defesa com pequenos grupos, nível Pel ou no máximo Esq. E fica pior: no que a Defesa Aérea/Antiaérea forem dizimadas, MBT e demais Bld que escaparem dos ATGMs da Inf serão apenas alvos indefesos para a Aviação e drones.
Por fim, notar que atualmente alguns dos velhos Type 74 (mais ou menos equivalentes aos AMX-30, ou seja, inferiores aos Leo1A5 que usamos) ainda estão na ativa, junto com os Type 90 e os primeiros Type 10, mas sendo paulatinamente retirados em favor destes, que podem fazer mais em quantidades menores, dada sua sofisticação. E é o ideal para quem tem pouco espaço para manobrar e, portanto, precisa ser capaz de fazer muito com pouco. Assim, não me parece nada impossível nos venderem os -90 para acelerar a introdução dos -10.
PS.: me admira alguém ainda falar em PRODUÇÃO LOCAL : sério que agora temos também DUPLIPENSAR aqui no DB? Olhem o pátio da IVECO, sempre lotado de Guaranis encomendados mas que o EB não tem dinheiro pra retirar; alguém acredita mesmo que seria diferente com um MBT que custaria sozinho mais do que um Esq inteiro de Guaranis?
E isso é o basicão, se moras em um ilha e teu inimigo domina a terra e o mar, é apenas questão de tempo pra seres presa dele. Ademais, consideres um arquipélago montanhoso pouca coisa maior que o Paraguay (que é em sua maior parte plano) mas com uns 60% da população total do Brasil: é lógico que suas poucas áreas planas são urbanizadas/industrializadas (lembres do problema não resolvido com a Defesa Antiaérea/Antimíssil, quando o primeiro estágio de SAMs caía em áreas povoadas, o que causou o postergação de sua implementação, e notemos que é um sistema crítico) e o que sobra delas serve ao Agribusiness que, ao contrário "dos antigamentes", não se compõe mais de enormes planícies com plantações aqui e ali e pastos com uma que outra vaca a cada hectare, hoje é galpão para confinamento de gado, estufas e até hidroponia em tudo que é canto (basta ver que a expansão industrial, agrícola e populacional do Japão foi acompanhada pelo decréscimo quantitativo de suas forças blindadas, bem como expansão das capacidades aéreas e navais). Não é lugar para contra-ataques com grandes formações blindadas e sim defesa com pequenos grupos, nível Pel ou no máximo Esq. E fica pior: no que a Defesa Aérea/Antiaérea forem dizimadas, MBT e demais Bld que escaparem dos ATGMs da Inf serão apenas alvos indefesos para a Aviação e drones.
Por fim, notar que atualmente alguns dos velhos Type 74 (mais ou menos equivalentes aos AMX-30, ou seja, inferiores aos Leo1A5 que usamos) ainda estão na ativa, junto com os Type 90 e os primeiros Type 10, mas sendo paulatinamente retirados em favor destes, que podem fazer mais em quantidades menores, dada sua sofisticação. E é o ideal para quem tem pouco espaço para manobrar e, portanto, precisa ser capaz de fazer muito com pouco. Assim, não me parece nada impossível nos venderem os -90 para acelerar a introdução dos -10.
PS.: me admira alguém ainda falar em PRODUÇÃO LOCAL : sério que agora temos também DUPLIPENSAR aqui no DB? Olhem o pátio da IVECO, sempre lotado de Guaranis encomendados mas que o EB não tem dinheiro pra retirar; alguém acredita mesmo que seria diferente com um MBT que custaria sozinho mais do que um Esq inteiro de Guaranis?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: UM MBT NACIONAL
São muitos programas pra pouco dinheiro ! Acredito que a prioridade deve ser o programa Guarani ,após a conclusão do mesmo , seria a vez do MBT ! Até lá deve ter novas tecnologias que possam ser criado um novo ROB para MBT .... Além disso , sou a favor de uma compra direta , podendo ser construído em solo nacional com alguns insumos nacionais ...
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Re: UM MBT NACIONAL
gogogas escreveu: ↑Sáb Out 02, 2021 12:00 pm São muitos programas pra pouco dinheiro ! Acredito que a prioridade deve ser o programa Guarani ,após a conclusão do mesmo , seria a vez do MBT ! Até lá deve ter novas tecnologias que possam ser criado um novo ROB para MBT .... Além disso , sou a favor de uma compra direta , podendo ser construído em solo nacional com alguns insumos nacionais ...
Outra curiosidade: aparentemente quase ninguém mais lê post que seja maior do que um tweet. OK, repito apenas o último parágrafo:
Me admira alguém ainda falar em PRODUÇÃO LOCAL : sério que agora temos também DUPLIPENSAR aqui no DB? Olhem o pátio da IVECO, sempre lotado de Guaranis encomendados mas que o EB não tem dinheiro pra retirar; alguém acredita mesmo que seria diferente com um MBT que custaria sozinho mais do que um Esq inteiro de Guaranis?
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