Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Vi agora o Guedes dizendo que o déficit neste ano está em 1% do PIB e ano que vem cairá para 0,3% do PIB.
Fiquei desconfiado (pois o deficit é menor que o projetado para o período) e então eu fui até o portal transparência ver o os valores empenhados para o programa PROSUB (Ação 123I e Ação 14T7). NADA desde o início do ano até agora.
O Braga Netto tem de apelar dizendo que vai haver desemprego em massa. Porque senão a MB não vai ver NADA para o PROSUB. E olha que as obrigações fiscais para este ano são nada menos que R$ 2,8 bilhões.
Navegando mais no portal, vi que as emendas parlamentares (que em geral vão para as bases deles) estão sendo atendidas.
Investimento em Defesa não são prioridade no Brasil.
Fiquei desconfiado (pois o deficit é menor que o projetado para o período) e então eu fui até o portal transparência ver o os valores empenhados para o programa PROSUB (Ação 123I e Ação 14T7). NADA desde o início do ano até agora.
O Braga Netto tem de apelar dizendo que vai haver desemprego em massa. Porque senão a MB não vai ver NADA para o PROSUB. E olha que as obrigações fiscais para este ano são nada menos que R$ 2,8 bilhões.
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Nunca foi.knigh7 escreveu: ↑Ter Ago 24, 2021 12:50 am Vi agora o Guedes dizendo que o déficit neste ano está em 1% do PIB e ano que vem cairá para 0,3% do PIB.
Fiquei desconfiado (pois o deficit é menor que o projetado para o período) e então eu fui até o portal transparência ver o os valores empenhados para o programa PROSUB (Ação 123I e Ação 14T7). NADA desde o início do ano até agora.
O Braga Netto tem de apelar dizendo que vai haver desemprego em massa. Porque senão a MB não vai ver NADA para o PROSUB. E olha que as obrigações fiscais para este ano são nada menos que R$ 2,8 bilhões.
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Meus prezados
Marinha se surpreende com o custo operacional dos submarinos classe ‘Riachuelo’
Por Roberto Lopes
Boa parte da oficialidade da Marinha – inclusive a lotada no Comando da Força, em Brasília – tomou um susto ao ser inteirada do custo operacional dos quatro navios da Classe Riachuelo (Scorpène modificada) na Força de Submarinos (ForSub) da Esquadra.
Segundo o Poder Naval pôde apurar, o que ficou claro para os almirantes brasileiros é que, a cada cinco anos, as embarcações S-BR classe Riachuelo exigirão um dispêndio de aproximadamente 1 bilhão de Reais somente em serviços, sem contar o valor dos sobressalentes (!).
O submarino cabeça-de-série Riachuelo – S40 deve ser declarado operacional ainda em meados deste ano (ou, caso haja algum atraso importante derivado da evolução da pandemia, no primeiro trimestre de 2022). Assim, durante o primeiro quinquênio, a ForSub terá, no máximo, duas unidades da nova classe em operação.
A última embarcação dessa série, Angostura – S43, só deve ser entregue ao setor operativo da Marinha no início do segundo semestre de 2025.
Os quatro “Riachuelos” colocarão a Força de Submarinos brasileira como a mais poderosa da América do Sul, e de potencial comparável ao das Armas Submarinas de forças navais de grande destaque no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte, como a alemã e a italiana.
Na América do Sul, o Chile – que possui, hoje, a principal Aviação Militar dessa parte do continente – dispõe de apenas dois submarinos Scorpène (recebidos em janeiro e julho de 2006, e menos sofisticados que os S-BR brasileiros).
Apenas a Colômbia anuncia um investimento, no final da presente década, em dois submarinos novos, possivelmente de modelo alemão, já que projeto que dará continuidade à família Scorpène – conhecido nas pranchetas da indústria naval francesa como Scorpène 2000 –, será demasiadamente caro para o modesto orçamento da Marinha colombiana, que prevê priorizar a obtenção de sete navios de superfície: cinco fragatas de médio porte e dois navios-doca ligeiros.
Submarino Riachuelo – S40
Cuproníquel
Os submarinos da série S-BR classe Riachuelo são 5,22m mais compridos e 153 toneladas mais pesados que o modelo Scorpène original, que inspirou o seu desenho.
Os submarinos foram reprojetados internamente, de forma a oferecer mais conforto aos seus 31 tripulantes, e uma área maior de armazenamento de combustível, víveres e outros itens.
De acordo com um engenheiro que conhece o programa do “Scorpène brasileiro”, a Marinha, com o objetivo de baratear a produção das embarcações, optou por algumas alternativas que, mesmo simplificando a construção – como a não-aplicação de revestimento de cuproníquel em parte das tubulações internas –, exigirão uma manutenção muito mais cara dentro de alguns anos.
“Tapajó”
Submarino Tapajó – S33
No Comando da Força de Submarinos, depois dos oferecimentos brasileiros de submarinos tipo IKL-209/1400 às forças navais da Indonésia e da Argentina – que ainda aguardam uma resposta positiva –, há certa expectativa pelo reaproveitamento das unidades dessa classe que se encontravam em manutenção.
A volta do submarino Tupi às operações é considerada um sucesso, e o próximo 209/1400 a ser entregue ao setor operativo da Armada, provavelmente ainda em 2021, é o Tapajó – S33, comissionado pela Marinha em dezembro de 1999.
Entre dezembro de 2001 e janeiro de 2004 o “Tapajó” esteve sob o comando do então Capitão de Fragata Marcos Sampaio Olsen, atualmente almirante de quatro estrelas e diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, oficial que está cotado para suceder o almirante Almir Garnier no Comando da Força.
NOTA DA REDAÇÃO: A Marinha da Malásia também se queixou dos custos muitos altos dos submarinos Scorpène. Clique https://www.naval.com.br/blog/2019/11/1 ... ito-altos/ para ler a notícia de 2019.
Fonte: blog Poder Naval 2 mai 2021
Marinha se surpreende com o custo operacional dos submarinos classe ‘Riachuelo’
Por Roberto Lopes
Boa parte da oficialidade da Marinha – inclusive a lotada no Comando da Força, em Brasília – tomou um susto ao ser inteirada do custo operacional dos quatro navios da Classe Riachuelo (Scorpène modificada) na Força de Submarinos (ForSub) da Esquadra.
Segundo o Poder Naval pôde apurar, o que ficou claro para os almirantes brasileiros é que, a cada cinco anos, as embarcações S-BR classe Riachuelo exigirão um dispêndio de aproximadamente 1 bilhão de Reais somente em serviços, sem contar o valor dos sobressalentes (!).
O submarino cabeça-de-série Riachuelo – S40 deve ser declarado operacional ainda em meados deste ano (ou, caso haja algum atraso importante derivado da evolução da pandemia, no primeiro trimestre de 2022). Assim, durante o primeiro quinquênio, a ForSub terá, no máximo, duas unidades da nova classe em operação.
A última embarcação dessa série, Angostura – S43, só deve ser entregue ao setor operativo da Marinha no início do segundo semestre de 2025.
Os quatro “Riachuelos” colocarão a Força de Submarinos brasileira como a mais poderosa da América do Sul, e de potencial comparável ao das Armas Submarinas de forças navais de grande destaque no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte, como a alemã e a italiana.
Na América do Sul, o Chile – que possui, hoje, a principal Aviação Militar dessa parte do continente – dispõe de apenas dois submarinos Scorpène (recebidos em janeiro e julho de 2006, e menos sofisticados que os S-BR brasileiros).
Apenas a Colômbia anuncia um investimento, no final da presente década, em dois submarinos novos, possivelmente de modelo alemão, já que projeto que dará continuidade à família Scorpène – conhecido nas pranchetas da indústria naval francesa como Scorpène 2000 –, será demasiadamente caro para o modesto orçamento da Marinha colombiana, que prevê priorizar a obtenção de sete navios de superfície: cinco fragatas de médio porte e dois navios-doca ligeiros.
Submarino Riachuelo – S40
Cuproníquel
Os submarinos da série S-BR classe Riachuelo são 5,22m mais compridos e 153 toneladas mais pesados que o modelo Scorpène original, que inspirou o seu desenho.
Os submarinos foram reprojetados internamente, de forma a oferecer mais conforto aos seus 31 tripulantes, e uma área maior de armazenamento de combustível, víveres e outros itens.
De acordo com um engenheiro que conhece o programa do “Scorpène brasileiro”, a Marinha, com o objetivo de baratear a produção das embarcações, optou por algumas alternativas que, mesmo simplificando a construção – como a não-aplicação de revestimento de cuproníquel em parte das tubulações internas –, exigirão uma manutenção muito mais cara dentro de alguns anos.
“Tapajó”
Submarino Tapajó – S33
No Comando da Força de Submarinos, depois dos oferecimentos brasileiros de submarinos tipo IKL-209/1400 às forças navais da Indonésia e da Argentina – que ainda aguardam uma resposta positiva –, há certa expectativa pelo reaproveitamento das unidades dessa classe que se encontravam em manutenção.
A volta do submarino Tupi às operações é considerada um sucesso, e o próximo 209/1400 a ser entregue ao setor operativo da Armada, provavelmente ainda em 2021, é o Tapajó – S33, comissionado pela Marinha em dezembro de 1999.
Entre dezembro de 2001 e janeiro de 2004 o “Tapajó” esteve sob o comando do então Capitão de Fragata Marcos Sampaio Olsen, atualmente almirante de quatro estrelas e diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, oficial que está cotado para suceder o almirante Almir Garnier no Comando da Força.
NOTA DA REDAÇÃO: A Marinha da Malásia também se queixou dos custos muitos altos dos submarinos Scorpène. Clique https://www.naval.com.br/blog/2019/11/1 ... ito-altos/ para ler a notícia de 2019.
Fonte: blog Poder Naval 2 mai 2021
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Nada mais natural que submarinos feitos a partir de uma outra classe de subs existentes terem seus custos muito além do que a MB previa incialmente.
Como eu costumo dizer "Defesa não é um negócio barato. Nunca foi."
E quando tentam fazer dela algo barato, o custo acaba sendo sempre pior. É o caso da MB e seus projetos a troco de caixa tentando baixar custos e preços de sistemas e produtos que já nasceram caros.
Deviam avisar o almirantado de parar de brincar de esquadra com o que não tem.
Se não tem, investe no que o orçamento pode sustentar. E fim de conversa.
Imagina quanto nos vai custar manter 6 submarinos nucleares.
Aliás, alguém já parou para pensar: é realmente os custos dos materiais novos que compramos que são caros, ou somos nós que estamos pouco ou nada acostumados a investir o necessário e indispensável em termos de Defesa no Brasil?
Como eu costumo dizer "Defesa não é um negócio barato. Nunca foi."
E quando tentam fazer dela algo barato, o custo acaba sendo sempre pior. É o caso da MB e seus projetos a troco de caixa tentando baixar custos e preços de sistemas e produtos que já nasceram caros.
Deviam avisar o almirantado de parar de brincar de esquadra com o que não tem.
Se não tem, investe no que o orçamento pode sustentar. E fim de conversa.
Imagina quanto nos vai custar manter 6 submarinos nucleares.
Aliás, alguém já parou para pensar: é realmente os custos dos materiais novos que compramos que são caros, ou somos nós que estamos pouco ou nada acostumados a investir o necessário e indispensável em termos de Defesa no Brasil?
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Isso é o que chamamos de economia burra, pqp, o que passa na cabeça desses caras, começou a dar medo do tipo de economia burra que vão tentar emplacar no submarino nuclear, vai virar um desastre ambulante.Cuproníquel
Os submarinos da série S-BR classe Riachuelo são 5,22m mais compridos e 153 toneladas mais pesados que o modelo Scorpène original, que inspirou o seu desenho.
Os submarinos foram reprojetados internamente, de forma a oferecer mais conforto aos seus 31 tripulantes, e uma área maior de armazenamento de combustível, víveres e outros itens.
De acordo com um engenheiro que conhece o programa do “Scorpène brasileiro”, a Marinha, com o objetivo de baratear a produção das embarcações, optou por algumas alternativas que, mesmo simplificando a construção – como a não-aplicação de revestimento de cuproníquel em parte das tubulações internas –, exigirão uma manutenção muito mais cara dentro de alguns anos.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Sendo bem honesto, qual a probabilidade de este PL ser aprovado caso se mantenha a atual gestão em 2022? Eu diria que as chances são nula, dado que as relações entre os poderes está completamente nivelada no mais baixo nível em décadas. E é qualquer coisa que esteja relacionado à Defesa e às ffaa's está sendo levada a pagode, grosso modo.
Terá de haver um lobby industrial muito grande e um trabalho de gestão de relações públicas de parte da marinha melhor ainda para que isto seja aprovado e obtenha-se um fundo perene para os navios patrulhas.
Se for aprovado, pelo menos, em tese, começamos a tirar do papel os projetos do Napa 500 e do NaPaOc BR que já estão aí há mais de uma década à espera de solução. Não é muito o que está no planejamento (23 + 12) mas já é melhor que nada. E ainda vamos levar mais de uma década com certeza para obter todos estes navios.
Se os economistas de plantão do governo da hora não empatarem o orçamento destes navios mais lá na frente com alguma desculpa esfarrapada.
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Não tem como voltar atrás agora. O prejuízo seria maior que a economia.gogogas escreveu: ↑Seg Ago 23, 2021 7:09 am Estamos carentes de muito material na MB , mais o Prosub junto com Tamandaré e Sub Nuclear , são a ponta de lança da MB na próxima década ,sou a favor da construção do Sub Nuclear , mesmo que a falta de recursos seja evidente , não abrirá a mão desta arma e os anos de pesquisas e dinheiro investido ! É uma arma de dissuadir em todo o Atlântico Sul ,o Prosub nos coloca em outro patamar na região !
E sim, concordo que o SSN nos elevará a um outro patamar na AL, e no mundo diria, mas isto só se torna fato integral na medida em que a MB tiver uma esquadra realmente capaz de cumprir todas as quatro funções do poder naval de forma minimamente eficaz, e isto nós não termos. Como de fato nunca tivemos.
E como já foi colocado aqui neste tópico, o pessoal anda se surpreendendo com os custos de manutenção dos subs convencionais.
Imagine-se agora uma marinha que mal consegue manter subs convencionais modernos, como irá se virar para manter uma suposta frota de SSN?
Alguém esqueceu de avisar o pessoal lá em Brasília que brincar de guerra ao mesmo nível do pessoal acima do equador custa bem caro. E não dá para fazer isso sem um orçamento equivalente.
Ou achas que com o que a MB conta hoje no orçamento ela poderá dispor de um único Classe Riachuelo operacional?
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Estamos capengando neste projeto desde 1979. Só "outro dia" ele foi reconhecido como sendo um projeto de interesse do Estado, mas durou pouco tempo, e logo foi defenestrado novamente, e jogado para escanteio.knigh7 escreveu: ↑Seg Ago 23, 2021 10:56 am Sob o ponto de vista militar, eu projeto sempre o quadro para final de década/início da próxima.
Está todo mundo fudido aqui pelos mais diversos motivos, incapazes de entrar num conflito. Pode haver no máximo escaramuças. Quanto aos EUA e outras grandes potências, pelo menos nesta década vão estar atolados até o pescoço com problemas no Oriente Médio e Ásia. Isso se não voltarem também a ter problemas em casa com o terrorismo internacional.
O subnuc já teve dezenas de datas de entrega desde o seu início há mais de 40 anos atrás. E até hoje ele continua sendo conhecido e reconhecido com sendo um projeto da marinha. Algo que, portanto, não diz respeito ao país, mas à marinha. São os almirantes que querem ele, não o país.
Dá para notar a clara diferença de contexto e de visão com outros projetos de desenvolvimento tecnológico e de defesa em países mais avançados.
E ficamos nisto. Um projeto que não nos diz respeito. Nem a sociedade, nem ao governo(s), nem a ninguém fora do mundinho fechado da Marinha do Brasil.
Vamos até quando assim?
O que vai ser quando, e se, estes submarinos começarem a sair do estaleiro com o tipo de não relação entre Defesa e poder público neste país?
Mais pires na mão do que já fazemos? Mais toma lá da cá, quem sabe....
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Resumo da ópera em 2031:gogogas escreveu: ↑Seg Ago 23, 2021 11:16 am Com as economias indo de goela abaixo na maioria dos países , nossas forças armadas estão apertadas até o rastro , mas se for comparar com nossos vizinhos e africanos, somos uma potência ! Imagina a MB na próxima década , Classe Riachuelo, Tamandaré , Amazonas , até que não estamos mal ! A única coisa que a MB deveria obter por oportunidade ,seria um novo navio para substituir o Gastão Motta e navios contra minagem afim de proteger a nova base de subs da Marinha
1 NPM Atlântico
1 NDD Bahia
4(6) Tamandaré
3 NaPaOc Classe Amazonas
4 Classe Riachuelo
1 Classe Álvaro Alberto (talvez)
12 NaPaOc BR (?)
23 NaPa 500 (?)
12 Classe Grajaú
3 Rebocadores Oceânicos
Agora, considere o entorno estratégico evocado pelo último plano da marinha e que dispõe o mesmo como sendo águas de nossos interesse desde o mar do caribe até a costa ocidental da América do Sul, passando pela costa ocidental da África, nossa ZEE, plataforma continental, e a zona SAR marítima. Apenas nestas 3 últimas são 15 milhões de km2.
Para quantos navios patrulha mesmo?
Vamos ser sinceros, a esquadra brasileira hoje, daqui a dez anos ou daqui a cinquenta anos jamais será a marinha de águas azuis, marrons ou verdes que se espera.
Não porque ela não queira, mas porque simplesmente não interessa a mais ninguém neste país.
E sem isso, a MB pode sonhar com Nae, cruzadores de batalha, encouraçados e submarinos com mísseis nucleares e os cambau, mas vai ser só isso... sonhos.
O Brasil não merece mais do que uma simples guarda costeira. É esse o tamanho da nossa responsabilidade e consciência, ou a falta dela, com a Defesa.
E se alguém quiser mais que isso, diz que o país precisa investir 10% do PIB em educação segundo os 2 últimos planos nacionais de educação. O de agora termina em 2024 e não chegamos nem perto deste número.
Mas podemos tentar começar por aí. Quem sabe dá certo.
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Pelos valores que se dispõe na internet sobre o Makassar, seria possível com algum esforço conseguir mais de um navio para a MB. A priori, conforme se aventou, ele seria o substituto do NE Brasil. Talvez 2 unidades sejam o suficiente já que substituiriam os dois NDCC e o navio escola.knigh7 escreveu: ↑Seg Ago 23, 2021 11:29 pm O caso com o Peru seria uma mão na luva pois é uma base de troca para suprir necessidades complementárias prementes e livrariam do que está sobrando: as classes de submarinos Islay e Angamos da Marinha peruana são velharias da década de 70. E nós temos o NDCC Alte Saboia, outra velharia que precisa ser substituída. Passaríamos 2 subs Tupi (que vão sobrar) em troca de um dos Makassar peruanos.
Quando o Atlântico fosse passar pelo PMG, tendo o Makassar + o Bahia na ativa supririam a falta. Além de ambos serem navios anfíbios podem levar, juntos, 7 helicópteros, como o H225M. Esses 7 já seriam suficientes para desembarcar um escalão de assalto aerotransportado de fuzileiros avais.
É um projeto modular e adaptável. Pode ser uma alternativa boa e barata para reequipar a contento parte anfíbia da esquadra.
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Projeto do SCPN avança com o Desenvolvimento do Sistema de Gerenciamento Integrado da Plataforma
https://www.defesanet.com.br/prosub/not ... lataforma/
https://www.defesanet.com.br/prosub/not ... lataforma/
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Pesquisando de forma mais apurada dentro do projeto, a falta de pagamento se refere ao preparo para a construção do SSN, ou seja compra de peças, trabalhos de engenharia etc (apenas foi empenhado 9%).FCarvalho escreveu: ↑Ter Ago 24, 2021 10:33 amNunca foi.knigh7 escreveu: ↑Ter Ago 24, 2021 12:50 am Vi agora o Guedes dizendo que o déficit neste ano está em 1% do PIB e ano que vem cairá para 0,3% do PIB.
Fiquei desconfiado (pois o deficit é menor que o projetado para o período) e então eu fui até o portal transparência ver o os valores empenhados para o programa PROSUB (Ação 123I e Ação 14T7). NADA desde o início do ano até agora.
O Braga Netto tem de apelar dizendo que vai haver desemprego em massa. Porque senão a MB não vai ver NADA para o PROSUB. E olha que as obrigações fiscais para este ano são nada menos que R$ 2,8 bilhões.
Navegando mais no portal, vi que as emendas parlamentares (que em geral vão para as bases deles) estão sendo atendidas.
Investimento em Defesa não são prioridade no Brasil.
O PROSUB é aflitivo. As obrigações financeiras são muito altas (vide para este ano, nada menos que R$2,8 bilhões) e absolutamente incompatível com nosso orçamento.
É necessário uma saída para isso: não dá para ficarmos até 2032 com esse fardo. A nossa Força de contraminagem e varredura é ridícula (e olhe como nós dependemos dos portos). Nós sequer temos um sistema C-RAM para defender Itaipu, etc. Enquanto isso temos de pagar nada menos que USD 600 milhões somente neste ano no projeto de submarinos...
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
PDF sobre projetos atuais da AMAZUL com algumas informações interessantes.
https://www.amazul.mar.mil.br/sites/www ... C3%A3o.pdf
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE SUBMARINOS
(PROSUB)
1. Sistema de Gerenciamento da Plataforma do SN-BR (SGP SNBR) e Sistema Nuclear de Geração de Vapor
do SN-BR (NSSS SNBR)
Contrato firmado entre AMAZUL e Fundação PATRIA para a elaboração de análises, dentro do contexto do
Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR), voltadas ao desenvolvimento tecnológico para o Sistema de
Gerenciamento da Plataforma (SMS) e para o Sistema do Nuclear Steam Supply System (NSSS), além de, no caso deste
último, atividades de gestão do projeto.
2. Prestação de serviço de apoio técnico de engenharia para as atividades de desenvolvimento do SN-BR
(Desenvolv. do SNBR)
Prestação de serviço de apoio técnico de engenharia para as atividades de desenvolvimento do submarino de
propulsão nuclear, a ser alocado junto à DDNM, CTMSP e a Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento
de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN)
3. Desenvolvimento de um Motor de Ímãs Permanentes para propulsão de submarinos nucleares e
convencionais (MIP)
Desenvolvimento de motores que possam ser empregados em submarinos de propulsão nuclear e convencional
(diesel-elétrica) que atendam às demandas da Marinha do Brasil.
PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO (PNB)
10. Pesquisa e Desenvolvimento de Small Modular Reactors com Tecnologia Nacional (SMR)
Projeto de PD&I em fase de prospecção de parceiros e de financiamento para o desenvolvimento de um Small
Modular Reactor (SMR) com tecnologia nacional.
11. Pesquisa e Desenvolvimento de Baterias com Tecnologia Nacional (RTG)
Projeto de PD&I em fase de prospecção de parceiros e de financiamento para o desenvolvimento de um gerador
termoelétrico utilizando decaimento de radioisótopos.
https://www.amazul.mar.mil.br/sites/www ... C3%A3o.pdf
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE SUBMARINOS
(PROSUB)
1. Sistema de Gerenciamento da Plataforma do SN-BR (SGP SNBR) e Sistema Nuclear de Geração de Vapor
do SN-BR (NSSS SNBR)
Contrato firmado entre AMAZUL e Fundação PATRIA para a elaboração de análises, dentro do contexto do
Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR), voltadas ao desenvolvimento tecnológico para o Sistema de
Gerenciamento da Plataforma (SMS) e para o Sistema do Nuclear Steam Supply System (NSSS), além de, no caso deste
último, atividades de gestão do projeto.
2. Prestação de serviço de apoio técnico de engenharia para as atividades de desenvolvimento do SN-BR
(Desenvolv. do SNBR)
Prestação de serviço de apoio técnico de engenharia para as atividades de desenvolvimento do submarino de
propulsão nuclear, a ser alocado junto à DDNM, CTMSP e a Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento
de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN)
3. Desenvolvimento de um Motor de Ímãs Permanentes para propulsão de submarinos nucleares e
convencionais (MIP)
Desenvolvimento de motores que possam ser empregados em submarinos de propulsão nuclear e convencional
(diesel-elétrica) que atendam às demandas da Marinha do Brasil.
PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO (PNB)
10. Pesquisa e Desenvolvimento de Small Modular Reactors com Tecnologia Nacional (SMR)
Projeto de PD&I em fase de prospecção de parceiros e de financiamento para o desenvolvimento de um Small
Modular Reactor (SMR) com tecnologia nacional.
11. Pesquisa e Desenvolvimento de Baterias com Tecnologia Nacional (RTG)
Projeto de PD&I em fase de prospecção de parceiros e de financiamento para o desenvolvimento de um gerador
termoelétrico utilizando decaimento de radioisótopos.
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Vejo que vc pesquisa por materiais relevantes de assuntos militares, Aim For The Top. Parabéns. Vai ter uma rápida evolução.
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Re: Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)
Por isso que o Programa do SN-BR é tão importante, tanto pra indústria militar e dissuasão quanto, principalmente, pra indústria civil.
Essas duas Pesquisas aqui são importantíssimas para o futuro do País, principalmente quanto a situação energética e eliminar de vez o uso de termoelétricas durante crises hídricas:
10. Pesquisa e Desenvolvimento de Small Modular Reactors com Tecnologia Nacional (SMR)
Projeto de PD&I em fase de prospecção de parceiros e de financiamento para o desenvolvimento de um Small
Modular Reactor (SMR) com tecnologia nacional.
11. Pesquisa e Desenvolvimento de Baterias com Tecnologia Nacional (RTG)
Projeto de PD&I em fase de prospecção de parceiros e de financiamento para o desenvolvimento de um gerador
termoelétrico utilizando decaimento de radioisótopos.
Essas duas Pesquisas aqui são importantíssimas para o futuro do País, principalmente quanto a situação energética e eliminar de vez o uso de termoelétricas durante crises hídricas:
10. Pesquisa e Desenvolvimento de Small Modular Reactors com Tecnologia Nacional (SMR)
Projeto de PD&I em fase de prospecção de parceiros e de financiamento para o desenvolvimento de um Small
Modular Reactor (SMR) com tecnologia nacional.
11. Pesquisa e Desenvolvimento de Baterias com Tecnologia Nacional (RTG)
Projeto de PD&I em fase de prospecção de parceiros e de financiamento para o desenvolvimento de um gerador
termoelétrico utilizando decaimento de radioisótopos.