Esquadrão de Transporte Aéreo - ETA

[FCarvalho]

Existem pouco mais de 80 aeronaves na FAB entre C-95/97/98. Os dois últimos devem voar pelo menos mais dez anos, enquanto os Bandeirante precisam de um substituto para o curto prazo. Até o momento o que se sabe é que a FAB quer substituir os C-95 e C-97 com os Caravan permanecendo ainda uma incógnita.

Os atuais 6 ETA, se lhes fosse dado possuir um esquadrão a 12 aeronaves, algo que a FAB não tem faz muito tempo, gerariam uma demanda de 72 unidades. O custo previsto anunciado pela Desaer para o ATL-100 é de cerca de US 5,5 milhões a unidade. Ou seja, um investimento mínimo de US 396 milhões.

É bem possível que o STOUT deva ter um custo de não menos que US 10 milhões a unidade. Ou seja, um investimento mínimo na casa dos US 720 milhões só para adquirir o avião. Se a FAB for querer bancar mesmo esse projeto, ele facilmente passa de US 1,5 bilhões.

Até prova em contrário, se a Embraer não encontrar mercado lá fora para este avião, e depender somente do risco de fornecê-lo à FAB, e quiçá a EB e MB, talvez, e ver o que acontece, vai ser muito difícil ele sair do papel no curto prazo. Já o ATL-100, se mantidas as condições apresentadas pela empresa, pode ser que tenha uma chance. Tudo vai depender de como a FAB irá gerenciar esta questão da temporalidade do desenvolvimento e custos afins do STOUT e a substituição, aparentemente urgente, dos Bandeirante.

A mim me parece que no momento, o projeto da Desaer tem uma certa vantagem por já estar sendo desenvolvido há alguns anos e os investimentos necessários para colocar uma linha de produção estão sendo apresentados. É preciso, conquanto, verificar se a Desaer já possui ou não encomendas no mercado civil que comprovem a viabilidade industrial do projeto. E isso até agora não se tem notícia desde o lançamento do avião em 2018.

[FCarvalho]

Sugestão: levar esta notícia para o tópico do CL-X/Embraer e FAB

[Túlio]

Sugestão: levar esta notícia para o tópico do CL-X/Embraer e FAB

Feito.

[FCarvalho]

O que vocês acham de um STOUT VTOL?

[Túlio]

O que vocês acham de um STOUT VTOL?

Que, a EMBRAER vai fazer uma versão civil do Osprey?

[Cassio]

O que vocês acham de um STOUT VTOL?

EU acho que a sua plantação de "orégano" tá bem produtiva.

Na verdade não dá nem para pensar nisso. Se não tem dinheiro para tocar os projetos presentes, imagina estes devaneios.

[FCarvalho]

O que vocês acham de um STOUT VTOL?

Que, a EMBRAER vai fazer uma versão civil do Osprey?

Não que eu saiba. Mas se pedirem, ela tem capacidade de fazer?

[FCarvalho]

O que vocês acham de um STOUT VTOL?

EU acho que a sua plantação de "orégano" tá bem produtiva.
Na verdade não dá nem para pensar nisso. Se não tem dinheiro para tocar os projetos presentes, imagina estes devaneios.

Pensar por enquanto ainda não cobra IR. Então, vale a intenção.
Os projetos do E-VTOL da empresa me parece ser um bom indicativo da capacidade de arquitetar soluções assim.
Indiferente a pedidos da FAB ou do mercado, podemos refletir sobre a ideia.
Ou um avião VTOL no Brasil é algo impossível em qualquer prazo?

[Túlio]

Não que eu saiba. Mas se pedirem, ela tem capacidade de fazer?

Se PEDIREM não; já se PAGAREM...

[FCarvalho]

Não que eu saiba. Mas se pedirem, ela tem capacidade de fazer?

Se PEDIREM não; já se PAGAREM...

Pagando a Embraer, como qualquer outra empresa, diz que faz até disco-voador.
Mas para quem nunca fez ou projetou um avião VTOL, seria interessante pensar se a empresa tem realmente, ou não, capacidade para dispor algo assim se suscitada.

[Túlio]

Pagando a Embraer, como qualquer outra empresa, diz que faz até disco-voador.
Mas para quem nunca fez ou projetou um avião VTOL, seria interessante pensar se a empresa tem realmente, ou não, capacidade para dispor algo assim se suscitada.

Deu vontade de procurar teus posts de quando se falou pela primeira vez no -390: a EMBRAER nunca tinha feito nada assim também, não é mesmo?

Não obstante, foi aparecer o guito e...

[FCarvalho]

Pagando a Embraer, como qualquer outra empresa, diz que faz até disco-voador.
Mas para quem nunca fez ou projetou um avião VTOL, seria interessante pensar se a empresa tem realmente, ou não, capacidade para dispor algo assim se suscitada.

Deu vontade de procurar teus posts de quando se falou pela primeira vez no -390: a EMBRAER nunca tinha feito nada assim também, não é mesmo?
Não obstante, foi aparecer o guito e...

Mas nem precisa. Lembras do primeiro desenho que apareceu quando a Embraer lançou o KC-390?
Era um E-190 com asa alta e fuselagem alargada com uma porta cargueira. E depois foi tomando a forma atual. Eles tiveram um ponto de partida e expertise acumulada com os E-Jets. Não se pode dizer então que a Embraer era neófita ao pé da letra em projetar um avião como este. O desafio era fazer algo de um tamanho e características nunca tentadas antes. Até gente de fora foi trazida para colocar tudo nos eixos. Mas tiveram um ponto de partida seguro no qual puderam se respaldar.

No caso de um VTOL é algo completamente fora da curva das habilidades criadas até aqui na empresa. E não estou dizendo que ela não seja capaz. Mas que ela realmente não tem experiência alguma com este tipo de vetor e sua engenharia, que é bem diferente de um avião convencional. Mas o projeto dos E-VTOL estão aí mostrando que a Embraer tem cacife para entrar em um campo tecnológico completamente novo e assumir os riscos referentes. Até o momento, ninguém desacredita a empresa de que ela possa tornar esse projeto um produto vendível, e mais, de sucesso em categoria mundial, seguindo a trilha de seus antecessores.

Eu tenho muita curiosidade sobre VTOL no Brasil e ando procurando informações sobre o assunto, mas é muito difícil encontrar alguma coisa. No máximo desdém ou indiferença com algo que potencialmente teria a meu ver, emprego certo e líquido aqui tanto militar como civil.

Mas esse sou eu pensando alto de novo com os meus botões.

[FCarvalho]

@Cassio, de zero a dez, quais as chances do STOUT sair do papel com recursos próprios da Embraer, sabendo que em no máximo dez anos a FAB terá que começar a procurar um substituto para os bandeco e Brasília

Não é uma pergunta retórica.

[Cassio]

Eu diria que qualquer desenvolvimento com recursos próprios estará vinculado a existência de um mercado grande o suficiente para tornar o retorno atraente e o risco aceitável.

[FCarvalho]

Eu diria que qualquer desenvolvimento com recursos próprios estará vinculado a existência de um mercado grande o suficiente para tornar o retorno atraente e o risco aceitável.

Pode-se presumir então que mesmo na próxima década a FAB pode não ser este mercado, de forma que o seu lançamento estará condicionado primariamente à Embraer encontrar nichos de exportação antes de mais nada para o STOUT.

Se isto é verdade, quais seriam os mercado potenciais que a partir de 2030 seriam passíveis de sustentar este projeto, uma vez que existem poucos Brasília voando no mundo e os Bandeirante devem estar em menor número ainda, de forma que, talvez este mercado sem a FAB não venha a existir jamais.

Em tempo, olhando a frota atual de C-95, C-97 e C-98 há mais de uma centena de aviões a serem substituídos a partir da próxima década. Não se sabe porém qual será a capacidade\disposição concreta de aquisição da FAB na próxima década, uma vez que, pelos cronogramas apresentados recentemente, o orçamento ainda estará muito comprometido com KC-390 e Gripen E\F, sem muitas aberturas para quaisquer outros investimentos de vulto.

Ou o STOUT pode virar uma aquisição política de oportunidade.