Sobre o KC-390
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Re: Sobre o KC-390
A FAB recebeu o 4º KC-390 em 19 de dezembro de 2020. Era para ter sido entregue a 5ª aeronave em 2020, o que não ocorreu. Ou seja, no final de 2021 a FAB terá 6 ou 7 KC-390.
- Pablo Maica
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Re: Sobre o KC-390
O amigo forista me desculpe, não tenho a intenção de ser desrespeitoso ou hostil, longe disso.ECorreia escreveu: Qua Mai 26, 2021 11:13 pmNa hora de negociar a aquisição do novo lote, podemos colocar uma espada no pescoço deles: ou eles exercem a opção do Millenium como parte do novo offset ou compramos caças de outro fornecedor.
Sinceramente essa seria uma estratégia bem obtusa. Os suecos sabem que estamos na mão deles, desde o momento em que começamos a investir montanhas de dinheiro no projeto Gripen E/F, muito mais do que numa eventual compra de prateleira, para termos nossos off sets, e ameaça-los justamente com uma compra de prateleira seria irreal. Do jeito que a coisa anda a única ameaça real que pode assustar os suecos é de que sequer vai haver um segundo lote de Gripens. Não temos a mínima condição de operar dos modelos de caças geração 4+ ao mesmo tempo.
E numa realidade onde, fora Portugal, nem nossos parceiros industriais no projeto honraram suas cartas de intenção, eu não boto fé numa compra sueca, ainda mais agora que o valor dessas unidades cortadas da FAB provavelmente vão ter que sair as custas dos novos clientes. E hoje vejo um sério risco de o KC-390 chegar aos 10 anos do seu primeiro voo sem ter 40 unidades vendidas.
E vale lembrar que os americanos recentemente anunciaram que não tem a mais parca intenção de fechar a linha de montagem de Marietta, que aliás pertence a USAF, de onde saem os C-130 J, que por mais porcaria que seja, é relativamente barato, produzido as centenas, e possui linhas de financiamento muito, mas muito mais atrativas e competitivas do que um dia a gente possa sonhar em oferecer. Infelizmente temos que ter em mente que compras militares antes de tudo são definidas por política, por isso nem sempre o melhor, mais inovador ou mais capaz leva.
Enfim, só desejo sorte a equipe da Embraer para que consiga contornar esse revés.
Um abraço e t+
- ECorreia
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Re: Sobre o KC-390
Se a FAB aceitar alongar o período de recebimento até 2030 (vantagem é que garantiria a linha aberta), com recebimento de 2 unidades/ano chegaremos até aquela data com 24 KC-390. Seria ainda um boa quantidade. Teríamos cerca de 16 disponíveis.
- Duka
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Re: Sobre o KC-390
28 KC-390 sempre me pareceu muito pro tamanho da FAB, acho sensato um corte pra focar em outros programas.
Logicamente deveriam cortar onde realmente aperta (mamatas previdenciarias) mas isso é sonho...
Logicamente deveriam cortar onde realmente aperta (mamatas previdenciarias) mas isso é sonho...
Abraços
- gogogas
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Re: Sobre o KC-390
Espero que a Embraer consiga novos clientes ! Nem mesmo com os C-130 ,conseguimos chegar a número 28 no inventário....
Gogogas !
- Frederico Vitor
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Re: Sobre o KC-390
Com essa nossa classe política dominada por ordinários, salafrários e apedeutas, realmente, não é de se estranhar que a área da Defesa não teria o cuidado devido pelos tomadores de decisões.Infelizmente temos que ter em mente que compras militares antes de tudo são definidas por política, por isso nem sempre o melhor, mais inovador ou mais capaz leva.
Sempre achei o número de 28 unidades de KC-390 superdimensionado. No entanto, como é um projeto industrial estratégico ao país até fui ingênuo em acreditar que se concretizaria tal demanda. Pelo jeito, foi um ledo engano.
Esse anúncio é um desastre para a Embraer e, principalmente, para as possibilidades de novas encomendas por forças aéreas estrangeiras. A depender do número a ser cancelado vai ser como uma estaca no coração do projeto. Despejar na crise sanitária do Covid-19 a culpa por cortes de recursos para FAB é uma desculpa bastante frágil num momento em que se anuncia parceria para desenvolvimento de um "Super VANT", avião híbrido leve e a disponibilidade de verba para o arremate de prováveis dois A330 MRTT.
Diante disso, já podemos dizer adeus à ladainha de segundo lote de Gripen E/F, mais do que quatro submarinos Classe Riachuelo, mais do que dois SSN-BR, frota superior a 1.000 Guaranis no EB e esquadra com mais de seis fragatas da Classe Tamandaré.
Até mesmo o famigerado fuzil IA2 5,56 mm não vai cobrir o arsenal de todas as OMs do EB. Teremos FAL e ParaFal batendo a marca de 80 anos de serviço.
- Juliano Lisboa
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Re: Sobre o KC-390
Peguei um trecho de um comentário no Poder Aéreo que achei bem pertinente, não podemos nos esquecer disso.
"Quanto que foi distribuído para o combate ao Covid19? R$420 bilhões
Quanto foi gasto com vacinas? R$4,4 bilhões
Quanto que foi gasto com auxilio emergencial? R$295 bilhões
Na empresa que trabalho teve redução de salários e carga horaria; a Diferençada na Redução de salário está sendo pago pelo governo Federal.
Você abe quanto que está sendo pago pelo gov. federal para compensar as perdas de salário do trabalhador?
Qual o gasto logístico para o apoio ao Mistério da Saúde?
O Gov.suspendeu as dívidas dos estados e municípios com a União.
O Gov. federal deu compensação tributária para ajudar as empresas.
Sabe quanto o governo deixou de arrecadar em 2020 e deixará de arrecadar em 2021?"
Dinheiro não dá em árvore.
"Quanto que foi distribuído para o combate ao Covid19? R$420 bilhões
Quanto foi gasto com vacinas? R$4,4 bilhões
Quanto que foi gasto com auxilio emergencial? R$295 bilhões
Na empresa que trabalho teve redução de salários e carga horaria; a Diferençada na Redução de salário está sendo pago pelo governo Federal.
Você abe quanto que está sendo pago pelo gov. federal para compensar as perdas de salário do trabalhador?
Qual o gasto logístico para o apoio ao Mistério da Saúde?
O Gov.suspendeu as dívidas dos estados e municípios com a União.
O Gov. federal deu compensação tributária para ajudar as empresas.
Sabe quanto o governo deixou de arrecadar em 2020 e deixará de arrecadar em 2021?"
Dinheiro não dá em árvore.
- Justin Case
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Re: Sobre o KC-390
Amigos,
Uma opção contratual interessante, verificada no Projeto AL-X, foi a dimininuição das obrigações de compra da FAB atrelada à venda para outros clientes.
Naquela situação, havia compromisso de compra de 99 aeronaves, mas o número da FAB poderia ser reduzido caso fossem confirmadas encomendas externas.
Apesar de essas vendas terem sido efetuadas, a FAB decidiu adquirir o lote completo.
No KC-390, considerado um número mínimo de 28 aeronaves para viabilizar o empreendimento, se houvesse cláusula semelhante, a obrigação da FAB já poderia ter sido reduzida para (28 - 5 - 2 =) 21 aeronaves.
Abraços,
Justin
Uma opção contratual interessante, verificada no Projeto AL-X, foi a dimininuição das obrigações de compra da FAB atrelada à venda para outros clientes.
Naquela situação, havia compromisso de compra de 99 aeronaves, mas o número da FAB poderia ser reduzido caso fossem confirmadas encomendas externas.
Apesar de essas vendas terem sido efetuadas, a FAB decidiu adquirir o lote completo.
No KC-390, considerado um número mínimo de 28 aeronaves para viabilizar o empreendimento, se houvesse cláusula semelhante, a obrigação da FAB já poderia ter sido reduzida para (28 - 5 - 2 =) 21 aeronaves.
Abraços,
Justin
- FCarvalho
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Re: Sobre o KC-390
Considero um tiro no pé do projeto este corte. A exportação de KC-390 está mais do que contada a dedo, e os clientes possíveis que poderiam ter optado por ele, em vários lugares do mundo, até o momento não o fizeram, independente das desculpas usadas. E como bem dito acima, nem as cartas de intenção conseguimos fechar. Acreditar que nossos vizinhos irão honrar tais cartas é ilusão.
Esperar que eventuais exportações consigam diminuir o número de aeronaves a serem adquiridas é no mínimo temerário. Os tchecos não compraram míseras 2 unidades, e não se sabe sequer se irão comprá-las de fato.
Ademais, o mercado está sendo inundado com C-130H, e agora C-130J, postos fora de uso por vários utilizadores e que obviamente serão vendidos a preço de banana no mercado. Isso impactou negativamente em vários potenciais compradores do avião da Embraer. Nem os endinheirados países do golfo pérsico se dispuseram a fechar compras.
E vamos ser honestos, o problema não está na capacidade da FAB obter e operar 28 KC-390, ou o que quer que seja, mas sim na incapacidade(irresponsabilidade) do poder público de honrar suas responsabilidades e obrigações om os projetos da Defesa. Todos eles. A fala do MD no congresso deu o tom do tamanho da merda em que estamos metidos. Sequer houve sinal de simpatia ou atenção à fala dele no congresso. Planalto idem.
Enfim, para dar uma iluminada no assunto, os esquadrões que usam C-130 na FAB:
1o GTT - 1o/1o e 2o/1o Esquadrões
1o/1o GT
Se fossem distribuídas as 28 aeronaves por cada esquadrão, daria no máximo 9 unidades para cada um. Ou 18 em Anápolis e 10 no Rio de Janeiro.
Ainda pode-se considerar que o 1o/2o GT no Rio de Janeiro, hoje operando com ERJ-145, poderia receber e operar os KC-390 sem maiores problemas. Uma outra opção seria a distribuição destes aviões também ao 1o/9o Gav e ao 1o/15o Gav, respectivamente em Manaus e Campo Grande. Tal distribuição permitira a simplória dotação de 4 aeronaves por esquadrão. Tirando aquele esquadrão do RJ, seriam 7 aeronaves para 4 esquadrões. Não vejo onde isto seja super dimensionado ou um exagero para a FAB. É na verdade a evolução natural da aviação de transporte.
E antes que alguém fale nos C-105, eles podem seguir operando normalmente nos ETA, para os quais eles são extremamente adequados ao tipo de missões desenvolvidas por aqueles esquadrões. Ou sonhando um pouco alto, podem ser repassados à marinha e substituir os P-3 e Bandeirulha na patrulha naval. Transformá-los para a missão ASW/ASupW não seria nenhuma panaceia e com certeza a Airbus teria ótimas linhas de financiamento a oferecer para dar conta do negócio.
Mas é mais fácil simplesmente cortar aeronaves e ficar por isso mesmo. É o que vai acontecer e ninguém em Brasília vai perder o sono por causa disso.
Esperar que eventuais exportações consigam diminuir o número de aeronaves a serem adquiridas é no mínimo temerário. Os tchecos não compraram míseras 2 unidades, e não se sabe sequer se irão comprá-las de fato.
Ademais, o mercado está sendo inundado com C-130H, e agora C-130J, postos fora de uso por vários utilizadores e que obviamente serão vendidos a preço de banana no mercado. Isso impactou negativamente em vários potenciais compradores do avião da Embraer. Nem os endinheirados países do golfo pérsico se dispuseram a fechar compras.
E vamos ser honestos, o problema não está na capacidade da FAB obter e operar 28 KC-390, ou o que quer que seja, mas sim na incapacidade(irresponsabilidade) do poder público de honrar suas responsabilidades e obrigações om os projetos da Defesa. Todos eles. A fala do MD no congresso deu o tom do tamanho da merda em que estamos metidos. Sequer houve sinal de simpatia ou atenção à fala dele no congresso. Planalto idem.
Enfim, para dar uma iluminada no assunto, os esquadrões que usam C-130 na FAB:
1o GTT - 1o/1o e 2o/1o Esquadrões
1o/1o GT
Se fossem distribuídas as 28 aeronaves por cada esquadrão, daria no máximo 9 unidades para cada um. Ou 18 em Anápolis e 10 no Rio de Janeiro.
Ainda pode-se considerar que o 1o/2o GT no Rio de Janeiro, hoje operando com ERJ-145, poderia receber e operar os KC-390 sem maiores problemas. Uma outra opção seria a distribuição destes aviões também ao 1o/9o Gav e ao 1o/15o Gav, respectivamente em Manaus e Campo Grande. Tal distribuição permitira a simplória dotação de 4 aeronaves por esquadrão. Tirando aquele esquadrão do RJ, seriam 7 aeronaves para 4 esquadrões. Não vejo onde isto seja super dimensionado ou um exagero para a FAB. É na verdade a evolução natural da aviação de transporte.
E antes que alguém fale nos C-105, eles podem seguir operando normalmente nos ETA, para os quais eles são extremamente adequados ao tipo de missões desenvolvidas por aqueles esquadrões. Ou sonhando um pouco alto, podem ser repassados à marinha e substituir os P-3 e Bandeirulha na patrulha naval. Transformá-los para a missão ASW/ASupW não seria nenhuma panaceia e com certeza a Airbus teria ótimas linhas de financiamento a oferecer para dar conta do negócio.
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Re: Sobre o KC-390
Que passou-se com o super-hiper-mega-fuderator?
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Re: Sobre o KC-390
Nao conseguem manter o foco nos contratos de Gripen e 390 e abrem novas aquisicoes...e uma especie de autismo gerencial.
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Re: Sobre o KC-390
Acredito que esses aviões "estratégicos " , são fundamentais na FAB , perderam uma capacidade e estão sentindo na pele o quanto elas fazem falta , acredito que esses aviões não são de recursos a FAB ,e ultimamente a FAB tem feito seus programas e aquisições de acordo com o orçamento !
Fora esses 2 que anunciaram , não vejo mais nenhuma aquisição de aviões por parte da FAB , e que ela está fazendo no momento é manter seus meios voando e fazendo o que pode em relação a modernização e mantendo no ar.
A briga agora , é manter combustível e tentar extrair recursos para a FAB voar e tentar salvar vidas como tem feito em suas ASAS ....
Fora esses 2 que anunciaram , não vejo mais nenhuma aquisição de aviões por parte da FAB , e que ela está fazendo no momento é manter seus meios voando e fazendo o que pode em relação a modernização e mantendo no ar.
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Gogogas !
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Re: Sobre o KC-390
O projeto KC-X sempre foi estratégico para a FAB, assim como os KC-390 e o Gripen E/F além de muitos outros que não me lembro de cabeça agora.
A questão não é a FAB ter ou não ter recursos para manter os seus programas/projetos, porque isso tem e sempre teve. O problema é a completa inaptidão do poder público em tomar para si também como estratégicos, também, o tema Defesa na seara da gestão e do planejamento público. Sem isso a FAB, como demais forças, passam na verdade o tempo contando a dedo tudo o que podem, e não podem, fazer a luz do que lhes chega as mãos. Que não raramente é sempre menos do que o necessário, e ainda por cima cortado ao longo do ano fiscal.
Não se engane. O MD todo ano pede na íntegra e mais um pouco tudo que precisa em recursos financeiros para manter o planejamento original de suas atividades. E todo ano o ministério da economia corta isso em 10, 15, 20 por cento, as vezes até mais. Não existe planejamento para isso. Fora estes cortes existe agora um novo modismo que é desviar dinheiro do MD para operações GLO, que virou o "Severino" (desculpa) dos governos para tentar remendar todo tipo de merdas que os políticos fazem por aí nos municípios e estados. De tubo de esgoto a mamadeira de criança, até viajem de graça em avião passando por "salvamento da Amazônia"...
E ninguém, absolutamente ninguém neste país dá a mínima se o MD não tem recursos para manter os programas da Defesa mas dispõe sem maiores problemas de recursos para fazer o trabalho dos outros 20 e tantos ministérios que existem por aí.
Mas experimente faltar gasolina no GTE...
A questão não é a FAB ter ou não ter recursos para manter os seus programas/projetos, porque isso tem e sempre teve. O problema é a completa inaptidão do poder público em tomar para si também como estratégicos, também, o tema Defesa na seara da gestão e do planejamento público. Sem isso a FAB, como demais forças, passam na verdade o tempo contando a dedo tudo o que podem, e não podem, fazer a luz do que lhes chega as mãos. Que não raramente é sempre menos do que o necessário, e ainda por cima cortado ao longo do ano fiscal.
Não se engane. O MD todo ano pede na íntegra e mais um pouco tudo que precisa em recursos financeiros para manter o planejamento original de suas atividades. E todo ano o ministério da economia corta isso em 10, 15, 20 por cento, as vezes até mais. Não existe planejamento para isso. Fora estes cortes existe agora um novo modismo que é desviar dinheiro do MD para operações GLO, que virou o "Severino" (desculpa) dos governos para tentar remendar todo tipo de merdas que os políticos fazem por aí nos municípios e estados. De tubo de esgoto a mamadeira de criança, até viajem de graça em avião passando por "salvamento da Amazônia"...
E ninguém, absolutamente ninguém neste país dá a mínima se o MD não tem recursos para manter os programas da Defesa mas dispõe sem maiores problemas de recursos para fazer o trabalho dos outros 20 e tantos ministérios que existem por aí.
Mas experimente faltar gasolina no GTE...
Carpe Diem