Insurreição em Moçambique

[cabeça de martelo]

A Missão Técnico-Militar da SADC que esteve em Moçambique, presidida pelo Botswana, até dia 22, propõe o envio urgente para Cabo Delgado de 2.916 homens, incluindo três batalhões de infantaria ligeira, um esquadrão de Forças Especiais de 70 homens, 12 helicópteros, 4 UAV, 2 navios patrulha e 1 submarino. Uma novidade: Angola faz parte dos planos. Resta saber o que da proposta será aceite por Maputo.

[FCarvalho]

Eu me pergunto de onde é que eles vão tirar tudo isso.

[cabeça de martelo]

Eu me pergunto de onde é que eles vão tirar tudo isso.

Do Southern African Development Community (SADC). Dizem que até Angola vai participar...

[FCarvalho]

A ver a real capacidade destes países aporem uma força que seja tão qualitativa quanto quantitativa. Por somente homens e equipamentos no terreno não resolve muita coisa.
O governo de Moçambique sequer consegue, ou quer, ocupar os espaços no norte do país, se restringindo as cidades e arredores.
Toda a região ainda está fora de controle efetivo do governo e as fronteiras são peneiras cada vez mais porosas.

[FCarvalho]

Uma questão particular que vejo nestas intervenções francesas na África, em específico na RCA, é que eles utilizaram, e utilizam, este veículo aqui, com ou sem a ONU por perto.



Ele possui uma torre e canhão de 20mm salvo engano. E até onde eu consigo saber, foi muito empregado no apoio as tropas nos combates contra as várias milícias que assolam o país.
Ai me vem a pergunta: qual a real necessidade de as missões da ONU dispor mais e mais de veículos com proteção cada vez maior e por conseguinte, armamentos cada vez maios potentes em suas missões na África?
Diferentemente dos alemães que via de regra utilizam seus Dingo e versões, além de outros bldos 4x4 ou 6x6 da categoria do Eagle IV e derivados, os franceses tem lançado mão cada vez mais dos seus VBCI 8x8, além de bldos 4x4 e 6x6 não raro também equipados com canhões de 20mm ou torres remotas controladas com .50 ou lança-granadas.
E a RCA não é o único exemplo de país onde a presença francesa tem sido vista cada vez mais blindada. Os países do Sahel onde a presença militar francesa tem-se feito bem forte, junto a outros países da Europa, ilustra essa alternativa no uso de seus bldos como forma de não apenas proteger e transportar a infantaria, mas principalmente como meio de apoio de fogo.
No Brasil só muito recentemente começamos a operar um bldo com torre e canhão na forma do Guarani UT30 Mk I das quais apenas 16 unidades foram entregues e, para ser honesto, não faço ideia do que o exercito esteja fazendo com estes veículos.
Fato é que não temos doutrina para o uso de VBTP equipadas com tais torres e armamento. Mas fico imaginando como seria a nossa presença na África em missões da ONU onde a proteção da tropa e o apoio de fogo fossem condições sine qua non para a nossa presença.
Existem muitas alternativas de equipamentos no mercado, mas sem contar com conhecimento e doutrina estabelecida no uso de IFV no nosso caso, talvez fosse até uma temeridade o uso de tais veículos nestas missões. Ou não?

[cabeça de martelo]

O VBCI tem um canhão de 25mm e o mesmo equipa os Batalhões Mecanizados a Rodas do Exército Francês (o mesmo não tem VCI a lagartas nem planeia ter). Há uma família de viaturas que foi pensada exatamente para este tipo de conflito, o Griffon.

[FCarvalho]

Me faz lembrar que temos isso aqui em casa. Mas não usamos pra nada fora do Astros
Modular e pode usar os vários chassis Tatra.

[cabeça de martelo]

[FCarvalho]

Renamo? Isso ainda existe? Pensei que já estivessem terminado essa luta depois da independência do país.

[cabeça de martelo]

Renamo? Isso ainda existe? Pensei que já estivessem terminado essa luta depois da independência do país.

Como assim? Depois de 75 houve guerra civil tanto em Angola, como em Moçambique. Nós saímos de lá deixando países muito mais desenvolvidos do que era comum em África e essas guerras civis destruíram quase tudo.

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/ ... -da-renamo

[FCarvalho]

A guerra civil angolana eu até que conheço alguma coisa, mas Moçambique confesso nunca me chamou a atenção.

[FCarvalho]

Alguém tem conhecimento de movimentações, políticas e/ou militares, diplomáticas que sejam, de parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa para aprestar algum tipo apoio à Moçambique na situação atual em Cabo Delgado?
Procurei por informações e não encontrei nada, nenhuma referência.
Apenas Portugal tem se mexido independente ou em coordenação com a UE, como recentemente foi publicado em matéria da EuroNews. Mas nada além de ajuda humanitária e de instrutores para as ffaa's moçambicanas.
Angola ao que consta parece irá enviar tropas e outros recursos dentro do acordo dos países vizinhos com Moçambique.

[J.Ricardo]

A guerra civil angolana eu até que conheço alguma coisa, mas Moçambique confesso nunca me chamou a atenção.

Até o Brasil mandou capacetes azuis pra lá.

[FCarvalho]

A guerra civil angolana eu até que conheço alguma coisa, mas Moçambique confesso nunca me chamou a atenção.

Até o Brasil mandou capacetes azuis pra lá.

Pois é. Eu só me lembro realmente das nossas tropas em Angola no começo dos anos 1990. Mas Moçambique realmente me passou batido.
Deve ter sido uma missão pequena essa nossa que foi para lá. Para eu não me lembrar dela.
Mas já que estivemos lá uma vez, não custa nada ajudar novamente, penso eu, dentro do que for possível.
As forças militares moçambicanas simplesmente são de dar pena. Se é que podemos chamá-las de forças armadas de fato tal o descalabro em que estão metidas.
Tomando cacete até de um bando de guerrilha mulambenta travestida de terroristas islâmicos.
Aliás, forças especiais é o que seria suficiente para resolver o problema no norte do país. Mas os políticos estavam ocupados demais enriquecendo os próprios bolsos para notar isso.

[cabeça de martelo]

Sappers lead the way!
At the Dongo Training Camp, #EUTMMOZ trainers provided training in Sappers, namely the identification of explosive devices & their use in the battlefield. Vital training for @MDNMZ2022 trainees that will fight terrorism in Cabo Delgado.