Noticias de Portugal
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Re: Noticias de Portugal
PORTUGAL 2030
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Re: Noticias de Portugal
Economia portuguesa volta a acelerar em abril face ao primeiro confinamento, indica o Banco de Portugal
A atividade económica em Portugal está a crescer mais de 20% face ao primeiro confinamento, sinaliza o indicador diário de atividade económica (DEI), calculado pelo Banco de Portugal. Na semana terminada a 11 de abril, este indicador acelerou face à semana anterior
Com a reabertura do país a avançar mais um passo após a Páscoa, a economia portuguesa voltou a acelerar face ao primeiro confinamento, há um ano, e está a crescer acima dos 20%. É esse o sinal dado pelo indicador diário de atividade económica (DEI), publicado pelo Banco de Portugal (BdP), cujos dados foram atualizados esta quinta-feira.
"Na semana terminada a 11 de abril, o indicador diário de atividade económica (DEI) apresentou uma variação homóloga superior à da semana anterior", escreve o BdP, numa nota publicada na sua página na Internet.
Depois de ter voltado a terreno positivo em meados de março - ao fim de um ano em valores negativos - o DEI acelerou e tem registado variações homólogas acima dos dois dígitos.
Segundo os dados do banco central, a média móvel semanal deste indicador, na semana centrada em 8 de abril - que abrange o período entre 5 de abril e 11 de abril - aponta para um crescimento homólogo da atividade económica em Portugal de 23,1%. Isto quando a mesma média móvel referente à semana centrada em 1 de abril sinalizava um incremento de 20% em termos homólogos.
A explicação para estes fortes crescimentos prende-se com o desconfinamento em curso no país, que deu mais um passo após a Páscoa, ou seja, precisamente a partir de 5 de abril, que corresponde ao início da semana em análise pelo BdP. Essa reabertura do país leva a uma dinamização da atividade económica.
Ao mesmo tempo há um forte efeito de base. Recorde-se que no mesmo período do ano passado Portugal estava em confinamento geral, por causa da primeira vaga da pandemia de covid-19, e a atividade económica caiu a pique.
Para mitigar a influência na análise económica deste efeito de base muito marcado, o BdP calcula ainda a taxa bienal do DEI, o que corresponde a acumular as taxas de variação deste indicador, em dias homólogos, para dois anos consecutivos.
Esta taxa bienal, em termos de média móvel semanal, indica uma queda de 2,9% em termos homólogos na semana centrada em 8 de abril, o que compara com um recuo de 1,3% na semana centrada em 1 de abril.
O DEI sumaria um conjunto de informação de natureza quantitativa e frequência diária, como o tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, o consumo de eletricidade e de gás natural, a carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e as compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes. Por isso, permite traçar, em tempo real, um quadro da evolução da atividade económica no país.
Os dados atualizados são divulgados semanalmente pelo Banco de Portugal, à quinta-feira, com informação até ao domingo precedente. A informação disponibilizada refere-se aos valores diários e à média móvel semanal deste indicador.
https://expresso.pt/economia/2021-04-15 ... l-89f78c6e
A atividade económica em Portugal está a crescer mais de 20% face ao primeiro confinamento, sinaliza o indicador diário de atividade económica (DEI), calculado pelo Banco de Portugal. Na semana terminada a 11 de abril, este indicador acelerou face à semana anterior
Com a reabertura do país a avançar mais um passo após a Páscoa, a economia portuguesa voltou a acelerar face ao primeiro confinamento, há um ano, e está a crescer acima dos 20%. É esse o sinal dado pelo indicador diário de atividade económica (DEI), publicado pelo Banco de Portugal (BdP), cujos dados foram atualizados esta quinta-feira.
"Na semana terminada a 11 de abril, o indicador diário de atividade económica (DEI) apresentou uma variação homóloga superior à da semana anterior", escreve o BdP, numa nota publicada na sua página na Internet.
Depois de ter voltado a terreno positivo em meados de março - ao fim de um ano em valores negativos - o DEI acelerou e tem registado variações homólogas acima dos dois dígitos.
Segundo os dados do banco central, a média móvel semanal deste indicador, na semana centrada em 8 de abril - que abrange o período entre 5 de abril e 11 de abril - aponta para um crescimento homólogo da atividade económica em Portugal de 23,1%. Isto quando a mesma média móvel referente à semana centrada em 1 de abril sinalizava um incremento de 20% em termos homólogos.
A explicação para estes fortes crescimentos prende-se com o desconfinamento em curso no país, que deu mais um passo após a Páscoa, ou seja, precisamente a partir de 5 de abril, que corresponde ao início da semana em análise pelo BdP. Essa reabertura do país leva a uma dinamização da atividade económica.
Ao mesmo tempo há um forte efeito de base. Recorde-se que no mesmo período do ano passado Portugal estava em confinamento geral, por causa da primeira vaga da pandemia de covid-19, e a atividade económica caiu a pique.
Para mitigar a influência na análise económica deste efeito de base muito marcado, o BdP calcula ainda a taxa bienal do DEI, o que corresponde a acumular as taxas de variação deste indicador, em dias homólogos, para dois anos consecutivos.
Esta taxa bienal, em termos de média móvel semanal, indica uma queda de 2,9% em termos homólogos na semana centrada em 8 de abril, o que compara com um recuo de 1,3% na semana centrada em 1 de abril.
O DEI sumaria um conjunto de informação de natureza quantitativa e frequência diária, como o tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, o consumo de eletricidade e de gás natural, a carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e as compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes. Por isso, permite traçar, em tempo real, um quadro da evolução da atividade económica no país.
Os dados atualizados são divulgados semanalmente pelo Banco de Portugal, à quinta-feira, com informação até ao domingo precedente. A informação disponibilizada refere-se aos valores diários e à média móvel semanal deste indicador.
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Re: Noticias de Portugal
Mais de 10 deputados suspeitos de declararem moradas falsas ao Parlamento
https://www.cmjornal.pt/politica/detalh ... sNoticias3
Deputada bloquista, Sandra Cunha, renuncia ao mandato. Incorre em pena de prisão e multa.
Mais de 10 deputados são suspeitos de terem declarado moradas falsas ao Parlamento para receberem ajudas de custo mais avultadas para deslocações, sabe o CM. Quanto mais longe de Lisboa for a residência, maior é o subsídio a pagar pelo Parlamento. O Ministério Público já pediu o levantamento da imunidade destes parlamentares para serem constituídos arguidos, um dos quais é a bloquista Sandra Cunha, ...
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Deputada bloquista, Sandra Cunha, renuncia ao mandato. Incorre em pena de prisão e multa.
Mais de 10 deputados são suspeitos de terem declarado moradas falsas ao Parlamento para receberem ajudas de custo mais avultadas para deslocações, sabe o CM. Quanto mais longe de Lisboa for a residência, maior é o subsídio a pagar pelo Parlamento. O Ministério Público já pediu o levantamento da imunidade destes parlamentares para serem constituídos arguidos, um dos quais é a bloquista Sandra Cunha, ...
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Re: Noticias de Portugal
Então esse... o meu pai chama-lhe tudo menos de filho de boas famílias. É quase a caricatura do que é ser politico no PS (porque o PS consegue ser o partido mais corrupto em Portugal...o que é uma proeza).
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Re: Noticias de Portugal
cabeça de martelo escreveu: Ter Abr 20, 2021 6:54 am Então esse... o meu pai chama-lhe tudo menos de filho de boas famílias. É quase a caricatura do que é ser politico no PS (porque o PS consegue ser o partido mais corrupto em Portugal...o que é uma proeza).
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Re: Noticias de Portugal
Olha O SOBRENOME do novo boy!
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Re: Noticias de Portugal
https://eco.sapo.pt/2021/04/21/estado-j ... o-em-2021/
Segurança Social já esgotou valor previsto para medidas Covid em 2021
A despesa já realizada até março representa um valor superior ao que tinha sido orçamentado para todo o ano de 2021 (776 milhões de euros), segundo o Ministério das Finanças.
OEstado gastou em três meses de 2021 o equivalente a 42% da despesa Covid-19 da Segurança Social realizada em todo o ano de 2020. Segundo o Ministério das Finanças, que adianta alguns números em antecipação da síntese de execução orçamental que será divulgada a 26 de abril, a despesa das medidas extraordinárias da Segurança Social atingiu os 804,9 milhões de euros no primeiro trimestre, mais do que o previsto para o ano todo. Neste período, Portugal entrou no segundo confinamento e vários apoios, como o lay-off simplificado, regressaram.
Segurança Social já esgotou valor previsto para medidas Covid em 2021
A despesa já realizada até março representa um valor superior ao que tinha sido orçamentado para todo o ano de 2021 (776 milhões de euros), segundo o Ministério das Finanças.
OEstado gastou em três meses de 2021 o equivalente a 42% da despesa Covid-19 da Segurança Social realizada em todo o ano de 2020. Segundo o Ministério das Finanças, que adianta alguns números em antecipação da síntese de execução orçamental que será divulgada a 26 de abril, a despesa das medidas extraordinárias da Segurança Social atingiu os 804,9 milhões de euros no primeiro trimestre, mais do que o previsto para o ano todo. Neste período, Portugal entrou no segundo confinamento e vários apoios, como o lay-off simplificado, regressaram.
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Re: Noticias de Portugal
Portugal aumenta excedente da balança corrente e de capital para 169 milhões em fevereiro
João Barros 21 Abril 2021, 10:38
A nota do Banco de Portugal referente ao indicador aponta ainda para o impacto que ainda se faz sentir no turismo, onde as quebras afetam as exportações nacionais de serviços.
O saldo da balança corrente e de capital portuguesa foi de 169 milhões de euros em fevereiro, anunciou esta quarta-feira o Banco de Portugal (BdP), o que compara com os 155 milhões de euros no mesmo período de 2020.
Este resultado é fruto de excedentes nas balanças de serviços, rendimento secundário e de capital, como explica a nota do BdP, que superaram os défices da balança de bens e de rendimento primário.
No que toca à balança comercial, o seu défice diminuiu, dada a redução do défice da balança de bens no valor de 1408 milhões de euros, que ultrapassou a queda do excedente da balança de serviços em 1.256 milhões de euros. Esta diminuição continua a ser o reflexo da quebra acentuada na categoria de viagens e turismo, que verifica um decréscimo de 1.032 milhões de euros no período em análise.
Esta diminuição impacta ainda as exportações de bens e serviços, que registaram um decréscimo homólogo de 12,7% em fevereiro, face à diminuição de 45,2% nos serviços. Adicionalmente, as importações de bens e serviços também decresceram 14,7%, fruto da redução de 11,2% nos bens e 30,9% nos serviços. Destaque novamente para a redução do saldo das viagens e turismo em 564 milhões de euros, o que assinala o impacto no turismo das restrições pandémicas.
A nota do BdP refere ainda a redução do défice da balança de rendimento primário em 72 milhões de euros relativamente ao período homólogo, passando agora o indicador a registar 208 milhões de euros. Este fenómeno explica-se pelo aumento do recebimento de rendimentos de investimento de entidades não residentes.
Já o excedente da balança de rendimento secundário também recuou, estando agora 225 milhões de euros mais baixo do que há um ano, devido, sobretudo, à evolução das transferências correntes, nomeadamente pelo aumento da contribuição nacional para o orçamento da União Europeia.
O saldo da balança financeira verificou em fevereiro um aumento dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior de 350 milhões de euros, isto apesar do aumento de passivos, dado o investimento por parte de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa, e uma diminuição dos ativos dos bancos portugueses, em títulos de dívida, emitidos por Estados-Membros da União Monetária, explica a publicação.
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... iro-729050
João Barros 21 Abril 2021, 10:38
A nota do Banco de Portugal referente ao indicador aponta ainda para o impacto que ainda se faz sentir no turismo, onde as quebras afetam as exportações nacionais de serviços.
O saldo da balança corrente e de capital portuguesa foi de 169 milhões de euros em fevereiro, anunciou esta quarta-feira o Banco de Portugal (BdP), o que compara com os 155 milhões de euros no mesmo período de 2020.
Este resultado é fruto de excedentes nas balanças de serviços, rendimento secundário e de capital, como explica a nota do BdP, que superaram os défices da balança de bens e de rendimento primário.
No que toca à balança comercial, o seu défice diminuiu, dada a redução do défice da balança de bens no valor de 1408 milhões de euros, que ultrapassou a queda do excedente da balança de serviços em 1.256 milhões de euros. Esta diminuição continua a ser o reflexo da quebra acentuada na categoria de viagens e turismo, que verifica um decréscimo de 1.032 milhões de euros no período em análise.
Esta diminuição impacta ainda as exportações de bens e serviços, que registaram um decréscimo homólogo de 12,7% em fevereiro, face à diminuição de 45,2% nos serviços. Adicionalmente, as importações de bens e serviços também decresceram 14,7%, fruto da redução de 11,2% nos bens e 30,9% nos serviços. Destaque novamente para a redução do saldo das viagens e turismo em 564 milhões de euros, o que assinala o impacto no turismo das restrições pandémicas.
A nota do BdP refere ainda a redução do défice da balança de rendimento primário em 72 milhões de euros relativamente ao período homólogo, passando agora o indicador a registar 208 milhões de euros. Este fenómeno explica-se pelo aumento do recebimento de rendimentos de investimento de entidades não residentes.
Já o excedente da balança de rendimento secundário também recuou, estando agora 225 milhões de euros mais baixo do que há um ano, devido, sobretudo, à evolução das transferências correntes, nomeadamente pelo aumento da contribuição nacional para o orçamento da União Europeia.
O saldo da balança financeira verificou em fevereiro um aumento dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior de 350 milhões de euros, isto apesar do aumento de passivos, dado o investimento por parte de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa, e uma diminuição dos ativos dos bancos portugueses, em títulos de dívida, emitidos por Estados-Membros da União Monetária, explica a publicação.
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... iro-729050
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Re: Noticias de Portugal
OPINIÃO
Recuperar de duas décadas perdidas
Alexandre Meireles, Presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários 20 Abril 2021, 23:05
Com a entrada na CEE, em 1986, Portugal viveu mais de dez anos de elevadas taxas de crescimento económico e de convergência do PIB per capita em relação aos restantes Estados-membros. Mas a entrada no euro, em 1999, marca o início de um período de crescimento anémico e de divergência de rendimentos.
Privado de uma política monetária própria, o país ficou mais vulnerável aos desequilíbrios externos e debilidades endógenas do seu tecido económico (défice de qualificações, baixa produtividade, fraca competitividade, dívida elevada, reduzida incorporação de tecnologia e inovação, etc.). Em resultado, a economia portuguesa foi uma das que menos cresceu na zona euro entre 1999 e 2019, ficando apenas à frente de Itália e Grécia. Neste período, a taxa média anual de crescimento do PIB per capita quedou-se em 0,8%.
As perspetivas de crescimento no pós-pandemia, a partir de 2021, são um pouco mais animadoras. De acordo com as últimas projeções do FMI, a taxa de crescimento médio anual do país será de 2,8% até 2026, o que coloca Portugal a meio da tabela da zona euro e à frente das economias alemã, francesa ou italiana.
Serve esta introdução para sublinhar que Portugal tem de recuperar, não só dos efeitos económicos da crise pandémica, mas também de duas décadas perdidas em termos de crescimento. A boa notícia é que a retoma económica vai beneficiar quer da trajetória de consolidação das contas públicas, quer sobretudo dos quase 60 mil milhões de euros dos novos fundos europeus.
Contudo, todo este dinheiro só será verdadeiramente game changer se ajudar a aumentar a produtividade, a melhorar a competitividade, a reforçar a qualidade dos serviços públicos, a elevar os níveis de qualificação humana e a aprofundar a internacionalização da economia.
Ora, para tudo isto, muito poderá contribuir a transição digital. A generalização das tecnologias digitais na economia e na Administração Pública tende a promover a produtividade, agilidade, eficiência e resiliência das organizações, com reflexos no sucesso e competitividade empresarial. Neste pressuposto, a transição digital é uma oportunidade para acelerarmos o crescimento económico e a convergência com a UE, colocando-nos no pelotão da frente da 4.ª revolução industrial.
Há, no entanto, importantes óbices à celeridade e proficiência da transição digital no nosso país. Desde logo, a falta de competências digitais, que não é um problema exclusivamente de Portugal, embora entre nós se faça sentir com maior acuidade. Só 26% dos trabalhadores portugueses têm competências digitais na ótica do utilizador (28% na UE) e apenas 12% dispõem de competências avançadas (21% na UE), de acordo com o Índice de Digitalização da Economia e da Sociedade 2020. Isto significa que, além da literacia digital da nossa população ser baixa, faltam recursos humanos com conhecimento especializado, designadamente em áreas de interesse estratégico como a inteligência artificial, o big data, a automação e a robótica.
Ora, o que se pretende não é a simples digitalização das empresas, ou seja, a mera simplificação, otimização e automação de operações através das tecnologias digitais. O nosso tecido empresarial necessita de uma verdadeira transformação digital, o que implica a alteração profunda de processos, competências e modelos de negócio das empresas.
Só assim vamos ter os ganhos de competitividade indispensáveis ao crescimento robusto da nossa economia e consequente melhoria dos rendimentos dos portugueses, fator também ele determinante para o aumento da produtividade.
Recuperar de duas décadas perdidas
Alexandre Meireles, Presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários 20 Abril 2021, 23:05
Com a entrada na CEE, em 1986, Portugal viveu mais de dez anos de elevadas taxas de crescimento económico e de convergência do PIB per capita em relação aos restantes Estados-membros. Mas a entrada no euro, em 1999, marca o início de um período de crescimento anémico e de divergência de rendimentos.
Privado de uma política monetária própria, o país ficou mais vulnerável aos desequilíbrios externos e debilidades endógenas do seu tecido económico (défice de qualificações, baixa produtividade, fraca competitividade, dívida elevada, reduzida incorporação de tecnologia e inovação, etc.). Em resultado, a economia portuguesa foi uma das que menos cresceu na zona euro entre 1999 e 2019, ficando apenas à frente de Itália e Grécia. Neste período, a taxa média anual de crescimento do PIB per capita quedou-se em 0,8%.
As perspetivas de crescimento no pós-pandemia, a partir de 2021, são um pouco mais animadoras. De acordo com as últimas projeções do FMI, a taxa de crescimento médio anual do país será de 2,8% até 2026, o que coloca Portugal a meio da tabela da zona euro e à frente das economias alemã, francesa ou italiana.
Serve esta introdução para sublinhar que Portugal tem de recuperar, não só dos efeitos económicos da crise pandémica, mas também de duas décadas perdidas em termos de crescimento. A boa notícia é que a retoma económica vai beneficiar quer da trajetória de consolidação das contas públicas, quer sobretudo dos quase 60 mil milhões de euros dos novos fundos europeus.
Contudo, todo este dinheiro só será verdadeiramente game changer se ajudar a aumentar a produtividade, a melhorar a competitividade, a reforçar a qualidade dos serviços públicos, a elevar os níveis de qualificação humana e a aprofundar a internacionalização da economia.
Ora, para tudo isto, muito poderá contribuir a transição digital. A generalização das tecnologias digitais na economia e na Administração Pública tende a promover a produtividade, agilidade, eficiência e resiliência das organizações, com reflexos no sucesso e competitividade empresarial. Neste pressuposto, a transição digital é uma oportunidade para acelerarmos o crescimento económico e a convergência com a UE, colocando-nos no pelotão da frente da 4.ª revolução industrial.
Há, no entanto, importantes óbices à celeridade e proficiência da transição digital no nosso país. Desde logo, a falta de competências digitais, que não é um problema exclusivamente de Portugal, embora entre nós se faça sentir com maior acuidade. Só 26% dos trabalhadores portugueses têm competências digitais na ótica do utilizador (28% na UE) e apenas 12% dispõem de competências avançadas (21% na UE), de acordo com o Índice de Digitalização da Economia e da Sociedade 2020. Isto significa que, além da literacia digital da nossa população ser baixa, faltam recursos humanos com conhecimento especializado, designadamente em áreas de interesse estratégico como a inteligência artificial, o big data, a automação e a robótica.
Ora, o que se pretende não é a simples digitalização das empresas, ou seja, a mera simplificação, otimização e automação de operações através das tecnologias digitais. O nosso tecido empresarial necessita de uma verdadeira transformação digital, o que implica a alteração profunda de processos, competências e modelos de negócio das empresas.
Só assim vamos ter os ganhos de competitividade indispensáveis ao crescimento robusto da nossa economia e consequente melhoria dos rendimentos dos portugueses, fator também ele determinante para o aumento da produtividade.
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Re: Noticias de Portugal
Do hidrogénio aos dados: Os novos projetos de Sines
Tiago Miranda
Investimentos de milhares de milhões de euros foram anunciados nos últimos meses para aquela região do País. Hoje é a vez de um megacentro de dados
Os últimos meses têm sido férteis em anúncios sucessivos de novos investimentos para a região de Sines. Esta sexta-feira chega mais um, de uma multinacional, que quer investir 3,5 mil milhões de euros na área tecnológica.
Com o maior porto artificial e de águas profundas do País, virado ao Atlântico, a cidade alentejana viu fechar em janeiro passado o maior emissor de CO2 do país, a central termoelétrica a carvão da EDP, onde trabalhavam 400 pessoas, 150 das quais diretamente ligadas à elétrica. O encerramento antecipado da central com 35 anos, avaliado em 100 milhões de euros, abriu espaço para o surgimento de várias iniciativas na área energética, nomeadamente no hidrogénio.
Mas os investimentos previstos para a zona vão além disso, dos transportes (marítimos e ferroviários) à tecnologia, aproveitando a conexão entre a Europa e a América Latina. Estes são alguns dos projetos emblemáticos anunciados ou em desenvolvimento na região de Sines na última década, potenciados pela posição geográfica e recursos naturais:
Linha de mercadorias Sines-Badajoz
A construção do troço ferroviário Évora-Elvas/Caia, que faz parte do futuro corredor internacional sul, está em curso. Quando estiver terminada, aquela que já foi anunciada como a linha férrea mais extensa dos últimos 100 anos, permitirá ligar Sines a Badajoz de forma direta, escoando mercadorias de e para Espanha. Está prevista também uma ligação entre Sines e Grândola, que encurtaria ainda mais o tempo de deslocação.
Cluster do hidrogénio verde
É um dos projetos mais falados para a região, depois do anúncio feito pelo Governo, em novembro de 2019, de uma central de produção de hidrogénio verde para exportação. Um investimento mínimo de 2,85 mil milhões de euros e com capacidade de até 1 gigawatt, alimentada por energias renováveis, solar e eólica. Um consórcio que reúne EDP, Galp, Martifer, Vestas e REN está a avaliar a criação de um cluster de projetos em torno deste gás renovável.
Terminal Vasco da Gama
Apesar de quase 60 entidades terem acedido ao caderno de encargos do concurso para a construção e exploração do Terminal Vasco da Gama, um investimento de 642 milhões de euros, o procedimento ficou sem candidatos para a concessão. O Ministério das Infraestruturas, avançou o Público, diz que apesar das alterações em curso na logística mundial por causa da pandemia, quer lançar novo concurso para o novo cais, com 1.375 metros de comprimento. Recentemente foi assinado um contrato para a expansão do Terminal XXI, concessionado à PSA Sines.
Energias renováveis
Há dois mil hectares de terrenos que podem vir a receber investimentos na área da energia solar. Recentemente, o presidente da Câmara de Sines deu conta, em entrevista à Lusa, de que existem “em carteira” quase uma dezena de projetos renováveis, alguns praticamente aprovados, outros em vias de licenciamento. Nos concelhos limítrofes também decorrem projetos para investimentos.
Auto-estrada
Só existem dois pequenos troços da A26, prevista construir entre Sines e Beja (o último dos quais, Grândola Sul-Sta. Margarida do Sado, inaugurado há quase um ano), destinada a aproximar também a cidade da A2 e de Lisboa. As obras na via foram interrompidas em 2011, na altura da crise económica e financeira, por dificuldades da concessionária da subconcessão Baixo Alentejo em obter financiamento.
Cabo submarino de fibra ótica
Foi a 6 de janeiro que o novo sistema de cabos submarinos de baixa latência da empresa EllaLink ancorou em Sines. Investimento de 150 milhões de euros, que deverá ficar operacional no segundo trimestre deste ano, vai permitir ligar com maior velocidade de dados a Europa e a América Latina, nomeadamente Portugal e o Brasil (Fortaleza). Junto à zona onde ancora o cabo está a ser desenvolvido o Sines Tech – Innovation & Data Center Hub, para a implementação de infra-estruturas de dados.
Hyperscaler Data Centre – Sines 4.0
É o mais recente investimento anunciado para Sines e um dos maiores em volume de investimento. O megacentro de dados que é apresentado esta sexta-feira, 23 de abril, deverá começar a ser construído em 2022 e custar até 3.500 milhões de euros. De acordo com declarações de Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado da Internacionalização, o investimento da anglo-americana start campus deverá criar mais de 9.000 postos de trabalho até 2025, até 1.200 dos quais serão diretos.
https://visao.sapo.pt/exame/2021-04-23- ... -de-sines/
Tiago Miranda
Investimentos de milhares de milhões de euros foram anunciados nos últimos meses para aquela região do País. Hoje é a vez de um megacentro de dados
Os últimos meses têm sido férteis em anúncios sucessivos de novos investimentos para a região de Sines. Esta sexta-feira chega mais um, de uma multinacional, que quer investir 3,5 mil milhões de euros na área tecnológica.
Com o maior porto artificial e de águas profundas do País, virado ao Atlântico, a cidade alentejana viu fechar em janeiro passado o maior emissor de CO2 do país, a central termoelétrica a carvão da EDP, onde trabalhavam 400 pessoas, 150 das quais diretamente ligadas à elétrica. O encerramento antecipado da central com 35 anos, avaliado em 100 milhões de euros, abriu espaço para o surgimento de várias iniciativas na área energética, nomeadamente no hidrogénio.
Mas os investimentos previstos para a zona vão além disso, dos transportes (marítimos e ferroviários) à tecnologia, aproveitando a conexão entre a Europa e a América Latina. Estes são alguns dos projetos emblemáticos anunciados ou em desenvolvimento na região de Sines na última década, potenciados pela posição geográfica e recursos naturais:
Linha de mercadorias Sines-Badajoz
A construção do troço ferroviário Évora-Elvas/Caia, que faz parte do futuro corredor internacional sul, está em curso. Quando estiver terminada, aquela que já foi anunciada como a linha férrea mais extensa dos últimos 100 anos, permitirá ligar Sines a Badajoz de forma direta, escoando mercadorias de e para Espanha. Está prevista também uma ligação entre Sines e Grândola, que encurtaria ainda mais o tempo de deslocação.
Cluster do hidrogénio verde
É um dos projetos mais falados para a região, depois do anúncio feito pelo Governo, em novembro de 2019, de uma central de produção de hidrogénio verde para exportação. Um investimento mínimo de 2,85 mil milhões de euros e com capacidade de até 1 gigawatt, alimentada por energias renováveis, solar e eólica. Um consórcio que reúne EDP, Galp, Martifer, Vestas e REN está a avaliar a criação de um cluster de projetos em torno deste gás renovável.
Terminal Vasco da Gama
Apesar de quase 60 entidades terem acedido ao caderno de encargos do concurso para a construção e exploração do Terminal Vasco da Gama, um investimento de 642 milhões de euros, o procedimento ficou sem candidatos para a concessão. O Ministério das Infraestruturas, avançou o Público, diz que apesar das alterações em curso na logística mundial por causa da pandemia, quer lançar novo concurso para o novo cais, com 1.375 metros de comprimento. Recentemente foi assinado um contrato para a expansão do Terminal XXI, concessionado à PSA Sines.
Energias renováveis
Há dois mil hectares de terrenos que podem vir a receber investimentos na área da energia solar. Recentemente, o presidente da Câmara de Sines deu conta, em entrevista à Lusa, de que existem “em carteira” quase uma dezena de projetos renováveis, alguns praticamente aprovados, outros em vias de licenciamento. Nos concelhos limítrofes também decorrem projetos para investimentos.
Auto-estrada
Só existem dois pequenos troços da A26, prevista construir entre Sines e Beja (o último dos quais, Grândola Sul-Sta. Margarida do Sado, inaugurado há quase um ano), destinada a aproximar também a cidade da A2 e de Lisboa. As obras na via foram interrompidas em 2011, na altura da crise económica e financeira, por dificuldades da concessionária da subconcessão Baixo Alentejo em obter financiamento.
Cabo submarino de fibra ótica
Foi a 6 de janeiro que o novo sistema de cabos submarinos de baixa latência da empresa EllaLink ancorou em Sines. Investimento de 150 milhões de euros, que deverá ficar operacional no segundo trimestre deste ano, vai permitir ligar com maior velocidade de dados a Europa e a América Latina, nomeadamente Portugal e o Brasil (Fortaleza). Junto à zona onde ancora o cabo está a ser desenvolvido o Sines Tech – Innovation & Data Center Hub, para a implementação de infra-estruturas de dados.
Hyperscaler Data Centre – Sines 4.0
É o mais recente investimento anunciado para Sines e um dos maiores em volume de investimento. O megacentro de dados que é apresentado esta sexta-feira, 23 de abril, deverá começar a ser construído em 2022 e custar até 3.500 milhões de euros. De acordo com declarações de Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado da Internacionalização, o investimento da anglo-americana start campus deverá criar mais de 9.000 postos de trabalho até 2025, até 1.200 dos quais serão diretos.
https://visao.sapo.pt/exame/2021-04-23- ... -de-sines/
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Re: Noticias de Portugal
Ora aí está. O que dá ser um bom moleque da UE....
https://onovo.pt/politica/costa-tira-bi ... o-LJ209841
Primeiro-ministro estuda saída à Durão Barroso. Substituir Charles Michel em 2024 é o cenário mais plausível. Marcelo quer estabilidade, mas pode ter de marcar eleições antecipadas.
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Re: Noticias de Portugal
Antonio Nogueira LeiteTrade mark sign
@al_antdp
·
1h
Nao deve haver povo mais desconfiado e simultaneamente ludibriado e ludibriável que o português. É mais uma das nossas contradições, talvez a maior
Grande verdade
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1h
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