Túlio escreveu: ↑Qua Dez 23, 2020 4:21 pm
And here we go, TINHAS que deixar na reta para eu DISCORDAR:
Não é dez ANOS pra começar as charlas, é dez SEMANAS e isso NO MÁXIMO (considerando-se o tempo para que as teorias conspiranóicas em volta do Zé Topete caiam por terra de vez junto com as baboseiras tipo "The Storm" e "It's Time", o novo POTUS assuma e comece a fazer cara feia pra nós)! Dez anos é para já estar começando a operar os primeiros bichos.
E alguém vai ter que aprender que uma coisa é transferir tecnologias para O BRASIL e outra muito diferente é fazê-lo PARA BRASILEIROS!!!
No primeiro caso (exemplos ELBIT, IVECO e SAAB) se traz a tecnologia para cá mas se monta/compra empresas locais (azar se foram EEDs) e então se começa a fazer aqui; no segundo se dá algum petisco para a EMBRAER ir se distraindo e aprendendo mais alguma coisa.
Essa gente é acostumada a levar cucaracha no beiço faz teeeempo, e novidade: OS CHINAS SÃO AINDA PIORES!!!
É aprender a fechar negócio e já pensar em como a coisa toda será executada, não deixar pro véio "depois a gente vê". Como falamos de belonaves, seria alguma coisa mais ou menos como o feito em Itaguaí mas sem a obrigação de pedir aos chinas licença até pra mudar o tipo de papel higiênico do banheiro, o que permitiria desenvolver e integrar o que fosse feito aqui.
Quando falei em dez anos fiz isso pensando em nosso atual status econômico de curto e médio prazo. Duvido que tenhamos alguma melhoria real que possa abrir brechas no orçamento da MB permitindo novos negócios para navios de grande tonelagem, ainda que sejam uma necessidade urgente.
Mas claro, se eventualmente o pessoal aqui entender que os próximos dez anos estarão fechados de forma a assegurar o pouco que temos agora, então, e que o Atlântico ainda tem pelo menos uns 15 anos de vida útil pela frente, fica difícil convencer alguém de que um negócio desses com a China é necessário e urgente para a Marinha.
Por outro lado, falou-se muito em 2a esquadra. Até um terreno teria sido cedido pelo exército na baia de São Marco em São Luís para isso. Detalhamentos e estudos técnicos teriam sido feitos e apontando a área como a mais propícia a este empreendimento. De alguns milhões (ou bilhões) de dólares...
Isto poderia ser a chave para um verdadeiro "negócio da China" para a MB. Dependendo dos valores negociados, a MB poderia mesmo obter os 4 navios desta classe que se presumiu no PAEMB original. Se para cada navio destes é necessário ao menos 2 escoltas, 8 destroyers seria uma boa pedida para começar, além dos (4)LHD de praxe e quiçá os 5 navios logísticos solicitados. Neste aspecto, o componente político seria fulcral para aliviar a barra da MB na questão orçamentária e negocial. O mesmo modelo de financiamento usado nas Tamandaré poderia ser disposto com os chineses.
Se for para fazer isso antes de terminar o projeto das Tamandaré e o Prosub, precisamos necessariamente oferecer algo em troca para os políticos se interessarem no negócio com os chineses. E a base para a 2a esquadra é só um exemplo do que a MB tem de chamarizes para tanto.
Usar, e bem, é outra conversa.