EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

[FCarvalho]

Já apareceram 2 ofertantes ao EB. E provavelmente haverá customizações para a atende-lo. Ou seja, o EB conhece os concorrentes (e talvez nem queira outros) e sabe quais customizações ele vai querer.
A propósito: há Atmos com o chassi do Tatra-815.
Ou seja, com os 2 candidatos o EB pode ter o chassi do Tara se o quiser.

Sim, tanto a Avibrás/CAESAR como o Atmos tem a base no chassi Tatra.
Com relação a este, dependendo do que o EB quiser, é provável que a Denel possa oferecer o T-5, que também opera o chassi tcheco, e por fora, acredito, os turcos com o seu modelo AP-SR, chineses com a versão AP-SR do seu AH-4, e quem sabe até os britânicos com o M-777 AP-SR também sobre o chassi Tatra.
Diferente do obuseiro AP-SL, temos muito mais opções para poder escolher qual será o obuseiro que irá equipar a inf/cav mecanizada.
Quanto mais concorrência, melhor. Até por isso eu preferia que a Avibrás ficasse quieta no canto dela.

abs

[gabriel219]

VBC AC LSR é uma versão do LMV anticarro. Não sei que viagem foi essa de achar que vai ser o Guarani 6x6.

[FCarvalho]

Essa confusão de descrições e de siglas deixa qualquer um maluco. Mas ainda bem que não tem nada a ver. Melhor assim.

abs

[eligioep]

..............................................................................
De todas essas versões, a única que chegou a ter um avanço concreto foi a VBE Engenharia, dado que até foram adquiridos os insumos da Pearson Engennering para avaliações, prevendo-se três tipos de implementos diferentes.
A VBE Morteiro teve algumas ofertas apresentadas na LAAD'19, mas que até o momento não passou disso.
As versões VBC Cav seria a VBR MR? A VBC AC LSR seria uma versão baseada no chassi 6x6 do Guarani, já que o LSR significa Leve Sobre Rodas, enquanto a MSR significa Média Sobre Rodas.
É o Lince (VBLSR) com mísseis.

A VBE Socorro ainda consta, penso eu, até que o EB consiga testar as viaturas de recuperação americanas adquiridas e ainda não recebidas. Isto feito, pode ser uma versão nacional destas surja ou que a VBE Guarani ganhe corpo de fato.
Não virão mais..........

A VBE Lança Ponte depende essencialmente da aquisição e adaptação do implemento necessário, o que pode ser feito com a própria Pearson Engennering.
Já fizeram um para o USArmy, com o Striker

No caso da VBE AAe, que para mim foi uma boa surpresa aparecer nesta lista, é uma versão que pode ter uma solução simples e eficaz, ou podem complicar a própria vida querendo alocar na mesma itens que passam longe do alcance orçamentário do EB.
Por fim, as versões ambulância, PC, comunicações, são modelos que não demandam alterações na estrutura das viaturas que tornem a sua adaptação, inclusive de bldos já existentes, algo complexo e caro.
O PC e o Amb necessitam diversas modificações estruturais: teto elevado, portas mais amplas e sistema de geração de energia melhorado (APU?.....)

Essa DQEBN é algo que simplesmente não entendo a serventia até hoje.
Ademais, a versão oficina proposta no começo do programa não aparece nesta lista.
Foi substituído por containeres especializados, muito mais eficientes.

abs

[FCarvalho]

Obrigado Eligio pelas informações e correções.

Aproveitando a oportunidade, no caso das VBE PC e Ambulância, alguma previsão para se encaminhar o reprojeto necessário da versão básica VBTP, ou vão ficar para o fim da fila dos desenvolvimentos a serem feitos?

A VBE Lança Ponte não poderia ser substituída por um veículo Astros/Tatra 6x6 ou 8x8 e cumprir a mesma função? Mais rápido e mais fácil adaptação? Menor custo? Desconheço o uso operacional da modificação feita no Stryker do US Army.

Aquele veículo da Avibrás na versão Socorro não era para nós, e nem foi pedido para o EB, mas chamou a atenção de todos. Que fim levou aquilo, se podes nos dizer? Se a VBE Socorro voltou à baila é porque outras opções não estão mais sendo consideradas. A chegada da Tatra ao Brasil pode mudar esse quadro?

abs

[FCarvalho]

A VBE Socorro ainda consta, penso eu, até que o EB consiga testar as viaturas de recuperação americanas adquiridas e ainda não recebidas. Isto feito, pode ser uma versão nacional destas surja ou que a VBE Guarani ganhe corpo de fato.

Não virão mais...

Empresas no Brasil que oferecem versões de socorro de seus veículos pesados:

MB;
IVECO;
VW/MAN;
TATRA - em processo de instalação.

Sem alternativas para a VBE Socorro?

abs

[gabriel219]

Mesmo sendo caro, o NEMO poderia ser avaliado. Além de ser de todo melhor que qualquer morteiro por ai, o custo de adaptação é bem baixo e ainda deixa um amplo espaço interno na viatura, que poderia ser utilizada para acomodar mais dois Mrt 82 mm:



Pode também disparar diretamente no alvo, o que daria uma capacidade semelhante a um MGS em destruição de Infraestrutura e Anti-infantaria.

[FCarvalho]

Creio que quando a seleção do modelo porta morteiro a ser adotado for lançada na prática, a Patria tende a oferecer tanto o NEMO como o AMOS. Embora possam ser sistema caros se comparados aos demais, ele compensa isso com certas vantagens em termos de poder de fogo, precisão, alta cadência e pouca interferência no chassi do veículo a ser usado.



Uma seção de morteiros em uma unidade de cav mec equipado com 4 veículos com a torre AMOS, por exemplo, seria equivalente a 2 baterias de morteiros comuns. É questão de custo x benefício.
Pagar um pouco mais caro para ter sistemas que propiciem mais capacidades com a mesma quantidade de equipamentos me parece ser uma boa ideia, considerando nossa organização atual.
Seria a minha escolha para a VBE porta morteiro dos Guarani.

[arcanjo]

Fábrica da IVECO Defence no Brasil recebe importante certificação de eficiência



A fábrica da IVECO Defence Vehicles, em Sete Lagoas (MG), alcançou o nível bronze no programa World Class Manufacturing (WCM), um dos mais altos padrões da indústria de manufatura no mundo. O reconhecimento representa importante conquista para a planta na busca constante por melhorias de processos e excelência de produção.

Inaugurada em 2013, a estrutura tem 30 mil m², sendo 18 mil de área coberta (produção e logística), e foi a primeira a fabricar produtos de defesa fora da Europa. O primeiro produto nacional foi a Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP-MR), mais conhecido como Guarani, fruto da parceria da empresa com o Exército Brasileiro. Mais de 450 unidades foram entregues aos militares até agora.

“Essa conquista é resultado do esforço e da competência de toda a nossa equipe de Sete Lagoas. A planta de defesa é extremamente complexa e tem um processo 100% manual, que depende de muita qualificação e dedicação de todos os operadores. Temos ainda uma área de solda de aço balístico, que demanda uma expertise muito específica”, afirma Izidro Penatti, diretor Industrial da planta.

Com capacidade para transportar até onze pessoas, o Guarani pesa 18 toneladas, possui tração 6X6, pode chegar a 110 km/h e tem função anfíbia. Além de ar-condicionado, apresenta uma série de inovações tecnológicas, como sistema automático de detecção e extinção de incêndio e baixa assinatura térmica (o que dificulta sua localização), entre outros.

“Temos feito um trabalho consistente em todo o nosso complexo industrial, não apenas na fábrica de defesa, mas também na de veículos comerciais e, também, na de motores, que completaram 20 anos em 2020. Seguiremos com as melhores práticas do WCM, aperfeiçoando cada vez mais os nossos processos e a produção industrial”, completa Penatti.

WCM

O WCM está presente em todas as unidades produtivas da marca no mundo e trabalha no aprimoramento constante de gestão e processos, visando a eliminação de desperdícios de qualquer espécie (energia, materiais e capital humano) e reduzindo custos e prazo de entrega.

Guarani

As unidades entregues ao Exército Brasileiro são usadas em missões de pacificação e em operações de combate ao crime organizado nas regiões fronteiriças do país. A plataforma do blindado pode ser usada como base para o desenvolvimento e a produção de uma família de blindados em diferentes versões, entre as quais viaturas de reconhecimento, socorro, posto de comando, porta-morteiro e ambulância.

O blindado conta com o motor Cursor 9 Euro V, da FPT Industrial. O Cursor “militar” foi configurado para entregar 380 cv. Especialmente para aplicação no Guarani, o motor recebeu reforços para atender as exigências da aplicação militar. A começar pela blindagem no alternador, responsável por gerenciar as fontes de energia elétrica como a bateria, e no módulo eletrônico de injeção de combustível. Além de estar blindado, o módulo foi montado em uma área mais protegida do veículo. As tampas do cabeçote do motor, originalmente de plástico, foram trocadas por tampas de ferro fundido.

Forte aceleração e respostas rápidas. Essas características marcam o desempenho do motor Cursor 9, e são resultantes das altas pressões de injeção de diesel do sistema eletrônico do motor, que favorecem a pulverização do combustível na câmara de combustão, e, consequentemente possibilitam uma queima mais eficiente. Para se ter uma ideia, a pressão de injeção de um motor a gasolina convencional em um carro popular chega a três bar, enquanto o motor da FPT Industrial entrega 1.800 bar. Além de potente e forte, o motor tem uma vida útil de 8.000 horas.

FONTE: Portal BIDS

https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... rasil.html

abs.

arcanjo

[knigh7]

Do Prog EE Guarani. Planejamento do EB 2020-2023:

[gabriel219]

Do Prog EE Guarani. Planejamento do EB 2020-2023:

Fico imaginando aqui se o EB tivesse fechado acordo com a Patria, lá em meados de 2005, para o AMV ao invés da Iveco.

Já era um produto pronto e um tanto maduro, não teríamos perdido tempo com seu desenvolvimento e ainda estaríamos numa boa época de recursos disponíveis para programas de defesa.

O melhor: ele não capota virando curva de rodovia.

[gabriel219]

Aliás esse papo do AMV me acendeu um alerta e uma dúvida sobre o porque de terem projetado o Guarani dessa forma, que me parece ter sido um erro bem feito, causador da instabilidade da viatura:

Dimensões do Guarani (AxLxC): 2,32 m x 2,70 m x 6,9 m.

SuperAV: 2,3 m x 2,80 m x 7,9 m.
AMV: 2,3 m x 2,80 m x 7,65 m.
Stryker: 2,64 x 2,72 m x 6,64 m.

Outras viaturas seguem essa média. O Guarani possui a dimensão de viaturas com 8 rodas, inclusive supera algumas 8x8 em tamanho, porém consegue ser mais estreito que tais viaturas. Isso aqui não é conclusivo, mas faz pensar que é claramente um erro no desenvolvimento. As duas rodas a mais fazem uma diferença não apenas quanto a mobilidade, mas também na estabilidade da viatura, principalmente nas laterais.

O Guarani é um descendente do SuperAV, porém é pouco menor que o mesmo, em comprimento. Outras viaturas 6x6 que derivam de seus antecessores 8x8, como AMV 6x6, possuem dimensões bem menores que os seus derivativos, chegando até 2 metros de diferença no comprimento.

Outro problema é quanto ao espaço interno. O Guarani sobre muito com a falta deste e é surpreendente, tendo em vista que chega a superar em tamanho viaturas 8x8 e até igualar ou ser pouco inferior em viaturas 8x8 mais novas, que possuem um volume interno bem maior.

Mas isso seria normal num desenvolvimento de uma viatura praticamente nova - o que pra mim foi O erro do projeto, sendo melhor o EB ter buscado algo já consolidado e pronto no mercado, com produção nacional e ofertas teve - mas essas coisas vem a tona quando o Guarani alcança quase a unidade 500 de produção. Fico aqui pensando: como que uma viatura com erros assim passou nos testes e depois de centenas delas, alguém vai lá e diz "Ora, Santo Deus, tem um erro brutal aqui!"???

[vplemes]

Aliás esse papo do AMV me acendeu um alerta e uma dúvida sobre o porque de terem projetado o Guarani dessa forma, que me parece ter sido um erro bem feito, causador da instabilidade da viatura:

Dimensões do Guarani (AxLxC): 2,32 m x 2,70 m x 6,9 m.

SuperAV: 2,3 m x 2,80 m x 7,9 m.
AMV: 2,3 m x 2,80 m x 7,65 m.
Stryker: 2,64 x 2,72 m x 6,64 m.

Outras viaturas seguem essa média. O Guarani possui a dimensão de viaturas com 8 rodas, inclusive supera algumas 8x8 em tamanho, porém consegue ser mais estreito que tais viaturas. Isso aqui não é conclusivo, mas faz pensar que é claramente um erro no desenvolvimento. As duas rodas a mais fazem uma diferença não apenas quanto a mobilidade, mas também na estabilidade da viatura, principalmente nas laterais.

O Guarani é um descendente do SuperAV, porém é pouco menor que o mesmo, em comprimento. Outras viaturas 6x6 que derivam de seus antecessores 8x8, como AMV 6x6, possuem dimensões bem menores que os seus derivativos, chegando até 2 metros de diferença no comprimento.

Outro problema é quanto ao espaço interno. O Guarani sobre muito com a falta deste e é surpreendente, tendo em vista que chega a superar em tamanho viaturas 8x8 e até igualar ou ser pouco inferior em viaturas 8x8 mais novas, que possuem um volume interno bem maior.

Mas isso seria normal num desenvolvimento de uma viatura praticamente nova - o que pra mim foi O erro do projeto, sendo melhor o EB ter buscado algo já consolidado e pronto no mercado, com produção nacional e ofertas teve - mas essas coisas vem a tona quando o Guarani alcança quase a unidade 500 de produção. Fico aqui pensando: como que uma viatura com erros assim passou nos testes e depois de centenas delas, alguém vai lá e diz "Ora, Santo Deus, tem um erro brutal aqui!"???

Bem, é o mesmo exercito que passou mais de trinta anos para desenvolver um misero fuzil e acabou saindo o IA-2. O mesmo para seu míssil AC, o mesmo que na hora de comprar um CC optou pelo mais barato em detrimento de uma versão do Leopard 2. Em fim, para quem já fez isso e muito mais, o que é uma reinvençãozinha da roda aqui e outra acolá?

[gabriel219]

Aliás esse papo do AMV me acendeu um alerta e uma dúvida sobre o porque de terem projetado o Guarani dessa forma, que me parece ter sido um erro bem feito, causador da instabilidade da viatura:

Dimensões do Guarani (AxLxC): 2,32 m x 2,70 m x 6,9 m.

SuperAV: 2,3 m x 2,80 m x 7,9 m.
AMV: 2,3 m x 2,80 m x 7,65 m.
Stryker: 2,64 x 2,72 m x 6,64 m.

Outras viaturas seguem essa média. O Guarani possui a dimensão de viaturas com 8 rodas, inclusive supera algumas 8x8 em tamanho, porém consegue ser mais estreito que tais viaturas. Isso aqui não é conclusivo, mas faz pensar que é claramente um erro no desenvolvimento. As duas rodas a mais fazem uma diferença não apenas quanto a mobilidade, mas também na estabilidade da viatura, principalmente nas laterais.

O Guarani é um descendente do SuperAV, porém é pouco menor que o mesmo, em comprimento. Outras viaturas 6x6 que derivam de seus antecessores 8x8, como AMV 6x6, possuem dimensões bem menores que os seus derivativos, chegando até 2 metros de diferença no comprimento.

Outro problema é quanto ao espaço interno. O Guarani sobre muito com a falta deste e é surpreendente, tendo em vista que chega a superar em tamanho viaturas 8x8 e até igualar ou ser pouco inferior em viaturas 8x8 mais novas, que possuem um volume interno bem maior.

Mas isso seria normal num desenvolvimento de uma viatura praticamente nova - o que pra mim foi O erro do projeto, sendo melhor o EB ter buscado algo já consolidado e pronto no mercado, com produção nacional e ofertas teve - mas essas coisas vem a tona quando o Guarani alcança quase a unidade 500 de produção. Fico aqui pensando: como que uma viatura com erros assim passou nos testes e depois de centenas delas, alguém vai lá e diz "Ora, Santo Deus, tem um erro brutal aqui!"???

Bem, é o mesmo exercito que passou mais de trinta anos para desenvolver um misero fuzil e acabou saindo o IA-2. O mesmo para seu míssil AC, o mesmo que na hora de comprar um CC optou pelo mais barato em detrimento de uma versão do Leopard 2. Em fim, para quem já fez isso e muito mais, o que é uma reinvençãozinha da roda aqui e outra acolá?

É um erro tão básico que me faz suspeitar de não ser pura burrice.

Sério, fico aqui pensando: será tão difícil imaginar que uma viatura 6x6, do tamanho de um 8x8 e mais estreita seria instável?

Fora aquele erro de cálculo um tanto quanto duvidoso.

[vplemes]

Bem, é o mesmo exercito que passou mais de trinta anos para desenvolver um misero fuzil e acabou saindo o IA-2. O mesmo para seu míssil AC, o mesmo que na hora de comprar um CC optou pelo mais barato em detrimento de uma versão do Leopard 2. Em fim, para quem já fez isso e muito mais, o que é uma reinvençãozinha da roda aqui e outra acolá?

É um erro tão básico que me faz suspeitar de não ser pura burrice.

Sério, fico aqui pensando: será tão difícil imaginar que uma viatura 6x6, do tamanho de um 8x8 e mais estreita seria instável?

Fora aquele erro de cálculo um tanto quanto duvidoso.

Veja, eu não sou contra o desenvolvimento de equipamentos autóctones. Até acho importante desenvolver equipamentos nacionais. O Que não entendo é essa tara que o EB tem de reinventar a roda. Custa utilizar uma solução já testada e provada? Porque fazer algo do zero quando existem um monte de soluções prontas e provavelmente mais baratas? Não precisávamos desenvolver o guarani do zero, podíamos ter pego algum equipamento provado e só produzir sob licença. Nem a desculpa de criar e fabricar algo nacional cola nesse caso do guarani. Quase nada do veículo é fabricado no Brasil. Motor, transmissão e quase tudo que tem alto valor agregado é importado. Nem o aço balístico é brasileiro por questões de custo. Pra ser assim, um produto pronto e já testado teria sido muito mais prático, eficiente e barato.