Não encaro isso como uma heresia, pois as nossas principais HE estão ligadas ao contexto regional. E este inclui, se muito, enfrentamentos para a defesa de nossas fronteiras e integridade territorial - a Amazônia agora está na moda outra vez - missões a serviço da ONU e uma certa capacidade expedicionária dentro do nosso entorno estratégico definido pela END como sendo a América do Sul, a costa ocidental africana e agora, a costa do pacífico e o mar do Caribe.Túlio escreveu: Dom Dez 20, 2020 2:23 pmSei que vou dizer uma baita HERESIA mas não lhes parece estranho estarmos debatendo um MBT capaz de lutar e vencer contra os melhores DO MUNDO, no céu (que é por onde se começa uma guerra, BTW) nos contentamos com um caça capaz de fazer o mesmo apenas contra os melhores DA REGIÃO (América do Sul)?
P ex, caso os EUA posicionassem F-22 e/ou F-35 na Colômbia; os Russos botassem Su-57 no que sobrou da Venezuela; ou os chinas botassem J-20 e/ou J-31 no que sobrar da Argentina; e resolvessem nos atacar, quanto tempo duraria o Gripen? E depois dele tanto faz se for Leopard 2A7+ ou SK-105, alguma coisa vem de cima e os manda todos pro beleléu, com superblindagem, ERA, APS e o que mais tiverem.
Me parece que as FFAA sabem de algum jeito que só o protagonismo REGIONAL lhes cabe no bolso e assim será por muito tempo ainda. Assim, me parece que se contentam com o que, a custo razoável, possa encarar e vencer os TAM e/ou T-72 que sobrarem após a FAB fazer o serviço.
PS.: não me xinguem, eu avisei que ia dizer HERESIA...
Os militares do ponto de vista doutrinário não encaram como ameaças críveis OTAN, USA e/ou outras eventuais potencias militares/econômicas, mas tem em mente que uma intervenção de qualquer uma delas aqui seria a priri enfrentada militarmente de forma assimétrica, já que na prática não teríamos condições de oferecer oposição capaz de resistir a tal investida. Essa é a lógica com a qual se trabalha.
Portanto, os projetos de modernização das forças levam em conta, principalmente, elementos econômicos, e quando possível, industriais, C&T e operacionais quando da escolha de sistemas que irão operar. Antes de tudo tem que caber no bolso, e depois ser bom e eficaz. Eficiência é um luxo o qual o planejamento militar brasileiro não considera prioritário.