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Mensagem
por FCarvalho » Sex Dez 04, 2020 12:09 am
Tenho a impressão que o EB vai tentar envidar o mesmo tipo de obuseiros 155mm para as AD e bda inf e cav mec.
Praticamente todos os fornecedores críveis deste tipo de material oferecem seus produtos em ambas as versões, AP e AR. Esse dueto pode nos ser algo vantajoso pois traria maior quantidade de peças em adoção, o que pode tornar o custeio delas menor e mais fácil em termos logísticos.
Os M-109A5 recém adquiridos segundo o planejamento do EB devem passar pela mesma modernização do primeiro lote, mas isso ainda deve levar tempo. E nem se sabe se todos ou apenas parte da frota sofrerá esta intervenção.
Pela quantidade de GAC AP-SL existentes nas bda blindadas, apenas dois, o que temos hoje dá e sobra para as necessidades destas OM. O problema são as VBE que deveriam existir nestes grupos e que não temos. A ver o que será feito dos GAC AP-SL nas AD.
A última vez que vi, as AD atuais dispunham cerca de 6 GAC AR equipados com os M-114. Isso dá (+-)108 obuseiros, em uma organização tradicional a 3 bia cada grupo. A 6a Divisão de Exército foi restabelecida ano passado salvo engano. Isso pode ensejar a criação, ou recriação, não sei, da AD 6 e respectivas OM relacionadas. Há ainda o equipamento das escolas de formação, o que significa mais 2 ou 3 bia, pelo menos, em demanda. Só aí já temos necessidades para bem mais que os 120 M-198 oferecidos.
No caso dos GAC AP-SR, eles serão, ou seriam, não sei, em torno de 8 unidades, somando bdas de inf e cav mecanizada. Em um padrão convencional de organização, a demanda hipotética seria para mais de 140 veículos/obuseiros. Mas como o Knigh7 já colocou anteriormente, o EB vai equipar apenas algumas destas OM, e mesmo assim, com apenas metade do que seria o necessário.
Os hiatos materiais e humanos da artilharia de campanha do EB são tão grandes, ou maiores até, quanto das demais armas. Penso que destas, é a que menos recebeu em investimentos praticamente desde a chegada dos M-101/114 há mais de 60 anos atrás. Quase tudo na artilharia de campanha cheira a naftalina. Apenas o Gênesis é um dos poucos investimentos feitos, e mantidos, ao longo dos últimos anos. De resto, meu avô, se vivo fosse, não se surpreenderia nem um pouco com o que encontrasse hoje nos GAC do exército. E olha que ele passou dessa para melhor há 62 anos atrás.
De qualquer forma, a chegada dos M-109 trouxe grande alento para a artilharia e foi, na verdade esá sendo, um verdadeiro ponto de inflexão na história da arma de Mallet.
Assim como os M-109A5+ que chegaram via EDA, e estão sendo modernizados, é possível envidar soluções que sejam ao mesmo tempo de oportunidade e caracterizadas como investimento puro. Isto serve para os obuseiros SL como pode servir para os futuros obuseiros SR. Vai depender da atenção que dermos para as oportunidades que aparecerem.
Espero que a substituição dos obuseiros 105 AR assim como os pesados encontre solução rápida e de baixo custo, mas eficaz.
abs
Carpe Diem