EDIT MOD: CV 3, agora FCT

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2176 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 10, 2020 10:31 am

Os israelenses com certeza devem estar fazendo um esforço bem grande a fim de colocar os seus sistemas nas Tamandaré. Mas a relação deles com a marinha não é tão carnal quanto a FAB.
De qualquer forma, as opções de sistemas que eles tem nos oferecem bem mais flexibilidade do que o SeaCeptor.
E ainda tem a questão do GT AAe no qual eles também devem estar oferecendo seus produtos.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2177 Mensagem por gabriel219 » Ter Nov 10, 2020 12:54 pm

Pode ser o Artisan ainda. Tanto o Barak-ER quanto o Tamir só dependem da primeira informação por data-link para se direcionarem até ao alvo, com uma última atualização para o Barak. Ambos possuem guiagem autônoma e capacidade LOAL.

Mas prefiro o M-STAR ao Artisan 3D.

A Corveta Sa'ar 5 consegue impor 64 mísseis Barak 1. Daria para utilizar melhor as 3,200 toneladas da Tamandaré, com 24 VLS, equipando-se com 12 mísseis Barak ER (aumentar o Booster pra chegar aos 200 km) + 48 mísseis Tamir (4 mísseis em cada tubo VLS). É um poderio muito alto e provavelmente a um custo 2x menor a 48 SeaCeptor que a FCT poderia ser equipada.

Fora que ambos os mísseis podem servir ao EB e a FAB.

Eu preferia até o Umkhonto ao SeaCeptor, não que seja um demérito ao último, mas é um míssil caro demais e muito avançado, que no final faria o mesmo trabalho do que um míssil 30x mais barato.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2178 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 10, 2020 2:11 pm

Se minha memória não me falhe, no cronograma da marinha a definição de todos os sistemas das Tamandaré será feita até o fim do primeiro semestre do ano que vem.
Então, temos mais 6 meses pela frente até que tudo esteja pronto.
Ainda acho que a definição dos mísseis destes navios deve estar ligada direta ou indiretamente aos resultados dos GT AAe de alguma forma.
Se a ideia dos GT é encontrar um sistema, ou sistemas, que possam servir a todas as forças armadas, nada mais lógico do que isso também se reflita na escolha dos mísseis AAe para as futuras fragatas da MB.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2179 Mensagem por Fab-Wan » Ter Nov 10, 2020 2:15 pm

Gabriel, o Tamir é compativel com VLS do Barak? Pergunto pois todas as imagens que vi do C-Dome, me parece o VLS padrão do Iron Dome, mas imbutido no casco naquela disposição de 5x4.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2180 Mensagem por gabriel219 » Ter Nov 10, 2020 2:44 pm

Sinceramente não sei afirmar, porém é inadmissível que uma Corveta com metade da tonelagem e menor que a FCT seja quase 8x mais armada. Nem precisaríamos de tudo isso, a disposição que eu descrevi acima já transformaria a FCT em uma fragata muito poderosa.

12 VLS é muito pouco, precisaríamos de 5 FCT's pra fazer o que 1 Sa'ar 6 faria, isso não é uma economia inteligente. Melhor gastar pra dar um jeito de colocar mais VLS e espaço tem sobrando.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2181 Mensagem por J.Ricardo » Ter Nov 10, 2020 3:46 pm

Acho muito estranho na FT a quantidade de tripulantes que são necessários para opera-la, outros navios maiores usam menos pessoas.
Não sei se é pouca automatizada, ou não sei o motivo.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2182 Mensagem por alex » Qua Nov 11, 2020 8:33 am

Se me lembro bem uma declaracao de um oficial da MB foi uma opcao ter mais tripulacao para manutencao da embarcacao. Quanto a capacidade de misseis da Sa'ar devemos pensar que ela opera no Mediterraneo que tem condicoes mais calmas que Atlantico e Pacifico. Para uso nestes oceanos a tonelagem da embarcacao com mais misseis aumenta. Os russos possuem corvetas de 900 ton altamente armadas no mar Negro.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2183 Mensagem por gabriel219 » Qua Nov 11, 2020 9:03 am

Não precisa ser equipada como a Sa'ar 6, mas 12 VLS pra uma Fragata com quase 3,400 toneladas é muito pouco. 24 VLS seria o ideal, até 18 VLS seria bem aceitável.

16 VLS daria para equipar a Corveta com 10 mísseis Barak ER + 32 mísseis Tamir, ainda poderosa para o seu porte.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2184 Mensagem por FCarvalho » Qua Nov 11, 2020 10:51 am

Cada silo do SeaCeptor pode levar até 4 mísseis, certo? Se sim, os 12 que a Tamandaré em tese levaria podem se tornar até 48 mísseis. O que para as pretensões da MB em termos orçamentários, é algo bastante factível dado que o navio dificilmente levará a carga total de armas em tempos de paz.

Ao que eu saiba a MDBA está trabalhando em uma versão ER deste míssil que o levaria até cerca de 45 kms de alcance. Algo ainda bastante limitante para os padrões atuais dos mísseis AAe de navios do porte de fragatas.

Por outro lado, o SeaCeptor é um sistema disponível, também, em versão terrestre na forma do CAMM. O que deixa ele como sendo uma alternativa para as demais forças dentro do escopo do GT AAe Média Altura/Alcance.

Ainda acredito que o martelo será batido quando o MD encetar uma resposta final para o problema da AAe comum às ffaa's.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2185 Mensagem por gabriel219 » Qua Nov 11, 2020 11:23 am

FCarvalho escreveu: Qua Nov 11, 2020 10:51 am Cada silo do SeaCeptor pode levar até 4 mísseis, certo? Se sim, os 12 que a Tamandaré em tese levaria podem se tornar até 48 mísseis. O que para as pretensões da MB em termos orçamentários, é algo bastante factível dado que o navio dificilmente levará a carga total de armas em tempos de paz.

Ao que eu saiba a MDBA está trabalhando em uma versão ER deste míssil que o levaria até cerca de 45 kms de alcance. Algo ainda bastante limitante para os padrões atuais dos mísseis AAe de navios do porte de fragatas.

Por outro lado, o SeaCeptor é um sistema disponível, também, em versão terrestre na forma do CAMM. O que deixa ele como sendo uma alternativa para as demais forças dentro do escopo do GT AAe Média Altura/Alcance.

Ainda acredito que o martelo será batido quando o MD encetar uma resposta final para o problema da AAe comum às ffaa's.

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A questão é o custo. O conjunto 48x CAMM-ER + Artisan 3D pra uma Fragata equipam 3 Fragatas com 10 Barak-ER + 32 Tamir + MF-STAR e ainda ficam mais poderosas.

Parece que você não entende! Qual o sentido de pagar quase US$ 1 mi em um míssil de 45 km de alcance pra abater mísseis inimigos que custal US$ 300-700 mil que superam seu alcance, como Peguim MK3/MK2mod7?

Ou você acha que o piloto do helicóptero vai dar uma chance pro navio atirar contra?

Sistemas de médio alcance possuem validade ZERO no campo de batalha atual, por serem caros demais e somente poder agir contra as munições, pois armas standoff estão cada vez mais baratas.

Hoje só existe anti-PGM (barato e curto alcance, no máximo 30-40 km) e Anti-vetor (caro, guiagem autônoma e longo alcance, acima de 150 km). Médio alcance é gastar dinheiro a toa pra interceptar munições que custam a metade do valor do interceptador.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2186 Mensagem por FCarvalho » Qua Nov 11, 2020 3:59 pm

Eu nem me referi a custos Gabriel. Apenas queria confirmar a informação sobre a capacidade dos silos.
Se o SeaCeptor custa US 1 milhão ou mais a unidade, com certeza isso será levado em consideração. Por isso que digo que o sistema AAe das fragatas deve ser definido junto com a AAe das demais forças. É uma forma de tentar diminuir os custos mediante a aquisição de um pacote maior destes sistemas. Nos daria mais cacife para negociar.
Como disse, eu sou de opinião que o Umkhonto deveria ser uma aposta de longo prazo, pois apesar dos riscos, e do alto investimento em desenvolvimento, tudo o que for colocado neles voltará na forma de ampliação da capacidade industrial, formação mão de obra e PDI no país, além dos óbvios ganhos tributários.
Como não temos pressa e não estamos premidos por soluções imediatas, temos tempo e paz para resolver bem esta questão a partir de soluções que colaboram o mais possível com a END.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2187 Mensagem por Fábio Machado » Qua Nov 11, 2020 11:07 pm

O problema é que a Denel anda meio mal das pernas. Como é uma empresa estatal, não acho que vai falir. Entretanto, hoje ta meio complicado fazer negócios com eles, ainda mais uma parceria.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2188 Mensagem por FCarvalho » Qui Nov 12, 2020 4:51 pm

Sim, o problema da Denel foi e ainda é de má gestão. Estatais tem sempre esse tipo de problema quando não fiscalizadas com o zelo e rigor necessário.
Por outro lado, a empresa está sob intervenção e um novo presidente foi designado para arrumar a casa. Pelo que sei, o sujeito está fazendo um bom trabalho e a empresa começa a respirar novamente.
Parceria com quem está precisando muito de apoio financeiro é algo que pode facilitar muito a nossa vida. Principalmente neste momento em que a empresa precisa mostrar capacidade de retomada dos negócios.
Eles já nos ofereceram o Umkhonto em parceria, inclusive o Marlin, em tempos passados. Mas não houve uma resposta de parte dos governos anteriores.
O atual MD já visitou a empresa esse ano ou ano passado. E viu que a Denel é muito mais do que se comenta por aí em termos de capacidades tecnológicas. Não me lembro de nenhum outro MD visitar empresas lá fora sem que com isso novos negócios fossem feitos, ainda que no médio e longo prazo. Torço para que seja o caso.
O Umkhonto e família pode não ser o melhor vetor e nem o mais avançado, mas há outras vantagens que esse tipo de iniciativa podem nos trazer, bem mais amplas e coerentes com nossa política de defesa do que simplesmente comprar alguma das muitas caixas pretas que vivem nos oferecendo.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2189 Mensagem por FCarvalho » Sáb Nov 21, 2020 7:56 pm





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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2190 Mensagem por arcanjo » Ter Jan 12, 2021 3:55 pm

Thyssenkrupp rebatiza estaleiro que vai construir as fragatas classe Tamandaré

https://1.bp.blogspot.com/-XO4fMbAtqt4/X_3rKUFAWhI/AAAAAAAAKh0/lqHHEsq94mguSIrAG92lDaI3buvxHbXZQCLcBGAsYHQ/s1300/Estaleiro-Oceana.jpg

Com a conclusão da aquisição do estaleiro Oceana pela thyssenkrupp Marine Systems do Brasil, a empresa rebatizou a instalação, que passa a se chamar thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul.

O negócio é parte da estratégia internacional da thyssenkrupp para o fortalecimento da área de defesa naval no Brasil e América do Sul. O Estaleiro Brasil Sul, localizado em Itajaí (SC), será destinado à construção das quatro fragatas da Classe Tamandaré para a Marinha do Brasil, que contarão com a tecnologia naval comprovada de construção de navios de defesa da Classe MEKO®, que já opera em 15 países.

Dr. Rolf Wirtz, CEO da thyssenkrupp Marine Systems: “Com o Estaleiro Brasil Sul, nós temos uma infraestrutura excelente para construir a mais moderna fragata para a Marinha do Brasil. O estaleiro também nos oferece a perspectiva de novos pedidos, não só localmente, mas também em outros países da América do Sul.”

Com mais de 20 anos de experiência, o estaleiro é um dos mais modernos do Brasil. Localizado em região com forte vocação naval, em uma área de 310.000 m², tem alta capacidade de construção e aplica os mais inovadores processos de produção com alto nível de automação e tecnologia de ponta. Nos últimos anos, já entregou grandes embarcações, como por exemplo, navios para operações offshore de, aproximadamente, 90 metros de comprimento e 19 metros de largura.

https://1.bp.blogspot.com/-wKaTl3GxNRY/X_3rSHQ5ECI/AAAAAAAAKh4/ihT72w27WJMFSH-Abuq9TO4VAIfL5FEhQCLcBGAsYHQ/s1920/Maquete-da-Tamandare.jpeg
Maquete da fragata classe Tamandaré

Sobre a thyssenkrupp Marine Systems

A thyssenkrupp Marine Systems é a empresa majoritária da sociedade de propósito específico, Águas Azuis, estabelecida com a Embraer Defesa & Segurança e a Atech, subsidiária da Embraer – para a ampliação e modernização da esquadra da Marinha do Brasil. Uma das empresas navais líderes mundiais, com cerca de 6.000 funcionários, atua como fornecedora de sistemas de construção naval de superfície, submarinos e em eletrônica marítima/tecnologia de segurança. Com mais de 180 anos de história e uma busca constante pelo aprimoramento, a empresa está sempre estabelecendo novos padrões. A thyssenkrupp Marine Systems oferece aos seus clientes soluções personalizadas em todo o mundo para desafios altamente complexos em um mundo em mudança. A chave para isso são os colaboradores da empresa, que moldam o futuro da thyssenkrupp Marine Systems com paixão e compromisso todos os dias. Mais informações em: www.thyssenkrupp-marinesystems.com.

Sobre a thyssenkrupp

A thyssenkrupp é um grupo internacional composto por empresas industriais e tecnológicas independentes. O Grupo gerou vendas de €29 bilhões em 60 países no ano fiscal de 2019/2020. Sob uma forte marca de referência, nossos produtos e serviços contribuem com a criação de um futuro melhor e mais sustentável. A competência e o comprometimento de nossos mais de 104 mil colaboradores ao redor do mundo são a base do nosso sucesso. Com nossa tecnologia e inovação, trabalhamos com nossos clientes para desenvolver soluções de baixo custo e consumo eficiente de recursos para os desafios futuros. Nós combinamos a orientação aos resultados com a responsabilidade empresarial e social.

Desenvolvendo negócios na América do Sul desde 1837, a thyssenkrupp emprega cerca de 3.500 colaboradores na região nos segmentos automotivo, mineração, química e defesa naval. Na América do Sul, a empresa contabilizou durante o ano fiscal 2019/2020 o faturamento equivalente a R$ 3 bilhões.

DIVULGAÇÃO: Ideal H+K Strategies

FONTE: Poder Naval


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