Em suma, respondendo à Pergunta Derivada do Objetivo Específico Identificar Sistemas de Armas com as características identificadas para ministrar Instrução Avançada, reconhece-se que a IA é possível de ser ministrada em diversos tipos de aeronaves, e que a sua escolha depende de muitas variáveis. Nesta investigação são realçados, por serem casos práticos de SA utilizados em projetos recentes de IA ou pela importância do seu conceito de operação, os seguintes SA para IA:
Leonardo M-346;
KAI T-50A;
T-X da Boeing-Saab;
Embraer A-29;
Pilatus PC-21.
As três soluções de futuro para a IA na FAP, por forma a responder à PP desta investigação – Quais as soluções de futuro para a Instrução Avançada de Pilotos de Combate na Força Aérea Portuguesa?, são:
Solução 1 – Manter a formação de PC na USAF
Apesar de ser reconhecido pelo CEMFA não ser a solução desejada, face às verbas disponibilizadas, identifica-se como uma solução viável e possível.
Solução 2 – Aquisição de um SA a jato.
Conceptualmente e ideologicamente, trata-se da solução ótima. No entanto, implica a conjugação de esforços a vários e diversos níveis, para além do da FAP, por forma a que se torne uma solução viável.
Solução 3 – Aquisição de um SA turbo-prop.
Solução identificada por diversos países para os seus novos SA de IA.
À semelhança da Solução 2, para que se torne viável, necessita de ser um projeto com outros parceiros.
O défice de performance face à Solução 2, no futuro, pode ser mitigada com a utilização do SA F-16M como aeronave de IA.
Neste seguimento, têm-se como principais contributos para o conhecimento decorrentes da presente investigação que:
A IA pode ser concretizada, com um SA a jato ou turbo-prop.
Que a substituição do SA Alpha Jet implica mais do que a substituição da aeronave, inclui a introdução de um novo conceito, LVC, que acompanha a aviação em geral, e a aviação de combate em particular, com a evolução para um SA5G.
Que a utilização do SA F-16M como SA de IA deve ser estudado, tanto a nível da longevidade das células e sistemas da aeronave para este tipo de missão, como de que forma se poderia integrar esta missão nas EC ou aplicar o SA à Esquadra de IA.
— Guião da entrevista semiestruturada
1. Vê vantagens na recuperação da capacidade da Força Aérea Portuguesa (FAP) em ministrar a Instrução Avançada (IA) dos Pilotos para as Esquadras Operacionais?
2. Quais as características que uma aeronave de IA, para a formação de Pilotos de Combate (PC), deverá ter?
3. Da sua experiência:
3.1. O défice de performance de uma aeronave turbo-prop (p.e. A-29, PC-21) para uma aeronave a jato (p.e. M-346, Hawk) é uma limitação para a transição operacional de um piloto tirocinado para o SA operacional (SAO)?
3.2. Apesar de já ter acontecido, a IA (de pilotos saídos do tirocínio) no SAO (F-16M), atualmente, é uma opção para a formação dos novos pilotos?
3.3. Com um novo SA (turb-prop ou jato) para a IA, atualizando os Syllabus das Fases III e IV, considera que a formação no SAO pode ser revista por forma a diminuir o tempo de formação e as horas de voo necessárias para a mesma?
4. Assumindo que a formação de PC vai continuar a ser feita na USAF, considera que a presença de um Piloto Instrutor, da FAP, seria uma mais valia no controlo da formação?
5. Com o advento da 5ª geração,
5.1. Quais considera serem os maiores desafios para a IA?
5.2. Considera que um SA que forme PC para F-16M terá as características necessárias para formar os mesmos Pilotos para um SA de 5ª Geração (SA5G)?
5.3. Assumindo a substituição do F-16M por um SA5G, na sua opinião, o F16M deveria ser utilizado como aeronave de Instrução Avançada?
5.3.1.Se respondeu que sim, que ajustes e /ou desafios deveriam ser tidos em conta na adaptação da formação dos PC?
Fonte:
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400. ... NANDES.pdf