Marcelo Ponciano escreveu: Qui Out 15, 2020 7:13 pm
FCarvalho escreveu: Qui Out 15, 2020 6:47 pm
Com USA e China se arrumando para se pegarem por aqui na nossa eterna proposta de quintal geoestratégico, quem deveria pipocar bases militares, ou coisa parecida pelo litoral africano e sul americano deveria sermos nós.
Fazemos muito bem em tocar ambos para fora daqui, ou no mínimo, fazer-lhes sombra em tudo e todas as vezes que aparecerem por aqui.
Não dá é para ficar servindo de pau de escora para a sanha alheia. A não ser que queiramos continuar na senda do país do futuro que nunca chega.
abs
Para isso, enxotar todo mundo da nossa sombra, precisávamos de um projeto de nação e povo muito bem definidos, como ocorre nos EUA e na China. Mas deixei de ter esperança nisso.
Vamos ser coadjuvantes, como fomos na 1° GM e principalmente na 2° GM. A questão é ser coadjuvante de quem...e nisso concordo com o Tulio, os EUA por pior que sejam estão no ramo de briga global há mais tempo que a China e ainda é nosso "vizinho" com tratado de guerra conosco assinado antes da OTAN (e no direito internacional a idade é documento). Não temos escolha, temos que cumprir o que assinamos em 1947.
Por mais que haja hesitação nossa, temos que fazer como Dom João VI nas guerras napoleônicas. Enganar o "Napoleão" até o último minuto, mas cumprir o tratado mais antigo com os "ingleses".
Historicamente o Brasil nunca teve projeto de coisa alguma. Tudo que acontece aqui até hoje são sempre projetos de poder minimalistas eurocêntricos onde o objetivo é sempre Paris, Nova Iorque ou Miami.
Com um país do tamanho do nosso onde as particularidades regionais e até mesmo urbanas são mais importantes que o todo, difícil acreditar que qualquer um por aqui tenha algum vislumbre de pais a não ser em dias de jogo da seleção ou 7 de setembro. Ou seja, brasilidade no Brasil é questão temporária e de oportunidade.
Dito isso, não se constrói um país sem educação que preste para o seu povo, garantindo o mínimo de direitos básicos a ele. Não temos nada disso. E sem que o povo se entenda como tal, nenhum político, intelectual ou novo salvador da pátria irá conseguir fazer destas terras um lugar com presente, passado e futuro.
O que os militares fazem desde sempre é seguir a cartilha positivista e ir levando a parte que lhes cabe, imaginando que isto fara do Brasil algum dia coisa que valha, quando ninguém aqui acredita ou sequer deseja isso.
Muita gente reclamou quando Brasília saiu do Rio de Janeiro, menos por questões institucionais e republicanas, para usar o termo da moda, do que pessoalidades e particularidades. Se o poder da União iria para os confins do serrado por questões politicas ou seja lá o que fosse, que fosse só e que se lascasse por lá sozinho. E olha que o planalto central naquela época era o c... do mundo de longe, tal como a região norte é considerada hoje para o resto dos tupiniquins que não moram aqui.
Enfim, não dá para falar em projeto de país quando nunca tivemos um país de verdade, apenas um rebotalho de regiões mais ou menos interligadas e mantidas de baixo da mesma bandeira a ferro e fogo... advinha por quem?
abs