Programa Espacial Brasileiro
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Isso é o que esta previsto, sempre que não falte os 130m de dolares previsto pro programa.
- GIL
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
A questão e se ele consta no orçamento e esta contingenciado ou diretamente não aparece no mesmo.
- Marcelo Ponciano
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Túlio escreveu: ↑Sex Set 20, 2019 10:12 pmSenhores, pelo jeito existem mesmo Programas de Estado no Brasil. Eu até nem dava mais bola para o Programa Espacial por achar que era pouco mais do que uma piada de mau gosto (aliás, ainda acho), derivada de uma tentativa canhestra dos tempos da Dita Dura em encobrir seu programa de desenvolvimento de mísseis balísticos. Lembremos da série SONDA, observando o calibre e formato externo:@leofnaves
SONDA I - 127 mm;
SONDA II - 300 mm;
SONDA III - 1º estágio 550 mm, 2º estágio era um SONDA II;
SONDA IV (que no começo era chamado de VLS) - 1º estágio 1.005 mm, 2º estágio um SONDA III.
Lembro muito bem deles porque a propaganda do "programa espacial" era abertíssima, mesmo naqueles tempos de censura extrema. Era na tevê, no jornal, em revistas, volta e meia se tinha notícias de mais um passo inédito do Brasil na "conquista espacial". Não existiam publicações especializadas em Defesa em Português e eu, pré-adolescente, mal arranhava alguma coisa em Inglês, pois revistas do tipo estavam nas bancas, só que eu não tinha como entender o que estava escrito. Mas, morando ao lado do então 8º BIMtz (hoje 7º BIB) e doido por arma, volta e meia estava de charla com o pessoal e certa vez me mostraram uma publicação - que me disseram ser - interna do EB. Eu estava visitando o setor de RP da unidade e fiquei quase que a tarde toda lendo. Uma coisa muito interessante era uma foto de um M3 Stuart cuja torre tinha sido substituída por três rampas de lançamento para um balístico tático chamado X-40 (alcance). No texto dizia que usava quase todos os componentes do SONDA II (na verdade, um SONDA II "fardado").
Mais para o fim da década de 70 começaram a surgir publicações de Defesa (poucos anos depois eu comprava o nº 1 da revista Tecnologia e Defesa) e logo começaram a falar de um tale de ASTROS II (não sei até hoje o que era ou deveria ser o ASTROS I) e, com a publicação dos calibres e origem dos foguetes eque seriam usados, logo vi que o que viria a ser o SS-30 nada mais era do que uma modernização do SONDA I; o SS-40 era novo (pelo menos eu nunca tinha lido a respeito de outro SONDA) e o SS-60 era o X-40, ex-SONDA II, agora com aletas dobráveis (se militarizados, o motor do SONDA III iria propelir algum equivalente ao Lance ianque; o motor do SONDA IV o faria com um similar do Pershing). Também fiquei sabendo de uma baita pressão internacional porque aparentemente não só o Brasil mas também a Argentina estavam em uma espécie de "corrida nuclear", cada um tentando desenvolver uma ogiva e inicialmente pelo menos um IRBM para lançá-la, já que o alvo mais provável era o vizinho, não precisava esse alcance todo. No meio disso tudo, matérias e notícias como o interesse do País que qualquer Estudante conhecia como Formosa e que, já em tempos de internet, fiquei sabendo que tinha virado Taiwan, por uma versão militarizada do SONDA III, para usá-lo como míssil tático contra os comunistas da China Vermelha, que lhe queriam fazer maldade, e que alguns militares da FAB já se referiam ao Sonda IV como SS-1000. Como os programas ficavam cada vez com menos verba, começaram a capengar e perdi a maior parte do interesse, perdendo de vez já neste século, com aquela tragédia que matou todos ou quase todos os cérebros capacitados para desenvolverem mísseis deste tipo. Para mim era página virada, não me interessava mais.
E aí, dia desses, um Colega novato (no Fórum), o @leofnaves, me faz uma sequência de três posts resumidíssimos e, mesmo desinteressado, Moderador tem que ler TUDO! E fiquei curioso: o que seria isso de VS-50? Fui pesquisar e acabei dando com o citado acima Brazilian Space, do qual também me tornei leitor, tendo ficado muito impressionado com os motores apresentados e, claro, com suas óbvias aplicações bélicas. Como da outra vez, "apenas interesse científico", claro, claro, agora eu sou MILLENIAL e esqueci tudo o que aconteceu antes...
E voltamos ao começo: ao contrário da lenda, Programa de Estado é SECRETO, não tem obrigatoriamente nada a ver com o governo nem o governante da hora, gente que estava antes dele entrar e vai estar depois que ele sair é que toca o barco e só dão explicações a pessoas do mesmo tipo, que são as que resolvem as paradas com algum governante "rebelde" ou enxerido (vejam só, o Collor manda tapar o buraco no Cachimbo e logo depois cai: curioso, não?). Se preciso trocam o nome, localização, propósito, rubricas, tudo, mas a coisa segue em frente.
Se somarmos algo que eu pensava que já era até fatura liquidada (foguetes/potenciais mísseis-vetores de ogivas novamente sendo "vendidos" como inocentes meios de pesquisa e até comerciais) com o que um Físico NORDESTINO (tomem essa, Paulistas ) trouxe do MIT, o resultado é muito mais animador para Defesa do que mil Gripens e outros tantos Leopard 2A7V++.
Eu só me dei conta da existência de um programa espacial brasileiro a partir dos anos 2000. Para minha infelicidade logo em seguida veio o trágico acidente de Alcântara.
Minha compreensão sobre a questão passou por três estágios bem distintos.
O primeiro estágio foi o "conspirador", até por volta de 2008 eu acreditava com todas as forças que nós fomos sabotados por espiões americanos malvados que não queriam um concorrente no continente.
O segundo estágio foi o "pé no chão", a partir de 2008 reconheci as óbvias dificuldades de se desenvolver um programa espacial, que um acidente como aquele é até comum em etapas iniciais de um programa espacial e que infelizmente foi a falta de compromisso e verba que enterrou nossos sonhos espaciais.
O terceiro estágio opinativo em relação ao nosso programa espacial e tudo que aconteceu, que é o que estou agora, eu chamo de "agnóstico". Não acredito e nem desacredito, apenas quero ver provas. Em todos os sentidos, seja em relação ao programa em si, seja em relação ao acidente.
Se estamos conseguindo construir um submarino nuclear, certamente conseguiremos um dia mandar um astronauta brasileiro para o espaço. Até a space X consegue, porque não a gente? O único problema é realmente a falta de dinheiro.
Sobre a explosão, eu ainda mantenho o pé no chão e acredito somente na hipótese de acidente até que se prove o contrário. Mas se for para apontar suspeitos, eu não colocaria os EUA sozinhos na lista, podemos apontar também a França e a Argentina.
A França porque nunca engoliram nossa soberania, fazem fronteira conosco e possuem uma base "concorrente" da nossa. A Argentina porque diante da crise que enfrentavam na época, e pelo orgulho dos hermanos, seria infinitamente mais barato bancar uma operação de sabotagem e atrasar nosso programa do que tentar correr para não ficar atrás. Aliás, se é para criar teoria da conspiração sem provas, acredito muito mais na hipótese da inveja argentina do que na dos EUA malvadão.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Meus prezados
Avibras vai produzir e comercializar o VSB-30
VSB-30
A Avibras Indústria Aeroespacial e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) assinaram nesta segunda-feira, dia 27 de janeiro, um contrato de transferência de tecnologia, que concederá à empresa licença para a produção e comercialização do VSB-30, veículo suborbital de maior sucesso no Programa Espacial Brasileiro, no que se refere a número de lançamentos.
Já foram efetuados 31 lançamentos, todos com sucesso, sendo quatro a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no Maranhão e 27 lançados a partir do Centro de Lançamento de Esrange na Suécia. A plataforma serve para testes de experimentos com aplicações em satélites, veículos espaciais e indústria farmacêutica.
Este contrato de transferência de tecnologia vai permitir a continuidade de industrialização e comercialização do VSB-30 com aperfeiçoamentos tecnológicos, além de promover uma aceleração no desenvolvimento de veículos lançadores nacionais competitivos internacionalmente, para microssatélites.
Desenvolvido pelo IAE, fruto de cooperação entre Brasil e a Alemanha, o VSB30 é lançado por sistema de trilhos, estabilizado por empenas e possui indutores de rolamento que são acionados quando o veículo deixa os trilhos, contribuindo para a sua estabilidade durante o voo. Possui dois estágios a propulsão sólida e permite o transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas de até 400 quilos a uma altitude de 270 quilômetros, além de possibilitar a realização de experimentos em ambiente de microgravidade durante seis minutos.
O VSB-30 é certificado, qualificado e considerado seguro, confiável e estável. Por essas características, o VSB-30 possui excelente aceitação no cenário internacional de veículos suborbitais e torna-se pioneiro no processo de transferência tecnologia espacial no Brasil.
Competências – Com sua expertise no setor aeroespacial no desenvolvimento de soluções tecnológicas nacionais, que remontam desde a pioneira participação no Programa Espacial Brasileiro, a Avibras é a única empresa 100% brasileira de capital privado, com competências próprias para integrar veículos lançadores e suborbitais para o Programa Espacial Brasileiro.
Para o vice-presidente Comercial da Avibras Leandro Villar, é um privilégio para a empresa receber um produto de sucesso e consolidado no mercado.
Segundo ele, a iniciativa também fortalece a tríplice hélice, conceito que aponta a ação conjunta entre empresa, academia e governo como o caminho para a inovação tecnológica e o desenvolvimento econômico do país. “Com esse programa, queremos ampliar o protagonismo do Brasil na área espacial impulsionando o Programa Espacial Brasileiro, além de gerar empregos”, destacou Leandro.
Atualmente a Avibras também participa do desenvolvimento e da fabricação dos motores foguetes S50 do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) no âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Segundo ele, o Brasil pode desempenhar papel relevante no mercado Espacial, pois adquiriu diversas competências através de Pesquisa e Inovação no setor Espaço ao longo de quase seis décadas, desenvolveu uma base industrial competente e possui uma base de Lançamento em Alcântara (CLA), com posição geográfica privilegiada, fatores poucas vezes reunidos num único país.
O Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, destacou que é um momento ímpar para o Brasil. “Estamos transferindo para a indústria um produto já testado e com tecnologia brasileira. Cumprimos inteiramente o ciclo de maturidade do produto”, declarou.
De acordo com o diretor do IAE, Brigadeiro César Demétrio Santos, a Avibras conduzirá o projeto com competência. “É a consolidação de um sonho. Essa aproximação com a indústria é essencial para o fomentar o Programa Espacial”, destacou.
O Major-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara, que assumirá a direção do DCTA nesta semana, disse que parcerias como essa fortalecem a indústria. “Vejo brilhantismo nesse empreendimento. A Avibras é uma indústria forte, parceira constante do DCTA, que tem como uma de suas missões ser indutor da indústria”.
Sobre a Avibras
A Avibras é uma empresa de Tecnologia e Inovação, com capacidade industrial única, 100% brasileira e reconhecida mundialmente pela excelência e pela qualidade de seus produtos, sistemas e serviços. Sua essência é ser inovadora e independente em tecnologias críticas nas áreas de Aeronáutica, Espacial, Eletrônica, Veicular e Defesa.
Com instalações amplas e modernas localizadas no Vale do Paraíba, no estado de São Paulo, principal polo de tecnologia aeroespacial do Brasil, a Avibras cria diferenciais competitivos de qualidade e inovação, fundamentais para manter-se em destaque no mercado mundial de Defesa.
Com mais de 50 anos de atuação, a empresa consolidou-se como provedora de desenvolvimento ao conduzir negócios de modo a gerar valor a clientes, acionistas e sociedade de forma sustentável.
A Avibras está entre as 100 maiores empresas exportadoras do Brasil e tem orgulho de integrar a Base Industrial Estratégica de Defesa Brasileira.
Fonte: Avibras via blog Poder Aéreo 29 jan 2020
Avibras vai produzir e comercializar o VSB-30
VSB-30
A Avibras Indústria Aeroespacial e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) assinaram nesta segunda-feira, dia 27 de janeiro, um contrato de transferência de tecnologia, que concederá à empresa licença para a produção e comercialização do VSB-30, veículo suborbital de maior sucesso no Programa Espacial Brasileiro, no que se refere a número de lançamentos.
Já foram efetuados 31 lançamentos, todos com sucesso, sendo quatro a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no Maranhão e 27 lançados a partir do Centro de Lançamento de Esrange na Suécia. A plataforma serve para testes de experimentos com aplicações em satélites, veículos espaciais e indústria farmacêutica.
Este contrato de transferência de tecnologia vai permitir a continuidade de industrialização e comercialização do VSB-30 com aperfeiçoamentos tecnológicos, além de promover uma aceleração no desenvolvimento de veículos lançadores nacionais competitivos internacionalmente, para microssatélites.
Desenvolvido pelo IAE, fruto de cooperação entre Brasil e a Alemanha, o VSB30 é lançado por sistema de trilhos, estabilizado por empenas e possui indutores de rolamento que são acionados quando o veículo deixa os trilhos, contribuindo para a sua estabilidade durante o voo. Possui dois estágios a propulsão sólida e permite o transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas de até 400 quilos a uma altitude de 270 quilômetros, além de possibilitar a realização de experimentos em ambiente de microgravidade durante seis minutos.
O VSB-30 é certificado, qualificado e considerado seguro, confiável e estável. Por essas características, o VSB-30 possui excelente aceitação no cenário internacional de veículos suborbitais e torna-se pioneiro no processo de transferência tecnologia espacial no Brasil.
Competências – Com sua expertise no setor aeroespacial no desenvolvimento de soluções tecnológicas nacionais, que remontam desde a pioneira participação no Programa Espacial Brasileiro, a Avibras é a única empresa 100% brasileira de capital privado, com competências próprias para integrar veículos lançadores e suborbitais para o Programa Espacial Brasileiro.
Para o vice-presidente Comercial da Avibras Leandro Villar, é um privilégio para a empresa receber um produto de sucesso e consolidado no mercado.
Segundo ele, a iniciativa também fortalece a tríplice hélice, conceito que aponta a ação conjunta entre empresa, academia e governo como o caminho para a inovação tecnológica e o desenvolvimento econômico do país. “Com esse programa, queremos ampliar o protagonismo do Brasil na área espacial impulsionando o Programa Espacial Brasileiro, além de gerar empregos”, destacou Leandro.
Atualmente a Avibras também participa do desenvolvimento e da fabricação dos motores foguetes S50 do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) no âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Segundo ele, o Brasil pode desempenhar papel relevante no mercado Espacial, pois adquiriu diversas competências através de Pesquisa e Inovação no setor Espaço ao longo de quase seis décadas, desenvolveu uma base industrial competente e possui uma base de Lançamento em Alcântara (CLA), com posição geográfica privilegiada, fatores poucas vezes reunidos num único país.
O Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, destacou que é um momento ímpar para o Brasil. “Estamos transferindo para a indústria um produto já testado e com tecnologia brasileira. Cumprimos inteiramente o ciclo de maturidade do produto”, declarou.
De acordo com o diretor do IAE, Brigadeiro César Demétrio Santos, a Avibras conduzirá o projeto com competência. “É a consolidação de um sonho. Essa aproximação com a indústria é essencial para o fomentar o Programa Espacial”, destacou.
O Major-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara, que assumirá a direção do DCTA nesta semana, disse que parcerias como essa fortalecem a indústria. “Vejo brilhantismo nesse empreendimento. A Avibras é uma indústria forte, parceira constante do DCTA, que tem como uma de suas missões ser indutor da indústria”.
Sobre a Avibras
A Avibras é uma empresa de Tecnologia e Inovação, com capacidade industrial única, 100% brasileira e reconhecida mundialmente pela excelência e pela qualidade de seus produtos, sistemas e serviços. Sua essência é ser inovadora e independente em tecnologias críticas nas áreas de Aeronáutica, Espacial, Eletrônica, Veicular e Defesa.
Com instalações amplas e modernas localizadas no Vale do Paraíba, no estado de São Paulo, principal polo de tecnologia aeroespacial do Brasil, a Avibras cria diferenciais competitivos de qualidade e inovação, fundamentais para manter-se em destaque no mercado mundial de Defesa.
Com mais de 50 anos de atuação, a empresa consolidou-se como provedora de desenvolvimento ao conduzir negócios de modo a gerar valor a clientes, acionistas e sociedade de forma sustentável.
A Avibras está entre as 100 maiores empresas exportadoras do Brasil e tem orgulho de integrar a Base Industrial Estratégica de Defesa Brasileira.
Fonte: Avibras via blog Poder Aéreo 29 jan 2020
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Meus prezados
A equipe Bravo Rocket da Univap conclui o projeto do Foguete Demonstrador de Tecnologia Multiestágio“Tereshkova”
Operadores da DCE usam EPI*. Foto de Mateus Vieira, 2019.
Por Mateus de Paula Vieira.
O que é
O FDT (Foguete Demonstrador de Tecnologia) “Tereshkova” é um foguete acadêmico bi-estágio à propulsão sólida aerodinamicamente estabilizado. É o primeiro foguete com separação de estágios acionada por aviônica desenvolvido pelo Laboratório de Jato Propulsão da Univap, com tradição no desenvolvimento de foguetes. O Veículo leva o nome da primeira mulher a ir ao espaço, a soviética Valentina Tereshkova, que orbitou a Terra em 1963 a bordo da nave Vostok VI, quebrando paradigmas e tornando-se heroína da União Soviética durante a corrida espacial.
O FDT pode levar um experimento científico como uma mini sonda de cerca de 100g até 300m de altura na versão 1 e à 600m de altura na versão 2. Foi desenvolvido durante o ano de 2019 e contou com 3 protótipos até a versão final.
Mais informações https://orbisdefense.blogspot.com/2020/ ... .html#more»
Postado por Orbis Defense aos 9 fev 2020 06:00:00 PM
* Equipamento de Proteção Individual
A equipe Bravo Rocket da Univap conclui o projeto do Foguete Demonstrador de Tecnologia Multiestágio“Tereshkova”
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O que é
O FDT (Foguete Demonstrador de Tecnologia) “Tereshkova” é um foguete acadêmico bi-estágio à propulsão sólida aerodinamicamente estabilizado. É o primeiro foguete com separação de estágios acionada por aviônica desenvolvido pelo Laboratório de Jato Propulsão da Univap, com tradição no desenvolvimento de foguetes. O Veículo leva o nome da primeira mulher a ir ao espaço, a soviética Valentina Tereshkova, que orbitou a Terra em 1963 a bordo da nave Vostok VI, quebrando paradigmas e tornando-se heroína da União Soviética durante a corrida espacial.
O FDT pode levar um experimento científico como uma mini sonda de cerca de 100g até 300m de altura na versão 1 e à 600m de altura na versão 2. Foi desenvolvido durante o ano de 2019 e contou com 3 protótipos até a versão final.
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Levar 100 GRAMAS a 300 e futuramente 600 METROS de altura? Não seria mais barato usar um balãozinho desses que as crianças vivem perdendo nos parques de diversão?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
De tempos tempos busco notícia do PEB para saber a quantas anda...pois bem
Olha a notinha nada amorosa que achei no Brazilian Space sobre o S50:
Enfim, parece que o S50 vai atrasar (ainda) mais...
Olha a notinha nada amorosa que achei no Brazilian Space sobre o S50:
Deixando as emoções de lado...o que supostamente aconteceu é extremamente sério!!!! Estou buscando mais informações para entender o que houve, mas as fontes são escassas. De toda forma isso não é nada promissor em termos de tempo e, principalmente, dinheiro.Motor S50 - Tudo Continua Como Antes no Quartel de Abrantes
abril 08, 2020
Olá leitor!
Pois é, como eu pretendia não continuar com o Blog a partir do dia 01/04, tinha resolvido em não trazer à tona a notícia que vou passar para você agora. Entretanto caro leitor, devido aos apelos de profissionais sérios e de brasileiros de verdade que ainda militam no Setor Espacial e no Foguetemodelismo do país, resolvi então adiar essa decisão até pelo menos o dia 30 de abril próximo (quando o Blog estará completando 11 anos online) e assim seguir informando você por pelo menos este período.
Quanto a notícia em questão leitor, vale dizer que na verdade eu tinha a esperança (mesmo que diminuta) de que os players envolvidos nessa história toda (MCTIC/ Avibrás/MD/IAE e a Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais - FUNCATE) teriam no mínimo a decência de publicar uma nota oficial relatando o ocorrido, e dando uma explicação a Sociedade Brasileira que paga os seus salários, mas ao que parece muitos deles vivem esquecendo disso.
José Falcão, meu querido, saudoso e exemplar pai, costumava dizer para todos os seus filhos: ‘Não esqueçam meus filhos, um exemplo vale mais do que mil palavras’, pai muita saudade de ti.
Pois então leitor, resolvi esperar até hoje uma nota oficial desse governo que teve entre as suas pautas de campanha a luta pela transparência e pela mudança de atitude do poder público, mas que demonstra com este exemplo que as coisas não são bem assim e que na verdade ‘Tudo Continua Como Antes no Quartel de Abrantes’, lamentável.
No entanto leitor, diferentemente dessa gente de colarinho branco, vestidos de uniformes e paletó tipo italiano pagos pelo pobre, ingênuo, estúpido e alienado povo brasileiro, minha função como Cidadão Brasileiro e principalmente como Blogueiro é trazer a verdade, sempre a verdade, nada mais além da verdade, e assim sempre fiz e sempre farei publicamente, pelo menos enquanto o Blog existir. Mas vamos lá desde o começo dessa história que, lá no fundo, no fundo, não me agradou desde o seu início, pois desconfiava que não daria certo.
Pois então, em 22 de dezembro de 2016 foi anunciado em vários meios de comunicação do Brasil (inclusive aqui no Blog - veja aqui) uma notícia que segundo os seus divulgadores seria lembrada no Brasil como uma data histórica para o Programa Espacial Brasileiro (PEB), rsrsrsrsrs, ou seja, a assinatura no dia 16/12 daquele ano pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) do contrato com empresa Avibrás para produção de oito motores-foguetes sólidos S50 num período de 26 meses (2 anos e dois meses), para assim serem utilizados nos futuros voos previstos do veículo de sondagem VS-50 e o da primeira versão do Veículo Lançador de Microssatélites VLM-1, ambos financiados pela Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTIC). Veja abaixo o Extrato do Contrato assinado via FUNCATE e publicado que foi somente na página 139 da Seção 3 do Diário Oficial da União (DOU) do dia 27 de Janeiro de 2017.
FUNDAÇÃO DE CIÊNCIA, APLICAÇÕES E TECNOLOGIA ESPACIAIS
EXTRATO DE CONTRATO
Contratada: AVIBRAS DIVISÃO AÉREA E NAVAL SA
Objeto: Fornecimento de motores S50.
Valor: R$ 69.683.296,10 (sessenta e nova milhões seiscentos e oitenta e três mil duzentos e noventa e seis reais e dez centavos).
Vigência: 35 (trinta e cinco) meses, contados a partir da assinatura do contrato.
Assinaturas: 16/12/2016.
Contratante: Luiz Carlos Moura Miranda.
Contratada: João Brasil Carvalho Leite e José de Sá Carvalho Júnior - Convênio: SCV/VLM1.
Pois bem leitor, chamo a sua atenção para o valor desse contrato, e também que você note que diferentemente do que foi divulgado anteriormente (na nota da AEB), a vigência do contrato quando publicada no DOU passou para 35 meses.
Bom dito isso, o leitor deve estar agora se pergunto o que houve Duda, né verdade? Pois bem, acontece caro leitor que recentemente, com atraso e pouco mais de três anos após a assinatura deste contrato, a vênus platinada do setor aeroespacial brasileiro (isto segundo os seus defensores) entregou finalmente aos técnicos da ‘Usina Coronel Abner’ um protótipo do motor S50 para ser testado a quente no banco de provas desta usina.
Qual não foi a surpresa de todos (menos a minha) quando, após o teste obrigatório de Raio X que é realizado para analisar a integridade do grão propelente do motor, foram identificado bolhas no propelente, o que inviabilizou o teste, pois poderia causar uma explosão. E pior amigo leitor, foram identificados também fissuras no próprio motor, tão grandes que eram perceptíveis a olho nu, e inclusive uma delas era tão grande que foi possível enfiar o dedo. Diante disto os técnicos da ‘Usina Coronel Abner’ não tiveram outra alternativa e o teste teve de ser cancelado.
Pois então leitor, segundo os técnicos especializados consultados pelo Blog, diante deste quadro, agora não há outra alternativa, ou seja, o motor terá de ser refeito, o que acarreta mais tempo, mais dinheiro e aumenta ainda mais a incerteza na competência da Avibras de entregar esses motores. Além disso leitor, fica as seguintes perguntas Ministro Marcos Pontes:
Quem vai pagar a conta da incompetência da Avibras? A opção será a razoável, ou seja, a própria empresa irá assumir o prejuízo? Ou será o senhor que não tem nada haver com essa história (resquício do governo anterior), ou os seus assessores e os da AEB que vivem fazendo lobby em prol dessa empresa e de outras tão nefastas quanto???
Tá na hora de se mexer ministro, de fazer o que tem de ser feito, buscar eficiência e resultados, de afastar de vez essa gente incompetente e que vive se beneficiando do mal uso dos recursos públicos, de seguir o único caminho possível, ou seja, o do modelo 'New Space' adotado pelos países com resultados no setor, ou então o senhor acabará se juntando a essa sujeira, e o nosso pífio PEB sendo jogado em mais uma década perdida. A história registrará ministro, não tenha a menor dúvida disto.
Finalizando ministro, e foi para essa empresa que a industrialização do foguete VSB-30 foi passada? Sinceramente Ministro Pontes, assim fica difícil, quer credibilidade, deixe de Blá-Blá-Blá e se mexa, faça por merecer, dê exemplo.
https://brazilianspace.blogspot.com/202 ... artel.html
Enfim, parece que o S50 vai atrasar (ainda) mais...
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Falando sério, esses times/laboratórios são fantásticos. É uma atividade extra, normalmente organizada pelos próprios alunos, com um professor orientando. Só que o dinheiro vindo da faculdade é praticamente zero (normalmente inclusive é zero), mas eles liberam uma sala e algumas ferramentas pra você usar de laboratório/oficina, e você meio que "tira do bolso" pra manter a equipe funcionando, ou corre atrás de patrocínio.
Quando eu fazia faculdade, tinha o Aero Design, que contemplava os laboratórios de aviões e Dirigíveis, o Baja, com protótipos de carros de pista e terra, e o Rocket Design, que faz foguetes.
(Participei do Aero Design, e achei muito legal, mas virei diretor da bateria, e aí foi complicado competir né? hahaha)
É bem legal, porque você pega tudo aquilo que o professor mostrou na lousa, e literalmente fabrica e testa. 300 metros pode não parecer muito, mas dá pra ver se você calculou certo o combustível, a inclinação das aletas, o design do sistema de recuperação, o peso...
Outra coisa legal, é que a molecada treina trabalhar com prazos, com hierarquia, com dinheiro... é quase uma empresa junior. E isso te deixa menos cru que os outros na hora de entrar no mercado.
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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- EduClau
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Eu acompanho o Brazilian Space a muitos anos, o Duda Mendonça que foi o criador e o manteve por muitos anos (acho que ele é ou foi forista por aqui também) deixou o blog dizendo que está 'cansado, desiludido, desmotivado e sem esperança' com o (des)caminho desse tal de programa espacial brasileiro.Marcelo Ponciano escreveu: ↑Qui Ago 06, 2020 1:58 pm De tempos tempos busco notícia do PEB para saber a quantas anda...pois bem
Olha a notinha nada amorosa que achei no Brazilian Space sobre o S50:
Deixando as emoções de lado...o que supostamente aconteceu é extremamente sério!!!! Estou buscando mais informações para entender o que houve, mas as fontes são escassas. De toda forma isso não é nada promissor em termos de tempo e, principalmente, dinheiro.Motor S50 - Tudo Continua Como Antes no Quartel de Abrantes
abril 08, 2020
Olá leitor!
Pois é, como eu pretendia não continuar com o Blog a partir do dia 01/04, tinha resolvido em não trazer à tona a notícia que vou passar para você agora. Entretanto caro leitor, devido aos apelos de profissionais sérios e de brasileiros de verdade que ainda militam no Setor Espacial e no Foguetemodelismo do país, resolvi então adiar essa decisão até pelo menos o dia 30 de abril próximo (quando o Blog estará completando 11 anos online) e assim seguir informando você por pelo menos este período.
Quanto a notícia em questão leitor, vale dizer que na verdade eu tinha a esperança (mesmo que diminuta) de que os players envolvidos nessa história toda (MCTIC/ Avibrás/MD/IAE e a Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais - FUNCATE) teriam no mínimo a decência de publicar uma nota oficial relatando o ocorrido, e dando uma explicação a Sociedade Brasileira que paga os seus salários, mas ao que parece muitos deles vivem esquecendo disso.
José Falcão, meu querido, saudoso e exemplar pai, costumava dizer para todos os seus filhos: ‘Não esqueçam meus filhos, um exemplo vale mais do que mil palavras’, pai muita saudade de ti.
Pois então leitor, resolvi esperar até hoje uma nota oficial desse governo que teve entre as suas pautas de campanha a luta pela transparência e pela mudança de atitude do poder público, mas que demonstra com este exemplo que as coisas não são bem assim e que na verdade ‘Tudo Continua Como Antes no Quartel de Abrantes’, lamentável.
No entanto leitor, diferentemente dessa gente de colarinho branco, vestidos de uniformes e paletó tipo italiano pagos pelo pobre, ingênuo, estúpido e alienado povo brasileiro, minha função como Cidadão Brasileiro e principalmente como Blogueiro é trazer a verdade, sempre a verdade, nada mais além da verdade, e assim sempre fiz e sempre farei publicamente, pelo menos enquanto o Blog existir. Mas vamos lá desde o começo dessa história que, lá no fundo, no fundo, não me agradou desde o seu início, pois desconfiava que não daria certo.
Pois então, em 22 de dezembro de 2016 foi anunciado em vários meios de comunicação do Brasil (inclusive aqui no Blog - veja aqui) uma notícia que segundo os seus divulgadores seria lembrada no Brasil como uma data histórica para o Programa Espacial Brasileiro (PEB), rsrsrsrsrs, ou seja, a assinatura no dia 16/12 daquele ano pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) do contrato com empresa Avibrás para produção de oito motores-foguetes sólidos S50 num período de 26 meses (2 anos e dois meses), para assim serem utilizados nos futuros voos previstos do veículo de sondagem VS-50 e o da primeira versão do Veículo Lançador de Microssatélites VLM-1, ambos financiados pela Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTIC). Veja abaixo o Extrato do Contrato assinado via FUNCATE e publicado que foi somente na página 139 da Seção 3 do Diário Oficial da União (DOU) do dia 27 de Janeiro de 2017.
FUNDAÇÃO DE CIÊNCIA, APLICAÇÕES E TECNOLOGIA ESPACIAIS
EXTRATO DE CONTRATO
Contratada: AVIBRAS DIVISÃO AÉREA E NAVAL SA
Objeto: Fornecimento de motores S50.
Valor: R$ 69.683.296,10 (sessenta e nova milhões seiscentos e oitenta e três mil duzentos e noventa e seis reais e dez centavos).
Vigência: 35 (trinta e cinco) meses, contados a partir da assinatura do contrato.
Assinaturas: 16/12/2016.
Contratante: Luiz Carlos Moura Miranda.
Contratada: João Brasil Carvalho Leite e José de Sá Carvalho Júnior - Convênio: SCV/VLM1.
Pois bem leitor, chamo a sua atenção para o valor desse contrato, e também que você note que diferentemente do que foi divulgado anteriormente (na nota da AEB), a vigência do contrato quando publicada no DOU passou para 35 meses.
Bom dito isso, o leitor deve estar agora se pergunto o que houve Duda, né verdade? Pois bem, acontece caro leitor que recentemente, com atraso e pouco mais de três anos após a assinatura deste contrato, a vênus platinada do setor aeroespacial brasileiro (isto segundo os seus defensores) entregou finalmente aos técnicos da ‘Usina Coronel Abner’ um protótipo do motor S50 para ser testado a quente no banco de provas desta usina.
Qual não foi a surpresa de todos (menos a minha) quando, após o teste obrigatório de Raio X que é realizado para analisar a integridade do grão propelente do motor, foram identificado bolhas no propelente, o que inviabilizou o teste, pois poderia causar uma explosão. E pior amigo leitor, foram identificados também fissuras no próprio motor, tão grandes que eram perceptíveis a olho nu, e inclusive uma delas era tão grande que foi possível enfiar o dedo. Diante disto os técnicos da ‘Usina Coronel Abner’ não tiveram outra alternativa e o teste teve de ser cancelado.
Pois então leitor, segundo os técnicos especializados consultados pelo Blog, diante deste quadro, agora não há outra alternativa, ou seja, o motor terá de ser refeito, o que acarreta mais tempo, mais dinheiro e aumenta ainda mais a incerteza na competência da Avibras de entregar esses motores. Além disso leitor, fica as seguintes perguntas Ministro Marcos Pontes:
Quem vai pagar a conta da incompetência da Avibras? A opção será a razoável, ou seja, a própria empresa irá assumir o prejuízo? Ou será o senhor que não tem nada haver com essa história (resquício do governo anterior), ou os seus assessores e os da AEB que vivem fazendo lobby em prol dessa empresa e de outras tão nefastas quanto???
Tá na hora de se mexer ministro, de fazer o que tem de ser feito, buscar eficiência e resultados, de afastar de vez essa gente incompetente e que vive se beneficiando do mal uso dos recursos públicos, de seguir o único caminho possível, ou seja, o do modelo 'New Space' adotado pelos países com resultados no setor, ou então o senhor acabará se juntando a essa sujeira, e o nosso pífio PEB sendo jogado em mais uma década perdida. A história registrará ministro, não tenha a menor dúvida disto.
Finalizando ministro, e foi para essa empresa que a industrialização do foguete VSB-30 foi passada? Sinceramente Ministro Pontes, assim fica difícil, quer credibilidade, deixe de Blá-Blá-Blá e se mexa, faça por merecer, dê exemplo.
https://brazilianspace.blogspot.com/202 ... artel.html
Enfim, parece que o S50 vai atrasar (ainda) mais...
Uma pena mas é isso, retrato de um país cada dia mais medíocre.
sds.
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Eu vi ontem o vídeo do desabafo dele. Acompanho o blog há anos. Mas como não tenho tanta paciência, deixo acumular notícias para de tempos em tempos me atualizar.EduClau escreveu: ↑Qui Ago 06, 2020 8:31 pm
Eu acompanho o Brazilian Space a muitos anos, o Duda Mendonça que foi o criador e o manteve por muitos anos (acho que ele é ou foi forista por aqui também) deixou o blog dizendo que está 'cansado, desiludido, desmotivado e sem esperança' com o (des)caminho desse tal de programa espacial brasileiro.
Uma pena mas é isso, retrato de um país cada dia mais medíocre.
sds.
Qualquer pessoa que ame seu país, tenha interesse por ciência e conhece o mínimo de história sabe que o futuro da humanidade está no espaço.
O Brasil com tanta grandeza, tantos recursos, tanto potencial, com cientistas de primeira, deixa o bonde passar por falta de interesse de quem manda no dinheiro.
Não tiro a razão do Duda Mendonça pela estafa desse assunto para ele.
De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
Rui Barbosa
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Matéria interessante:
Não adianta chamar um camelo de águia que ele não vai voar: O caso da não transferência tecnológica do SGDC-1
https://brazilianspace.blogspot.com/202 ... aguia.html
A Argentina lançou ontem seu satélite nacional SAOCOM 1B, companhando as noticias vi um comentário de que eles seguem no desenvolvimento do SABIA MAR mas o Brasil abandonou o programa, alguém sabe algo sobre o assunto ?
sds
Não adianta chamar um camelo de águia que ele não vai voar: O caso da não transferência tecnológica do SGDC-1
https://brazilianspace.blogspot.com/202 ... aguia.html
A Argentina lançou ontem seu satélite nacional SAOCOM 1B, companhando as noticias vi um comentário de que eles seguem no desenvolvimento do SABIA MAR mas o Brasil abandonou o programa, alguém sabe algo sobre o assunto ?
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Finalmente alguma notícia sobre o programa espacial brasileiro:
FAB efetua primeiro exercício de transporte aéreo do motor foguete S50
https://tecnodefesa.com.br/fab-efetua-p ... guete-s50/
FAB efetua primeiro exercício de transporte aéreo do motor foguete S50
https://tecnodefesa.com.br/fab-efetua-p ... guete-s50/
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
EduClau escreveu: ↑Dom Set 27, 2020 1:05 pm Finalmente alguma notícia sobre o programa espacial brasileiro:
FAB efetua primeiro exercício de transporte aéreo do motor foguete S50
https://tecnodefesa.com.br/fab-efetua-p ... guete-s50/
Sobre o S50 eu cheguei a parar um post que estava desenvolvendo justamente por causa de uma notícia publicada pelo Site que mencionaste no teu post anterior e que acompanho porque respeito, eles não perdoam, e ali era mencionado algo que acho natural com tecnologias disruptivas, que foi o não-teste do...S-50, por enormes defeitos, que iam desde a configuração do propelente até a própria carcaça do motor (e desciam o porrete na Avibrás )...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Pelo que li se o motor fosse acionado seria um novo "incidente Alcântara". Eu ainda não entendi como a AVIBRAS cometeu aquela sequencia de erros, já que eles são acostumados a lidar com esse tipo de propelente.Túlio escreveu: ↑Dom Set 27, 2020 2:07 pmEduClau escreveu: ↑Dom Set 27, 2020 1:05 pm Finalmente alguma notícia sobre o programa espacial brasileiro:
FAB efetua primeiro exercício de transporte aéreo do motor foguete S50
https://tecnodefesa.com.br/fab-efetua-p ... guete-s50/
Sobre o S50 eu cheguei a parar um post que estava desenvolvendo justamente por causa de uma notícia publicada pelo Site que mencionaste no teu post anterior e que acompanho porque respeito, eles não perdoam, e ali era mencionado algo que acho natural com tecnologias disruptivas, que foi o não-teste do...S-50, por enormes defeitos, que iam desde a configuração do propelente até a própria carcaça do motor (e desciam o porrete na Avibrás )...
Até onde sei, essa tecnologia de propelente sólido não é disruptiva para o nosso estágio. Se fosse líquido eu até entenderia. Mas sólido? Havia bolhas no ar no propelente sólido??? Da AVIBRAS??? Rachaduras do tamanho de um dedo???
É no mínimo é estranho a AVIBRAS cometer os erros que são mencionados no post numa área que deveria ser de expertise deles (foguete de propelente sólido, só que em um escala maior)
Não quero acreditar em sabotagem, mas aqui nós dois concordamos acerca do múltiplo uso que essa plataforma pode ter. Isso certamente coloca o projeto em evidência indesejável.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)