INFANTARIA DE SELVA
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- Henrique Brito
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Sei que uma das estratégias ensinadas no curso de operações na selva é enterrar munição e suprimentos em tonéis na selva, e também cavar "depósitos" de munição e suprimentos e camufla-los, com isso, diminuindo muito a dependencia do apoio, ficando a Infantaria de selva mais autônoma neste sentido que outras tropas.
Mas ainda assim, ainda que demore muito mais tempo, em algum momento estas provisões vão acabar, e por isso acho que deveriam haver mais OMs logísticas na selva, e até redes de túneis.
Mas ainda assim, ainda que demore muito mais tempo, em algum momento estas provisões vão acabar, e por isso acho que deveriam haver mais OMs logísticas na selva, e até redes de túneis.
"Nada justifica que se abrandem os rigorosos métodos de formação do combatente paraquedista." Gen. De Pessoa
"Enquanto houver no céu a silhueta de um paraquedista, haverá sempre a esperança de vitória!" Gen Acrísio
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Esse tipo de recurso deve ser bom se pensando na tal guerra de resistência que o EB tanto prega, mas não para um conflito convencional.Henrique Brito escreveu: ↑Dom Set 06, 2020 7:59 pm Sei que uma das estratégias ensinadas no curso de operações na selva é enterrar munição e suprimentos em tonéis na selva, e também cavar "depósitos" de munição e suprimentos e camufla-los, com isso, diminuindo muito a dependencia do apoio, ficando a Infantaria de selva mais autônoma neste sentido que outras tropas.
Mas ainda assim, ainda que demore muito mais tempo, em algum momento estas provisões vão acabar, e por isso acho que deveriam haver mais OMs logísticas na selva, e até redes de túneis.
E conflitos entre países ainda existem, embora cada vez mais raros.
Mesmo no caso daquela primeira hipótese, ter um sistema de apoio logístico que preste é condição sine qoa non para qualquer dispositivo militar funcionar na região.
No caso, é como disse, tem de se investir pesado em logística para compor a retaguarda do CMA/CMN, E para isso temos de enfiar a mão no bolso de forma muito assertiva. Do contrário é continuar dando murro em ponta de faca.
E quando falamos em logística na Amazônia, não estamos falando apenas dos batalhões/bases logísticas das brigadas, a coisa é muito maior. Vai desde a organização dos PEF, passando pela Avex e pelo CECMA, além das próprias brigadas e a capacitação das Regiões Militares. Que aliás apenas só temos duas para atender metade do país e sem nenhuma infraestrutura de Estado decente com presença efetiva.
Durma-se com isso.
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Re: INFANTARIA DE SELVA
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Efetivo variável do Comando de Fronteira Juruá / 61º Batalhão de Infantaria de Selva executa patrulha de reconhecimento e resgate
"Cruzeiro do Sul (AC) – Finalizando o período de qualificação, o efetivo variável do Comando de Fronteira Juruá/61º Batalhão de Infantaria de Selva (C Fron Juruá / 61ºBIS) participou, de 14 a 17 de setembro, de uma patrulha-escola de reconhecimento e resgate. Assim, cumpriram-se os objetivos de qualificar e complementar a formação individual do soldado combatente, prosseguindo no desenvolvimento dos valores morais, do caráter, dos hábitos e padrões de procedimentos necessários na vida militar. Foram fortalecidos ainda, vínculos de liderança entre comandantes e comandados.
Fonte: C Fron Juruá / 61º BIS"
http://www.eb.mil.br/.../MjaG93KcunQI/content/id/12184794
FAPzão ainda imperando e a desgraça desse tripé.
"Cruzeiro do Sul (AC) – Finalizando o período de qualificação, o efetivo variável do Comando de Fronteira Juruá/61º Batalhão de Infantaria de Selva (C Fron Juruá / 61ºBIS) participou, de 14 a 17 de setembro, de uma patrulha-escola de reconhecimento e resgate. Assim, cumpriram-se os objetivos de qualificar e complementar a formação individual do soldado combatente, prosseguindo no desenvolvimento dos valores morais, do caráter, dos hábitos e padrões de procedimentos necessários na vida militar. Foram fortalecidos ainda, vínculos de liderança entre comandantes e comandados.
Fonte: C Fron Juruá / 61º BIS"
http://www.eb.mil.br/.../MjaG93KcunQI/content/id/12184794
FAPzão ainda imperando e a desgraça desse tripé.
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Re: INFANTARIA DE SELVA
O FAP se fossem passíveis de modernização, ainda ofereceriam uma boa oportunidade de apoio de fogo leve às pequenas frações de infantaria. Mas eu não sei qual o estado destas armas no EB.
Agora, é uma patrulha de reconhecimento e resgate, certo? Então o que cargas d'águas essa MAG está fazendo aí? Se é um unidade tamanho GC, qual a razão de carregar no mato um trambolho desses, ainda mais quando se tem o FAP ali?
abs
Agora, é uma patrulha de reconhecimento e resgate, certo? Então o que cargas d'águas essa MAG está fazendo aí? Se é um unidade tamanho GC, qual a razão de carregar no mato um trambolho desses, ainda mais quando se tem o FAP ali?
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Re: INFANTARIA DE SELVA
gato gordo dá muito prejuízo. Ainda mais esse aí com sérias tendência a Garfield.
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Segue um "ensaio" que escrevi há algum tempo. Tive essa ideia após descobrir que o Pelotão Anticarro armado com mísseis AC é previsto no QCP dos Batalhões de Infantaria de Selva. Alguns trechos são ctrl+c e ctrl+v bem sem-vergonhas dos manuais de campanha para poupar meu tempo.
Defesa de área em ponto-forte no ambiente operacional da Amazônia: a manutenção de acidentes capitais e fogos guiados na selva.
Uma das características do combate em ambiente de selva é que em consequência das dificuldade à mobilidade, restrição aos campos de tiro e observação terrestre e a degradação dos meios de comunição impostas pelas condições de clima e densa cobertura florestal, as principais ações táticas são conduzidas ao longo dos eixos, sejam eles terrestres ou fluviais. Assim, crescem de importância os acidentes do terreno que permitem o controle da circulação de meios, tais como: as localidades, os nós rodoferroviários, a confluência de rios, os portos fluviais e os campos de pouso.
É fácil determinar que as operações militares no ambiente de selva amazônico terão como objetivo a conquista ou defesa desses acidentes capitais.
Para isso o Comando Militar do Norte e o Comando Militar do Amazonas (CMN e CMA) possuem como braço operativo as Brigadas de Infantaria de Selva (Bda Inf Sl), que por sua vez são compostas por Organizações Militares (OM) aptas para atuar no ambiente operacional amazônico, os Batalhões de Infantaria de Selva (BIS). Esses batalhões têm como missão a realização de operações ofensivas e defensivas em ambiente de selva.
Nas Operações Defensivas em Ambiente de Selva a Defesa de Área é normalmente organizada em Ponto Forte. Adota-se dispositivo de Defesa Circular devido à impossibilidade de se determinar a direção de ataque do inimigo realizando trabalhos de fortificação de campanha através da preparação de posições de Metralhadora MAG, Morteiro e Canhão Sem-Recuo, estabelecimento de Posições de Bloqueio Fluviais e Terrestres, além de posições de emboscadas suplementares.
Os trabalhos de fortificação (construção de abrigos e espaldões) são feitos de forma que as posições dispostas ofereçam boas condições de observação e bons campos de tiro. Os fogos disponíveis pelo batalhão devem ser dirigidos contra as vias de aproximação fluviais, estradas, varadouros e trilhas existentes, prováveis zonas de pouso de helicópteros e regiões desmatadas.
Porém, devemos observar que as boas condições de observação e bons campos de tiro também podem servir a força oponente, principalmente se puder dispor meios de apoio de fogo capazes de baterem eficazmente as posições do defensor além do alcance dos seus próprios meios.
As formas mais comuns de abordagem do atacante na tomada de um acidente em uma zona de operação em ambiente de selva são:
A experiência argentina na Guerra das Ilhas Falklands em 1982 mostrou que posições defensivas expostas, mesmo as fortificadas, são vulneráveis ao apoio de fogo disponível ao nível unidade (principalmente as de fogo direto) e podem ser neutralizadas/suprimidas pelos fogos disponíveis ao nível brigada.
Os abrigos e espaldões construidos pelos argentinos em elevações normalmente eram localizadas na encosta voltada ao inimigo. Isso permitiu que as forças britânicas os detectassem facilmente. Dessa forma puderam direcionar fogo de concentração da artilharia ou disparar diretamente contra elas Mísseis Anti-Carro (MAC) operados pelos Pelotões Anti-Carro (Pel AC) das Companhias de Comando e Apoio (Cia C Ap) dos Batalhões de Infantaria Paraquedista ou de Fuzileiros Navais Reais.
Os britânicos, por outro lado, ao tomarem essas elevações, trataram de ocupar as antigas posições argentinas, agora na encosta voltada à posição contrária ao inimigo. Nessas posições, os britânicos estiveram protegidos da observação e dos fogos diretos inimigos, ocultando sua força e localização, degradando a eficiência dos fogos indiretos do inimigo.
Uma defesa em contra-encosta é uma técnica defensiva de posicionamento caracterizada pela disposição da força em posições desenfiadas por uma crista topográfica para proteger o defensor da observação terrestre e do fogo direto do inimigo, possibilitando tirar o máximo proveito da surpresa e obrigar o inimigo a empregar parceladamente os próprios meios.
No TO amazônico uma defesa de contra-encosta é de realização difícil pois a tomada das elevações não é prioridade e pela predominância do terreno plano. A disposição de posições defensivas em elevações só seria feita no caso de proximidade aos acidentes capitais e se sua ocupação proporcionar vantagem tática na defesa do ponto-forte. Porém, a disposição de pontos-fortes na defesa de localidades, portos fluviais, pontes e entroncamento de rios pode oferecer longos campos de tiro e observação terrestre possibilitando a força oponente empregar suas armas de apoio de fogo direto e não apenas se limitar ao uso de armas leves de uso individual ou coletivo.
Visto que muitos dos países que fazem fronteira com a Amazônia Brasileira já dispõem de meios de apoio de fogo de nível unidade com capacidade de bater alvos a mais de 2 km, não só os de fogo indireto mas também os de fogo direto e preciso (MAC), as experiências recentes ou nem tanto (Falklands) e a popularização de armas guiadas com custo cada vez mais baixo (mísseis anti-carro, drones “suicidas”, granadas de morteiro leves e médios com sistema de guiagem...) cabe ao Exército Brasileiro verificar se a doutrina de defesa em ponto-porte, padrão para operações defensivas em ambiente de selva, está a par do cenário atual e futuro.
Vale observar que dentro do Quadro de Cargos Previstos (QCP) de um BIS é previsto a existência de um Pelotão de Morteiros Médio (Pel Mrt M) de 81mm com duas seções a duas peças cada seção e um Pelotão Anticarro (Pel AC) com duas seções também com duas peças cada uma delas na Cia C Ap. São frações que atuam em proveito da unidade (o BIS) provendo apoio de fogo para a manobra das suas subunidades (Companhias de Fuzileiros de Selva).
Tal estrutura entra em consonância com o exposto ao longo deste texto. As equipes anti-carro podem não apenas lidar com viaturas blindadas, mas também com posições fortificadas, embarcações, aeronaves de asa rotativa pairadas ou deslocando-se a baixa altitudade e velocidade, estruturas logísticas e construções civis sendo usadas por forças inimigas. O uso de mísseis contra alvos que podem parecer mais baratos do que a arma usada para destrui-los pode ser considerado como um péssimo custo x benefício e uso inadequado de recursos mas justifica-se pelo valor tático que representa:
Fontes consultadas:
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... P-72-1.pdf
https://pt.slideshare.net/DanielFXA/ins ... a-ip-7220
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... _Esao.pdf
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... _Esao.pdf
Defesa de área em ponto-forte no ambiente operacional da Amazônia: a manutenção de acidentes capitais e fogos guiados na selva.
Uma das características do combate em ambiente de selva é que em consequência das dificuldade à mobilidade, restrição aos campos de tiro e observação terrestre e a degradação dos meios de comunição impostas pelas condições de clima e densa cobertura florestal, as principais ações táticas são conduzidas ao longo dos eixos, sejam eles terrestres ou fluviais. Assim, crescem de importância os acidentes do terreno que permitem o controle da circulação de meios, tais como: as localidades, os nós rodoferroviários, a confluência de rios, os portos fluviais e os campos de pouso.
É fácil determinar que as operações militares no ambiente de selva amazônico terão como objetivo a conquista ou defesa desses acidentes capitais.
Para isso o Comando Militar do Norte e o Comando Militar do Amazonas (CMN e CMA) possuem como braço operativo as Brigadas de Infantaria de Selva (Bda Inf Sl), que por sua vez são compostas por Organizações Militares (OM) aptas para atuar no ambiente operacional amazônico, os Batalhões de Infantaria de Selva (BIS). Esses batalhões têm como missão a realização de operações ofensivas e defensivas em ambiente de selva.
Estrutura organizacional do CMA e CMN.
Operações defensivas são operações realizadas para conservar a posse de uma área ou território, ou negá-los ao inimigo, e, também, garantir a integridade de uma unidade ou meio. Normalmente, neutraliza ou reduz a efciência dos ataques inimigos sobre meios ou territórios defendidos, infligindo-lhe o máximo de desgaste e desorganização, buscando criar condições mais favoráveis para a retomada da ofensiva. Dentro do escopo das operações defensivas, os BIS terão como principal missão manter os acidentes capitais, especialmente os que permitem bloquear e/ou controlar vias de circulação fluviais e terrestres. Nas Operações Defensivas em Ambiente de Selva a Defesa de Área é normalmente organizada em Ponto Forte. Adota-se dispositivo de Defesa Circular devido à impossibilidade de se determinar a direção de ataque do inimigo realizando trabalhos de fortificação de campanha através da preparação de posições de Metralhadora MAG, Morteiro e Canhão Sem-Recuo, estabelecimento de Posições de Bloqueio Fluviais e Terrestres, além de posições de emboscadas suplementares.
Defesa de ponto-forte estabelecida durante o exercício Operação Amazônia 2011
A preparação de posições defensivas sempre deve levar em consideração os meios e força passíveis de emprego pela força oponente. A tomada de acidentes capitais justifica, apesar das dificuldades inerentes, a concentração de força (Principio da Massa) para a execução de um ataque coordenado, bem como a disposição de elementos de apoio de fogo de níveis superiores ao de subunidade e inclusive sob controle do escalão superior a unidade (GAC da Brigada). Os trabalhos de fortificação (construção de abrigos e espaldões) são feitos de forma que as posições dispostas ofereçam boas condições de observação e bons campos de tiro. Os fogos disponíveis pelo batalhão devem ser dirigidos contra as vias de aproximação fluviais, estradas, varadouros e trilhas existentes, prováveis zonas de pouso de helicópteros e regiões desmatadas.
Porém, devemos observar que as boas condições de observação e bons campos de tiro também podem servir a força oponente, principalmente se puder dispor meios de apoio de fogo capazes de baterem eficazmente as posições do defensor além do alcance dos seus próprios meios.
Se você pode ver o inimigo, o inimigo também pode te ver. E se ele pode te atingir mais longe do que você pode atingi-lo... existe um problema.
As formas mais comuns de abordagem do atacante na tomada de um acidente em uma zona de operação em ambiente de selva são:
- desembarque ribeirinho nas proximidades da localidade e um desbordamento preferencialmente pelo interior da floresta;
- assalto aeromóvel, com desembarque próximo à localidade e deslocamento para ela, preferencialmente através da selva;
- pelo ataque coordenado através das regiões desmatadas circunjacentes;
- por um assalto com tropas aerotransportadas, com desembarque de assalto no aeroporto (aeródromo, campo de pouso);
- por um assalto ribeirinho.
Meios de apoio de fogo empregados por forças militares estrangeiras na faixa de fronteira amazônica: míssil anti-carro Eryx (acima, a esquerda) e fuzil antimaterial Hécate II (acima, a direta) utilizados pelo 3º Regimento de Infantaria Estrangeiro na Guiana Francesa, míssil anti-carro Spike utilizado pela Exército Colombiano (abaixo, a esquerda) e pelo Exército Peruano (abaixo, a direita).
A experiência argentina na Guerra das Ilhas Falklands em 1982 mostrou que posições defensivas expostas, mesmo as fortificadas, são vulneráveis ao apoio de fogo disponível ao nível unidade (principalmente as de fogo direto) e podem ser neutralizadas/suprimidas pelos fogos disponíveis ao nível brigada.
Os abrigos e espaldões construidos pelos argentinos em elevações normalmente eram localizadas na encosta voltada ao inimigo. Isso permitiu que as forças britânicas os detectassem facilmente. Dessa forma puderam direcionar fogo de concentração da artilharia ou disparar diretamente contra elas Mísseis Anti-Carro (MAC) operados pelos Pelotões Anti-Carro (Pel AC) das Companhias de Comando e Apoio (Cia C Ap) dos Batalhões de Infantaria Paraquedista ou de Fuzileiros Navais Reais.
Uma guarnição britânica dispara um MAC Milan contra um abrigo de metralhadora argentino. As elevações ocupadas pelos argentinos constituiam acidentes capitais no TO das Falklands pela dominância no terreno. O emprego dos caros mísseis contra fortificações se justificou pelo valor tático possibilitado pela neutralização rápida (com baixo consumo de munição) e segura (feita a longas distâncias).
Os britânicos, por outro lado, ao tomarem essas elevações, trataram de ocupar as antigas posições argentinas, agora na encosta voltada à posição contrária ao inimigo. Nessas posições, os britânicos estiveram protegidos da observação e dos fogos diretos inimigos, ocultando sua força e localização, degradando a eficiência dos fogos indiretos do inimigo.
Uma defesa em contra-encosta é uma técnica defensiva de posicionamento caracterizada pela disposição da força em posições desenfiadas por uma crista topográfica para proteger o defensor da observação terrestre e do fogo direto do inimigo, possibilitando tirar o máximo proveito da surpresa e obrigar o inimigo a empregar parceladamente os próprios meios.
Esquema de uma defesa de contra-encosta.
No TO amazônico uma defesa de contra-encosta é de realização difícil pois a tomada das elevações não é prioridade e pela predominância do terreno plano. A disposição de posições defensivas em elevações só seria feita no caso de proximidade aos acidentes capitais e se sua ocupação proporcionar vantagem tática na defesa do ponto-forte. Porém, a disposição de pontos-fortes na defesa de localidades, portos fluviais, pontes e entroncamento de rios pode oferecer longos campos de tiro e observação terrestre possibilitando a força oponente empregar suas armas de apoio de fogo direto e não apenas se limitar ao uso de armas leves de uso individual ou coletivo.
Imagens aéreas captadas por drone na ponte sobre o Rio Branco em Caracaraí, Roraima. A ponte é uma das vias de acesso a cidade de Caracaraí que possui um porto e uma pista de pouso. Notem os grandes campos de visão (que podem chegar a 2 km) entre as margens e nos descampados afastados do rio.
Visto que muitos dos países que fazem fronteira com a Amazônia Brasileira já dispõem de meios de apoio de fogo de nível unidade com capacidade de bater alvos a mais de 2 km, não só os de fogo indireto mas também os de fogo direto e preciso (MAC), as experiências recentes ou nem tanto (Falklands) e a popularização de armas guiadas com custo cada vez mais baixo (mísseis anti-carro, drones “suicidas”, granadas de morteiro leves e médios com sistema de guiagem...) cabe ao Exército Brasileiro verificar se a doutrina de defesa em ponto-porte, padrão para operações defensivas em ambiente de selva, está a par do cenário atual e futuro.
Abrigos dispostos em um dispositivo de defesa de ponto-forte estabelecida durante o exercício Operação Amazônia 2011. Tais posições poderiam ser batidas pelas seções anticarro de uma Batalhão de Infantaria inimigo.
Vale observar que dentro do Quadro de Cargos Previstos (QCP) de um BIS é previsto a existência de um Pelotão de Morteiros Médio (Pel Mrt M) de 81mm com duas seções a duas peças cada seção e um Pelotão Anticarro (Pel AC) com duas seções também com duas peças cada uma delas na Cia C Ap. São frações que atuam em proveito da unidade (o BIS) provendo apoio de fogo para a manobra das suas subunidades (Companhias de Fuzileiros de Selva).
Tal estrutura entra em consonância com o exposto ao longo deste texto. As equipes anti-carro podem não apenas lidar com viaturas blindadas, mas também com posições fortificadas, embarcações, aeronaves de asa rotativa pairadas ou deslocando-se a baixa altitudade e velocidade, estruturas logísticas e construções civis sendo usadas por forças inimigas. O uso de mísseis contra alvos que podem parecer mais baratos do que a arma usada para destrui-los pode ser considerado como um péssimo custo x benefício e uso inadequado de recursos mas justifica-se pelo valor tático que representa:
- discrição - menos disparos são necessários para alcançar o mesmo efeito, expondo menos as guarnições;
- surpresa - o maior alcance permite disparar de mais longe, sem ter de se expor a detectação precoce durante uma aproximação arriscada;
- maior chance de acerto no primeiro disparo - a precisão desses sistemas permite bater alvos já no primeiro disparo, contribuindo para os dois primeiros fatores.
Fontes consultadas:
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... P-72-1.pdf
https://pt.slideshare.net/DanielFXA/ins ... a-ip-7220
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... _Esao.pdf
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... _Esao.pdf
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Operação Amazônia 2020.
Simulação de assalto ribeirinho contra posição de defendida por um batalhão inimigo.
Simulação de assalto ribeirinho contra posição de defendida por um batalhão inimigo.
- Henrique Brito
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Esses tipos de exercícios gigantes deveriam ter uma grande forop também e todo mundo usando DSET, só assim saberíamos se a missão realmente foi cumprida
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Sendo sincero: um assalto do tipo realizado contra posições bem preparadas acabaria em desastre.Henrique Brito escreveu: ↑Qui Set 24, 2020 9:29 pm Esses tipos de exercícios gigantes deveriam ter uma grande forop também e todo mundo usando DSET, só assim saberíamos se a missão realmente foi cumprida
Realmente faltou o DSET aí e uma For Op devidamente desdobrada no terreno.
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Re: INFANTARIA DE SELVA
A atual doutrina anfíbia do CFN e do resto dos fuzileiros navais pelo mundo, desconsidera incursões a viva força neste tipo de operação. Faz-se assalto aeromóvel e depois o que segue para as praias é a força de apoio ao desembarque.
Depois da GM II, ninguém mais faz desembarques assim na frente do inimigo. A não ser que você não tenha recursos para realizar a ação de outra forma.
Mesmo com artilharia e aviação no vídeo, isso não se faz mais.
Isso aí serve mais para demonstração, experimentação ou treinamento do que para ser usado de verdade.
E mesmo que fosse necessário, provavelmente seria feito à noite, e não em plena luz do dia.
abs
Depois da GM II, ninguém mais faz desembarques assim na frente do inimigo. A não ser que você não tenha recursos para realizar a ação de outra forma.
Mesmo com artilharia e aviação no vídeo, isso não se faz mais.
Isso aí serve mais para demonstração, experimentação ou treinamento do que para ser usado de verdade.
E mesmo que fosse necessário, provavelmente seria feito à noite, e não em plena luz do dia.
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Re: INFANTARIA DE SELVA
A maioria destes exercícios da Operação Amazônia 2020, que em guerra real seriam feitos a noite, acabaram por ser feitos durante o dia para que a imprensa pudesse captar as imagens, como por exemplo, a infiltração de precursores.
As operações de assalto ribeirinho ainda são muito importantes em ambientes de selva, com apoio de fogos de artilharia e da aviação, e sendo feitos a noite, ainda são o principal meio para rapidamente tomar uma fortificação inimiga ribeirinha, visto que nem todo local é apropriado para um assalto aeromóvel e os assaltos aeromóveis também tem seus riscos, um Igla acaba com um helicóptero e a equipe de assalto em um único disparo. Os batalhões de operações ribeirinhas de fuzileiros navais também fazem assaltos ribeirinhos da mesma forma que a infantaria de selva fez neste vídeo.
Mas posso dizer, como pqd especialista na operação da metralhadora MAG, (eu atirava melhor com a MAG que sargento vindo da ESA), que se fosse eu defendendo aquela posição e durante o dia, do jeito que foi feito, eles não tomariam de jeito nenhum a minha posição, por três motivos principais.
O primeiro é a luminosidade, ainda que a noite se possa usar OVN, não é a mesma coisa.
O segundo foi a pouca quantidade de tropas e embarcações realizando o assalto, e as voadeiras desembarcaram muito próximas, nesta quantidade e todas juntas, uma só MAG no reparo, com um bom atirador abrigado e com um rápido remuniciador, poderiam dar conta do recado. Pra ter melhor chance de sucesso, deveriam ser muito mais embarcações e guerreiros de selva, pois se sacrifica alguns no assalto ribeirinho para o bem maior de tomar a posição. Mas acredito que esse assalto foi feito mais pra imprensa do que pra adestrar a tropa.
E por último, e me parece ser o ponto mais frágil, é a completa e total falta de blindagem ou qualquer tipo de proteção das voadeiras. Dentro dagua, durante o trajeto até o assalto ribeirinho, viram alvos fáceis, Imagino que nossas tropas de selva do Exército e dos fuzileiros deveriam fazer assaltos ribeirinhos com isso aqui. (vejam até o final do vídeo)
As operações de assalto ribeirinho ainda são muito importantes em ambientes de selva, com apoio de fogos de artilharia e da aviação, e sendo feitos a noite, ainda são o principal meio para rapidamente tomar uma fortificação inimiga ribeirinha, visto que nem todo local é apropriado para um assalto aeromóvel e os assaltos aeromóveis também tem seus riscos, um Igla acaba com um helicóptero e a equipe de assalto em um único disparo. Os batalhões de operações ribeirinhas de fuzileiros navais também fazem assaltos ribeirinhos da mesma forma que a infantaria de selva fez neste vídeo.
Mas posso dizer, como pqd especialista na operação da metralhadora MAG, (eu atirava melhor com a MAG que sargento vindo da ESA), que se fosse eu defendendo aquela posição e durante o dia, do jeito que foi feito, eles não tomariam de jeito nenhum a minha posição, por três motivos principais.
O primeiro é a luminosidade, ainda que a noite se possa usar OVN, não é a mesma coisa.
O segundo foi a pouca quantidade de tropas e embarcações realizando o assalto, e as voadeiras desembarcaram muito próximas, nesta quantidade e todas juntas, uma só MAG no reparo, com um bom atirador abrigado e com um rápido remuniciador, poderiam dar conta do recado. Pra ter melhor chance de sucesso, deveriam ser muito mais embarcações e guerreiros de selva, pois se sacrifica alguns no assalto ribeirinho para o bem maior de tomar a posição. Mas acredito que esse assalto foi feito mais pra imprensa do que pra adestrar a tropa.
E por último, e me parece ser o ponto mais frágil, é a completa e total falta de blindagem ou qualquer tipo de proteção das voadeiras. Dentro dagua, durante o trajeto até o assalto ribeirinho, viram alvos fáceis, Imagino que nossas tropas de selva do Exército e dos fuzileiros deveriam fazer assaltos ribeirinhos com isso aqui. (vejam até o final do vídeo)
"Nada justifica que se abrandem os rigorosos métodos de formação do combatente paraquedista." Gen. De Pessoa
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Está aqui o municiador hahaha. Como eu queria ser da For Op em um exercício desse com o DSET. Carregava o reparo "carrapato" com prazer.Henrique Brito escreveu: ↑Sex Set 25, 2020 11:35 am A maioria destes exercícios da Operação Amazônia 2020, que em guerra real seriam feitos a noite, acabaram por ser feitos durante o dia para que a imprensa pudesse captar as imagens, como por exemplo, a infiltração de precursores.
As operações de assalto ribeirinho ainda são muito importantes em ambientes de selva, com apoio de fogos de artilharia e da aviação, e sendo feitos a noite, ainda são o principal meio para rapidamente tomar uma fortificação inimiga ribeirinha, visto que nem todo local é apropriado para um assalto aeromóvel e os assaltos aeromóveis também tem seus riscos, um Igla acaba com um helicóptero e a equipe de assalto em um único disparo. Os batalhões de operações ribeirinhas de fuzileiros navais também fazem assaltos ribeirinhos da mesma forma que a infantaria de selva fez neste vídeo.
Mas posso dizer, como pqd especialista na operação da metralhadora MAG, (eu atirava melhor com a MAG que sargento vindo da ESA), que se fosse eu defendendo aquela posição e durante o dia, do jeito que foi feito, eles não tomariam de jeito nenhum a minha posição, por três motivos principais.
O primeiro é a luminosidade, ainda que a noite se possa usar OVN, não é a mesma coisa.
O segundo foi a pouca quantidade de tropas e embarcações realizando o assalto, e as voadeiras desembarcaram muito próximas, nesta quantidade e todas juntas, uma só MAG no reparo, com um bom atirador abrigado e com um rápido remuniciador, poderiam dar conta do recado. Pra ter melhor chance de sucesso, deveriam ser muito mais embarcações e guerreiros de selva, pois se sacrifica alguns no assalto ribeirinho para o bem maior de tomar a posição. Mas acredito que esse assalto foi feito mais pra imprensa do que pra adestrar a tropa.
E por último, e me parece ser o ponto mais frágil, é a completa e total falta de blindagem ou qualquer tipo de proteção das voadeiras. Dentro dagua, durante o trajeto até o assalto ribeirinho, viram alvos fáceis, Imagino que nossas tropas de selva do Exército e dos fuzileiros deveriam fazer assaltos ribeirinhos com isso aqui. (vejam até o final do vídeo)
Esse pessoal que desembarcou da CB90 tava afiado.
- Alfa BR
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Re: INFANTARIA DE SELVA
O que me pegou nisso foi o título: Ataque à posição de um Batalhão inimigo
Um ponto-forte estabelecido por uma força de valor batalhão que tenha tempo e dedicação para os trabalhos de fortificação, vai estar coalhado disso aqui:
E se você considerar os nossos vizinhos, é possível que topemos com uma grande variedade de armas de emprego coletivo:
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