NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS

[cabeça de martelo]

Comandos treinam CQB na preparação da 8ª FND para a RCA

O aprontamento dos Comandos e respectiva 8ª FND para a Republica Centro Africana está na sua fase final. As missões anteriores, e a que está a decorrer, demonstraram a importância de se conseguir operar nas aldeias e cidades daquele País. Os grupos armados têm se refugiado em várias localidades onde muitas das vezes as operações acabam por resultar em buscas casa a casa, o que aumenta significativamente o perigo para os militares envolvidos.







Embora, infelizmente, ainda não exista em Portugal nenhuma área de fogo real que permita um treino adequado a este tipo de operações, os Comandos têm acesso a várias zonas de treino com áreas edificadas (MOUT-Military Operations in Urban Terrain) onde podem treinar com tiro de salva. Desta feita acompanhámos o seu treino, mais específico no que toca a CQB (Close Quarters Battle), numa área improvisada que esta força usa com regularidade, e no campo de tiro de Alcochete.







Este treino incidiu principalmente na tomada de posições em vias de circulação (pedestres e automóveis), de modo a permitir que os militares pudessem penetrar nos edifícios e assim revista-los e eliminar qualquer ameaça que se lhes apresentasse à frente. Os Comandos deram especial ênfase a penetração dentro dos edifícios, assim como aos perigos que poderão advir dessa manobra complexa. O posicionamento dos militares, a sua movimentação muito compacta, o “inundamento” de cada compartimento com os militares nas posições certas de modo a evitar o fogo fraticida, e a execução de disparos certeiros de modo a atingir apenas o pretendido sem risco de danos colaterais, é extremamente importante no que toca a este tipo de treino.







Também no que toca a providenciar apoio a estas manobras, numa perspectiva global da operação, o treino pode ser complexo. Enquanto os militares se deslocam nestas áreas, os perigos não estão só dentro dos edifícios, os telhados, a ameaça IED, posições improvisadas de sniper, check points reforçados com PKM ou RPG, entre outras. Assim sendo, os Comandos aproveitaram para treinar a incorporação de viaturas, quando possível, na manobra de apoio e protecção. Também os atiradores especiais, granadeiros e os apontadores de Metralhadoras Ligeiras e Médias têm um papel muito importante na cobertura das movimentações do militares que fazem a limpeza casa a casa.







Os Exercicios de CQB culminaram num grande Exercicio que envolveu toda a companhia de manobra, TACP da Força Aérea Portuguesa, assim como os restantes elementos da 8ª FND, incluindo Viaturas Pandur e VAMTAC. Em breve lhe apresentaremos mais imagens desse Exercício.

https://warriors.pt/galerias/comandos-t ... ara-a-rca/

[FCarvalho]

Além de recursos financeiros, o que lhes falta mesmo para poder ter uma área de treino melhor Cabeça?
Já vi notícias de vilas vazias no interior de Portugal. Não sei se é verdade.
Cá o exercito pega as cidades menores do interior e fecha tudo para treinar GLO e combate urbano.
Não sei se seria possível a vocês aí fazer o mesmo.

abs

[cabeça de martelo]

https://www.facebook.com/emgfa/videos/439180293658309/

[cabeça de martelo]

Além de recursos financeiros, o que lhes falta mesmo para poder ter uma área de treino melhor Cabeça?
Já vi notícias de vilas vazias no interior de Portugal. Não sei se é verdade.
Cá o exercito pega as cidades menores do interior e fecha tudo para treinar GLO e combate urbano.
Não sei se seria possível a vocês aí fazer o mesmo.

abs

Neste momento o Exército já tem vários locais para treinar "Combate em Áreas Edificadas". Tem em Mafra (Escola das Armas), tem em São Jacinto (RI10 - 2º BIPara), tem em Santa Margarida (BrigMec), etc.

Fazer algo do género, que não esteja inserido numa demonstração durante uma data especial qualquer é muito complicado hoje em dia. Portugal tem aldeias com uma população envelhecida no interior, mas não são nem de perto nem de longe o que se pretende. O ideal seria no meio de uma vila com alguma dimensão...mas isso é para esquecer.



https://www.facebook.com/ExercitoPortug ... 795999740/

https://www.facebook.com/ExercitoPortug ... 808726082/

[cabeça de martelo]

The urovesa VAMTAC ST5 4x4 troop carrier of Portuguese Army in UN_CAR, here armed with Heckler & Koch GMG 40x53mm automatic grenade launcher and RheinmetallAG ROSY_L 40mm smoke dischargers. 30 GMGs were previously purchased by the NSPA_NATO.

Victor Barreira

[FCarvalho]

A 12a Amv de Campinas/SP salvo engano tem um espaço dedicado só para este tipo de treinamento, enquanto a 11a Inf Lv (GLO) - detesto isso - também tem algo parecido no mesmo estado.
Não seria de interesse do EP vir aqui algumas vezes no ano para treinar essas missões, já que espaço aqui é algo que nos sobra até demais?

abs

[gabriel219]

[cabeça de martelo]

A 12a Amv de Campinas/SP salvo engano tem um espaço dedicado só para este tipo de treinamento, enquanto a 11a Inf Lv (GLO) - detesto isso - também tem algo parecido no mesmo estado.
Não seria de interesse do EP vir aqui algumas vezes no ano para treinar essas missões, já que espaço aqui é algo que nos sobra até demais?

abs

Dúvido. Como já disse o Exército tem várias áreas de treino onde podem exercitar unidades até ao escalão Companhia. Acima disso há todo e qualquer país da UE/OTAN ( e ficam todos mais perto que o Brasil).

[FCarvalho]

Nem mesmo a convite? Entendo que vocês ficam realmente longe de nós, mas esta interação com um país extra-Otan talvez pudesse agregar alguma coisa de boa e diferente a ambas as partes.
O que se faz por aí não deve ser exatamente igual ao que se faz aqui, vide, por exemplo, o BOPE/RJ receber visitas o ano inteiro para treinamento, formação e trocas de conhecimento em diversas áreas.
Creio que seria algo interessante para todos.

abs

[cabeça de martelo]

Fotografia dos três militares que, integrando a Força Portuguesa, prestam serviço na Missão de Treino da União Europeia na República Centro-Africana.

[cabeça de martelo]

Nem mesmo a convite? Entendo que vocês ficam realmente longe de nós, mas esta interação com um país extra-Otan talvez pudesse agregar alguma coisa de boa e diferente a ambas as partes.
O que se faz por aí não deve ser exatamente igual ao que se faz aqui, vide, por exemplo, o BOPE/RJ receber visitas o ano inteiro para treinamento, formação e trocas de conhecimento em diversas áreas.
Creio que seria algo interessante para todos.

abs

O BOPE da PMRJ já cá esteve a treinar com o GOE da PSP. Sei que não há curso de Operações Contraterroristas do GIOE da GNR que não tenha Oficiais de várias PM Brasileiras, mas não tenho conhecimento de Oficiais do BOPE da PMRJ.

Essa interacção existe, mas por norma é ao contrário, são os vossos militares que vêm cá e cada vez mais. No passado já enviamos uma das Companhias de Infantaria de um BIMec da Rodas num exercício da CPLP e anos depois o mesmo aconteceu cá em Portugal. O dito exercicio foi no RI10 em São Jacinto que é exactamente uma das unidades que dispõe uma área para esse tipo de treino.

[cabeça de martelo]

6.º Curso de Formação Geral Comum de Praças do Exército de 2020 (6CFGCPE) inicia Instrução Complementar

Ao longo de sete semanas os militares vão ser habilitados com os Módulos de Armamento e Tiro, de Técnica Individual de Combate, de Topografia, de Nuclear, Biológico, Químico e Radiológico e de Educação Física Militar.

O 6CFGCPE decorre nos Regimentos de Infantaria N.º 1 (Beja), N.º 10 (Aveiro), N.º 14 (Viseu) e N.º 19 (Chaves), Regimento de Cavalaria N.º 6 (Braga), Regimentos de Artilharia N.º 4 (Leiria), N.º 5 (Vendas Novas) e Antiaérea N.º 1 (Queluz), Regimento de Transmissões (Porto), Brigada Mecanizada (Campo Militar de Santa Margarida) e nos Regimentos de Guarnição N.º 1 (Angra do Heroísmo) e N.º 2 (Ponta Delgada).

[FCarvalho]

Nem mesmo a convite? Entendo que vocês ficam realmente longe de nós, mas esta interação com um país extra-Otan talvez pudesse agregar alguma coisa de boa e diferente a ambas as partes.
O que se faz por aí não deve ser exatamente igual ao que se faz aqui, vide, por exemplo, o BOPE/RJ receber visitas o ano inteiro para treinamento, formação e trocas de conhecimento em diversas áreas.
Creio que seria algo interessante para todos.
abs

O BOPE da PMRJ já cá esteve a treinar com o GOE da PSP. Sei que não há curso de Operações Contraterroristas do GIOE da GNR que não tenha Oficiais de PE de várias PM Brasileiras, mas não tenho conhecimento de Oficiais do BOPE da PMRJ.
Essa interacção existe, mas por norma é ao contrário, são os vossos militares que vêm cá e cada vez mais. No passado já enviamos uma das Companhias de Infantaria de um BIMec da Rodas num exercício da CPLP e anos depois o mesmo aconteceu cá em Portugal. O dito exercicio foi no RI10 em São Jacinto que é exactamente uma das unidades que dispõe uma área para esse tipo de treino.

Olá Cabeça.

Grato pela resposta. Sabes dizer quantos exercícios de campo oficialmente nós temos com o EP, ou se apenas existem visitas de oficiais em pontos específicos para treinamento?
Os exercicios da CPL estão escassos cada dia que passa. Não seria o caso de Brasil e Portugal reforçarem os laços de forma a manter pelo menos um ou dois exércicios de campo ao ano com os países membros?
Aliás, o CFN já esteve aí convosco a treinar em campo ou vão apenas também em visitas regradas para cursos?
Nunca ouvi falar de pqdt ou fuzileiros navais portugueses por cá no Brasil em treinamentos de campo aberto.
Sei que franceses, americanos e ingleses constantemente vem todos os anos e treinam com o CFN operações de diversos tipos e envergaduras.
Deve sair muito caro por exemplo trazer um pelotão ou companhia ao Brasil e fazer esse tipo de trabalho. E o contrário também deve ser verdade. Embora eu acredite que valha cada centavo investido. Com os KC-390 agora em comum, e sua capacidade de levar até 80 pax, seria muito interessante pensar neste aspecto de trocas ao longo de cada ano.

abs

[cabeça de martelo]

Oficialmente devia haver todos os anos um exercício militar no âmbito da CPLP, infelizmente o Brasil é o país que mais vezes corta-se e só envia "observadores". Com esta pandemia a coisa deve piorar e duvido que nos próximos anos vá acontecer algo substancial. O que neste momento está acontecer são militares brasileiros virem a Portugal fazerem cursos e participarem em missões internacionais integrados no contingente Português.

Isso já é muito superior ao que havia a alguns anos atrás e mais do que isto será bastante difícil.

[cabeça de martelo]

A Cooperação Técnico-Militar no seio da CPLP : subsídios para uma estrutura centrada nos objetivos presentes e desafios futuros / Claudio Alexandre de Almeida Freitas CORONEL DE INFANTARIA (BRASIL)

O mundo globalizado é marcado por constantes e rápidas transformações que possibilitam o surgimento de ameaças aos países, instituições, pessoas, sociedade em geral e organizações mundias e regionais. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é um organismo internacional recente, cujos Estados-Membros estão ligados por um traço comum - a Lusofonia e que buscam formas de coooperação e integração neste mundo globalizado. O objeto de estudo é a Cooperação Técnica Militar existente no Domínio da Defesa, com tipos e modos de funcionamento que necessitam estarem ajustados aos objetivos presentes da Comunidade e aos desafios futuros, decorrentes das ameaças existentes. O trabalho analisa a Cooperação Técnica Militar e identifica as ameaças aos Estados- Membros. Para tal, foi adotado um raciocínio dedutivo, apoiado numa estratégia de investigação qualitativa e com o desenho de pesquisa de estudo do caso. Como resultados obtidos, apresentam-se os desafios para a Comunidade e para o Domínio da Defesa bem como os subsídios para a Cooperação Técnico Militar. Complementarmente, esta investigação poderá corresponder como informação útil para o processo de decisão no Domínio da Defesa. Abstract: The globalized world is marked by constant and rapid transformations that allow the emergence of threats to countries, institutions, people, and society in general, and global and regional organizations. The Community of Portuguese Speaking Countries is a recent international body whose Member States are linked by a common trait – Lusophony, and are seeking forms of co-operation and integration in this globalized world. The object of study is the existing Military Technical Cooperation in the Defense Domain, with types and modes of operation that are in need of adjustment to the present objectives of the Community and to future challenges arising from the existing threats. The paper analyzes Military Technical Cooperation and identifies threats to Member States. To that end, a deductive reasoning was adopted, based on a qualitative research strategy and with the research study design of the case. The results obtained present the challenges for the Community and for the Defense Domain as well as the subsidies for Military Technical Cooperation. In addition, this investigation may correspond as useful information for the decision-making process in the Defense Domain.

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400. ... pdf%29.pdf