FCarvalho escreveu: ↑Dom Ago 02, 2020 8:37 pm
Árabes e israelenses podem ser chamados de tudo, menos de amigos ou aliados. Eles no máximo se suportam mutuamente.
Uma faísca basta para esquecerem qualquer troca de favores e passam a velha norma que é matarem-se entre si.
Israel aceita algumas coisas no lado árabe por imposição da geopolítica americana no oriente médio, mas isso não funciona assim com outros países em relação à região. Brasil inclusive.
Qualquer aceno brasileiro ao mundo árabe sempre vem acompanhado de uma contra-partida israelense. Sempre.
A venda dos Astros para sauditas e catares não ocorreu sem que as consultas de praxe fossem feitas. A nós não interessa favorecer a luta entre os lados, e menos ainda ver nossas armas serem utilizadas contra os israelenses. Questão de política externa há décadas.
Até por isso todas as vendas para a região são meticulosamente calculadas. Há pressões muito fortes de ambos os lados aqui.
O cartel evangélico e o pentecostalismo católico no congresso está aí que não me deixam mentir. A esquerda via de regra joga no time dos palestinos e árabes. É uma briga complexa conosco em cima do muro como sempre.
abs
Israel aceita por imposição americana? KKKKKKKKKKKKKK
O ataque ao reator de Osirak deixa bem claro isso, não é?
gabriel219 escreveu: ↑Sex Ago 07, 2020 4:26 am
[Israel aceita por imposição americana? KKKKKKKKKKKKKK
O ataque ao reator de Osirak deixa bem claro isso, não é?
Questões e temporalidades diferentes. Israel não é lá isso tudo que se pensa em termos geopolíticos. A dependência dos americanos é, e sempre será um fator impositivo das decisões militares, políticas e diplomáticas do Estado judeu.
Obviamente que eles tem toda a liberdade do mundo para decidirem o que bem quiser e aprouver no quesito segurança, assim como tem clara e objetiva noção das consequências nas relações com o tio Sam.
As coisas não são tão simples como tu supõe.
gabriel219 escreveu: ↑Sex Ago 07, 2020 4:26 am
[Israel aceita por imposição americana? KKKKKKKKKKKKKK
O ataque ao reator de Osirak deixa bem claro isso, não é?
Questões e temporalidades diferentes. Israel não é lá isso tudo que se pensa em termos geopolíticos. A dependência dos americanos é, e sempre será um fator impositivo das decisões militares, políticas e diplomáticas do Estado judeu.
Obviamente que eles tem toda a liberdade do mundo para decidirem o que bem quiser e aprouver no quesito segurança, assim como tem clara e objetiva noção das consequências nas relações com o tio Sam.
As coisas não são tão simples como tu supõe.
abs
A questão é que os Árabes viram que é melhor ter Judeus como amigos quando se tem Persas querendo dominar seus próprios países e isso nada tem a ver com EUA.
Israel sempre fez o que quis ali, com ou sem aval do EUA ou de qualquer outro país. Bombardearam duas "usinas" (Osirak e outra na Síria), entram quando quer na Síria e vivem destruindo material do Irã, entram no Líbano, faixa de Gaza e por pouco não atacou Sadam devido aos mísseis Scud.
Vir falar que Israel só faz com aval do EUA é "miopice".
Israel depende de muitas coisas dos americanos. Mas dependência não significa imobilidade.
Como disse, eles podem, e fazem, o que bem entendem com a plena consciência dos resultados e consequências de suas ações nas relações bilaterais com os USA.
Assim como dependeu dos Ingleses, dos Franceses e agora dos Americanos. Israel é o único dos usuários do F-35 que pode fazer extensas modificações no mesmo e já está usando o mesmo em combate. Veja o Paquistão e a celeuma por trás do suposto uso de caças F-16, veja se o mesmo ocorre com Israel que os utilizou no ataque a Osirak. Quando os Franceses quiseram colocar uma coleira, o Mossad foi lá e roubou planos do novo Mirage, vindo o Nesher.
Israel sempre teve 95% do controle de suas ações e sem qualquer tipo de aval, não importa qual país. Até a Rússia, antiga e até atual fornecedora de armamentos para países declaradamente inimigos de Israel vem estreitando laços a tempos e diz que o EUA é quem dita o que Israel faz?
Eu falei em dependência dos USA por parte de Israel, não que eles ditem o que o país faz ou deixa de fazer.
Em 1973 eles quase jogaram meia dúzia de nukes em Damasco e no Cairo, quando americanos e russos entraram na jogada.
Foi o suficiente.
Israel, como costumam dizer por aí, sempre foi o maior porta-aviões em terra que os americanos tem no oriente médio. E isso tem dado a eles muitos privilégios, inclusive porque os contribuintes judeus mundo afora ajudam a fazer com que assim seja.
Mas isso não significa carta branca para os israelenses saírem por aí fazendo o que quiserem. Óbvio que eles não dão satisfações a ninguém, mas isso também não significa que os americanos simplesmente baixem as calças para tudo que eles fazem. Nunca foi assim com nenhum país desde 1945 e com Israel não é diferente.
Pois é. Ainda acredito que haveria espaço para este míssil em uma nova roupagem nos dias de hoje. Mas teríamos que pensar em outras plataformas específicas para ele que não apenas os Astros 2020.
Pode ser facilmente ressuscitado, porém eu só descartaria o guiamento por fibra-óptica, manteria o alcance de 60 km, tentaria deixar a ogiva em torno 120 kg e não lançaria o mesmo em um Astros de forma alguma.
Poderia ser a arma principal do sistema Armadillo, uma artilharia de precisão de longo alcance para Brigadas, servindo tanto de contra bateria como também para ataques de precisão, caso a aviação da FAB não esteja disponível.
Tirando o Armadillo, eu não vejo outra plataforma no EB que não o Astros. Ele poderia ser também adaptado para como míssil ar-superfície tanto para os ST como o Gripen E, e também sendo lançado de navios da marinha, como chegou a ser aventado no início do programa.
gabriel219 escreveu: ↑Sáb Set 12, 2020 1:20 pm
Pode ser facilmente ressuscitado, porém eu só descartaria o guiamento por fibra-óptica, manteria o alcance de 60 km, tentaria deixar a ogiva em torno 120 kg e não lançaria o mesmo em um Astros de forma alguma.
Poderia ser a arma principal do sistema Armadillo, uma artilharia de precisão de longo alcance para Brigadas, servindo tanto de contra bateria como também para ataques de precisão, caso a aviação da FAB não esteja disponível.
FCarvalho escreveu: ↑Sáb Set 12, 2020 3:54 pm
Tirando o Armadillo, eu não vejo outra plataforma no EB que não o Astros. Ele poderia ser também adaptado para como míssil ar-superfície tanto para os ST como o Gripen E, e também sendo lançado de navios da marinha, como chegou a ser aventado no início do programa.
abs
Não vejo outra além do Marruá para as nossas FFAA. A manter-se um alcance tão longo e o fulcro em alvos móveis, não vejo outro tipo de guiagem que não a FO: INS+GPS é pra alvo fixo; laser a 60 km não é mole; rádio é detectável (via satélite a antena SATCOM não caberia no míssil) e ainda pode ser jammeado; F&F via IIR/EM custam os olhos da cara, pelo menos para nós. Ademais, acho um exagero o tamanho da ogiva, NADA que se mova é garantido sobreviver a um impacto da ogiva dupla do Hellfire e ela pesa várias vezes menos. As defesas do tipo APS/ERA que puderem resistir a um Hellfire resistirão igualmente ao FOG-MPM, embora em ambos os casos o blast seja tão forte que ficarão inutilizadas e, portanto, o alvo vulnerável a um segundo ataque.
Ou seja, como entendo o Gabriel véio tá propondo um míssil totalmente novo para nós - uma espécie de concorrente caro pra burro do Penguin, provavelmente mais para Artilharia de Costa* do que Anticarro - e o Carvalho um uso em VTR cuja proposta é BEM diferente de caçar MBT (e o SS-60/80, além do futuro SS-150, podem ser aperfeiçoados com guiagem INS/GPS - e ainda mais com submunições de guiagem terminal autônoma - para contrabateria). Ou seja, não entendi onde querem chegar.
* - Vi um comentário de um Colega sobre isso e achei sublime: se chegarmos ao ponto de ter que alvejar navio a partir de terra quer dizer que os subs e a Aviação já foram todos pro saco, então o EB deveria estar mais preocupado em ir para as cidades, treinar e armar todo mundo e montar equipes de fabricação e instalação de minas e IEDs, porque o caso agora seria BEM OUTRO.
gabriel219 escreveu: ↑Sáb Set 12, 2020 1:20 pm
Pode ser facilmente ressuscitado, porém eu só descartaria o guiamento por fibra-óptica, manteria o alcance de 60 km, tentaria deixar a ogiva em torno 120 kg e não lançaria o mesmo em um Astros de forma alguma.
Poderia ser a arma principal do sistema Armadillo, uma artilharia de precisão de longo alcance para Brigadas, servindo tanto de contra bateria como também para ataques de precisão, caso a aviação da FAB não esteja disponível.
FCarvalho escreveu: ↑Sáb Set 12, 2020 3:54 pm
Tirando o Armadillo, eu não vejo outra plataforma no EB que não o Astros. Ele poderia ser também adaptado para como míssil ar-superfície tanto para os ST como o Gripen E, e também sendo lançado de navios da marinha, como chegou a ser aventado no início do programa.
abs
Não vejo outra além do Marruá para as nossas FFAA. A manter-se um alcance tão longo e o fulcro em alvos móveis, não vejo outro tipo de guiagem que não a FO: INS+GPS é pra alvo fixo; laser a 60 km não é mole; rádio é detectável (via satélite a antena SATCOM não caberia no míssil) e ainda pode ser jammeado; F&F via IIR/EM custam os olhos da cara, pelo menos para nós. Ademais, acho um exagero o tamanho da ogiva, NADA que se mova é garantido sobreviver a um impacto da ogiva dupla do Hellfire e ela pesa várias vezes menos. As defesas do tipo APS/ERA que puderem resistir a um Hellfire resistirão igualmente ao FOG-MPM, embora em ambos os casos o blast seja tão forte que ficarão inutilizadas e, portanto, o alvo vulnerável a um segundo ataque.
Ou seja, como entendo o Gabriel véio tá propondo um míssil totalmente novo para nós - uma espécie de concorrente caro pra burro do Penguin, provavelmente mais para Artilharia de Costa* do que Anticarro - e o Carvalho um uso em VTR cuja proposta é BEM diferente de caçar MBT (e o SS-60/80, além do futuro SS-150, podem ser aperfeiçoados com guiagem INS/GPS - e ainda mais com submunições de guiagem terminal autônoma - para contrabateria). Ou seja, não entendi onde querem chegar.
* - Vi um comentário de um Colega sobre isso e achei sublime: se chegarmos ao ponto de ter que alvejar navio a partir de terra quer dizer que os subs e a Aviação já foram todos pro saco, então o EB deveria estar mais preocupado em ir para as cidades, treinar e armar todo mundo e montar equipes de fabricação e instalação de minas e IEDs, porque o caso agora seria BEM OUTRO.
Na verdade, Seu Comunazzz, penso não em uma arma anticarro, mas uma arma multipropósito, podendo ser utilizada contra alvos de alto valor e de maior envergadura, como infraestrutura ou até mesmo atingir baterias ar-solo ou solo-solo inimigas. Algo semelhante a isto:
Basicamente teria uma ogiva de penetração e uma secundária termobárica, com fragmentação.
Poderia ter uma versão maior e mais barata para função anticarro multipropósito, com ogiva tandem anticarro e uma capa de fragmentação termobárica.
Mas queria ver mesmo seria a Avibrás produzindo Ingwe e Mokopa sob licença, talvez a Umbani, para complemento de menor custo aos mísseis Spike e as bombas Spice.
Além disso, começar a desenvolver loitering ammo, como Harop, Rotem e entre outros.
Eu fico satisfeito hoje em dia se o EB simplesmente viesse a público anunciar que o MSS 1.2 morreu e o corpo nunca foi encontrado. Pronto. Já podemos comprar algo novo agora e é só encomendar Mokopas, Ingwe, Spike e tudo o mais que voa AC que tá valendo.
O projeto da Avibrás do FOG-MPM tem potencial para muitos usos. Seria o caso de tentar entender como as forças armadas veem o uso de mísseis com guiagem por fibra ótica hoje. Derivações dele com outros tipos de guiagem e cabeças de guerra seriam uma evolução natural. Mas fico pensando que se não temos um simples míssil AC até hoje, que se dirá algo como este míssil da Avibrás.
