AVIBRAS

[FCarvalho]

Conforme relatado pelo site indonésio Defense Studies, o navio de carga MV Tian Fu, com bandeira de Hong Kong, partiu de Santos, Brasil, para o porto de Tanjung Priok, em Jacarta, onde, em 12 de junho, entregou 27 lançadores de foguetes Astros II Mk 6 com munição para o Exército Indonésio.

Se p o pessoal da Avibrás for um tiquinho esperto, e eu creio que sejam, devem estar a esta altura conversando com a clientela asiática sobre o emprego na função de artilharia de costa para o Astros 2020 com capacidade de lançar mísseis.
Dos países na região que tem competência e capacidade - e recursos - para operar o sistema, Malásia e Indonésia, já fizeram o seu dever de casa comprando o mesmo. Cingapura pode ser o passo seguinte, e mais difícil, pois tem uma forte indústria de defesa. Filipinas e Vietnã seriam os mais interessados no Astros mas aí entra na área de influencia russa e americana. Até Taiwan poderia ser uma opção mas não temos relações diplomática com eles, e ninguém aqui seria louco, ou burro, de procurar uma encrenca desse tamanho com Pequin.
Ficar apenas no mercado do sudeste asiático e oceania já está de bom tamanho.

abs

[Túlio]

Creio que se houver um mínimo de juízo na cabeça desse pessoal, o CTEx e o DCTA devem estar trocando figurinhas sobre esse MICLA da FAB. O contrário seria atestado de burrice ou arrogância. Ou os dois juntos.
Me parece que como o Gripen E terá capacidade para até 5 ou 6 ton de armamento, e os pods internos e das assas levam o RBS-15, na faixa dos 800 kgs. não será maior problema fazer as adaptações necessárias para que ele possa ser operado como o míssil sueco. Claro, isso se ele não engordar ao invés de emagrecer para ser levado por um caça pequeno como o Gripen.

abs

Que eu saiba o Gripen tem pelo menos dois pilones nas asas (um em cada) capazes de transportar mais de uma tonelada, além da centerline. Como não me parece lógico levar mais de um Msl deste tipo em cada avião, me parece que um na citada centerline, dois tanques extras nas asas e um par de WVR e outro de BVR seria um boa combinação. Um Gripen F com isso tudo poderia atingir qualquer alvo na América do Sul, o que é - e de longe - muito mais do que algum dia tivemos.

Ou, caso o MCT tenha mesmo alcance comparável a outros de sua categoria de peso, então poderiam ir dois nas asas, além de um par de pods AREXIS e os AAMs para autodefesa.

[FCarvalho]

Creio que se houver um mínimo de juízo na cabeça desse pessoal, o CTEx e o DCTA devem estar trocando figurinhas sobre esse MICLA da FAB. O contrário seria atestado de burrice ou arrogância. Ou os dois juntos.
Me parece que como o Gripen E terá capacidade para até 5 ou 6 ton de armamento, e os pods internos e das assas levam o RBS-15, na faixa dos 800 kgs. não será maior problema fazer as adaptações necessárias para que ele possa ser operado como o míssil sueco. Claro, isso se ele não engordar ao invés de emagrecer para ser levado por um caça pequeno como o Gripen.
abs

Que eu saiba o Gripen tem pelo menos dois pilones nas asas (um em cada) capazes de transportar mais de uma tonelada, além da centerline. Como não me parece lógico levar mais de um Msl deste tipo em cada avião, me parece que um na citada centerline, dois tanques extras nas asas e um par de WVR e outro de BVR seria um boa combinação. Um Gripen F com isso tudo poderia atingir qualquer alvo na América do Sul, o que é - e de longe - muito mais do que algum dia tivemos.
Ou, caso o MCT tenha mesmo alcance comparável a outros de sua categoria de peso, então poderiam ir dois nas asas, além de um par de pods AREXIS e os AAMs para autodefesa.

Já vi fotos do Gripen E com 4 RBS-15 sob as asas. Se propaganda ou não, é bom confirmar.
No caso dos três pilones na fuselagem, é admissível que todos tenham pelo menos 1 mil kgs de capacidade de carga. Não foi confirmado ainda, mas parece ser provável que todos sejam capazes de receber tanques subalares. Neste caso, o peso ultrapassa facilmente os mil kgs citos.
Como padrão, se o míssil tiver pelo menos 300 Kms de alcance nominal, dois deles já bastam, ou até quatro, em caso de necessidade. O resto é como dizes, pode ser aproveitado com tanques combustível, BVR's e outros sistemas que sejam pertinentes a cada missão.
Com este alcance do míssil, saindo de bases próximas as fronteiras, não precisa ir muito longe para atingir a maioria das capitais da vizinhança. E se o cito MICLA for bem mais longe que isso, e considerando que alguns vizinhos sequer força aérea tem para defender-se, fica à vontade para se escolher o que melhor convir.
Me parece que um míssil como este só pode ser usado como arma estratégica em nosso TO, não tática. Ele, quando e se for levado à operacionalidade, será uma reviravolta no poder aéreo sul americano.
Vai levar muito tempo para alguém na vizinhança conseguir algo similar. Ao menos que comprem de nós...
Só espero que uma família seja gerada a partir dele, e que também tenha melhor sorte que o defenestrado MAR-1.

abs

[gabriel219]

Tudo bem que é Mockup, mas é um míssil de 1,5 tons e a FAB pretende adquirir. Ter uns 24-36 mísseis Taurus KEPD (+550 km de alcance em perfil Hi-Lo-Lo e 486 kg de ogiva) e o dobro/triplo de MICLA (300-400 km de alcance e ogiva de 200-300 kg) é algo que bota medo até de gente fora da AL. Pra complementar, Spice 1000 e 2000, junto com a ressurreição do projeto FPG-82.

O Astros Mk6 como arma de saturação e proteção de costa já deve ser algo bem pensado pela Avibrás. Basta utilizarem o MCT com a cabeça de guerra do MAN-1, até o SS 40 G pode ser aplicado nesse sentido, mas a ressurreição do FOG-MMP, mas com orientação diferente (IIR/EOTV) e uns 40 km de alcance, com uma ogiva de 80 kg, seria um sistema muito completo e versátil, inclusive único que pode ser usado como arma de saturação, ataque tático com mísseis de cruzeiro e artilharia costeira, contando ainda com apoio de Vant CAT3, que pode possuir um radar embarcado, como o EL/M-2022ML, podendo detectar alvos marítimos pro sistema com alcance de quase 300 km, além de alvos terrestres e aéreos, podendo também servir para busca de alvos em terra. É uma bateria solo-solo multi-missão, tanto tática quanto estratégica.


No futuro, possibilidade de disparar mísseis supersônicos, quem sabe scramjet's e ramjet's.
'

[arcanjo]

Brasil e Indonésia estudam ações para incremento das relações na área da Defesa


Sistema Astros II Mk6 em uso pelo Exército Indonésio

Jacarta (Indonésia) – O Ministro da Defesa da Indonésia, Tenente-General Prabowo Subianto, recebeu uma comitiva brasileira composta pelo Embaixador do Brasil na Indonésia, Adidos Militares e um integrante do corpo diplomático, no salão de audiências do ministério, Kemhan (sigla em bahasa indonésio). Na ocasião, as ações estratégicas de cooperação entre o Brasil e a Indonésia foram exploradas com o intuito de alavancar, ainda mais, as relações comerciais na área da Defesa entre os 2 países.



Especificamente sobre as atividades entre as Forças Terrestres, os seguintes temas sobressaíram como assuntos passíveis de intercâmbio de militares: Artilharia de Campanha, Inteligência, Operações Especiais e Operações em Ambiente Operacional de Selva. Nesse contexto, foi discutida a possibilidade de prospecção econômica entre a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) e a estatal indonésia PT PINDAD. Também foi motivo de comentários a ótima aceitação do Sistema ASTROS, Produto de Defesa fabricado pela Empresa AVIBRAS.

Para as demais forças singulares brasileiras, o Ministro demonstrou interesse nas especificações da aeronave KC-390, da EMBRAER, bem como na realização de intercâmbios doutrinários entre militares submarinistas.

Fotos: Aditância do Exército na República da Indonésia

FONTE: Aditância do Exército na República da Indonésia

https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... -para.html

abs.

arcanjo

[FCarvalho]

Interessante que não vendemos Astros para o Iraque, a fim de substituir os que foram exportados nos anos 1980, mas bem ao lado sauditas e os EAU possuem o sistema da Avibrás. O Egito também seria uma opção. Grana eu tenho certeza que não falta para os iraquianos.

E seria bom aproveitar esses tempos agora em que quase ninguém está olhando para eles, e as relações com os USA estão meio de lado, para fazer uma promoção do Astros 2020 por lá. Tendo-se em conta que os produtos brasileiros são apreciados no país. O Guarani também poderia ser uma opção já que o exército iraquiano praticamente depende do suporte americano para suas forças mecanizadas e bldas. Os veículos bldos 4x4 ainda em projeto da Avibrás e Inbra poderiam também oferecer oportunidades ali, já que os Hummvee estão no osso após a guerra contra o ISIS.

Não sei como andam as relações com o Iraque, e Egito, mas deveríamos fazer algo a despeito, pois estes países podem ser além de bons clientes, excelentes pontes de futuras exportações na região.

Pela quantidade de ROB que eu tenho aqui relativos a artilharia de campanha que intuem a adoção do veículo base do Astros, é quase certo dizer que se conseguirmos fazer avançar todos esses processos de atualização da nossa art camp, a exportação desses mesmos veículos em diversas variantes será tão natural quanto lógica. E mais um adendo chamativo para o uso da plataforma Astros como case única para um sistema integrado de artilharia de campanha, mísseis e foguetes e veículos de apoio.

O que falta mesmo é nós fazermos a nossa parte. Afinal, ninguém compra o que não vê.

abs

[Viktor Reznov]

Interessante que não vendemos Astros para o Iraque, a fim de substituir os que foram exportados nos anos 1980, mas bem ao lado sauditas e os EAU possuem o sistema da Avibrás. O Egito também seria uma opção. Grana eu tenho certeza que não falta para os iraquianos.

Interessante essa menção aos Sauditas, acho que seria uma boa oferta pra eles o Astros 2020 com o míssil AV-TM 300.

[FCarvalho]

Eu acho Victor que eles só estão esperando o míssil ficar pronto. Assim que o EB der o ok, eles devem ser um dos primeiros, senão o primeiro, cliente de exportação. Claro, tudo dentro dos limites do MTC.
E eles comprarem, é um passo para Iraque, EAU, Qatar e mesmo o Egito, se movimentarem para também obter os seus.
O caso do Egito é um pouco mais complicado por causa de Israel, mas eles até neste ponto, os israelenses não tem muito com o que se preocupar, já que a confusão na Líbia e no Sudão tem ocupado a cena militar naqueles lados há tempos.
Mas vai ser interessante ver o Mossad tentar anular essa possível venda aqui. Ou se não conseguirem, eles com certeza vão dar um jeito de fazer eles não chegarem lá. E se chegarem, de arrumar uma desculpa para desaparecem ou simplesmente começarem a ter falhas... essas coisas.


abs

[Aim For The Top]

A Arábia saudita ja comprou o avmt 300, só que de uma maneira bem diferente rsrsrs , eles querem burlar o mtcr para poder operar o mísseil no seu alcançe total, e como eles vão burlar? simples, vão construir um avmtc sob "licença" e dar um nome próprio e produzir lá mesmo. bem sagáz esse povo

https://defence.pk/pdf/threads/manufact ... ne.643514/

[Aim For The Top]

deem uma olhada neste vídeo.


não parece com o estande de teste de alguma fabricante de turbinas brasileira?

[FCarvalho]

Como diria o saudoso mestre Bacchi, "no Brasil com dinheiro tudo é possível".

abs

[Viktor Reznov]

Muito espertos eles, não duvidaria se estariam planejando comprar o MTC-300 num futuro próximo e substituírem os motores por esse modelo nacionalizado.

[FCarvalho]

É mais fácil comprar os dados técnicos e simplesmente produzir o corpo do míssil lá adaptando para o motor que estão fazendo. No caso, ninguém vai poder alegar que estamos burlando o MCTR.

abs

[gabriel219]

Eu acho Victor que eles só estão esperando o míssil ficar pronto. Assim que o EB der o ok, eles devem ser um dos primeiros, senão o primeiro, cliente de exportação. Claro, tudo dentro dos limites do MTC.
E eles comprarem, é um passo para Iraque, EAU, Qatar e mesmo o Egito, se movimentarem para também obter os seus.
O caso do Egito é um pouco mais complicado por causa de Israel, mas eles até neste ponto, os israelenses não tem muito com o que se preocupar, já que a confusão na Líbia e no Sudão tem ocupado a cena militar naqueles lados há tempos.
Mas vai ser interessante ver o Mossad tentar anular essa possível venda aqui. Ou se não conseguirem, eles com certeza vão dar um jeito de fazer eles não chegarem lá. E se chegarem, de arrumar uma desculpa para desaparecem ou simplesmente começarem a ter falhas... essas coisas.


abs

Até onde eu saiba, Egito e Israel parecem estar se apaziguando. Hoje o Egito busca tudo que é anti-Irmandade Muçulmana para chamar de aliado. Arábia Saudita e EAU colaboram com Israel há anos, desde a guerra do Golfo, ficando somente o questionamento quanto ao Qatar.

[FCarvalho]

Árabes e israelenses podem ser chamados de tudo, menos de amigos ou aliados. Eles no máximo se suportam mutuamente.
Uma faísca basta para esquecerem qualquer troca de favores e passam a velha norma que é matarem-se entre si.
Israel aceita algumas coisas no lado árabe por imposição da geopolítica americana no oriente médio, mas isso não funciona assim com outros países em relação à região. Brasil inclusive.
Qualquer aceno brasileiro ao mundo árabe sempre vem acompanhado de uma contra-partida israelense. Sempre.
A venda dos Astros para sauditas e catares não ocorreu sem que as consultas de praxe fossem feitas. A nós não interessa favorecer a luta entre os lados, e menos ainda ver nossas armas serem utilizadas contra os israelenses. Questão de política externa há décadas.
Até por isso todas as vendas para a região são meticulosamente calculadas. Há pressões muito fortes de ambos os lados aqui.
O cartel evangélico e o pentecostalismo católico no congresso está aí que não me deixam mentir. A esquerda via de regra joga no time dos palestinos e árabes. É uma briga complexa conosco em cima do muro como sempre.

abs