Atirador de Elite do EB

[Alfa BR]

Sobre esse tema, doutrinariamente falando, caçadores no EB são usados principalmente em unidades que operam nas retaguardas ou flancos do inimigo, como além do Comando de Operações Especiais, também a Brigada de Infantaria Paraquedista e as infantarias leves em geral.

Penso que todo Batalhão de Infantaria deveria ter uma Turma de Caçadores.

[Alfa BR]

A Doutrina Militar Terrestre vigente prevê que os Batalhões de Infantaria devem possuir uma Turma de Caçadores composta de duas equipes (Equipe de Caçadores), com dois caçadores cada.

[gabriel219]

Isso é muito pouco pra um batalhão. Deveriam haver ao menos 20 Caçadores, com 7.62 mm e .50 mm. Eu gostaria mesmo é de .338LM no lugar do 7.62 x 51 mm e .416B no lugar da .50BMG.

[Alfa BR]

Isso é muito pouco pra um batalhão. Deveriam haver ao menos 20 Caçadores, com 7.62 mm e .50 mm. Eu gostaria mesmo é de .338LM no lugar do 7.62 x 51 mm e .416B no lugar da .50BMG.

Concordo que é pouco, mas ainda assim seria melhor do que nada. Na maior parte das OM de Infantaria nem isso tem na prática.

Nos BIB a QCP atualizada prevê 3 equipes de caçadores a 3 homens cada.



Na prática isso não existe ainda.

[gabriel219]

Isso é muito pouco pra um batalhão. Deveriam haver ao menos 20 Caçadores, com 7.62 mm e .50 mm. Eu gostaria mesmo é de .338LM no lugar do 7.62 x 51 mm e .416B no lugar da .50BMG.

Concordo que é pouco, mas ainda assim seria melhor do que nada. Na maior parte das OM de Infantaria nem isso tem na prática.

Nos BIB a QCP atualizada prevê 3 equipes de caçadores a 3 homens cada.



Na prática isso não existe ainda.

Penso que deveria ser formado um Pelotão de Caçadores, com duas turmas equipadas de fuzil .338 (tenho preferência pelo Ballista ou, principalmente, Barret MRAD) e uma equipe com fuzil .416 Barrett.

7.62 x 51 mm ficaria a cargo de DMR's reservas para esses Caçadores e dos observadores.

O .338LM nem precisamos falar sobre ele, porém o .416 Barrett é considerado, de longe, o melhor calibre para longas distâncias, bem superior ao .50BMG. Com munições pesadas, o mesmo consegue se manter em velocidade supersônica mesmo depois dos 1,200 metros, o que é excelente para a energia entregue no alvo e sua precisão, já que sustenta melhor sua velocidade.

Para tropas de Operações Especiais, poderia ser acrescentado o 6.5 mm Creedmoor, que é o calibre que o USSOCOM busca para seu novo fuzil de precisão, no lugar do 7.62 mm.

[FCarvalho]

AlfaBR, existe algum documento oficial do EB que faça referencia aos DMR nos batalhões de infantaria?

abs

[Alfa BR]

AlfaBR, existe algum documento oficial do EB que faça referencia aos DMR nos batalhões de infantaria?

abs

Coincidentemente estava lendo sobre isso ontem. No trabalho O ATIRADOR DE PRECISÃO DO GRUPO DE COMBATE NO EXÉRCITO BRASILEIRO de 2017 é dito:

"O Atirador de Precisão do GC, também chamado Atirador de Escol não possui previsão nos manuais de campanha do Exército Brasileiro. Há uma breve menção no Manual de Campanha C 23-1 Tiro das Armas Portáteis Parte 1–Fuzil (BRASIL, 2003, p. 6-32), na parte que versa sobre o tiro com luneta, diz que a luneta de pontaria deve ser utilizada por militares com melhor qualificação e desempenho no tiro de fuzil. Hoje no Exército Brasileiro, os militares que são qualificados para atuar como Atirador de Precisão do GC foram formados para atuarem em missões específicas, como contingentes do BRABAT, Operações São Francisco(Maré) e Arcanjo(Alemão) com a realização de estágios nos quarteis do corpo de tropa, fruto da reunião de conhecimentos sobre tiro de fuzil de oficiais e sargentos formados Caçadores Militares no âmbito de suas brigadas ou pela Seção de Tiro da AMAN ou pelo Centro de Instrução de Operações Especiais. "

Pessoalmente nunca li sobre algo em manuais que tive acesso, somente em trabalhos discutindo o tema.

Link para o trabalho: https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... 0Pires.pdf

[FCarvalho]

Valeu, obrigado.

Tendo em vista um trabalho tão recente mencionar a ausência de doutrina sobre o DMR nos btl inf, havermos de crer que ainda estamos atrasados em mais este quesito, posto que aparentemente a função de atirador, ou caçador, como o exército chama, ainda é vista como um elemento de elite a ser tratado.
A experiência no Haiti e em outras missões internas parece ter feito o EB repensar esta questão, dado que também em outros exércitos ela já é bastante difundida.
Vamos ver se mais para frente esse assunto evolui. Seria um realmente lamentável ficarmos para trás em mais esta questão.
Já basta ter manuais com mais de 60 anos que nunca foram alterados.
Em tempo, a falta de uma doutrina que indique as funções e a organização de equipes de atiradores de scol nos batalhões deve ser um dos motivos por até hoje o IA-2 não ter uma versão para este tipo de emprego, mas tão somente para tiro de precisão de snipers em pesquisa ou desenvolvimento.

abs

[Alfa BR]

Valeu, obrigado.

Tendo em vista um trabalho tão recente mencionar a ausência de doutrina sobre o DMR nos btl inf, havermos de crer que ainda estamos atrasados em mais este quesito, posto que aparentemente a função de atirador, ou caçador, como o exército chama, ainda é vista como um elemento de elite a ser tratado.
A experiência no Haiti e em outras missões internas parece ter feito o EB repensar esta questão, dado que também em outros exércitos ela já é bastante difundida.
Vamos ver se mais para frente esse assunto evolui. Seria um realmente lamentável ficarmos para trás em mais esta questão.
Já basta ter manuais com mais de 60 anos que nunca foram alterados.
Em tempo, a falta de uma doutrina que indique as funções e a organização de equipes de atiradores de scol nos batalhões deve ser um dos motivos por até hoje o IA-2 não ter uma versão para este tipo de emprego, mas tão somente para tiro de precisão de snipers em pesquisa ou desenvolvimento.

abs

Uma versão do IA2 para tiro de precisão demandaria um reprojeto da tampa da caixa da culatra, abandonando a tampa deslizante (como no FAL e PARAFAL) e de polímero, que não favorece o uso de miras óticas e optrônicos para tiros de precisão, por uma integrada ao chassi superior.

A própria IMBEL parece ter noção disso, como é visível nesse protótipo (feio que dói):

[FCarvalho]

Eu acho que a oportunidade que a Imbel chegou mais perto de um fuzil DMR derivado do IA-2 foi esse modelo para o CFN com esse cano bem comprido.
Se colocasse nele alguns acessórios a mais talvez atendesse aos requisitos para esse função.
Quanto ao protótipo aí da foto, faz muito tempo que ele apareceu na internet e nunca mais se ouviu falar do mesmo. E além de muito feio, nota-se claramente que pegaram um FAL e tentaram fazer um monte de remendo nele para arrumar um fuzil de precisão. Sinceramente? Dá até vergonha isso.



abs

[FCarvalho]

Um modelo da Taurus, o T-4SA talvez pudesse oferecer uma boa base para um fuzil DMR para o EB e demais forças, Mas ele foi descontinuado.



abs

[Alfa BR]

Um modelo da Taurus, o T-4SA talvez pudesse oferecer uma boa base para um fuzil DMR para o EB e demais forças, Mas ele foi descontinuado.



abs

Esse fuzil produzido com qualidade decente poderia ser o fuzil de assalto padrão do EB rsrsrs.

E sabemos que a plataforma AR é mais flexível e permite a criação de várias versões (fuzil de assalto, fuzil de tiro de precisão, fuzil automático...) com menos modificações do que o IA2.

[FCarvalho]

Há se a Imbel não fosse estatal...

abs

[Alfa BR]

Acho que no máximo teremos isso:

[FCarvalho]

Concordo. Acho que está de bom tamanho e vai servir. Como é um IA-2 5,56 com cano maior, é só colocar nele os optrônicos e acessórios necessários. Não precisa reinventar a roda. É só aproveitar esse modelo feito para o CFN.

No mais, não sei o que anda faltando para desenvolver ou ao menos começar a testar na prática a função de DMR nos GC e/ou pelotão de infantaria do EB. Este é um assunto já muito batido por aqui, mas quanto mais se fala nele, mais se percebe o quanto ainda temos por fazer. Na verdade, temos de partir do zero já que não há sequer doutrina para esta função.

Incrível não terem aproveitado nada da Minustah ou de outras missões para implantar de fato os DMR a partir das experiências reais obtidas. O que será que precisa?

abs