Coronavirus
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- knigh7
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Re: Coronavirus
O Theodore Darlympe, pseudônimo de Anthony Daniels, é médico.
Ele pegou o prestigiado New England Journal of Medicine e investigou as publicações durante um ano: as edições de 12 janeiro de 2017 à 4 janeiro de 2018. No meio do ano passado, lançou o livro.
Encontrou várias fraudes nas tais "pesquisas científicas". Aliás como ele é médico e leitor sabe muto bem como as coisas rolam nessa área. SÓ QUE ELE NÃO É HIPÓCRITA.
link para comprar físico ou e-book:
https://www.amazon.com.br/False-Positiv ... oks&sr=1-1
Ele pegou o prestigiado New England Journal of Medicine e investigou as publicações durante um ano: as edições de 12 janeiro de 2017 à 4 janeiro de 2018. No meio do ano passado, lançou o livro.
Encontrou várias fraudes nas tais "pesquisas científicas". Aliás como ele é médico e leitor sabe muto bem como as coisas rolam nessa área. SÓ QUE ELE NÃO É HIPÓCRITA.
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- EduClau
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Re: Coronavirus
Essa história da HCQ é complicada, postei umas semanas atrás sobre um primo de meu pai que faleceu, pois a esposa dele foi medicada com um coquetel que incluia HCQ, segundo o meu pai ela lhe disse que em cerca de duas horas após ser medicada os seus sintomas despareceram, não sei se o esposo foi medicado com as mesmas drogas também pois ele tinha problemas no fígado. Não posso falar muito mais porque não conhecia bem esse primo de meu pai e também não perguntei mais detalhes sobre o caso.
sds
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Re: Coronavirus
Não sei se alguém lembra aqui do lançamento do antiinflamatório pic@ das galáxias, VIOX.
https://www.forbes.com/2005/08/19/merck ... a49ba55698
Nem toda "ciência" é ciência mesmo...
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- knigh7
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Re: Coronavirus
A Cloroquina sempre foi utilizada para tratar malária na Amazônia. Primeiro como fostato de cloroquina ou outros da mesma família da aminoquinolina. A Hidroxicloroquina, que é derivada, foi desenvolvida há 50 anos para amenizar os efeitos colaterais da Cloroquina e manter o mesmo benefício trazido por ela. O EB está careca de utilizá-la lá.
E é estranho certos estudos no Brasil para o COVID terem usado o Fosfato de Cloroquina ou outro composto da familia da aminoquinolina e não a Hidroxicloroquina.
E é estranho certos estudos no Brasil para o COVID terem usado o Fosfato de Cloroquina ou outro composto da familia da aminoquinolina e não a Hidroxicloroquina.
Editado pela última vez por knigh7 em Sáb Jul 18, 2020 7:19 pm, em um total de 1 vez.
- Penguin
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Re: Coronavirus
Full excess mortality
There are concerns, however, that reported Covid-19 deaths are not capturing the true impact of coronavirus on mortality around the world. The FT has gathered and analysed data on excess mortality — the numbers of deaths over and above the historical average — across the globe, and has found that death tolls in some countries are more than 50 per cent higher than usual. In many countries, these excess deaths exceed reported numbers of Covid-19 deaths by large margins.
https://www.ft.com/content/a26fbf7e-48f ... 5839e06441
Adjusting for population size, the hardest hit countries are Peru and Ecuador, each of which have seen more than 1,000 excess deaths per million inhabitants. The two Latin American countries have the highest excess percentage — excess deaths expressed as a share of normal deaths for the same period.
SOURCES:
The full excess mortality dataset used for this analysis is freely available for download on Github. It is compiled from data originally produced by: Statistics Austria, Sciensano (Belgium), the Civil Registry of Brazil, the Chilean Ministry of Science, Technology, Knowledge, and Innovation, Statistics Denmark, the Civil Registry of Ecuador, Statistics Finland, the French National Institute of Statistics and Economic Studies (current and historic data), the German Federal Statistical Office, Statistics Iceland, Jakarta Provincial Park and Forest Service, the Israeli Ministry of Health, the Italian National Institute of Statistics, Statistics Netherlands, Statistics Norway, the Peruvian Ministry of Health, the Portuguese Directorate-General for Health, the Russian Federal State Statistic Service, the City of Moscow, the St Petersburg Civil Registry Committee, the South African Medical Research Council, the Spanish Institute of Health Carlos III, Statistics Sweden, the Swiss Federal Statistics Office, Istanbul Metropolitan Municipality, the UK Office for National Statistics (current and historic data for England and Wales), National Records of Scotland, the Northern Ireland Statistics and Research Agency, and the US National Center for Health Statistics.
There are concerns, however, that reported Covid-19 deaths are not capturing the true impact of coronavirus on mortality around the world. The FT has gathered and analysed data on excess mortality — the numbers of deaths over and above the historical average — across the globe, and has found that death tolls in some countries are more than 50 per cent higher than usual. In many countries, these excess deaths exceed reported numbers of Covid-19 deaths by large margins.
https://www.ft.com/content/a26fbf7e-48f ... 5839e06441
Adjusting for population size, the hardest hit countries are Peru and Ecuador, each of which have seen more than 1,000 excess deaths per million inhabitants. The two Latin American countries have the highest excess percentage — excess deaths expressed as a share of normal deaths for the same period.
SOURCES:
The full excess mortality dataset used for this analysis is freely available for download on Github. It is compiled from data originally produced by: Statistics Austria, Sciensano (Belgium), the Civil Registry of Brazil, the Chilean Ministry of Science, Technology, Knowledge, and Innovation, Statistics Denmark, the Civil Registry of Ecuador, Statistics Finland, the French National Institute of Statistics and Economic Studies (current and historic data), the German Federal Statistical Office, Statistics Iceland, Jakarta Provincial Park and Forest Service, the Israeli Ministry of Health, the Italian National Institute of Statistics, Statistics Netherlands, Statistics Norway, the Peruvian Ministry of Health, the Portuguese Directorate-General for Health, the Russian Federal State Statistic Service, the City of Moscow, the St Petersburg Civil Registry Committee, the South African Medical Research Council, the Spanish Institute of Health Carlos III, Statistics Sweden, the Swiss Federal Statistics Office, Istanbul Metropolitan Municipality, the UK Office for National Statistics (current and historic data for England and Wales), National Records of Scotland, the Northern Ireland Statistics and Research Agency, and the US National Center for Health Statistics.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Coronavirus
Médica Nise Yamaguchi critica estudo contra cloroquina
(apenas para deixar mais claro: em Manaus deram aos pacientes 1,2g/dia-2 doses de 600mg- de Cloroquina por 10 dias. Daí ela ter citado 12 gramas de cloroquina)
https://www.youtube.com/watch?v=e-L_l5gT3Vc&t=376s
(apenas para deixar mais claro: em Manaus deram aos pacientes 1,2g/dia-2 doses de 600mg- de Cloroquina por 10 dias. Daí ela ter citado 12 gramas de cloroquina)
https://www.youtube.com/watch?v=e-L_l5gT3Vc&t=376s
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Re: Coronavirus
Os insumos são importados e estiveram em falta no mercado.knigh7 escreveu: Sáb Jul 18, 2020 7:12 pm A Cloroquina sempre foi utilizada para tratar malária na Amazônia. A Hidroxicloroquina, que é derivada, foi desenvolvida há 50 anos para amenizar os efeitos colaterais da Cloroquina e manter o mesmo benefício trazido por ela. O EB está careca de utilizá-la lá.
E é estranho certos estudos no Brasil para o COVID terem usado a Cloroquina e não a Hidroxicloroquina.
O laboratório do EB fabricou Cloroquina. Era o que estava disponível e é mais barato.
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Re: Coronavirus
knigh7 escreveu: Sáb Jul 18, 2020 4:06 pmPenguin escreveu: Sáb Jul 18, 2020 3:41 pm
O FDA é contra por causa das evidências. Nada a ver com ser de esquerda ou direita.
Aliás, não só nos EUA está revogado o uso. Na grande maioria dos países desenvolvidos está revogado o uso.
Um remédio ser barato ou caro não faz dele eficaz.
Já na vida privada cada um faz o que quiser. Se alguém tem um médico que prescreve e confia nele, é um problema de cada um. Se quer se automedicar, vai correr risco.
Se quer seguir as recomendações médicas de políticos, boa sorte.
President Trump Suggests ‘Injecting’ Disinfectant as Coronavirus Cure | NBC New York
https://www.youtube.com/watch?v=zicGxU5MfwE
Accidental Poisonings Increased After President Trump's Disinfectant Comments
https://time.com/5835244/accidental-poisonings-trump/
Não Penguin. Vc usou o Bolsonaro como exemplo. No título da matéria, ele está contra-indicando. Foi por isso que eu peguei o conteúdo da declaração dele para mostrar que não é bem assim.
Eu não confio na indicação de Presidente algum sobre remédio. Só que também eu vejo a manipulação que está havendo contra a hidroxicloroquina.
"Não recomendo nada", diz Bolsonaro sobre uso da hidroxicloroquina
Ao confirmar que o segundo teste feito por ele deu resultado positivo para o vírus, o presidente recomendou que as pessoas procurem "seu médico"
https://www.correiobraziliense.com.br/a ... uina.shtml
Por tomar cloroquina, Bolsonaro precisa fazer eletrocardiogramas todo dia
https://www.correiobraziliense.com.br/a ... todo.shtml
'Não recomendo', diz Bolsonaro sobre tratar coronavírus com cloroquina e sem supervisão médica
https://br.noticias.yahoo.com/coronavir ... 12706.html
Bolsonaro sobre cloroquina: 'Não recomendo nada, recomendo que você procure seu médico'
https://www.em.com.br/app/noticia/polit ... dico.shtml
---------------------------------
Sinceramente não consigo entender essa fixação com a CQ/HCQ.
Essa droga é usada para doenças autoimunes e como prevenção de Malaria (protozoário).
"A CQ e HCQ já foram testadas para diversos tipos de infecção por outros vírus e nunca funcionaram. Há um certo paradoxo aí: costumam dar sinais promissores quando testadas em cultura de células em laboratório, mas quando tentamos reproduzir isso em animais, não. O medicamento foi testado para HIV, dengue, zika, chikungunya, H1N1 e para o SARS-CoV1. Nunca funcionou na fase de testes em animais ou humanos, e foi abandonado todas as vezes."
Há no mundo uma verdadeira corrida para encontrar tratamentos eficazes no combate ao Covid.
Essa semana saiu um artigo no NYT com os 19 tratamentos mais falados atualmente e o status de cada um.
https://www.nytimes.com/interactive/202 ... ments.html
A CQ/HCQ é classificada como NOT PROMISING (essa avaliação está alinhada com os órgão técnicos competentes do Governo dos EUA (FDA e CDC)
"Apesar dos resultados negativos, vários ensaios com hidroxicloroquina continuaram."Hydroxychloroquine and chloroquine
German chemists synthesized chloroquine in the 1930s as a drug against malaria. A less toxic version, called hydroxychloroquine, was invented in 1946, and later was approved for other diseases such as lupus and rheumatoid arthritis. At the start of the Covid-19 pandemic, researchers discovered that both drugs could stop the coronavirus from replicating in cells. Since then, they’ve had a tumultuous ride. A few small studies on patients offered some hope that hydroxychloroquine could treat Covid-19. The World Health Organization launched a randomized clinical trial in March to see if it was indeed safe and effective for Covid-19, as did Novartis and a number of universities.
Meanwhile, President Trump repeatedly promoted hydroxychloroquine at press conferences, touting it as a “game changer,” and even took it himself. The F.D.A. temporarily granted hydroxychloroquine emergency authorization for use in Covid-19 patients — which a whistleblower later claimed was the result of political pressure. In the wake of the drug’s newfound publicity, demand spiked, resulting in shortages for people who rely on hydroxychloroquine as a treatment for other diseases.
When data emerged from the randomized clinical trials, the message was clear: hydroxychloroquine didn’t help people with Covid-19 get better or prevent healthy people from contracting the coronavirus. Another randomized clinical trial found that giving hydroxychloroquine to people right after being diagnosed with Covid-19 didn’t reduce the severity of their disease. (One large-scale study that concluded the drug was harmful as well was later retracted.) The World Health Organization, the National Institutes of Health and Novartis have since halted trials investigating hydroxychloroquine as a treatment for Covid-19, and the F.D.A. revoked its emergency approval. The F.D.A. now warns that the drug can cause a host of serious side effects to the heart and other organs when used to treat Covid-19.
In July, researchers at Henry Ford hospital in Detroit published a study finding that hydroxychloroquine reduced mortality in Covid-19 patients. President Trump praised the study on Twitter, but experts raised doubts about it because it was not a randomized controlled trial. Still, the White House has initiated a push for the F.D.A. to reauthorize hydroxychloroquine as an emergency Covid-19 treatment.
Despite negative results, a number of hydroxychloroquine trials have continued. A recent analysis by STAT and Applied XL found more than 180 ongoing clinical trials testing hydroxychloroquine or chloroquine, for treating or preventing Covid-19. Although it’s clear the drugs are no panacea, it’s possible they could work in combination with other treatments, or when given in early stages of the disease.
Hoje os resultados utilizando metodologia com valor cientifico apontam que a CQ/HCQ é ineficaz em qq estágio da Covid e trás riscos altos.
Isso pode mudar? Pode. Basta que se prove com o uso de metodologias de testes aceitas cientificamente que a CQ/HCQ funciona.
Com relação às experiencias individuais ou isoladas...
Quanto aos países que a utilizam...Por que muitas pessoas dizem ter sido curadas pela cloroquina e hidroxicloroquina?
A recuperação da maioria dos pacientes da covid-19 se dá por reações naturais do próprio corpo. Não há evidências científicas que sustentem que pacientes que tomaram a cloroquina ou a hidroxicloroquina se recuperaram como consequência direta do uso do remédio. Nesses casos, a afirmação é feita com base naquilo que é chamado de evidência anedótica, casos individuais ou isolados que não têm qualquer valor científico.
https://www.nexojornal.com.br/expresso/ ... cloroquina
Além do mais, a maioria dos infectados (dizem que aproximadamente 80% dos infectados) não têm sintomas (assintomáticos) ou sintomas leves ou não necessitarão de hospitalização. Esses 80% vão se curar independente do qualquer remédio que tomem (a menos que algum efeito colateral cause algum outro problema grave).Outros países usam cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da covid-19?
Além do Brasil, países como Argélia, Turquia, Tailândia, Quênia e Senegal se utilizam da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19. Órgãos sanitários de países como Portugal, EUA e França suspenderam o uso das substâncias pelo fato de elas não apresentarem eficácia contra a covid-19.
https://www.nexojornal.com.br/expresso/ ... cloroquina
Como a CQ/HCQ funciona:
Por que cloroquina?
A CQ e a HCQ são medicamentos usados para tratamento de malária e algumas doenças autoimunes. Sabe-se que atuam aumentando o pH das vesículas, “bolhas” formadas durante a entrada do parasita causador da malária, o plasmódio, na célula, e que devem apresentar também alguma ação imunomoduladora e anti-inflamatória, já que também são úteis no controle dos sintomas de algumas doenças autoimunes.
Como muitos vírus usam a mesma porta de entrada que o plasmódio para atacar a célula – a tal vesícula, também chamada de endossomo – faria sentido, teoricamente, imaginar que o que fecha a porta para o plasmódio também fecharia para os vírus.
O problema é que o SARS-Cov2 não usa somente esse caminho para invadir a célula. A principal via de acesso do coronavírus não é o endossomo, é uma proteína chamada TMPRSS2, presente na membrana de certos tipos de célula. Utilizando essa proteína, o vírus entra sem precisar do endossomo, e aí a CQ e a HCQ, que só afetam endossomos, não poderiam ajudar em nada. E sabe quais células apresentam essa proteína? Justamente as do trato respiratório, que o vírus mais ataca.
Um grupo de cientistas na Alemanha testou as diversas vias de entrada do vírus, e mostrou que ele tem esses dois caminhos à disposição, mas prefere o da proteína. Um outro grupo no Japão, que estudou o vírus SARS-CoV1, que é muito parecido com o CoV2, demonstrou isso em camundongos, descrevendo como a proteína é a chave para que o animal desenvolva forma grave da doença.
Em outros vírus
A CQ e HCQ já foram testadas para diversos tipos de infecção por outros vírus e nunca funcionaram. Há um certo paradoxo aí: costumam dar sinais promissores quando testadas em cultura de células em laboratório, mas quando tentamos reproduzir isso em animais, não. O medicamento foi testado para HIV, dengue, zika, chikungunya, H1N1 e para o SARS-CoV1. Nunca funcionou na fase de testes em animais ou humanos, e foi abandonado todas as vezes.
A CQ não funcionou em testes com humanos em dengue, nem com influenza. Em animais, não funcionou para ebola, influenza, nem chikungunya.
Para chikungunya, pareceu inclusive agravar a doença. Apesar de ter funcionado em células de laboratório – assim como foi observado para o SARS-CoV2 –, em animais, contribuiu para aumentar a replicação do vírus. Outro trabalho com modelo animal, agora em primatas, mostrou que a cloroquina agravou a febre da chikungunya e atrasou a resposta imune.
Uma possível explicação para isso é justamente a ação imunomoduladora do remédio, que ajuda os pacientes de lúpus e artrite reumatoide, as doenças autoimunes.
O aparente paradoxo – funciona no tubo de ensaio, falha ou piora as coisas no organismo completo – resolve-se quando notamos que as células cultivadas em laboratório não têm a tal proteína TMPRSS2 na membrana, a porta de entrada preferida do vírus. No laboratório, a única via de acesso é o endossomo, que pode ser bloqueada com alteração do pH.
De fato, o grupo alemão que testou a proteína de membrana usou cloreto de amônio, que como a cloroquina, aumenta o pH do endossomo, e bloqueou esse acesso. Mas a entrada pela proteína de membrana só foi bloqueada com uma protease, uma enzima que destrói a proteína e impede o vírus de usar esse caminho.
Sem plausibilidade
O suposto mecanismo de ação que justificaria o uso da CQ ou HCQ não existe de fato: ele fecha uma porta que o coronavírus já não gostava muito de usar, e deixa outra, a favorita, escancarada. Propõem-se outros mecanismos, como ação antiinflamatoria e imunomoduladora, mas temos indícios de que modular o sistema imune, nessas condições, pode fazer mais mal do que bem. Para ação antiinflamatória, não precisamos da cloroquina, temos outros produtos, alguns já sendo testados.
Recentemente, mostrou-se que a Covid19 pode afetar o coração, além dos pulmões, causando miocardite. Um dos efeitos colaterais mais perigosos da CQ é justamente causar cardiopatia, tanto que o próprio Ministério da Saúde sugere a realização de eletrocardiograma antes do início do tratamento.
Tempos de pandemia trazem urgência. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está testando a CQ e a HCQ de forma rápida, com menos controles do que seria ideal. Mas a OMS está testando de verdade: vai comparar o uso do remédio com o tratamento padrão de suporte. Assim, saberemos o mínimo necessário. E o órgão da ONU também não está apostando todas as fichas nessas moléculas: há outros três candidatos em teste.
Antes de termos algum resultado do esforço internacional, conduzir testes menos rigorosos, que produzirão resultados menos confiáveis e baseados em premissas duvidosas, parece mais uma operação de relações públicas, para aparecer na TV, do que curiosidade científica legítima.
Ninguém está torcendo contra os testes. Esperamos que, em breve, tenhamos um medicamento para ajudar. Talvez a CQ ou a HCQ realmente atuem contra o SARS-CoV2, por meio de algum mecanismo de ação ainda desconhecido. Mas é importante reconhecer que essa é uma esperança mais do que tênue: se houvesse algum efeito claro e definitivo de uma dessas moléculas contra o vírus em pacientes infectados, ele já teria sido notado. Se houver benefício, provavelmente será, no máximo, marginal. Dado o que a ciência sabe até agora, apostar todas as fichas na cloroquina é irresponsável.
O mais sensato seria esperar. Esperar não quer dizer não fazer nada, e sim abster-se de adotar condutas que têm baixa probabilidade de sucesso e oferecem riscos palpáveis. Sugerir que cautela equivale a “fazer nada” é até um desrespeito pelo esforço dos profissionais que estão, neste exato momento, salvando vidas.
https://www.revistaquestaodeciencia.com ... a-covid-19
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Re: Coronavirus
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Re: Coronavirus
Tá, @Penguin, mas pra que essa xaropada toda? Se tu ou alguém de quem gostes e sobre quem tenhas influência pegar coronga, é chegar o Médico e oferecer essa josta de CORNOquina e basta dizeres "NÃO, NEM A PAU, EU CONFIO NUM CRISTO" e pronto, necas disso, POWS!!!
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Re: Coronavirus
3,9 milhões de consultas e 93 mil cirurgias canceladas. “As pessoas estão a precisar de ajuda agora”, alerta Ordem dos Médicos
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... cos-615213
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Re: Coronavirus
Na esfera privada, cada um faz o que quer. Simples assim.Túlio escreveu: Sáb Jul 18, 2020 11:54 pmTá, @Penguin, mas pra que essa xaropada toda? Se tu ou alguém de quem gostes e sobre quem tenhas influência pegar coronga, é chegar o Médico e oferecer essa josta de CORNOquina e basta dizeres "NÃO, NEM A PAU, EU CONFIO NUM CRISTO" e pronto, necas disso, POWS!!!
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Já na esfera pública, a coisa tende a ser um pouco diferente.
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Re: Coronavirus
A COVID tem sobrecarregado os sistemas de saúde e afetado os profissionais.
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Re: Coronavirus
Penguin escreveu: Dom Jul 19, 2020 10:26 amNa esfera privada, cada um faz o que quer. Simples assim.Túlio escreveu: Sáb Jul 18, 2020 11:54 pmTá, @Penguin, mas pra que essa xaropada toda? Se tu ou alguém de quem gostes e sobre quem tenhas influência pegar coronga, é chegar o Médico e oferecer essa josta de CORNOquina e basta dizeres "NÃO, NEM A PAU, EU CONFIO NUM CRISTO" e pronto, necas disso, POWS!!!
Já quem quiser que use, no que te afeta?
Já na esfera pública, a coisa tende a ser um pouco diferente.
Esqueceste que não és o único Servidor Público aqui e que, portanto, tem mais gente que sabe como é que a banda toca? Isso que disseste é TERGIVERSAÇÃO, deste uma volta e não respondeste ao que te perguntei, e que torno a perguntar:
No que te afeta se alguém que nem conheces usar CORNOQUINA ou sei lá, tomar pílulas de sabão em pó ou mesmo se enfiar numa igreja e só sair de lá devidamente curado pela Bondade do Senhor ou morto?
Geral agora: se ligaram que essa nóia tem todo jeito de ser PARA SEMPRE? Continuando a considerar o coronga como uma não-gripe e que esta - com vacina e tudo - mata bem mais de meio milhão de pessoas por ano, TODOS OS ANOS (e é gente que morreu DE gripe, não COM gripe), nem com vacina anticoronga a gente vai poder se livrar dasfocinheiras MÁSCARAS DO BEM e, mantendo-se também a prisão domiciliar O ISOLAMENTO SOCIAL DO BEM, voltar a ter acesso a outras coisas irrelevantes, como diversão pública (alguém aí sabe de onde estão tirando $$$ para tratar e alimentar os animais - alegria da criançada - nos zoológicos?), ir a uma lanchonete/restaurante e fazer turismo? É o "futuro" que estão armando para nós...
No que te afeta se alguém que nem conheces usar CORNOQUINA ou sei lá, tomar pílulas de sabão em pó ou mesmo se enfiar numa igreja e só sair de lá devidamente curado pela Bondade do Senhor ou morto?
Geral agora: se ligaram que essa nóia tem todo jeito de ser PARA SEMPRE? Continuando a considerar o coronga como uma não-gripe e que esta - com vacina e tudo - mata bem mais de meio milhão de pessoas por ano, TODOS OS ANOS (e é gente que morreu DE gripe, não COM gripe), nem com vacina anticoronga a gente vai poder se livrar das
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