Upgrades Factíveis - Leo1A5
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
https://www.forte.jor.br/2020/06/26/jan ... ard-1a5br/
Boa tarde. pelo jeito vamos de modernização dos leo 1
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Escrevam aí, vai ser a atualização mais capenga possível.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Vai custar caro e depois de dois anos estaremos procurando VBC's usados pra substituir os 1A5 "modernizados", que o EB irá descobrir - com toda sua "jenialidadi" - que não adianta modernizar a eletrônica e o sistema da torre sem que haja peças pro motor.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Diz-se na mídia especializada que a KMW fez ou fará uma oferta para o EB no caso da modernização dos Leo 1A5.
Resta saber o que eles irão oferecer, já que a vida útil do veículo tal como está terminou faz tempo.
Suponho que devem estar oferecendo pacotes em módulos, assim como a Bae Systems fez com os M-113 a fim de que o EB escolha o que lhe convier. Então, ao menos no caso dos alemães, eles podem oferecer um pacote tipo mínimo básico necessário até um completo com tudo que tem direito.
Vai caber ao exército saber o que lhe apraz em termos de capacidade orçamentária.
Uma coisa é certa. Alguma coisa tem de ser feita de qualquer jeito, seja pouco, seja muito. Do jeito que está ele não passa de 2027.
abs
Resta saber o que eles irão oferecer, já que a vida útil do veículo tal como está terminou faz tempo.
Suponho que devem estar oferecendo pacotes em módulos, assim como a Bae Systems fez com os M-113 a fim de que o EB escolha o que lhe convier. Então, ao menos no caso dos alemães, eles podem oferecer um pacote tipo mínimo básico necessário até um completo com tudo que tem direito.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
De acordo com uma imagem de peça de propaganda da ARES/Elbit na revista T&D em banca, a proposta da empresa para blindagem adicional a ser aplicada à torre do Leo 1A5 do exército pode ficar muito parecido com o M-60 Sabra.
abs
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- gabriel219
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Que a KMW fará uma oferta, é evidente, estão fazendo seu dever de casa, porém a questão é bem mais complexa, relativo ao custo.
Quando ao SABRA, não é compatível com a torre do Leopard, teria que redesenhar a blindagem e molda-la de acordo com a torre do Leopard 1A5, que possui dimensões totalmente diferentes do M60.
É ridículo ter que discutir e aceitar qualquer upgrade nos Leopard 1A5, RIDÍCULO! Se caso fosse um General, eu sentiria vergonha.
Peita o MD, diz que quer algo novo e manda a conta, como fez a FAB com seus Gripen e como fez a Marinha e a FCT.
Eu só fico curioso como o quanto você gosta de insistir em comparar com o M113, não sei que teimosia é essa.
Quando ao SABRA, não é compatível com a torre do Leopard, teria que redesenhar a blindagem e molda-la de acordo com a torre do Leopard 1A5, que possui dimensões totalmente diferentes do M60.
É ridículo ter que discutir e aceitar qualquer upgrade nos Leopard 1A5, RIDÍCULO! Se caso fosse um General, eu sentiria vergonha.
Peita o MD, diz que quer algo novo e manda a conta, como fez a FAB com seus Gripen e como fez a Marinha e a FCT.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Olá Gabriel.gabriel219 escreveu: ↑Seg Jun 29, 2020 12:39 am Que a KMW fará uma oferta, é evidente, estão fazendo seu dever de casa, porém a questão é bem mais complexa, relativo ao custo.
Quando ao SABRA, não é compatível com a torre do Leopard, teria que redesenhar a blindagem e molda-la de acordo com a torre do Leopard 1A5, que possui dimensões totalmente diferentes do M60.
É ridículo ter que discutir e aceitar qualquer upgrade nos Leopard 1A5, RIDÍCULO! Se caso fosse um General, eu sentiria vergonha.
Peita o MD, diz que quer algo novo e manda a conta, como fez a FAB com seus Gripen e como fez a Marinha e a FCT.
Eu só fico curioso como o quanto você gosta de insistir em comparar com o M113, não sei que teimosia é essa.
O custo é a base fulcral sobre a qual se decidirá esta eventual modernização dos Leo 1A5. Seja quem for o ganhador. Se houver um, claro.
Pelo que tenho visto até o momento, há empresas como a KMW que oferecem pacotes de modernização em diversos níveis para todo o carros, e há aquelas que estão focando nessa ou naquela área como a Elbit. A comparação dos M-113 é relação a modularidade das propostas das empresas e não ao veículo em si.
Como tenho dito, não há expectativa que a modernização saia de fato. Não há sequer projeção na LOA do ano que vem para isso. Em agosto/setembro quando o governo enviar o PLOA 2021 ao congresso confirmaremos isso.
Me parecer que desde o ano passado o que o EB vem fazendo de fato após a emissão do ROB/RTLI é sentar e conversar sobre as ideias oferecidas de como manter os seus CC funcionando e, principalmente, quanto isso custaria depois de 2027. Uma vez pautadas estas questões, acredito que ano que vem deve haver uma decisão por parte do EME e do comando. É a data limite para começarmos a fazer algo em relação à compra de um CC novo, e quiça produzir o mesmo aqui, ou melhor dizendo, começara negociar a produção aqui com quem quer que seja.
Todo esse processo, sendo as coisas aqui como são, vai levar uns 10 anos, por baixo. Com alguma sorte.
Se resolverem ser pragmáticos, é ir ao mercado, ver o que realmente se aproxima do ROB/RTLI atual, o que as empresas já ofereceram a nós em relação a eles, e negociar o melhor pacote possível. Fim. Isto feito, é possível conseguir começar a produzir aqui os CC novos antes do final desta década já com todas as tot's e off set que tiver direito.
Mas é bom lembrar que não existem muitas opções dentro daquilo que se espera a partir daquele documento, mesmo que os eventuais blindados averiguados ultrapassem a tonelagem/dimensões pretendidas.
Em todo caso, os próximos cinco anos serão definitivos para ou reformar o que temos, ou para garantir o melhor pacote para um novo CC que possa nos atender nos próximos 40 anos, no mínimo.
Quanto a blindagem é apenas uma comparação em termos de semelhança, nada a ver com dimensões, peso e/ou outras características. A figura apresentadas sobre a torre do LEO 1A5 na imagem do marketing da AEL apenas apresenta o que seria a sua proposta, que pelo que vi, parece muito com a do SABRA, mas não é a mesma obviamente.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Na verdade, extraoficialmente, já fez.....FCarvalho escreveu: ↑Sáb Jun 27, 2020 1:56 pm Diz-se na mídia especializada que a KMW fez ou fará uma oferta para o EB no caso da modernização dos Leo 1A5.
Resta saber o que eles irão oferecer, já que a vida útil do veículo tal como está terminou faz tempo.
Suponho que devem estar oferecendo pacotes em módulos, assim como a Bae Systems fez com os M-113 a fim de que o EB escolha o que lhe convier. Então, ao menos no caso dos alemães, eles podem oferecer um pacote tipo mínimo básico necessário até um completo com tudo que tem direito.
Vai caber ao exército saber o que lhe apraz em termos de capacidade orçamentária.
Uma coisa é certa. Alguma coisa tem de ser feita de qualquer jeito, seja pouco, seja muito. Do jeito que está ele não passa de 2027.
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Cerca de 600K para fazer revitalização no chassis, e 2.300K na torre. Por viatura......
- Viktor Reznov
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
E o que entra nessa revitalização do chassis? Motor e suspensão novos? Blindagem adicional?eligioep escreveu: ↑Qua Jul 01, 2020 2:34 pmNa verdade, extraoficialmente, já fez.....FCarvalho escreveu: ↑Sáb Jun 27, 2020 1:56 pm Diz-se na mídia especializada que a KMW fez ou fará uma oferta para o EB no caso da modernização dos Leo 1A5.
Resta saber o que eles irão oferecer, já que a vida útil do veículo tal como está terminou faz tempo.
Suponho que devem estar oferecendo pacotes em módulos, assim como a Bae Systems fez com os M-113 a fim de que o EB escolha o que lhe convier. Então, ao menos no caso dos alemães, eles podem oferecer um pacote tipo mínimo básico necessário até um completo com tudo que tem direito.
Vai caber ao exército saber o que lhe apraz em termos de capacidade orçamentária.
Uma coisa é certa. Alguma coisa tem de ser feita de qualquer jeito, seja pouco, seja muito. Do jeito que está ele não passa de 2027.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Pelo exposto, sendo a KMW, pode-se contar em dólar ou euro.
Ou seja, supondo que esses valores digam respeito ao serviço completo de cabelo, barba e bigode, não sai por menos de: US 2.9 milhões cada CC, ou E$ 2,9 milhões que equivalente a US 3,27 milhões na data de hoje.
Em qualquer uma delas estamos ferrados e mau pagos.
abs
Ou seja, supondo que esses valores digam respeito ao serviço completo de cabelo, barba e bigode, não sai por menos de: US 2.9 milhões cada CC, ou E$ 2,9 milhões que equivalente a US 3,27 milhões na data de hoje.
Em qualquer uma delas estamos ferrados e mau pagos.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Bem, o Eligio falou em revitalização, que não é a mesma coisa que atualização, ou modernização, que são duas coisas diferentes.Viktor Reznov escreveu: ↑Qua Jul 01, 2020 3:49 pm E o que entra nessa revitalização do chassis? Motor e suspensão novos? Blindagem adicional?
Se realmente se tratar de uma revitalização, isto pode significar pura e simplesmente o aproveitamento do que já existe e suas customização com material da indústria local, ou não, onde possível, e o reaproveitamento do que já existe. Nada mais.
Revitalizar significa, via de regra, tornar novo o que é velho, usado, rever para um novo padrão acima do anterior, recondicionar, aproveitar e assim vamos.
Mas como as últimas discussões vem sendo feitas encima da torre e sua atualização, pode-se depreender que o esforço maior será feito nela, vide o valor indicado acima. Isto é em função dos mutos sistemas eletro-eletrônicos que devem ser apostos na mesma a fim de deixá-la em condições de oferecer um melhor quadro de ISR/C4I para seus tripulantes.
O que vier depois disso é lucro.
E pessoalmente acho que o EB sequer se dará o trabalho de fazer isso em todos os carros. Se em euro ou dólar, fazer isso na frota como um todo nos RCC e RCB pode superar facilmente a casa do bilhão. Nestes tempos bicudos em que vivemos é impensável algo assim.
Seria uma proposta menos que indecorosa ao ministério da economia.
abs
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Estava aqui pensando com os meus botões, e pelo visto, a se manter os números acima como referência sobre uma revitalização dos Leo 1A5, a possibilidade dos RCB virem a passar pela mesma é praticamente nula. Sobram o 4 RCC.
Num breve cálculo, a revitalização de um único RCC pode nos custar, pelo menos, 146,6 milhões de dólares ou euros, não sei, dependendo do que for oferecido de fato. Assim, mobiliar as duas brigadas blindadas que temos pode ser um exercício de cálculo econômico para lá de complicado, senão, inócuo, dada as atual realidade do erário público no curto e médio prazo.
Se apenas uma revitalização já estão tentando nos tirar o couro desse jeito - afinal não é fácil tentar manter um CC dos anos 1960 com conteúdo dos anos 1980 em funcionamento - imagina se o pessoal resolvesse bater o pé em cima de tudo que o ROB da VBC Corrente dispôs.
Enfim, uma modernização e/ou atualização nestes carros do ponto de vista técnico pode até ser possível e viável, até mesmo desejável, ou impositiva, mas do ponto de vista financeiro ela é praticamente um exercício de masoquismo, por assim dizer, pois elevaria os custos a valores inaceitáveis, e muito além da revitalização em si, que já está se mostrando a priori, cara demais para o veículo que oferece.
É um risco o qual tem ser muito bem pensado olhando todos os pormenores no curto, médio e longo prazo. Até porque os resultados podem não ser exatamente os desejados, e não estamos em condições de fazer experiências e nem de jogar dinheiro fora, vide o caso da atualização das M-113 que pouco ou nada agregou de verdade ao carro. Por outro lado, sabe-se até o presente momento que o governo não irá investir na substituição dos atuais CC do exército visto que ele não teria abertura orçamentaria de longo prazo neste momento. Ninguém quer saber de dívida de longo prazo por agora.
Conquanto, é lícito entender que os Leo 1A5 não passam de 2027 ilesos e é obrigatório fazer algum tipo de trabalho neles - qualquer um - para que possam se manter minimamente significativos do ponto de vista operacional no nosso TO. A questão é como fazer isso frente a atual realidade. Não existe vontade, oportunidade e nem a possibilidade de amparar a aquisição de carros de combate antes do fim desta década para o exército no campo político e econõmico. Estamos em uma encruzilhada.
Neste aspecto, volto novamente à possibilidade de se averiguar qual seria a viabilidade de conseguir um número de Leo II que pudesse segurar as pontas dos RCC, não precisa ser a OM na íntegra, mas 1 ou 2 esquadrões talvez, apenas para manter o pessoal adestrado e servir de resposta rápida em qualquer eventualidade nos próximos dez anos. A KMW deve ter como conseguir veículos deste tipo. Mas aí entramos na questão dos custos que isso nos traria, embora a introdução deles não fosse, ao menos em tese, tão complexa quanto colocar um modelo totalmente diferente da linha atual. Os RCB terão que esperar por dias melhores, ou então, tem de ser repensados em termos organizacionais das bgdas cav mec. Um exercício ao qual não podemos nos furtar, cedo ou tarde, ainda que não nos seja impositivo.
Por fim, mesmo que o EB resolva manter apenas um único RCC plenamente operacional em cada bgda blda, e o resto servindo de peças de reposição, ainda teremos que gastar neles mais de US ou E$ 300 milhões, sendo bem razoável, a fim de que tenham uma disponibilidade credível. Mas será que se justifica? Não sei dizer neste momento. Talvez, como teremos novas eleições universais em um ano e meio, o próximo ano possa oferecer algumas reflexões e proposições, também. As movimentações para os eventuais candidatos tradicionalmente começam muito antes do pleito, e em termos práticos, quem quiser tirar alguma vantagem do voto castrense vai ter que sentar e conversar, muito, com os atuais cmtes, as associações e, claro, os clubes militares, além do cerco natural ao MD, que se dá sempre em nível de boca pequena. Quem começar primeiro, pode sair na frente. Tomara o EB esteja atento, mas não se deixe mais encantar por falsos cantos de sereias que nunca estiveram em uma praia.
abs
Num breve cálculo, a revitalização de um único RCC pode nos custar, pelo menos, 146,6 milhões de dólares ou euros, não sei, dependendo do que for oferecido de fato. Assim, mobiliar as duas brigadas blindadas que temos pode ser um exercício de cálculo econômico para lá de complicado, senão, inócuo, dada as atual realidade do erário público no curto e médio prazo.
Se apenas uma revitalização já estão tentando nos tirar o couro desse jeito - afinal não é fácil tentar manter um CC dos anos 1960 com conteúdo dos anos 1980 em funcionamento - imagina se o pessoal resolvesse bater o pé em cima de tudo que o ROB da VBC Corrente dispôs.
Enfim, uma modernização e/ou atualização nestes carros do ponto de vista técnico pode até ser possível e viável, até mesmo desejável, ou impositiva, mas do ponto de vista financeiro ela é praticamente um exercício de masoquismo, por assim dizer, pois elevaria os custos a valores inaceitáveis, e muito além da revitalização em si, que já está se mostrando a priori, cara demais para o veículo que oferece.
É um risco o qual tem ser muito bem pensado olhando todos os pormenores no curto, médio e longo prazo. Até porque os resultados podem não ser exatamente os desejados, e não estamos em condições de fazer experiências e nem de jogar dinheiro fora, vide o caso da atualização das M-113 que pouco ou nada agregou de verdade ao carro. Por outro lado, sabe-se até o presente momento que o governo não irá investir na substituição dos atuais CC do exército visto que ele não teria abertura orçamentaria de longo prazo neste momento. Ninguém quer saber de dívida de longo prazo por agora.
Conquanto, é lícito entender que os Leo 1A5 não passam de 2027 ilesos e é obrigatório fazer algum tipo de trabalho neles - qualquer um - para que possam se manter minimamente significativos do ponto de vista operacional no nosso TO. A questão é como fazer isso frente a atual realidade. Não existe vontade, oportunidade e nem a possibilidade de amparar a aquisição de carros de combate antes do fim desta década para o exército no campo político e econõmico. Estamos em uma encruzilhada.
Neste aspecto, volto novamente à possibilidade de se averiguar qual seria a viabilidade de conseguir um número de Leo II que pudesse segurar as pontas dos RCC, não precisa ser a OM na íntegra, mas 1 ou 2 esquadrões talvez, apenas para manter o pessoal adestrado e servir de resposta rápida em qualquer eventualidade nos próximos dez anos. A KMW deve ter como conseguir veículos deste tipo. Mas aí entramos na questão dos custos que isso nos traria, embora a introdução deles não fosse, ao menos em tese, tão complexa quanto colocar um modelo totalmente diferente da linha atual. Os RCB terão que esperar por dias melhores, ou então, tem de ser repensados em termos organizacionais das bgdas cav mec. Um exercício ao qual não podemos nos furtar, cedo ou tarde, ainda que não nos seja impositivo.
Por fim, mesmo que o EB resolva manter apenas um único RCC plenamente operacional em cada bgda blda, e o resto servindo de peças de reposição, ainda teremos que gastar neles mais de US ou E$ 300 milhões, sendo bem razoável, a fim de que tenham uma disponibilidade credível. Mas será que se justifica? Não sei dizer neste momento. Talvez, como teremos novas eleições universais em um ano e meio, o próximo ano possa oferecer algumas reflexões e proposições, também. As movimentações para os eventuais candidatos tradicionalmente começam muito antes do pleito, e em termos práticos, quem quiser tirar alguma vantagem do voto castrense vai ter que sentar e conversar, muito, com os atuais cmtes, as associações e, claro, os clubes militares, além do cerco natural ao MD, que se dá sempre em nível de boca pequena. Quem começar primeiro, pode sair na frente. Tomara o EB esteja atento, mas não se deixe mais encantar por falsos cantos de sereias que nunca estiveram em uma praia.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5
Não existem mais leos II usados, os poloneses já rasparam o estoque da Bundeswehr. Chegaram inclusive a verificar os excedentes espanhóis, mas constataram que estavam em péssimas condições. Assim, as opções que no restam são modernizar os que nos temos, comprar novos ou recorrer aos estoques americanos.