Penguin escreveu: ↑Seg Jun 08, 2020 3:31 pm
A FAB possui na sua frota opções para quase todas as necessidades das outras forças.
767
C-130
KC390
C295
Bandeirantes
Brasilia
Caravan
Adquirir e operar uma frota é custoso.
Se a frota atual é ociosa por falta de recursos, por que não aumentar a cooperação entre as forças e fazer um melhor uso de tudo que já se tem?!
Na realidade, sou da opinião que já deveríamos ter adotado um modelo de Forças Armadas Brasileiras integradas no estilo do Canadá, Australia, Japão, Israel etc, aproveitando sinergias, evitando duplicidades e utilizando muito melhor os recursos que vão minguar muito no mundo pós-Covid.
Na verdade foi a Embraer que chamou a FAB para que essa ajudasse no desenvolvimento conceitual de uma nova aeronave devido a sua grande experiência operacional:
Até isso virar realidade (se algum dia virar), Bandeirantes, Brasília e Caravan estarão no osso.
Olá Penguin,
Sabemos que a "ociosidade" da frota da FAB não é fruto de falta do que fazer, mas de orçamento adequado para manter toda a frota devidamente manutenida e voando. E se não fosse isso, talvez até mesmo as aeronaves mais antigas tivessem sido substituídas há tempos.
Nosso problema maior não é cada força ter sua aviação, mas a forma como isso deve ser feito, e principalmente, como arcar com os custos.
Oras, o orçamento de investimento e custeio do MD é basicamente o mesmo nos últimos 15 anos, e o envelhecimento da frota de transporte, indiferente a isso, tem avançado inconteste.
A Embraer procurou também a FAB quando resolveu desenvolver o KC-390, pois não haveria nenhuma lógica fazer isso sem que a força aérea do próprio país aquiescesse o projeto, dado que ela é desde sempre a maior vitrine da Embraer.
O mesmo se sucedeu agora no caso do novo avião, pois uma janela de oportunidade foi constatada em relação a substituição no médio e longo prazo dos Bandeirante, Caracan e Brasília. Assim também o foi no caso do KC em relaçao aos Hércules. A empres simplesmente está repetindo a dose de algo que deu certo antes, e caso vingue, muito provavelmente dará novamente. Estamos vendo apenas o útil sendo junado ao agradável. Nada mais.
E ainda temos uma questão paralela que é o ATL-100 que foi lançado primeiro e está em estágio de desenvolvimento mais adiantado. Nesse sentido, a Embraer que não é besta e nem nada, e sabendo que conta com a proteção da FAB, simplesmente fez o óbvio e tratou de aninhar-se debaixo das asas de sua genitora. Algo que a DESAER nunca teve, e obviamente, nunca terá.
Enfim, como o próprio brigadeiro Rossato publicou na sua nota, é importante que haja planejamento comum para a determinação de capacidades e por tabela, a determinação de funções e vetores necessários a cada força. Mas como fazer isso se cada força na prática só consegue, ou quer, olhar apenas até o horizonte de seus próprios interesses?
abs