Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16801 Mensagem por alex » Qua Mar 18, 2020 7:05 am

Código: Selecionar todos

     Finalmente parece que o pessoal está trabalhando com os pés no chão. Tomara que continue assim.      
Nao, ainda nao. O projeto do sub nuclear continua




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16802 Mensagem por GIL » Qua Mar 18, 2020 8:24 am

alex escreveu: Qua Mar 18, 2020 7:05 am

Código: Selecionar todos

     Finalmente parece que o pessoal está trabalhando com os pés no chão. Tomara que continue assim.      
Nao, ainda nao. O projeto do sub nuclear continua
Tranquilo, somente levamos 1 ano tendo um executivo sem roubar, se isso se prolonga ao menos mais 7 anos no tempo, o dinheiro vai aparece para tudo que seja essencial.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16803 Mensagem por FIGHTERCOM » Qua Mar 18, 2020 1:11 pm

FCarvalho escreveu: Ter Mar 17, 2020 11:27 pm
JavaLindo66 escreveu: Ter Mar 17, 2020 6:22 pm Matéria bem interessante. Os pontos interessantes:

- A atualização da Barroso não faz mais parte do off-set das 'Tamandarés';
Esta pode ser uma questão financeira pura e simplesmente. A última fragata só vai ser entregue em 2028. Depois disso talvez viesse a modernização. Mas até lá a MB vai estar comprometida com o pagamento dos novos navios. Vai sobrar pouco ou nenhum espaço para mais coisas. Por outro lado, a Barroso também já contará com mais de 30 anos de serviço. Vale a pena? Eu acho que não. Seria mais prudente na verdade tentar negociar o acréscimo - como foi ventilado a tempos atrás - de 1 ou 2 unidades adicionais ao lote original com o que seria investido na modernização da Barroso, e no meio do caminho tentar assegurar pelo menos mais um lote de 4 a 6 unidades no pós 2028.


- Interesse da MB por mais unidades das 'Tamandarés';
É como eu disse acima, é preciso ver até onde é possível, neste momento, tentar acrescer mais 1 ou 2 unidades ao lote original, e no meio do processo, mais para frente, garantir um lote subsequente de 4 a 6 unidades a fim de substituir todos os navios mais antigos, evitar novas compras de oportunidade, e por tabela, garantir uma operacionalidade minimamente decente para a esquadra.

- 2 'Niterói' e 2 'Greenhalgh' e a 'Júlio de Noronha' vão dar baixa até 2023;
Já estava cantada essa bola há algum tempo. Faltava na verdade decidir quem iria para o prego e quando.


- A comprar por oportunidade ainda está de pé para substituir as escoltas;
Se algo der errado na construção das fragatas, isto ainda deve ser levado em conta como recursos de última hora a fim de não ficarmos, literalmente, sem uma esquadra de verdade. É torcer para que não seja necessário. Tal alternativa pode justificar negações de investimento de praxe pelo poder político no futuro e comprometer, de novo, a retomadas da indústria de construção naval militar no país.

- Há um foco maior no projeto dos 'NPa 500-Br' do que no dos 'NPaOc';
São mais baratos, mais rápidos e mais fáceis de convencer o gestor financeiro público e político, já que são navios destinados as capitanias e distritos navais e em quantidades que podem inclusive levá-los a serem construídos em diversos estados, o que também ajudaria, e muito, na aprovação das verbas necessárias. Aliás, se os 10% do Fundo da Marinha Mercante for realmente colocado em prática no sentido de financiar a patrulha naval, é algo que tornar viável a construção dos NaPaOc mais para frente, enquanto os NaPa 500 BR são financiados pelo próprio tesouro ou orçamento da MB.

- A MB tem interesse em comprar novos Navios Varredores e criar uma possível nova base para eles em Itaguaí;
A Base Naval de Itaguaí tem a necessidade impositiva de dispor de navios varredores/contraminagem próprio dado que toda a força de submarinos será deslocadas e baseada lá. Talvez a proposta sueca possa ser uma alternativa viável e produtiva. Ofereceram dois navios usados e a possibilidade da construção de outros no país. A ver o custo, a oportunidade e a efetividade da proposta.

Finalmente parece que o pessoal está trabalhando com os pés no chão. Tomara que continue assim.

abs
Para mim a parte mais importante foi no tocante ao PRONAE:
Até o presente momento, não foram tomadas ações subsequentes e não há aporte financeiro para continuidade do projeto.
Sigamos contentes e felizes com o PHM Atlântico.


Abraços,

Wesley




"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16804 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 18, 2020 3:45 pm

A entrevista como um todo não respondeu quase nada sobre o que se pretende, ou poderá efetivamente, ser feito dentro do planejamento da mB.

Respostas evasivas ou negligentes. Enfim, não há novidades sobre o que já se sabia de algum tempo à público.

O Pronae está definitivamente fora dos planos da MB no curto e médio prazo. Simplesmente não tem como se pensar em Nae quando sequer temos uma esquadra.

Por hora, a depender das situação orçamentária, o que temos de importante é a substituição urgente das fragatas e corvetas atuais. E para isso, até agora, 4 estão garantidas. Pode ser que sejam 5 ou 6, ainda vamos ver. A modernização da Barroso não está mais no escopo do projeto, e como dito pelo AE, os valores relativos serão capitalizados para outras áreas de interesse da MB. A ver no que será aplicado.

No mais, com toda essa confusão de Covid-19 a economia está indo de mal a pior, e todos os comentários econômicos atuais vão no sentido de que o tombo mundial vai ser muito maior do que o esperado. Vai levar tempo para recompor a situação. Na Alemanha estavam dizendo que essa crise dura uns dois anos.

Vamos ver. Ela está só no começo.

abs




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16805 Mensagem por Viking » Dom Mar 22, 2020 3:06 pm

MARINHA FAZ CHAMAMENTO PÚBLICO PARA A OBTENÇÃO DE NAVIOS HIDROCEANOGRÁFICOS

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 17/03/2020 | Edição: 52 | Seção: 3 | Página: 23

Órgão: Ministério da Defesa/Comando da Marinha/Diretoria-Geral do Material/Diretoria de Gestão de Programas da Marinha

AVISO DE CHAMAMENTO PÚBLICO PROCESSO DE OBTENÇÃO DE NAVIOS HIDROCEANOGRÁFICOS

A Diretoria de Gestão de Programas da Marinha (DGePM), com sede na Rua 1º de Março, 10º andar, Edifício Barão de Ladário, Centro, Rio de Janeiro-RJ, CEP 20.010-000, participa a intenção da Marinha do Brasil (MB) em iniciar o processo de obtenção de dois Navios Hidroceanográficos de 2ª Classe (NHo-2).

As empresas interessadas em fornecer à MB as respostas iniciais poderão, no período compreendido entre 9h do dia 19/03/2020 e 15h do dia 09/04/2020, retirar o documento intitulado “Solicitação de Informações” (“Request For Information” – RFI), o qual visa a buscar dados preliminares no que concerne aos projetos técnicos existentes de Navios Hidroceanográficos (NHo).

Por ocasião da retirada do referido documento, as empresas nacionais e/ou estrangeiras, ou seus representantes legalmente autorizados, deverão apresentar declaração formal, assinada por representante legal, atestando que possuem a capacidade e a experiência comprovadas, nos últimos dez anos, em construção de NHo.

Fica, desde já, estabelecido que as manifestações pelos respondentes não impõem, a nenhum tempo, obrigações de qualquer natureza à MB, nem garantem a contratação de qualquer candidato em potencial.

Maiores informações poderão ser obtidas junto ao “Núcleo de Gestão da RFI”, por intermédio do e-mail “dgepm.nho2@marinha.mil.br”, de segunda a sexta-feira, no horário de 8h às 16h. Para tal, mencionar o assunto de interesse da seguinte forma: “RFI-NHo_dúvida_<mm.dd.aaaa>”.

Rio de Janeiro-RJ, 16 de março de 2020.

HERMANN IBERÊ SANTOS BOEHMER JUNIOR

Contra-Almirante (RM1)Superintendente de Obtenção e Gestão de Programas

PETRONIO AUGUSTO SIQUEIRA DE AGUIAR

Vice-Almirante Diretor de Gestao de Programas da Marinha



Excelente notícia o PROHIDRO sendo implementado conforme as possibilidades do momento. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16806 Mensagem por Viking » Seg Abr 06, 2020 2:48 am

Marinha do Brasil 2020 -2028 – Programa de Reaparelhamento. Informações baseadas em fontes ostensivas.

1. Navios de escolta:

. Construção de 4 fragatas da classe Tamandaré, com a possibilidade de serem acrescidos ao primeiro lote mais duas unidades.
. Cancelamento da modernização da corveta Barroso com sistemas das classe Tamandaré. Este navio será submetido a atualizações pontuais e a manutenções de rotina, como PMG, até a sua baixa por volta de 2030.
. Repotencialização de 3 fragatas da classe Niterói, com extensão de vida útil até 2028.
. Baixa de 2 FCT, 2 FCG e da corveta Julio de Noronha até 2023.
. Obtenção por oportunidade de navios escolta.

2. Força de submarinos:

. Conclusão da construção dos 4 SSK’s previstos na primeira etapa do PROSUB.
. Incorporação do NSS K12 Guillobel.
. Baixa de três classe Tupi.

3. Frota da DHN:

. Construção de 1 Navio de Apoio Antártico.
. Construção de 2 Navios Hidroceanograficos.


4. Navios patrulhas:

. Conclusão dos NaPa 500 Maracanã e Mangaratiba.
. Conclusão do projeto do NaPa 500 Br.
. Conclusão do projeto do NaPaOc BR, com previsão de construção de 5 navios.
. Conclusão do projeto do NaPaFlu da Amazônia.

5. Força de Minagem e Varredura:

.Substituição dos classe Aratu.

6. Outros meios:

.Obtenção por oportunidade de 1 navio de apoio logístico.
. Construção de 1 navio escola.
. Construção de 6 avisos de instrução.

7. Força aeronaval:

. Incorporação das aeronaves transporte/Revo.
. Substituição de um UH 15 por aeronaves Esquilo.
. Obtenção de ARP’s.
. Projeto NAe sem horizonte de previsão para sua realização, devido indisponibilidade financeira a longo prazo.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16807 Mensagem por Túlio » Qui Abr 09, 2020 7:10 pm

Duas questões:

:arrow: Li por aí que a primeira das cinco La Fayette será dada de baixa da Marine Nationale ali por 2023; não seria um bom negócio já ir começando com Fragatas Leves-Médias furtivas para, ali pelo fim da década, termos umas nove unidades operativas deste tipo? Depois seria ir baixando uma por uma, à medida que novas CV-3 fossem incorporadas, além da quatro iniciais;

:arrow: E o Riachuelo? Começou suas provas de mar ainda em 2018, se não me engano, e até hoje nem se fala mais nele; o Humaitá em breve será lançado e...???




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16808 Mensagem por Viking » Sáb Abr 11, 2020 2:42 am

Túlio escreveu: Qui Abr 09, 2020 7:10 pm
Duas questões:

:arrow: Li por aí que a primeira das cinco La Fayette será dada de baixa da Marine Nationale ali por 2023; não seria um bom negócio já ir começando com Fragatas Leves-Médias furtivas para, ali pelo fim da década, termos umas nove unidades operativas deste tipo? Depois seria ir baixando uma por uma, à medida que novas CV-3 fossem incorporadas, além da quatro iniciais;

:arrow: E o Riachuelo? Começou suas provas de mar ainda em 2018, se não me engano, e até hoje nem se fala mais nele; o Humaitá em breve será lançado e...???

Acredito que a obtenção de navios escolta por oportunidade apresentará muitas dificuldades devido a falta de navios com cerca de 25 anos disponíveis no mercado internacional.
Os testes de mar, conforme programação e rotina, do Riachuelo tem previsão de encerramento em junho/20 e o navio deverá ser incorporado a Esquadra no segundo semestre.

Sds

Lord Nauta




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16809 Mensagem por FCarvalho » Sáb Abr 11, 2020 2:07 pm

Pelo apresentado, vamos ficar no mínimo básico necessário em termos materiais na proxima década. E já será uma grande vitória se conseguirmos metade do que está descrito aí.

Quanto as Tamandaré, se 2 navios forem acrescidos ao lote atual, só devem, ser entregues em 2028 e 2029. Ou seja, nos anos de 2020 a esquadra vai ficar restrita a 3 Niterói, que devem dar baixa até 2028, e 4 Tamandaré + Barroso, que também deve dar baixa até 2032 mais ou menos. Ou seja, a partir da metade da próxima década teremos de pensar obrigatoriamente em um segundo lote das Tamandaré ou em um novo navio, já que as Niteroi e T-22 não terão substitutos diretos como as Inhaúma. O número mínimo com que a MB trabalha é de 18 escoltas. Chegando a 6 no final da proxima década ainda teremos um trabalho gigantesco para conseguir mais 12 unidades. Imaginando que levaremos 10 anos para construir apenas 6 navios, então as perspectivas para 12 navios são pouco animadoras.

Na força de submarinos, sou de opinião que no curto prazo - ou seja, até 2022 - temos que conseguir engajar um segundo lote dos submarinos classe Riachuelo, a fim de não deixar Itaguaí parar e arriscar perder, de novo, tudo o que foi consquistado duramente até agora, e num segundo momento, entre 2022 e 2026 encomendar um terceiro lote de um projeto revisado e melhorado. As 14 unidades previstas originalmente precisam ser conseguidas, e não se pode abrir mão disso. A força de submarinos é nosso único e melhor coringa na manga em termos de política geoestratégica naval. E principal, o Subnuc não pode mais sofrer soluções de continuidade. Pelo contrário, na minha opinião, o cronograma do projeto deveria ser revisto imediatamente com a dotação das verbas necessárias para recobrar o tempo perdido até agora o mais que possível. É imprescindível que as 6 unidades originais possam ser adquiridas e sejam protegidas de quaisquer eventuais cortes de verbas nos próximos anos.

No caso dos navios de patrulha, de todas as classes, eu penso que como são meios mais baratos e de menores custos de obtenção e construção, e claro, de operação, os números do PEAMB original deveriam ser mantidos a fim de serem atingidos até 2030, e mesmo revisados para mais no caso dos navios patrulha, apoio e logísticos fluviais. O que foi proposto é basicamente uma medida inócua e que não fará diferença nenhuma na atual capacidade da MB de fazer o seu trabalho nas vias hidrográficas nacionais.

Existe um projeto do CPN para um Napa 200 para o 4o DN, e que poderiam sem maiores problemas ser utilizado também nos demais DN que operam meios fluviais. Por outro lado, o projeto conjunto com Peru e Colombia poderia ser também adaptado para patrulha naval, já que é um navio com cerca de 300/350 ton e que seria importante para os DN ao longo da costa. O mesmo serve para o projeto Napa 200 do CPN. A construção de meios distritais é muito importante para manter a BID, a área de P&D e a indústria naval funcionando e confiante de que os projetos com a MB não irão parar mais uma vez no meio do caminho. Esta produção pode ser distribuído por todo o país.


A Força de Minagem e Varredura tem várias opções de substituição da Classe Aratu, o que falta é identificar uma ou duas que nos ofereçam a oportunidade de produção sob licença e transferência de tecnologia. Vários projetos europeus estão sendo analisados neste momento. Uma decisão deve ser tomada no menor tempo possível a fim de que a atual flotilha seja substituída no menor prazo possível. Os suecos parecem ter saído na frente. Tomara que prospere.

A questão do navio de apoio logístico para mim, já expus no tópico específico, e volto a falar novamente. Ao invés de uma compra de oportunidade, seria o momento de tentar fazer o mesmo que fizemos com o processo seletivo das Tamandaré e comprar um projeto e construir sob licença os 5 navios previstos no PEAMB original. Alternativas e concorrentes não faltam por aí, e os custos poderiam ser negociados, além de favorecer a BID e a indústria naval do país. Este tipo de processo teria um apelo econômico e social bem grande em termos d apoio político.

A substituição do NE Brasil aparentemente pode ter no suposto negócio com os peruanos a sua solução. Se algo mais puder ser aproveitado, somo a substituição dos dois NDD britânicos já seria um excelente plus.

A construção de 6 avisos de instrução é algo que pode ser resolvido rapidamente mediante o próprio orçamento da MB. Por outro lado, a aquisição de diferentes meios navais e fluviais para patrulha costeira em águas marrons deve encontrar na indústria naval local suas soluções, como no caso da DGS e outras empresas que podem eventualmente oferecer seus produtos para renovar toda a frota atual. Temos mão de obra e expertise no país para isso. Não aproveitar seria um erro crasso.

A Força aeronaval está em uma situação complicada, pois os dois programas IHL e UHL até hoje não encontraram termo, e os helos atuais já não comportam mais modernizações e sua vida útil praticamente está ultrapassada tornando cada vez mais insegura e perigosa sua operação. Pior, ameaça as tripulações, e por óbvio, a sua capacidade de exercer todas as suas missões. Diz-se que o MD está tentando negociar a troca de H225M por uma quantidade equivalente de H125, o nosso Esquilo. Se vai dar certo, ainda veremos.

O projeto HX-BR continua a passos lentos e com essa crise de agora, é provável que a finalização do projeto marcada para 2022 possa sofrer novos atrasos. Junto a isso os UH-14 devem ser aposentados no curto prazo sem nenhum substituto para os mesmos. Enfim, o HX-BR que era para ser uma solução para a substituição de todos os helos médios das ffaa's se tornou ele mesmo um problema.

Eu sou de opinião que a aviação de asa fixa vai ficar restrita aos C-2 e A-4 nos próximos dez anos, sem qualquer previsão de substituição em prazo visível. É com eles que vamos ter de nos virar até que uma solução definitiva possa ser dada.

Embora os P-3 e P-95 não esteja, ainda, no escopo das preocupações da MB e do comando da aviação naval, sua substituição deve entrar na linha de debate sobre a renovação dos meios materiais. Neste momento, FAB e MB terão que trabalhar conjuntamente para conseguir soluções conjuntas para esta questão, afinal, cedo ou tarde, a meu ver, a marinha irá requerer para si a aviação de patrulha. E isto poderá ser feito a partir de um tempo de adaptação nos anos 2020.

A MB comprou, finalmente, um ARP’s na forma do Scan Eagle. Ele cat 1, e se presta a servir nos navios da esquadra, qualquer um deles, por seu tamanho e arquitetura de operação. Mas será preciso avançar, pois o SIGAAZ irá demandar estes recursos. E o vasto uso de ARP em funções ISR é uma forma inteligente e lógica de reduzir custos com aquisição, operação e manutenção nos esqudrões de patrulha marítima. Seria uma boa hora para o MD assumir a dianteira desta questão, não apenas a fim de gestar o processo de escolha e definição dos vetores, como criar doutrina conjunta e basear as soluções o mais que possível em meios nacionais, sejam originais ou feitos em parceria. Já devíamos ter começado.

Pensar em um Nae está totalmente fora de cogitação pelos próximos vinte anos, pelo menos, a meu ver. E por um motivo muito simples. Não temos uma esquadra para formar uma simples FT neles baseada. E mesmo que a MB consiga os 18 escoltas que diz ser o mínimo para dar conta de suas missões, ainda assim é um número muito pequeno para operar 1 ou 2 Naes, já que quando qualquer um deles sair do porto em missão pode levar consigo até metade da esquadra. Considerando que é impossível haver sempre 18 navios disponíveis...

A questão que pode fazer voltar à tona o assunto é a baixa do Atlântico daqui a 10 ou 15 anos, Teremos dois problemas para resolver ao mesmo tempo, e ambos de difícil solução, que é substituir um navio multipropósito com convés e decidir se vamos voltar a operar um Nae, ou não. E isso com certeza poderá ser feito ao mesmo tempo dado os custos. Pode ser que no futuro, quando adentremos os anos de 2040, a esquadra esteja resumida a um punhado de Tamandaré recauchutadas e seus derivados, e quiçá uma ou duas classes de escoltas mais pesadas. De qualquer forma, se este planejamento não começar desde agora, poderemos facilmente incorrer na repetição da mesma realidade de hoje em vinte anos. E isso na verdade não seria exatamente uma novidade.

abs




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16810 Mensagem por Viking » Sáb Abr 11, 2020 3:06 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Abr 11, 2020 2:07 pm Pelo apresentado, vamos ficar no mínimo básico necessário em termos materiais na proxima década. E já será uma grande vitória se conseguirmos metade do que está descrito aí.

Quanto as Tamandaré, se 2 navios forem acrescidos ao lote atual, só devem, ser entregues em 2028 e 2029. Ou seja, nos anos de 2020 a esquadra vai ficar restrita a 3 Niterói, que devem dar baixa até 2028, e 4 Tamandaré + Barroso, que também deve dar baixa até 2032 mais ou menos. Ou seja, a partir da metade da próxima década teremos de pensar obrigatoriamente em um segundo lote das Tamandaré ou em um novo navio, já que as Niteroi e T-22 não terão substitutos diretos como as Inhaúma. O número mínimo com que a MB trabalha é de 18 escoltas. Chegando a 6 no final da proxima década ainda teremos um trabalho gigantesco para conseguir mais 12 unidades. Imaginando que levaremos 10 anos para construir apenas 6 navios, então as perspectivas para 12 navios são pouco animadoras.

Na força de submarinos, sou de opinião que no curto prazo - ou seja, até 2022 - temos que conseguir engajar um segundo lote dos submarinos classe Riachuelo, a fim de não deixar Itaguaí parar e arriscar perder, de novo, tudo o que foi consquistado duramente até agora, e num segundo momento, entre 2022 e 2026 encomendar um terceiro lote de um projeto revisado e melhorado. As 14 unidades previstas originalmente precisam ser conseguidas, e não se pode abrir mão disso. A força de submarinos é nosso único e melhor coringa na manga em termos de política geoestratégica naval. E principal, o Subnuc não pode mais sofrer soluções de continuidade. Pelo contrário, na minha opinião, o cronograma do projeto deveria ser revisto imediatamente com a dotação das verbas necessárias para recobrar o tempo perdido até agora o mais que possível. É imprescindível que as 6 unidades originais possam ser adquiridas e sejam protegidas de quaisquer eventuais cortes de verbas nos próximos anos.

No caso dos navios de patrulha, de todas as classes, eu penso que como são meios mais baratos e de menores custos de obtenção e construção, e claro, de operação, os números do PEAMB original deveriam ser mantidos a fim de serem atingidos até 2030, e mesmo revisados para mais no caso dos navios patrulha, apoio e logísticos fluviais. O que foi proposto é basicamente uma medida inócua e que não fará diferença nenhuma na atual capacidade da MB de fazer o seu trabalho nas vias hidrográficas nacionais.

Existe um projeto do CPN para um Napa 200 para o 4o DN, e que poderiam sem maiores problemas ser utilizado também nos demais DN que operam meios fluviais. Por outro lado, o projeto conjunto com Peru e Colombia poderia ser também adaptado para patrulha naval, já que é um navio com cerca de 300/350 ton e que seria importante para os DN ao longo da costa. O mesmo serve para o projeto Napa 200 do CPN. A construção de meios distritais é muito importante para manter a BID, a área de P&D e a indústria naval funcionando e confiante de que os projetos com a MB não irão parar mais uma vez no meio do caminho. Esta produção pode ser distribuído por todo o país.


A Força de Minagem e Varredura tem várias opções de substituição da Classe Aratu, o que falta é identificar uma ou duas que nos ofereçam a oportunidade de produção sob licença e transferência de tecnologia. Vários projetos europeus estão sendo analisados neste momento. Uma decisão deve ser tomada no menor tempo possível a fim de que a atual flotilha seja substituída no menor prazo possível. Os suecos parecem ter saído na frente. Tomara que prospere.

A questão do navio de apoio logístico para mim, já expus no tópico específico, e volto a falar novamente. Ao invés de uma compra de oportunidade, seria o momento de tentar fazer o mesmo que fizemos com o processo seletivo das Tamandaré e comprar um projeto e construir sob licença os 5 navios previstos no PEAMB original. Alternativas e concorrentes não faltam por aí, e os custos poderiam ser negociados, além de favorecer a BID e a indústria naval do país. Este tipo de processo teria um apelo econômico e social bem grande em termos d apoio político.

A substituição do NE Brasil aparentemente pode ter no suposto negócio com os peruanos a sua solução. Se algo mais puder ser aproveitado, somo a substituição dos dois NDD britânicos já seria um excelente plus.

A construção de 6 avisos de instrução é algo que pode ser resolvido rapidamente mediante o próprio orçamento da MB. Por outro lado, a aquisição de diferentes meios navais e fluviais para patrulha costeira em águas marrons deve encontrar na indústria naval local suas soluções, como no caso da DGS e outras empresas que podem eventualmente oferecer seus produtos para renovar toda a frota atual. Temos mão de obra e expertise no país para isso. Não aproveitar seria um erro crasso.

A Força aeronaval está em uma situação complicada, pois os dois programas IHL e UHL até hoje não encontraram termo, e os helos atuais já não comportam mais modernizações e sua vida útil praticamente está ultrapassada tornando cada vez mais insegura e perigosa sua operação. Pior, ameaça as tripulações, e por óbvio, a sua capacidade de exercer todas as suas missões. Diz-se que o MD está tentando negociar a troca de H225M por uma quantidade equivalente de H125, o nosso Esquilo. Se vai dar certo, ainda veremos.

O projeto HX-BR continua a passos lentos e com essa crise de agora, é provável que a finalização do projeto marcada para 2022 possa sofrer novos atrasos. Junto a isso os UH-14 devem ser aposentados no curto prazo sem nenhum substituto para os mesmos. Enfim, o HX-BR que era para ser uma solução para a substituição de todos os helos médios das ffaa's se tornou ele mesmo um problema.

Eu sou de opinião que a aviação de asa fixa vai ficar restrita aos C-2 e A-4 nos próximos dez anos, sem qualquer previsão de substituição em prazo visível. É com eles que vamos ter de nos virar até que uma solução definitiva possa ser dada.

Embora os P-3 e P-95 não esteja, ainda, no escopo das preocupações da MB e do comando da aviação naval, sua substituição deve entrar na linha de debate sobre a renovação dos meios materiais. Neste momento, FAB e MB terão que trabalhar conjuntamente para conseguir soluções conjuntas para esta questão, afinal, cedo ou tarde, a meu ver, a marinha irá requerer para si a aviação de patrulha. E isto poderá ser feito a partir de um tempo de adaptação nos anos 2020.

A MB comprou, finalmente, um ARP’s na forma do Scan Eagle. Ele cat 1, e se presta a servir nos navios da esquadra, qualquer um deles, por seu tamanho e arquitetura de operação. Mas será preciso avançar, pois o SIGAAZ irá demandar estes recursos. E o vasto uso de ARP em funções ISR é uma forma inteligente e lógica de reduzir custos com aquisição, operação e manutenção nos esqudrões de patrulha marítima. Seria uma boa hora para o MD assumir a dianteira desta questão, não apenas a fim de gestar o processo de escolha e definição dos vetores, como criar doutrina conjunta e basear as soluções o mais que possível em meios nacionais, sejam originais ou feitos em parceria. Já devíamos ter começado.

Pensar em um Nae está totalmente fora de cogitação pelos próximos vinte anos, pelo menos, a meu ver. E por um motivo muito simples. Não temos uma esquadra para formar uma simples FT neles baseada. E mesmo que a MB consiga os 18 escoltas que diz ser o mínimo para dar conta de suas missões, ainda assim é um número muito pequeno para operar 1 ou 2 Naes, já que quando qualquer um deles sair do porto em missão pode levar consigo até metade da esquadra. Considerando que é impossível haver sempre 18 navios disponíveis...

A questão que pode fazer voltar à tona o assunto é a baixa do Atlântico daqui a 10 ou 15 anos, Teremos dois problemas para resolver ao mesmo tempo, e ambos de difícil solução, que é substituir um navio multipropósito com convés e decidir se vamos voltar a operar um Nae, ou não. E isso com certeza poderá ser feito ao mesmo tempo dado os custos. Pode ser que no futuro, quando adentremos os anos de 2040, a esquadra esteja resumida a um punhado de Tamandaré recauchutadas e seus derivados, e quiçá uma ou duas classes de escoltas mais pesadas. De qualquer forma, se este planejamento não começar desde agora, poderemos facilmente incorrer na repetição da mesma realidade de hoje em vinte anos. E isso na verdade não seria exatamente uma novidade.

abs

Em relação ao excelente texto do prezado amigo peço licença apenas para realizar alguns comentários: - A o planejamento da MB contempla um total de 15 SSK's e 6 SNA, Entretanto acredito que uma meta factível seria um total de 10 SSk's e 4 SNA, além de um NSS projetado especificamente para esta missão.
A revisão do PAEMB reduziu os NaPa 500 para um total de 27. Acredito que este numero deveria ser mantido e o numero de NaPaOc ampliado para 18. Os NaPa 500, alguns apenas no primeiro momento deveriam receber MSS.
Os NaPaOc com canhões de 76 mm/40 mm, LARAD, Helicópteros com MSA, RHIB e modernos sensores além da função guarda costas poderia atuar perfeitamente em missões em teatros de baixa intensidade e de até média intensidade integrando FT's multinacionais. O Cutter's, por exemplo, da USCG são operados nestas condições.
Em relação ao NaPa 200 ton, simplesmente remanejaria os classe Grajaú, que merecem uma modernização. Acredito que o projeto do CPN poderia ser viabilizado em longo prazo, não sendo uma prioridade. Por outro lado o projeto do NaPaFlu AM deveria ser implementado e tratado como prioridade. Para as Forças Distritais acredito que unidades adicionais da classe Merlim deveria serem obtidos, estes navios estão se mostrando muito versáteis em serviço.
Em relação ao NAplo sou da opinião que este numero pode ser reduzido para um total de 2 navios, uma vez que não haverá muitos navios na Esquadra com previstos quanto foi planejado um total de 5 unidades desta classe.
Acredito que com os financiamentos internacionais e do BNDES seria possível implementar ao longo de 15 anos este programa de construção, pulverizado em diversos estaleiros nacionais, promovendo desenvolvimento tecnologico, emprego e renda.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16811 Mensagem por J.Ricardo » Seg Abr 13, 2020 10:29 am

alex escreveu: Dom Mar 15, 2020 7:18 am O orcamento de defesa deveria ser fixado em 1,5 % do PIB. E suficiente para manter as forcas armadas se existir gerenciamento eficiente do ministerio da defesa. Se o pais cresce o valor cresce. Simples assim.
Conhecendo o Brasil, vão inchar a folha de pagamento/previdência até atingirem esse patamar, depois vão ficar chorando no congresso por emendas para tocar os projetos...




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Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16812 Mensagem por FABIO » Seg Abr 13, 2020 5:51 pm

Boa tarde amigos a MB ainda esta negociando a compra de alguma navio por oportunidade? De onde deve vir os navios caça minas?




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16813 Mensagem por Viking » Qua Abr 15, 2020 12:26 am

FABIO escreveu: Seg Abr 13, 2020 5:51 pm Boa tarde amigos a MB ainda esta negociando a compra de alguma navio por oportunidade? De onde deve vir os navios caça minas?

Os caça minas ainda estão sem definição. Havia conversas, que perderam velocidade, sobre um navio de apoio logístico. Entretanto a diretiva do CM sobre este navio permanece.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16814 Mensagem por FCarvalho » Qui Abr 16, 2020 12:23 am

Viking escreveu: Sáb Abr 11, 2020 3:06 pm Em relação ao excelente texto do prezado amigo peço licença apenas para realizar alguns comentários: - O planejamento da MB contempla um total de 15 SSK's e 6 SNA, Entretanto acredito que uma meta factível seria um total de 10 SSk's e 4 SNA, além de um NSS projetado especificamente para esta missão.
A revisão do PAEMB reduziu os NaPa 500 para um total de 27. Acredito que este numero deveria ser mantido e o numero de NaPaOc ampliado para 18. Os NaPa 500, alguns apenas no primeiro momento deveriam receber MSS.
Os NaPaOc com canhões de 76 mm/40 mm, LARAD, Helicópteros com MSA, RHIB e modernos sensores além da função guarda costas poderia atuar perfeitamente em missões em teatros de baixa intensidade e de até média intensidade integrando FT's multinacionais. O Cutter's, por exemplo, da USCG são operados nestas condições.
Em relação ao NaPa 200 ton, simplesmente remanejaria os classe Grajaú, que merecem uma modernização. Acredito que o projeto do CPN poderia ser viabilizado em longo prazo, não sendo uma prioridade. Por outro lado o projeto do NaPaFlu AM deveria ser implementado e tratado como prioridade. Para as Forças Distritais acredito que unidades adicionais da classe Merlim deveria serem obtidos, estes navios estão se mostrando muito versáteis em serviço.
Em relação ao NAplo sou da opinião que este numero pode ser reduzido para um total de 2 navios, uma vez que não haverá muitos navios na Esquadra com previstos quanto foi planejado um total de 5 unidades desta classe.
Acredito que com os financiamentos internacionais e do BNDES seria possível implementar ao longo de 15 anos este programa de construção, pulverizado em diversos estaleiros nacionais, promovendo desenvolvimento tecnologico, emprego e renda.

Sds
Olá Lord.

Eu acredito que a força de submarinos deve ser protegida nesta próxima década por ser ela a que nos dará efetivamente alguma capacidade de dissuasão no TOM Atlântico Sul. Não teremos esquadra para isso. Penso neste sentido que não só manter como expandir o mais rápido possível a construção dos subs - inclusive o SubNuc - deve ser prioridade à frente de qualquer outra. Os números originais de 15 Riachuelo e 6 subnuc nos darão a oportunidade de manter o Itaguaí e não arriscar perder novamente tudo o que foi conseguido até agora. Mas para isso é preciso uma inversão de prioridades pela alta administração naval e sua indicação ao poder político que deve aquiescer esta demanda.

A questão dos navios patrulha me parece ser a porta de saída para tentar manter a BID e indústria naval interessada nos projetos da MB. A manutenção dos números pode servir para esse fim. Concordo que os NaPaOc possam chegar a 18 unidades contando com as modificações indicadas por você. Nos seriam muito mais úteis e flexíveis. Acredito ser mais fácil oferecer a demanda necessária através destes navios para o desenvolvimento e apronto dos projetos de P&D da marinha, dado que são navios mais simples e baratos, e, obviamente, precisamos de alguma forma testar operacionalmente os vários sistemas que hoje vem sendo desenvolvidos. Esta pode ser uma oportunidade de juntar o útil ao agradável.

Em tempo, um projeto entre os Napa 500 e os NaPaOc BR me parece ser uma necessidade, de preferência com capacidade de utilizar helos. Seria um navio com 900 a 1200 ton com quase todas as capacidades dos NaPaOc BR. Adquirir no exterior algo já pronto e disponível para ser construido por licença seria interessante. Há vários projetos por aí que poderiam nos atender neste sentido. A diferença entre os 46 anteriores e os 27 atuais NaPa BR poderiam ser cobertos por tais navios.

Notar que as Meko 100 podem ser adaptadas para NaPaOc sem maiores problemas, já que são projetos modulares e sua faixa de deslocamento começa bem antes das 2 mil ton propostas para aqueles navios.

Os Grajaú talvez tenham a má sorte de não poder passar por um bom PMG a fim de modernizá-los dado que a MB terá de priorizar verbas para a construção de novos meios. E tentar fazer isso ao mesmo tempo pode não trazer os resultados esperados. Sou de opinião que o que tivermos de projetos que possam ser tirados do papel e que tenham relação com o trabalho de autoridade marítima da MB devem ser priorizados. Mesmo que para isso se abra mão de navios ainda em boas condições.

No caso dos navios logísticos não temos muitas escolhas, pois simplesmente não há oferta destes navios no presente momento no mercado externo. E será difícil talvez no curto prazo, já que as relações ocidente x oriente estão cada vez mais indo ladeira abaixo. O que também pode significar boas oportunidades para nós, se formos suficientemente espertos para nos equilibrar nesta disputa.

Já vou ficar muito satisfeito se conseguirmos adicionar 2 unidades ao lote original das Tamandaré.

Por outro lado, tenho certeza que se a MB conseguir efetivamente tirar o SIGAAZ do papel, e fazer o seu cronograma andar a contento nos próximos dez anos, poderemos ver muitos investimentos na seara C2, ISR e, também, aviação naval, VANT e sistemas espaciais. Isto terá muitos impactos positivos nos projetos voltados para os navios patrulha e meios navais dos DN indiretamente já que o sistema não funcionará na íntegra sem os meios que lhes são necessários.

Fosse eu o cmte da MB, depois dos subs, colocaria o SIGAAZ como a segunda prioridade nos próximos anos. Se ele for efetivamente colocado para funcionar, a reação em cadeia será sentida por todos os comandos da MB.

abs




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#16815 Mensagem por FCarvalho » Sex Abr 24, 2020 7:47 pm

Na live de hoje a tarde do Caiafa, alguém corrigiu a informação sobre a disponibilidade dos AIM-9H e canhões dos A-4. Nenhum está mais disponível, ambos fora de operação.
O resto, é a velha ladeira abaixo em relação a todos os programas.
A única saída para isso, é justamente fazer o contrário do que se pensar ser a lógica.
Mas como estamos no Brasil.

https://www.infodefensa.com/latam/2020/ ... lenas.html




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