Eu gosto do conceito de renda minima.Bourne escreveu: ↑Qua Abr 15, 2020 3:49 pm O único país que está "investindo" no exterior é a china. O entre aspas é por estar buscando empresas, infraestruturas e outros ativos baratos devido a crise. Além disso, o mundo está em retração do investimento direto estrangeiro e de fluxo de capitais especulativos. O medo estava presente desde idos de 2015/2016 e agora piorou. Isto é, investidores preferem fazer caixa e aceitar taxa de juros negativos nos países desenvolvidos para não se arriscar nos emergentes e em investimento.
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Voltemos a renda mínima universal do Milton Friedman.
A ideia básica da renda mínima é dar segurança para individuo ter liberdade para realizar escolhas. Seja quais forem e não é da conta do estado desde que não ocorra ruptura da legislação e direito de outros.
Outra forma de ver a renda mínima é educação universal, sistema de saúde e aposentadoria para idosos e incapazes. A educação para cada individuo poder realizar escolhas, ser competitivo e produtivo na sociedade com reflexos agregados na renda e crescimento.
A saúde passou a ser considerado importante para ser a rede de seguridade para bem-estar do individuo, evitar grandes flutuações de renda e efeitos negativos sobre a sociedade. Por exemplo, evitar que uma família vá falência porque um membro teve câncer em que no futuro vira ônus para o estado, potencial risco coletivo e com efeitos negativos na economia. Por isso, na última uma ou duas década se discute o sistema de saúde universalizado. Em parte, impulsionado pelos problemas de saúde norte-americano (e países que imitaram o não sistema como Chile) que não tem sistema e leva família a falência e cria medo de ir ao médico.
O sistema de previdência e seguridade como forma de compensar quem contribuiu para a sociedade ao longo da vida. Ao mesmo tempo, retirar os idosos do mercado de trabalho em que os de menor renda tendem a tirar vagas dos mais jovens. No Brasil, o Armínio Fraga fala abertamente que todo mundo deveria ter direito a um salário mínimo de aposentadoria após os 65 anos. Enquanto joga o peso da reforma sobre quem ganha mais tais como aberrações que existiam de aposentadorias fora da realidade de tão altas.
A ideia da universalização da educação e saúde no Brasil é coisa do fim século XIX. Não tem nada de novo ou fantástico na implementação MEC e SUS após a constituição de 1988. A Constituição de 1988 representou um novo aprofundamento e garantiu mais recursos e obrigações de gastos. E agora a nova onda é buscar eficiência na medida em que o espaço para aumentar gasto se esgotou. O sistema de previdência e seguridade social é uma ideia antiga que foi ampliada com urbanização aprofundada pela Constituição de 1988 e que passa pela nova onda de reduzir distorções.
O Brasil não começou em 1994, nem 2003, nem 2016 ou 2019. Educação básica gratuita existia em São paulo desde idos de 1800 com pedidos das comunidades por escolas e professores. A saúde existia e existem a figura das santas casas. Na década de 1970, o Geisel aprovou a aposentadoria rural para ajudar os velhinhos necessitados da zona rural.
Com MUITA reforma até vejo a viabilidade limitada no Brasil de maneira até a poupar gastos públicos.
Mas não consigo ve-las sendo implementada no Brasil sem altíssima aceitação e implementação pelos EUA + Europa.
E ainda assim levaremos décadas pq culturalmente o país tem um conceito de produtividade atrasado e focado em "trabalhar +horas" com 0 foco na qualidade dessas horas.
Cultura do fazer o minimo pra não ser demitido.
O que não é mto diferente da cultura soviética de apenas cumprir a cota do mês.
E não culpo o trabalhador. Ele não ganha nada sendo +produtivo, sendo pró-ativo, etc. Apenas +trabalho e se brincar é demitido por ser "esperto d+ pro serviço".
Devido a mecanização massiva futura que é bem diferente da do século passado eu vejo um futuro bem negro pro Brasil nessa área. Que deverá cedo ou tarde se mecanizar e fazer crescimentos ok de PIB sem precisar gerar +empregos.
Fico imaginando a reação da multidão de desempregados quando o país bater 2-3% de crescimento e os empregos continuarem praticamente congelados juntamente com os salários. Eles sem nenhuma ajuda de custo e sem os aposentados que já terão morrido a maioria. (E são os que sustentam a maioria hoje, mesmo que com salário minimo).
coisa boa não vai rolar.