Coronavirus
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Re: Coronavirus
Novo recorde: Espanha registra 832 mortes por coronavírus em 24 horas
O ministério espanhol da Saúde anunciou neste sábado que 832 pessoas morreram nas últimas 24 horas vítimas do coronavírus, um novo recorde diário no país, que eleva o total de óbitos a 5.690, o segundo maior balanço do mundo.
A Espanha também registrou mais 8.189 contágios confirmados de coronavírus, o que eleva o número de casos oficialmente diagnosticados a 72.248.
O número de pessoas curadas também registrou forte alta (31,3% em 24 horas) e agora são 12.285, de acordo com os dados do ministério.
https://www.otempo.com.br/mundo/novo-re ... -1.2317619
O ministério espanhol da Saúde anunciou neste sábado que 832 pessoas morreram nas últimas 24 horas vítimas do coronavírus, um novo recorde diário no país, que eleva o total de óbitos a 5.690, o segundo maior balanço do mundo.
A Espanha também registrou mais 8.189 contágios confirmados de coronavírus, o que eleva o número de casos oficialmente diagnosticados a 72.248.
O número de pessoas curadas também registrou forte alta (31,3% em 24 horas) e agora são 12.285, de acordo com os dados do ministério.
https://www.otempo.com.br/mundo/novo-re ... -1.2317619
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Re: Coronavirus
Coronavírus: como alguns países conseguiram conter a doença
Veja algumas estratégias internacionais bem-sucedidas contra a covid-19 e saiba se elas poderiam ser aplicadas no Brasil
Andréa da Luz, Florianópolis 28/03/2020 às 07h00
Atualizado Há 1 hora
Em meio à crise global do novo coronavírus, com seu número crescente de infectados e mortos, alguns países conseguiram implementar boas práticas de combate ao contágio e frear o avanço da covid-19. Coreia do Sul, Japão, Alemanha e China adotaram estratégias diversas que as ajudaram a manter ou retomar o controle sobre a situação epidemiológica.
Dentre as medidas adotadas por esses países destacam-se a testagem em massa, inclusive de pessoas com sintomas leves ou assintomáticas, o isolamento de grupos de risco, além de rastreamento de infectados durante a quarentena em suas residências. Nem todos estabeleceram o isolamento obrigatório de suas populações, mas ainda assim tiveram êxito.
Por que essas medidas deram certo? Será que essas estratégias poderiam ser adotadas no Brasil para ajudar o país a ‘achatar a curva’ de propagação da doença?
Para responder essas questões, a reportagem do nd+ conversou com a médica infectologista da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, Regina Valim.
O caso da Coreia do Sul
Cada país adota diferentes maneiras de conter a pandemia. Na Coreia do Sul, por exemplo, que está em 10º lugar em número de casos, a quantidade de infectados nesta sexta-feira (27) era de 9.332 pessoas, mas apenas 139 mortos. Os dados se baseiam no mapa global do coronavírus, mantido pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o país oriental teve uma reação rápida e adotou a testagem em massa quando ainda possuía cerca de 50 casos. Também implementou o modelo “drive thru” no qual as pessoas não precisam sair do carro para fazer o exame, controle de temperatura dos viajantes que chegavam de países considerados de risco, além de mapeamento por GPS dos infectados em quarentena.
Com experiência prévia de outras epidemias, como a Sars e a Mers, e detentora de alta tecnologia, a nação fabrica reagentes que detectam o vírus e presenciou uma corrida das empresas privadas para o desenvolvimento de novos testes rápidos, com resultados em 48 horas. O exército foi para as ruas fazer um trabalho rigoroso de desinfecção e agora, o país endurece as regras para viajantes que chegam da Europa.
Para a médica Regina Valim, a testagem em massa seria a “estratégia ideal”, porém é preciso levar em conta a extensão territorial e número de habitantes do Brasil. “A testagem em massa é eficiente junto com outras medidas, mas precisamos analisar nossa viabilidade financeira. Competimos na compra de insumos com vários outros países, o que também encarece a produção de testes nacional”, analisa.
Japão
Os japoneses testaram e identificaram quem estava com o vírus já no começo do surto, quando a China ainda registrava seus primeiros casos. Agora, contabilizam 1.387 casos e 49 mortos. O país está em 30º lugar em número de contágios mesmo possuindo 28% da população acima de 65 anos. Não adotou quarentenas em cidades nem isolamento obrigatório. Sua estratégia principal é testar, identificar e isolar grupos de contágio.
Nesse caso, a infectologista destaca a questão cultural. “É um povo muito mais contido e que tem hábitos de higiene enraizados no modo de vida, acostumados, por exemplo, ao uso de máscaras nas ruas”, afirma Valim. Aqui no Brasil somos muito mais ‘calorosos’, portanto o isolamento social pode ser mais necessário.
Alemanha
Na Europa, a Alemanha se destaca frente a situação caótica da Itália (86.498 casos; 9.134 mortos) e da Espanha (64.285 infectados e 4.940 mortos). O país nórdico tem taxa de mortalidade mais baixa que de outros países e realiza diagnóstico precoce com testagem maciça da população e quarentena para grupos de risco (isolamento vertical).
Além disso, quer implementar o rastreamento digital de casos suspeitos, como na Coreia, mas esbarra em regras de privacidade da União Europeia.
De acordo com a mídia internacional, tem capacidade para realizar 160 mil exames por semana, contra cerca de 70 mil na Coreia do Sul. Embora esteja em 5º lugar no número de casos, com 50.871 testes positivos, logo atrás da Espanha, o número de óbitos é de apenas 342.
Para Regina Valim, vale a pena o Brasil avaliar com cuidado a possibilidade do isolamento vertical, colocando em quarentena apenas os grupos de risco. “Mas isso demanda um estudo sobre o comportamento local da pandemia, incluindo análise da curva de contágio e média de idade dos infectados para identificar os grupos de maior vulnerabilidade”, diz.
“Para isso, precisamos de um determinado número de testagem rápida em pessoas assintomáticas e com poucos sintomas, o que permitiria entender como ocorre a dispersão do vírus”, afirma.
Segundo a médica, o Estado de Santa Catarina terá esse dado disponível quando os testes rápidos chegarem. “O estudo será feito e dará embasamento para adoção de outras medidas restritivas”.
China
Embora abrigue o foco inicial da doença, com o epicentro em Wuhan, a China parece ter estabilizado sua curva de contágio. Com 81.897 pessoas doentes e 3.296 mortes, o país asiático alcançou o platô de evolução da doença por volta de 18 de fevereiro, mas agora endurece as medidas para conter novos contágios vindo de fora, com o fechamento das fronteiras. É um exemplo onde o isolamento foi fundamental para a contenção da doença.
A China restringiu viagens, determinou o autoisolamento de cidadãos especialmente em Wuhan para conter a propagação interna, e aplicou testes rápidos para a confirmação de infecções. No pico da epidemia, também construiu um hospital provisório em apenas 10 dias, com mil leitos para tratar os infectados.
“O país está em outro momento da pandemia. Teve o ápice, controlou, e agora luta para não reintroduzir o vírus, por isso vigia a entrada de pessoas que chegam de outros países onde a doença está se alastrando”, afirma Valim.
“Como não há vacina e os países estão em diferentes estágios de propagação, o vírus pode entrar novamente e haver novos surtos, então novas medidas ainda são necessárias”, conclui a médica.
https://ndmais.com.br/noticias/coronavi ... -a-doenca/
Veja algumas estratégias internacionais bem-sucedidas contra a covid-19 e saiba se elas poderiam ser aplicadas no Brasil
Andréa da Luz, Florianópolis 28/03/2020 às 07h00
Atualizado Há 1 hora
Em meio à crise global do novo coronavírus, com seu número crescente de infectados e mortos, alguns países conseguiram implementar boas práticas de combate ao contágio e frear o avanço da covid-19. Coreia do Sul, Japão, Alemanha e China adotaram estratégias diversas que as ajudaram a manter ou retomar o controle sobre a situação epidemiológica.
Dentre as medidas adotadas por esses países destacam-se a testagem em massa, inclusive de pessoas com sintomas leves ou assintomáticas, o isolamento de grupos de risco, além de rastreamento de infectados durante a quarentena em suas residências. Nem todos estabeleceram o isolamento obrigatório de suas populações, mas ainda assim tiveram êxito.
Por que essas medidas deram certo? Será que essas estratégias poderiam ser adotadas no Brasil para ajudar o país a ‘achatar a curva’ de propagação da doença?
Para responder essas questões, a reportagem do nd+ conversou com a médica infectologista da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, Regina Valim.
O caso da Coreia do Sul
Cada país adota diferentes maneiras de conter a pandemia. Na Coreia do Sul, por exemplo, que está em 10º lugar em número de casos, a quantidade de infectados nesta sexta-feira (27) era de 9.332 pessoas, mas apenas 139 mortos. Os dados se baseiam no mapa global do coronavírus, mantido pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o país oriental teve uma reação rápida e adotou a testagem em massa quando ainda possuía cerca de 50 casos. Também implementou o modelo “drive thru” no qual as pessoas não precisam sair do carro para fazer o exame, controle de temperatura dos viajantes que chegavam de países considerados de risco, além de mapeamento por GPS dos infectados em quarentena.
Com experiência prévia de outras epidemias, como a Sars e a Mers, e detentora de alta tecnologia, a nação fabrica reagentes que detectam o vírus e presenciou uma corrida das empresas privadas para o desenvolvimento de novos testes rápidos, com resultados em 48 horas. O exército foi para as ruas fazer um trabalho rigoroso de desinfecção e agora, o país endurece as regras para viajantes que chegam da Europa.
Para a médica Regina Valim, a testagem em massa seria a “estratégia ideal”, porém é preciso levar em conta a extensão territorial e número de habitantes do Brasil. “A testagem em massa é eficiente junto com outras medidas, mas precisamos analisar nossa viabilidade financeira. Competimos na compra de insumos com vários outros países, o que também encarece a produção de testes nacional”, analisa.
Japão
Os japoneses testaram e identificaram quem estava com o vírus já no começo do surto, quando a China ainda registrava seus primeiros casos. Agora, contabilizam 1.387 casos e 49 mortos. O país está em 30º lugar em número de contágios mesmo possuindo 28% da população acima de 65 anos. Não adotou quarentenas em cidades nem isolamento obrigatório. Sua estratégia principal é testar, identificar e isolar grupos de contágio.
Nesse caso, a infectologista destaca a questão cultural. “É um povo muito mais contido e que tem hábitos de higiene enraizados no modo de vida, acostumados, por exemplo, ao uso de máscaras nas ruas”, afirma Valim. Aqui no Brasil somos muito mais ‘calorosos’, portanto o isolamento social pode ser mais necessário.
Alemanha
Na Europa, a Alemanha se destaca frente a situação caótica da Itália (86.498 casos; 9.134 mortos) e da Espanha (64.285 infectados e 4.940 mortos). O país nórdico tem taxa de mortalidade mais baixa que de outros países e realiza diagnóstico precoce com testagem maciça da população e quarentena para grupos de risco (isolamento vertical).
Além disso, quer implementar o rastreamento digital de casos suspeitos, como na Coreia, mas esbarra em regras de privacidade da União Europeia.
De acordo com a mídia internacional, tem capacidade para realizar 160 mil exames por semana, contra cerca de 70 mil na Coreia do Sul. Embora esteja em 5º lugar no número de casos, com 50.871 testes positivos, logo atrás da Espanha, o número de óbitos é de apenas 342.
Para Regina Valim, vale a pena o Brasil avaliar com cuidado a possibilidade do isolamento vertical, colocando em quarentena apenas os grupos de risco. “Mas isso demanda um estudo sobre o comportamento local da pandemia, incluindo análise da curva de contágio e média de idade dos infectados para identificar os grupos de maior vulnerabilidade”, diz.
“Para isso, precisamos de um determinado número de testagem rápida em pessoas assintomáticas e com poucos sintomas, o que permitiria entender como ocorre a dispersão do vírus”, afirma.
Segundo a médica, o Estado de Santa Catarina terá esse dado disponível quando os testes rápidos chegarem. “O estudo será feito e dará embasamento para adoção de outras medidas restritivas”.
China
Embora abrigue o foco inicial da doença, com o epicentro em Wuhan, a China parece ter estabilizado sua curva de contágio. Com 81.897 pessoas doentes e 3.296 mortes, o país asiático alcançou o platô de evolução da doença por volta de 18 de fevereiro, mas agora endurece as medidas para conter novos contágios vindo de fora, com o fechamento das fronteiras. É um exemplo onde o isolamento foi fundamental para a contenção da doença.
A China restringiu viagens, determinou o autoisolamento de cidadãos especialmente em Wuhan para conter a propagação interna, e aplicou testes rápidos para a confirmação de infecções. No pico da epidemia, também construiu um hospital provisório em apenas 10 dias, com mil leitos para tratar os infectados.
“O país está em outro momento da pandemia. Teve o ápice, controlou, e agora luta para não reintroduzir o vírus, por isso vigia a entrada de pessoas que chegam de outros países onde a doença está se alastrando”, afirma Valim.
“Como não há vacina e os países estão em diferentes estágios de propagação, o vírus pode entrar novamente e haver novos surtos, então novas medidas ainda são necessárias”, conclui a médica.
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Re: Coronavirus
Por que o número de mortes por coronavírus continua subindo na Itália
O número de mortes na Lombardia, no norte da Itália, aumentou muito.
Redação Por: Redação
28/03/2020
Nesta sexta-feira (27/03), a Itália teve recorde de número diário de novas mortes por coronavírus – foram 969. No total, 9.134 pessoas já morreram em decorrência do contágio pelo vírus no país.
Todo o território italiano está sob rígida quarentena. No início desta sexta-feira, autoridades disseram que as restrições provavelmente serão estendidas por mais tempo.
A região mais afetada, no norte da Lombardia, teve um aumento acentuado de mortes, após um declínio na quinta-feira que aumentou as esperanças de que o surto lá pudesse ter passado do pico.
O número divulgado nesta sexta-feira incluiu 50 mortes registradas no dia anterior na região noroeste do Piemonte, mas que não foram enviadas a tempo da atualização de quinta-feira.
Enquanto isso, a Espanha – o segundo país mais atingido pela doença covid-19, causad pelo novo vírus, na Europa – sofreu um forte aumento no número de mortes, mas a taxa de novas infecções está se estabilizando, disseram autoridades.
A BBC News Brasil ouviu especialistas para entender por que o número de mortes segue crescendo. Os principais fatores apontados são a demora para detectar casos e a demora para impor medidas restritivas.
Qual é a situação na Itália?
Foram registrados 4.401 novos casos confirmados, um pouco abaixo do registrado na quinta-feira, mas ainda assim maior que os números do início da semana.
O correspondente da BBC em Roma, Mark Lowen, diz que o progresso no combate ao surto está se mostrando lento e desigual.
Também cresce o medo de um aumento de casos no sul do país, que é mais pobre.
Na quinta-feira, Vincenzo De Luca, presidente da região da Campânia, perto de Nápoles, disse que o governo central não forneceu os respiradores prometidos e outros equipamentos que salvam vidas.
“Nesse momento, existe a perspectiva real de que a tragédia da Lombardia esteja prestes a se tornar a tragédia do sul”, disse ele.
Papa no VaticanoDireito de imagem EPA – Image caption, Sozinho na Praça de São Pedro, papa Francisco rezou pelo fim da pandemia e concedeu perdão a fiéis.
E na Espanha?
Na Espanha, o número de casos confirmados subiu para 64.059, um aumento de 14% em comparação com o de 18% no dia anterior e 20% na quarta-feira.
Em 24 horas, 769 pessoas morreram, um recorde diário, elevando o total para 4.858. O governo espanhol estendeu o estado de emergência até pelo menos 12 de abril.
O movimento das pessoas está severamente restrito e a maioria das lojas e negócios, fechados.
Demora para detectar e demora para reagir
Especialistas dizem que a Itália não detectou a disseminação da epidemia cedo o bastante. O número de casos confirmados no país disparou de forma súbita no final de fevereiro, levando cientistas a crer que houve um período em que o vírus estava se espalhando sem ser detectado.
Isso deu ao país menos tempo para medidas como rastrear contatos daqueles que adoeceram e isolar casos para diminuir a propagação.
“Quando começaram a registrar casos, já havia pessoas morrendo. Foi uma falha na vigilância. Isso quer dizer que a epidemia avançou silenciosamente. Foi como uma onda invisível que só foi percebida quando bateu na praia”, diz o infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro Alberto Chebabo.
Quando medidas de isolamento foram tomadas, já havia muitos infectados.
“Você começa a ver o impacto das medidas de isolamento mais ou menos quinze dias depois de elas serem implementadas. É preciso tornar a duração da epidemia mais lenta para não sobrecarregar o sistema de saúde. Se você implementa medidas tarde, quando há muitas pessoas doentes ao mesmo tempo, o resultado que as medidas vão dar será menor. Quanto mais precocemente elas são adotadas, mais lento é o aumento (e menor a sobrecarga ao sistema de saúde)”, diz Chebado.
Enquanto as pessoas eram tratadas dentro dos hospitais, fora deles, a epidemia seguia – e segue -, com novos casos crescendo constantemente.
“As pessoas ficam internadas por duas, três, às vezes quatro semanas. A epidemia não deu trégua, então você tem um acúmulo de mortes porque não há leitos o bastante para todos que chegam”, diz.
Medidas tardias
Também é essa a opinião de Eduardo Hage Carmo, epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “A Itália adotou medidas restritivas muito tarde. Quando fizeram isso, já havia muitos casos. Quando essas medidas são adotadas quando a epidemia está próximo do seu pico, elas têm pouco efeito. Os países que tiveram resultados mais positivos adotaram essas medidas precocemente”, diz.
“Por melhor que fosse o sistema de saúde do país, não teria como dar conta do volume de casos, por não ter adotado medidas precocemente. Nenhum sistema suporta um número grande de casos em um período curto de tempo. Não há equipamento o bastante para tantas pessoas. Adotar medidas antes de o número de casos se acumular faz com que a tendência seja que o serviço de saúde possa dar conta. Essas medidas tinham que ter sido tomadas semanas antes”, afirma ele.
Idade da população e convívio entre gerações
A idade da população, assim como a maneira como ela vive, também pode estar tendo algum impacto na forma como a covid-19 está se espalhando, de acordo com pesquisadores da Universidade Oxford e da Nuffield College.
A pesquisadora Jennifer Dowd e seus colegas analisaram a demografia e a disseminação da doença em diferentes partes do mundo. Na Itália, que tem uma população mais velha e as famílias que têm pessoas de várias gerações tendem a viver mais próximas, o vírus está matando mais.
Isso ocorre porque a taxa de mortalidade do vírus em pessoas acima de 80 anos é estimada em 14,8%, em comparação com 0,4% para pessoas entre 40 e 49 anos, de acordo com o estudo de casos e mortes até 13 de março.
A Itália é o segundo país com a população mais velha do mundo (atrás do Japão). A média de idade dos diagnosticados com o novo coronavírus é de 66 anos, e 58% têm mais de 60 anos.
No entanto, Chebabo acredita que esse não seja o principal fator, mas sim a falta de estrutura hospitalar para cuidar dos doentes. Para ele, algumas das pessoas em grupos de risco poderiam se curar se houvesse leitos e equipamentos adequados para todos.
https://www.z1portal.com.br/por-que-o-n ... na-italia/
O número de mortes na Lombardia, no norte da Itália, aumentou muito.
Redação Por: Redação
28/03/2020
Nesta sexta-feira (27/03), a Itália teve recorde de número diário de novas mortes por coronavírus – foram 969. No total, 9.134 pessoas já morreram em decorrência do contágio pelo vírus no país.
Todo o território italiano está sob rígida quarentena. No início desta sexta-feira, autoridades disseram que as restrições provavelmente serão estendidas por mais tempo.
A região mais afetada, no norte da Lombardia, teve um aumento acentuado de mortes, após um declínio na quinta-feira que aumentou as esperanças de que o surto lá pudesse ter passado do pico.
O número divulgado nesta sexta-feira incluiu 50 mortes registradas no dia anterior na região noroeste do Piemonte, mas que não foram enviadas a tempo da atualização de quinta-feira.
Enquanto isso, a Espanha – o segundo país mais atingido pela doença covid-19, causad pelo novo vírus, na Europa – sofreu um forte aumento no número de mortes, mas a taxa de novas infecções está se estabilizando, disseram autoridades.
A BBC News Brasil ouviu especialistas para entender por que o número de mortes segue crescendo. Os principais fatores apontados são a demora para detectar casos e a demora para impor medidas restritivas.
Qual é a situação na Itália?
Foram registrados 4.401 novos casos confirmados, um pouco abaixo do registrado na quinta-feira, mas ainda assim maior que os números do início da semana.
O correspondente da BBC em Roma, Mark Lowen, diz que o progresso no combate ao surto está se mostrando lento e desigual.
Também cresce o medo de um aumento de casos no sul do país, que é mais pobre.
Na quinta-feira, Vincenzo De Luca, presidente da região da Campânia, perto de Nápoles, disse que o governo central não forneceu os respiradores prometidos e outros equipamentos que salvam vidas.
“Nesse momento, existe a perspectiva real de que a tragédia da Lombardia esteja prestes a se tornar a tragédia do sul”, disse ele.
Papa no VaticanoDireito de imagem EPA – Image caption, Sozinho na Praça de São Pedro, papa Francisco rezou pelo fim da pandemia e concedeu perdão a fiéis.
E na Espanha?
Na Espanha, o número de casos confirmados subiu para 64.059, um aumento de 14% em comparação com o de 18% no dia anterior e 20% na quarta-feira.
Em 24 horas, 769 pessoas morreram, um recorde diário, elevando o total para 4.858. O governo espanhol estendeu o estado de emergência até pelo menos 12 de abril.
O movimento das pessoas está severamente restrito e a maioria das lojas e negócios, fechados.
Demora para detectar e demora para reagir
Especialistas dizem que a Itália não detectou a disseminação da epidemia cedo o bastante. O número de casos confirmados no país disparou de forma súbita no final de fevereiro, levando cientistas a crer que houve um período em que o vírus estava se espalhando sem ser detectado.
Isso deu ao país menos tempo para medidas como rastrear contatos daqueles que adoeceram e isolar casos para diminuir a propagação.
“Quando começaram a registrar casos, já havia pessoas morrendo. Foi uma falha na vigilância. Isso quer dizer que a epidemia avançou silenciosamente. Foi como uma onda invisível que só foi percebida quando bateu na praia”, diz o infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro Alberto Chebabo.
Quando medidas de isolamento foram tomadas, já havia muitos infectados.
“Você começa a ver o impacto das medidas de isolamento mais ou menos quinze dias depois de elas serem implementadas. É preciso tornar a duração da epidemia mais lenta para não sobrecarregar o sistema de saúde. Se você implementa medidas tarde, quando há muitas pessoas doentes ao mesmo tempo, o resultado que as medidas vão dar será menor. Quanto mais precocemente elas são adotadas, mais lento é o aumento (e menor a sobrecarga ao sistema de saúde)”, diz Chebado.
Enquanto as pessoas eram tratadas dentro dos hospitais, fora deles, a epidemia seguia – e segue -, com novos casos crescendo constantemente.
“As pessoas ficam internadas por duas, três, às vezes quatro semanas. A epidemia não deu trégua, então você tem um acúmulo de mortes porque não há leitos o bastante para todos que chegam”, diz.
Medidas tardias
Também é essa a opinião de Eduardo Hage Carmo, epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “A Itália adotou medidas restritivas muito tarde. Quando fizeram isso, já havia muitos casos. Quando essas medidas são adotadas quando a epidemia está próximo do seu pico, elas têm pouco efeito. Os países que tiveram resultados mais positivos adotaram essas medidas precocemente”, diz.
“Por melhor que fosse o sistema de saúde do país, não teria como dar conta do volume de casos, por não ter adotado medidas precocemente. Nenhum sistema suporta um número grande de casos em um período curto de tempo. Não há equipamento o bastante para tantas pessoas. Adotar medidas antes de o número de casos se acumular faz com que a tendência seja que o serviço de saúde possa dar conta. Essas medidas tinham que ter sido tomadas semanas antes”, afirma ele.
Idade da população e convívio entre gerações
A idade da população, assim como a maneira como ela vive, também pode estar tendo algum impacto na forma como a covid-19 está se espalhando, de acordo com pesquisadores da Universidade Oxford e da Nuffield College.
A pesquisadora Jennifer Dowd e seus colegas analisaram a demografia e a disseminação da doença em diferentes partes do mundo. Na Itália, que tem uma população mais velha e as famílias que têm pessoas de várias gerações tendem a viver mais próximas, o vírus está matando mais.
Isso ocorre porque a taxa de mortalidade do vírus em pessoas acima de 80 anos é estimada em 14,8%, em comparação com 0,4% para pessoas entre 40 e 49 anos, de acordo com o estudo de casos e mortes até 13 de março.
A Itália é o segundo país com a população mais velha do mundo (atrás do Japão). A média de idade dos diagnosticados com o novo coronavírus é de 66 anos, e 58% têm mais de 60 anos.
No entanto, Chebabo acredita que esse não seja o principal fator, mas sim a falta de estrutura hospitalar para cuidar dos doentes. Para ele, algumas das pessoas em grupos de risco poderiam se curar se houvesse leitos e equipamentos adequados para todos.
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Re: Coronavirus
Impact of non-pharmaceutical interventions (NPIs) to reduce COVID19 mortality and healthcare demand
Imperial College COVID-19 Response Team
https://www.imperial.ac.uk/media/imperi ... 3-2020.pdf
Editado pela última vez por Penguin em Sáb Mar 28, 2020 10:25 am, em um total de 2 vezes.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Coronavirus
O país da piada pronta...
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Sem sair de seus carros, manifestantes pelo país atendem apelo de Bolsonaro e pedem fim do isolamento (via <a href="https://twitter.com/folha_poder?ref_src ... a_poder</a>)<a href="https://t.co/0I6UBx9kQo">https://t.co/0 ... </p>— Folha de S.Paulo (@folha) <a href=" 28, 2020</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
Quem tem....tem medo!
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Sem sair de seus carros, manifestantes pelo país atendem apelo de Bolsonaro e pedem fim do isolamento (via <a href="https://twitter.com/folha_poder?ref_src ... a_poder</a>)<a href="https://t.co/0I6UBx9kQo">https://t.co/0 ... </p>— Folha de S.Paulo (@folha) <a href=" 28, 2020</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
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Re: Coronavirus
OCDE diz que cada mês de confinamento nas grandes economias reduzirá crescimento de 2% no PIB
https://trademap.com.br/blog-noticia-oc ... -2-no-pib/
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Re: Coronavirus
Penguin escreveu: ↑Sáb Mar 28, 2020 11:02 am OCDE diz que cada mês de confinamento nas grandes economias reduzirá crescimento de 2% no PIB
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Me parece BEM otimista, eu chutaria bem mais para cima.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Coronavirus
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Re: Coronavirus
Vejam como é o mundo, a prisão domiciliar voluntária QUARENTENA de uns é a festa de outros:
Já aqui no Brasil quem não leva celular pra todo lado pelo jeito vai ter que usar TORNOZELEIRA ELETRÔNICA:
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Coronavirus
É, o Brasileiro tem mesmo que ser estudado, mas alguns precisam MAIS disso:
Para toda a economia para evitar aglomeração, então aglomera todo mundo pra distribuir cesta básica. Claro que NADA pode dar errado...
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Re: Coronavirus
E fica PIOR: vamos ter a
REVOLTA DOS PINGUÇOS!!!
Outra coisa a estudar sobre os Brasileiros é como têm a cabeça tão DURA!!!
REVOLTA DOS PINGUÇOS!!!
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Re: Coronavirus
Italia
2009
Gripe H1N1
Casos 3.333
Mortes 243
2020
Casos 92.472
Mortes 10.023
Ate ao momento.
Dá que pensar praticamente 100x mais mortes do que em 2009, arrepiante.
2009
Gripe H1N1
Casos 3.333
Mortes 243
2020
Casos 92.472
Mortes 10.023
Ate ao momento.
Dá que pensar praticamente 100x mais mortes do que em 2009, arrepiante.
Triste sina ter nascido português
- Brasileiro
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Re: Coronavirus
É torcer para essa cloroquina realmente ser efetiva. É nossa bala de prata, e ela precisa chegar aonde precisa em 20 dias, senão já era. Porque se depender da contenção do espalhamento vírus, estamos bem mal.
Editado pela última vez por Brasileiro em Sáb Mar 28, 2020 4:54 pm, em um total de 1 vez.
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amor fati
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- EduClau
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Re: Coronavirus
Alguns números e estimativas:
Número de respiradores disponíveis (SUS + privados): 61.000
Respiradores anunciados pelo governo: 20.000
Demanda estimada para covid-19 em final de abril (cenário otimista): 40.000
Demanda estimada para covid-19 em final de abril (cenário pessimista, sem isolamento social): 400.000
Taxa de ocupação média atual de respiradores, entre: 50-80%
https://jornal.usp.br/artigos/desafios- ... -covid-19/
sds
Número de respiradores disponíveis (SUS + privados): 61.000
Respiradores anunciados pelo governo: 20.000
Demanda estimada para covid-19 em final de abril (cenário otimista): 40.000
Demanda estimada para covid-19 em final de abril (cenário pessimista, sem isolamento social): 400.000
Taxa de ocupação média atual de respiradores, entre: 50-80%
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- Sterrius
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Re: Coronavirus
Botando aqui o top10 do dia 28/03
Italia já está perdendo +gente do que na II guerra por dia.
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