FN FAL: “O Braço Direito do Mundo Livre”
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FN FAL: “O Braço Direito do Mundo Livre”
FN FAL: “O Braço Direito do Mundo Livre”
Por Chris Eger, 3 de março de 2014, no site Guns.com.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 29 de agosto de 2019.
Durante a Guerra Fria, o mundo foi dividido em OTAN, Pacto de Varsóvia e alguns neutros. Enquanto os EUA escolheram foi de M14/M16 e os soviéticos escolheram o humilde AK, o resto do mundo foi por outro caminho - o FN FAL.
O FN FAL armou a maior parte do mundo ocidental e seus aliados durante a era da Guerra Fria.
Por quê
No final da década de 1940, os países aliados ocidentais no pacto militar da OTAN estavam indo às compras atrás de um novo e moderno fuzil de batalha. Com os soviéticos e seus companheiros do bloco oriental armados com o SKS e o AK-47 com seletores de tiro, fuzis de ferrolho Enfields, Mausers e MAS da OTAN foram totalmente ultrapassados.
Fuzil MAS-36 sendo disparado por um soldado alemão no final da Segunda Guerra Mundial.
Os americanos e britânicos estavam testando rapidamente novos rifles na época, mas a gigante belga de armas FN - mal se recuperando da guerra e da ocupação nazista de suas próprias fábricas - procurou seu laborioso mestre de armas, Dieudonné Saive, para ver o que ele poderia sugerir.
Projeto
Dieudonné Joseph Saive era o Chef de Service da FN (chefe de projeto de armas) por quase duas décadas. Quando o gênio das armas de fogo John Moses Browning morreu, deixando sua pistola de 9mm bifilar incompleta, Saive a terminou, criando a famosa Browning Hi-Power. Além dessa conquista, ele tinha uma parte na pistola Baby Browning e no fuzil FN-49. Foi essa última arma, um fuzil semi-automático operado a gás, que Saive usou como base para o novo fuzil de combate com seletor de tiro da FN.
O inventor do fuzil FAL, Dieudonné Saive.
Tomando a operação a gás básica, com o bloco da culatra basculante, do seu FN-49, ele o modificou para se tornar capaz de disparar seletivamente até 700 tiros por minuto. Ao contrário dos velhos fuzis de ação de ferrolho das Guerras Mundiais que carregavam no máximo de 5 a 10 disparos, a nova arma da FN seria alimentada por carregadores tipo cofre destacáveis que podiam conter 20 cartuchos de maneira confiável. Um cano de 21 polegadas (533mm) dava à arma um comprimento total de 43 polegadas (109mm).
Protótipo do FAL no calibre .280/30, apresentado em 1947.
Embora isso possa parecer longo em comparação com os fuzis de hoje, deve-se lembrar que o típico fuzil Mauser, que a nova arma estaria substituindo, também tinha 43 polegadas. O peso chegou a 9,48 libras (4,3kg), descarregado, em grande parte devido à armação de madeira da arma e à caixa da culatra fresada (em vez da caixa da culatra estampada encontrada no AK47).
Fuzil FAL, visão explodida do desenho.
Pronto para produção em 1953, a FN chamou seu novo fuzil de Fusil Automatique Léger (francês para "Fuzil Automático Leve"). Obviamente, isso foi simplificado como FAL.
Fuzil FAL comum.
Fuzil Para-FAL. Notar a coronha esquelética rebatível.
Sistema de mira de um fuzil FN FAL.
Uso
A FN encontrou o tipo de sucesso com o FAL com a qual empresas de armas apenas sonham. Entre 1953-1988, eles fabricaram mais de 2 milhões dessas armas para clientes em todo o mundo. Isso incluiu remessas para a Alemanha, Colômbia, Chile, Irlanda, a Holanda e outros. Ao todo, seria usado por forças armadas ou forças policiais em algo como 90 países. Isso incluía não apenas o modelo padrão FAL 50.0, mas também a arma automática do grupo de combate de 13 libras (6kg) FALO* (com um cano pesado e um carregador de 30 tiros), o FAL 50.61 de coronha dobrável, e o modelo “Paraquedista” 50.62/63 com coronha dobrável e cano de 17 polegadas (436mm). Originalmente construído em torno do Kurz intermediário de 7,92×33mm, o fuzil de grande calibre era predominantemente calibrado no 7,62×51mm OTAN.
*Nota do Tradutor: Fusil Automatique Lourd (FALO), conhecido no Brasil como FAP (Fuzil Automático Pesado).
Soldados do 7º Regimento Real Australiano marcham através de Sydney com FALs, 1968.
Gurcas britânicos armados de Kukris e fuzis FAL L1A1.
Além das armas fabricadas pela FN, vários países fizeram suas próprias sob licença. Um grande mercado para armas feitas sob licença desse projeto belga foi o Brasil (Imbel) e a Argentina (FM), que fabricaram centenas de milhares dessas armas. Israel foi outro dos primeiros fabricantes do FAL, usando-o para finalmente substituir os fuzis Mauser e Enfield da época da Segunda Guerra Mundial e aumentar a produção da submetralhadora UZI fabricada localmente. O problema era que o FAL estava propenso a travamentos nas condições do deserto, o que falhou em impressionar os israelenses.
Exército britânico na Irlanda do Norte com FAL L1A1.
FAL L1A1 em Belfast, 1981.
O FALO de 13 libras é uma versão de arma de apoio do grupo de combate do FN-FAL.
Esse fato era mais conhecido pelos britânicos, que desde o início criaram seus próprios FALs semi-automáticos licenciados (fabricados pela Enfield e apelidados de L1A1) com recortes de areia no conjunto do ferrolho, pois eles eram conhecidos por estarem envolvidos em climas desérticos de tempos em tempos. Isso provou ser útil para as operadores britânicas do SAS em Omã, Áden e outros lugares em que nunca estiveram oficialmente nas décadas de 1960 e 70. Seguindo a liderança da Grã-Bretanha, a Austrália, o Canadá*, a África do Sul e a Índia fizeram a licença do FAL em suas próprias versões semi-automáticas. Essas armas viram combate nas Falklands (onde soldados britânicos armados com FALs lutaram contra soldados argentinos - armados com FALs).
*Nota do Tradutor: O Canadá adotou o FAL antes da Grã-Bretanha, em 1954, o primeiro país do mundo a adotá-lo.
Fuzis L1A1 vistos aqui nas Falklands com tropas britânicas.
Fuzis FN FAL FMP com tropas do exército argentino nas Falklands, 1982.
Treinamento de infantaria do Exército da Rodésia com seus FN FALs. Observe a empunhadura para a frente.
A Rodésia usou o FAL em sua versão semi-automática britânica/sul-africana*, pintada distintamente na chamada tinta de cocô de bebê. Hoje, essa série de manchas verdes e amarelas é muito popular entre os colecionadores, que geralmente a recriam em versões de construção doméstica. Essas armas foram a arma icônica dos 15 anos da Guerra de Mato naquele país.
*Nota do Tradutor: A Rodésia utilizou FALs métricos da Alemanha Ocidental e o R1 sul-africano.
Mesmo pequenos países então chamados neutros, sem cortejar inimigos, adotaram o FAL, pois certamente parecia uma boa idéia na época. Isso incluía a pequena Áustria (que o produziu localmente pela Steyr como StG58*), Costa Rica, República Dominicana e Nepal. Isso deixou o mundo não-comunista do Himalaia aos Alpes e aos Andes, todos guardados pelo fuzil de batalha da FN.
*Nota do Tradutor: O StG58 austríaco é considerado a melhor versão do FAL. Uma curiosidade é a ausência de baioneta, apenas com o uso do bocal de granada.
FAL na Rodésia. Reencenador finlandês com a camuflagem “cocô de bebê”.
O FAL ainda aparece frequentemente em "pontos quentes" militares, como visto por este exemplo enferrujado recentemente fotografado na Libéria.
O capitão do exército dos EUA, William Summer, questiona um cavalo de aparência suspeita no Iraque com um FAL em pronto emprego, 2007.
Soldados nepaleses usando FN FALs e smartphones em 2010.
FAL na Serra Leoa, 2011.
Colecionabilidade
O chocalho da morte do FAL foi soado pela adoção pela OTAN da munição de 5,56 mm como padrão depois de 1964. Primeiro, os EUA, depois a França e a Alemanha começaram a selecionar armas mais leves e controláveis, como o M16, FAMAS e HK33, todos em 5,56 para substituir os fuzis de batalha de 7,62 mm dos anos 50 e 60.*
*Nota do Tradutor: A OTAN só adotou realmente o 5,56mm como padrão nos anos 1980. O primeiro país a adotar o 5,56mm como padrão foi a França em 1978.
O FG42 comparado ao G3, à esquerda, e o FN FAL, à direita.
Um por um, o Mundo Livre mudou para armas de menor calibre. Por volta de 1989, até a FN entrou na dança e projetou o FNC de 5,56 mm para substituir o FAL em sua linha de montagem.
O ator Dennis Hopper era um ávido proprietário do FAL como visto aqui com seu FAL G em Taos, Novo México, 1970.
Hoje, o FAL ainda está em serviço muito difundido em todo o mundo, mas isso ocorre com forças armadas menores, como o Camboja, Togo e Suriname*. Até membros da OTAN como a Turquia e a Grécia, há muito conhecidos por manter equipamento militar por gerações, mudaram para o 5,56.
*Nota do Tradutor: O Brasil e a Argentina ainda mantêm o FAL, sendo que a Argentina o atualizou e não manifesta o desejo de substituí-lo.
No entanto, 60 anos de serviço ao redor do mundo e uma silhueta inconfundível deram ao FAL um legado duradouro. Com a possível exceção do fuzil M14 / M1A, o FAL é talvez o fuzil de batalha em 7,62x51mm mais desejado nos EUA hoje. Isso faz com que os colecionadores se apressem atrás tanto dos kits de peças e como das próprias versões originais de fábrica da arma.
Kits de peças
A melhor aposta para muitos possíveis viciados no FAL é montar uma arma a partir de um kit de peças. Nesse caso, você simplesmente pega uma nova caixa da culatra semi-automática e monta legalmente sua própria arma em torno dela, no estilo Frankenstein, usando peças separadas vendidas por distribuidores.
Kit de peças do FAL. Os armeiros de casa devem estar cientes de que as peças vêm em variedades de milímetros e polegadas.
Ao comprar os diferentes kits de peças, escolha padrões métricos ou em polegadas e atenha-se a eles ao adquirir peças. Se a última frase o deixa intrigado, lembre-se de que o FN FAL e seus variantes foram feitas tanto pelos países que usaram milímetros e centímetros (Bélgica, Brasil, Áustria) quanto pelos países que usaram polegadas (Grã-Bretanha, Austrália, Canadá etc.), então esteja ciente , você pode encontrar peças de ambos, mas elas não são necessariamente intercambiáveis.
Kit da arma DSA SA58.
É claro que, como a maioria dos variantes do FAL era métrico e muitos modelos de "polegada", como as armas australianas, foram destruídos em vez de vendidos como excedentes, as versões métricas continuarão sendo mais comuns no mercado de excedentes. Além disso, como a Imbel ainda está fabricando e exportando caixas da culatra métricos do FAL, isso pareceria o caminho lógico para os armeiros iniciantes.
FAL de propriedade civil.
Mas não importa o que você monte, consulte as seções de referência do fórum da web FAL Files antes de começar a fazer compras. Ao fazê-lo, você encontrará kits atualmente variando de US$ 400 a US$ 700. Isso, quando você adiciona o preço de uma caixa da culatra a ele, pode ou não valer a pena para você.
Armas prontas
FALs!
Se você não quer brincar de montar o seu próprio fuzil, ainda existem muitas opções para os interessados. A Century fez o que chamou de fuzil R1A1 a partir de caixas de kits de peças que muitas vezes deixavam peças em polegadas e métricas na mesma arma. Estes, como você pode imaginar, são o degrau mais baixo da cadeia alimentar semi-automática legal do FAL nos Estados Unidos e geralmente podem ser comprados por US$ 800. Outras armas fabricadas com novas caixas da culatra, mas utilizando uma mistura de peças antigas (geralmente métricas) incluem o DSA StG58 e o FN Paraquedista da Imbel/Enterprise. Qualquer um desses começa em US$ 1000 e sobe rapidamente a partir daí.
Marca do R1A1 da Century Arms.
Os FALs com marcação da FN em qualquer versão são o item mais quente.
No início dos anos 60, foram importados para os EUA cerca de 1.800 fuzis semi-automáticos FAL da série FN G da Bélgica. Essas armas são extremamente caras, geralmente mais de US$ 5.000, mas são o mais perto possível da coisa real sem um carimbo de imposto. Isso ocorre porque essas armas foram construídas com caixas da culatra de FALs com seletores de tiro regulares, apenas sem a alavanca de manejo verdadeira para acionar a arma na terceira posição.*
*Nota do Tradutor: Nos eventos internacionais, o tiro de fuzil é feito em três posições: Deitado, de Pé e Ajoelhado, sempre nessa ordem. Portanto, primeira posição, segunda posição e terceira posição.
Então, é claro, existem FALs verdadeiros registrados na NFA de Classe III que são capazes de disparar legalmente em fogo totalmente automático. Como acontece com qualquer metralhadora transferível, eles valem amplamente qualquer valor que alguém queira pagar por eles. No entanto, esteja preparado para um ponto de partida nesses itens em torno de US$ 10.000.
De qualquer maneira, o velho Dieudonné fez um bom trabalho para a FN.
Original: https://www.guns.com/news/2014/03/03/fn ... XN7pBzErQE
Por Chris Eger, 3 de março de 2014, no site Guns.com.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 29 de agosto de 2019.
Durante a Guerra Fria, o mundo foi dividido em OTAN, Pacto de Varsóvia e alguns neutros. Enquanto os EUA escolheram foi de M14/M16 e os soviéticos escolheram o humilde AK, o resto do mundo foi por outro caminho - o FN FAL.
O FN FAL armou a maior parte do mundo ocidental e seus aliados durante a era da Guerra Fria.
Por quê
No final da década de 1940, os países aliados ocidentais no pacto militar da OTAN estavam indo às compras atrás de um novo e moderno fuzil de batalha. Com os soviéticos e seus companheiros do bloco oriental armados com o SKS e o AK-47 com seletores de tiro, fuzis de ferrolho Enfields, Mausers e MAS da OTAN foram totalmente ultrapassados.
Fuzil MAS-36 sendo disparado por um soldado alemão no final da Segunda Guerra Mundial.
Os americanos e britânicos estavam testando rapidamente novos rifles na época, mas a gigante belga de armas FN - mal se recuperando da guerra e da ocupação nazista de suas próprias fábricas - procurou seu laborioso mestre de armas, Dieudonné Saive, para ver o que ele poderia sugerir.
Projeto
Dieudonné Joseph Saive era o Chef de Service da FN (chefe de projeto de armas) por quase duas décadas. Quando o gênio das armas de fogo John Moses Browning morreu, deixando sua pistola de 9mm bifilar incompleta, Saive a terminou, criando a famosa Browning Hi-Power. Além dessa conquista, ele tinha uma parte na pistola Baby Browning e no fuzil FN-49. Foi essa última arma, um fuzil semi-automático operado a gás, que Saive usou como base para o novo fuzil de combate com seletor de tiro da FN.
O inventor do fuzil FAL, Dieudonné Saive.
Tomando a operação a gás básica, com o bloco da culatra basculante, do seu FN-49, ele o modificou para se tornar capaz de disparar seletivamente até 700 tiros por minuto. Ao contrário dos velhos fuzis de ação de ferrolho das Guerras Mundiais que carregavam no máximo de 5 a 10 disparos, a nova arma da FN seria alimentada por carregadores tipo cofre destacáveis que podiam conter 20 cartuchos de maneira confiável. Um cano de 21 polegadas (533mm) dava à arma um comprimento total de 43 polegadas (109mm).
Protótipo do FAL no calibre .280/30, apresentado em 1947.
Embora isso possa parecer longo em comparação com os fuzis de hoje, deve-se lembrar que o típico fuzil Mauser, que a nova arma estaria substituindo, também tinha 43 polegadas. O peso chegou a 9,48 libras (4,3kg), descarregado, em grande parte devido à armação de madeira da arma e à caixa da culatra fresada (em vez da caixa da culatra estampada encontrada no AK47).
Fuzil FAL, visão explodida do desenho.
Pronto para produção em 1953, a FN chamou seu novo fuzil de Fusil Automatique Léger (francês para "Fuzil Automático Leve"). Obviamente, isso foi simplificado como FAL.
Fuzil FAL comum.
Fuzil Para-FAL. Notar a coronha esquelética rebatível.
Sistema de mira de um fuzil FN FAL.
Uso
A FN encontrou o tipo de sucesso com o FAL com a qual empresas de armas apenas sonham. Entre 1953-1988, eles fabricaram mais de 2 milhões dessas armas para clientes em todo o mundo. Isso incluiu remessas para a Alemanha, Colômbia, Chile, Irlanda, a Holanda e outros. Ao todo, seria usado por forças armadas ou forças policiais em algo como 90 países. Isso incluía não apenas o modelo padrão FAL 50.0, mas também a arma automática do grupo de combate de 13 libras (6kg) FALO* (com um cano pesado e um carregador de 30 tiros), o FAL 50.61 de coronha dobrável, e o modelo “Paraquedista” 50.62/63 com coronha dobrável e cano de 17 polegadas (436mm). Originalmente construído em torno do Kurz intermediário de 7,92×33mm, o fuzil de grande calibre era predominantemente calibrado no 7,62×51mm OTAN.
*Nota do Tradutor: Fusil Automatique Lourd (FALO), conhecido no Brasil como FAP (Fuzil Automático Pesado).
Soldados do 7º Regimento Real Australiano marcham através de Sydney com FALs, 1968.
Gurcas britânicos armados de Kukris e fuzis FAL L1A1.
Além das armas fabricadas pela FN, vários países fizeram suas próprias sob licença. Um grande mercado para armas feitas sob licença desse projeto belga foi o Brasil (Imbel) e a Argentina (FM), que fabricaram centenas de milhares dessas armas. Israel foi outro dos primeiros fabricantes do FAL, usando-o para finalmente substituir os fuzis Mauser e Enfield da época da Segunda Guerra Mundial e aumentar a produção da submetralhadora UZI fabricada localmente. O problema era que o FAL estava propenso a travamentos nas condições do deserto, o que falhou em impressionar os israelenses.
Exército britânico na Irlanda do Norte com FAL L1A1.
FAL L1A1 em Belfast, 1981.
O FALO de 13 libras é uma versão de arma de apoio do grupo de combate do FN-FAL.
Esse fato era mais conhecido pelos britânicos, que desde o início criaram seus próprios FALs semi-automáticos licenciados (fabricados pela Enfield e apelidados de L1A1) com recortes de areia no conjunto do ferrolho, pois eles eram conhecidos por estarem envolvidos em climas desérticos de tempos em tempos. Isso provou ser útil para as operadores britânicas do SAS em Omã, Áden e outros lugares em que nunca estiveram oficialmente nas décadas de 1960 e 70. Seguindo a liderança da Grã-Bretanha, a Austrália, o Canadá*, a África do Sul e a Índia fizeram a licença do FAL em suas próprias versões semi-automáticas. Essas armas viram combate nas Falklands (onde soldados britânicos armados com FALs lutaram contra soldados argentinos - armados com FALs).
*Nota do Tradutor: O Canadá adotou o FAL antes da Grã-Bretanha, em 1954, o primeiro país do mundo a adotá-lo.
Fuzis L1A1 vistos aqui nas Falklands com tropas britânicas.
Fuzis FN FAL FMP com tropas do exército argentino nas Falklands, 1982.
Treinamento de infantaria do Exército da Rodésia com seus FN FALs. Observe a empunhadura para a frente.
A Rodésia usou o FAL em sua versão semi-automática britânica/sul-africana*, pintada distintamente na chamada tinta de cocô de bebê. Hoje, essa série de manchas verdes e amarelas é muito popular entre os colecionadores, que geralmente a recriam em versões de construção doméstica. Essas armas foram a arma icônica dos 15 anos da Guerra de Mato naquele país.
*Nota do Tradutor: A Rodésia utilizou FALs métricos da Alemanha Ocidental e o R1 sul-africano.
Mesmo pequenos países então chamados neutros, sem cortejar inimigos, adotaram o FAL, pois certamente parecia uma boa idéia na época. Isso incluía a pequena Áustria (que o produziu localmente pela Steyr como StG58*), Costa Rica, República Dominicana e Nepal. Isso deixou o mundo não-comunista do Himalaia aos Alpes e aos Andes, todos guardados pelo fuzil de batalha da FN.
*Nota do Tradutor: O StG58 austríaco é considerado a melhor versão do FAL. Uma curiosidade é a ausência de baioneta, apenas com o uso do bocal de granada.
FAL na Rodésia. Reencenador finlandês com a camuflagem “cocô de bebê”.
O FAL ainda aparece frequentemente em "pontos quentes" militares, como visto por este exemplo enferrujado recentemente fotografado na Libéria.
O capitão do exército dos EUA, William Summer, questiona um cavalo de aparência suspeita no Iraque com um FAL em pronto emprego, 2007.
Soldados nepaleses usando FN FALs e smartphones em 2010.
FAL na Serra Leoa, 2011.
Colecionabilidade
O chocalho da morte do FAL foi soado pela adoção pela OTAN da munição de 5,56 mm como padrão depois de 1964. Primeiro, os EUA, depois a França e a Alemanha começaram a selecionar armas mais leves e controláveis, como o M16, FAMAS e HK33, todos em 5,56 para substituir os fuzis de batalha de 7,62 mm dos anos 50 e 60.*
*Nota do Tradutor: A OTAN só adotou realmente o 5,56mm como padrão nos anos 1980. O primeiro país a adotar o 5,56mm como padrão foi a França em 1978.
O FG42 comparado ao G3, à esquerda, e o FN FAL, à direita.
Um por um, o Mundo Livre mudou para armas de menor calibre. Por volta de 1989, até a FN entrou na dança e projetou o FNC de 5,56 mm para substituir o FAL em sua linha de montagem.
O ator Dennis Hopper era um ávido proprietário do FAL como visto aqui com seu FAL G em Taos, Novo México, 1970.
Hoje, o FAL ainda está em serviço muito difundido em todo o mundo, mas isso ocorre com forças armadas menores, como o Camboja, Togo e Suriname*. Até membros da OTAN como a Turquia e a Grécia, há muito conhecidos por manter equipamento militar por gerações, mudaram para o 5,56.
*Nota do Tradutor: O Brasil e a Argentina ainda mantêm o FAL, sendo que a Argentina o atualizou e não manifesta o desejo de substituí-lo.
No entanto, 60 anos de serviço ao redor do mundo e uma silhueta inconfundível deram ao FAL um legado duradouro. Com a possível exceção do fuzil M14 / M1A, o FAL é talvez o fuzil de batalha em 7,62x51mm mais desejado nos EUA hoje. Isso faz com que os colecionadores se apressem atrás tanto dos kits de peças e como das próprias versões originais de fábrica da arma.
Kits de peças
A melhor aposta para muitos possíveis viciados no FAL é montar uma arma a partir de um kit de peças. Nesse caso, você simplesmente pega uma nova caixa da culatra semi-automática e monta legalmente sua própria arma em torno dela, no estilo Frankenstein, usando peças separadas vendidas por distribuidores.
Kit de peças do FAL. Os armeiros de casa devem estar cientes de que as peças vêm em variedades de milímetros e polegadas.
Ao comprar os diferentes kits de peças, escolha padrões métricos ou em polegadas e atenha-se a eles ao adquirir peças. Se a última frase o deixa intrigado, lembre-se de que o FN FAL e seus variantes foram feitas tanto pelos países que usaram milímetros e centímetros (Bélgica, Brasil, Áustria) quanto pelos países que usaram polegadas (Grã-Bretanha, Austrália, Canadá etc.), então esteja ciente , você pode encontrar peças de ambos, mas elas não são necessariamente intercambiáveis.
Kit da arma DSA SA58.
É claro que, como a maioria dos variantes do FAL era métrico e muitos modelos de "polegada", como as armas australianas, foram destruídos em vez de vendidos como excedentes, as versões métricas continuarão sendo mais comuns no mercado de excedentes. Além disso, como a Imbel ainda está fabricando e exportando caixas da culatra métricos do FAL, isso pareceria o caminho lógico para os armeiros iniciantes.
FAL de propriedade civil.
Mas não importa o que você monte, consulte as seções de referência do fórum da web FAL Files antes de começar a fazer compras. Ao fazê-lo, você encontrará kits atualmente variando de US$ 400 a US$ 700. Isso, quando você adiciona o preço de uma caixa da culatra a ele, pode ou não valer a pena para você.
Armas prontas
FALs!
Se você não quer brincar de montar o seu próprio fuzil, ainda existem muitas opções para os interessados. A Century fez o que chamou de fuzil R1A1 a partir de caixas de kits de peças que muitas vezes deixavam peças em polegadas e métricas na mesma arma. Estes, como você pode imaginar, são o degrau mais baixo da cadeia alimentar semi-automática legal do FAL nos Estados Unidos e geralmente podem ser comprados por US$ 800. Outras armas fabricadas com novas caixas da culatra, mas utilizando uma mistura de peças antigas (geralmente métricas) incluem o DSA StG58 e o FN Paraquedista da Imbel/Enterprise. Qualquer um desses começa em US$ 1000 e sobe rapidamente a partir daí.
Marca do R1A1 da Century Arms.
Os FALs com marcação da FN em qualquer versão são o item mais quente.
No início dos anos 60, foram importados para os EUA cerca de 1.800 fuzis semi-automáticos FAL da série FN G da Bélgica. Essas armas são extremamente caras, geralmente mais de US$ 5.000, mas são o mais perto possível da coisa real sem um carimbo de imposto. Isso ocorre porque essas armas foram construídas com caixas da culatra de FALs com seletores de tiro regulares, apenas sem a alavanca de manejo verdadeira para acionar a arma na terceira posição.*
*Nota do Tradutor: Nos eventos internacionais, o tiro de fuzil é feito em três posições: Deitado, de Pé e Ajoelhado, sempre nessa ordem. Portanto, primeira posição, segunda posição e terceira posição.
Então, é claro, existem FALs verdadeiros registrados na NFA de Classe III que são capazes de disparar legalmente em fogo totalmente automático. Como acontece com qualquer metralhadora transferível, eles valem amplamente qualquer valor que alguém queira pagar por eles. No entanto, esteja preparado para um ponto de partida nesses itens em torno de US$ 10.000.
De qualquer maneira, o velho Dieudonné fez um bom trabalho para a FN.
Original: https://www.guns.com/news/2014/03/03/fn ... XN7pBzErQE
Editado pela última vez por FilipeREP em Ter Jan 14, 2020 3:49 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: FN FAL: “O Braço Direito do Mundo Livre”
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: FN FAL: “O Braço Direito do Mundo Livre”
Alguém me explica, é verdade mesmo as queixas da PM que se a arma trava, não tem como extrair o estojo (Ou a munição que não alimentou direito) sem abrir a caixa da culatra e puxar o ferrolho assim, tinha até um vídeo circulando no youtube, de uma reportagem onde o PM precisou fazer isso...
Nos poucos contatos que tive com o FAL, nunca passei por uma situação assim, então francamente eu não sei.
Nos poucos contatos que tive com o FAL, nunca passei por uma situação assim, então francamente eu não sei.
Kept you waiting, huh?
- gabriel219
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Re: FN FAL: “O Braço Direito do Mundo Livre”
O problema dos fuzis da PM é que nunca sofrem manutenções. Os fuzis são passados de plantão pra plantão e assim por diante.
Em Forças Militares, nunca ouvir falar sobre isso, somente sobre os problemas do "gas-block" e de emperrar com areia.
Em Forças Militares, nunca ouvir falar sobre isso, somente sobre os problemas do "gas-block" e de emperrar com areia.
- Ckrauslo
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Re: FN FAL: “O Braço Direito do Mundo Livre”
Sim, que a PM do RJ e muitos outros estados negligenciam manutenção eu sei, mas quero saber, se uma vez que o fuzil emperrar, se tem jeito de resolver sem precisar desmontar ele.
Kept you waiting, huh?
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Re: FN FAL: “O Braço Direito do Mundo Livre”
Se for verdade, acho que é algo que deveria ser corrigido, fazendo nos moldes dos AR-15 em que se pode puxar a alavanca de manejo para extrair a munição que não quis sair ou entrar.
https://www.dsarms.com/p-17080-dsa-sa58 ... rifle.aspx
Aqui um modelo da DSA, com uma coronha moderna, eles tem empunhaduras de polímero que diminuem o peso e possuem uma ergonomia melhor
como essa:
https://www.dsarms.com/p-12406-ergo-cas ... black.aspx
Acho que peças como essas seriam utilizaveis nos MD 97 também, com um mínimo de mudanças necessárias.
Não discuto que algumas mudanças internas fossem necessárias, como as postas nos IA 2, mas ergonomicamente, a IMBEL poderia ter buscado fazer como a DSA.
https://www.dsarms.com/p-17080-dsa-sa58 ... rifle.aspx
Aqui um modelo da DSA, com uma coronha moderna, eles tem empunhaduras de polímero que diminuem o peso e possuem uma ergonomia melhor
como essa:
https://www.dsarms.com/p-12406-ergo-cas ... black.aspx
Acho que peças como essas seriam utilizaveis nos MD 97 também, com um mínimo de mudanças necessárias.
Não discuto que algumas mudanças internas fossem necessárias, como as postas nos IA 2, mas ergonomicamente, a IMBEL poderia ter buscado fazer como a DSA.
Kept you waiting, huh?
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Re: FN FAL: “O Braço Direito do Mundo Livre”
Tem algo errado demais aí nesse rifle porque é só puxar a alavanca de manejo pra trás que extrai o cartucho. Mas existem algumas falhas bizarras que podem acabar travando até a própria alavanca de manejo, aí só mesmo desmontando a arma e tirando a telha da caixa de culatra pra manualmente desemperrar o ferrolho.Ckrauslo escreveu: ↑Qui Nov 14, 2019 9:50 pm Alguém me explica, é verdade mesmo as queixas da PM que se a arma trava, não tem como extrair o estojo (Ou a munição que não alimentou direito) sem abrir a caixa da culatra e puxar o ferrolho assim, tinha até um vídeo circulando no youtube, de uma reportagem onde o PM precisou fazer isso...
Nos poucos contatos que tive com o FAL, nunca passei por uma situação assim, então francamente eu não sei.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.