O Exército que temos e o Exército que precisamos
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- gabriel219
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Ilustrando nesse vídeo o porque da importância de se ter 3x RCB's, sendo dois atuantes e um na reserva e não somente uma OM Blindada com um RCC e um BIB.
Nesse vídeo, podemos ver uma opção tática, que é uma Cia de CC's fazem a cobertura do curso d'água enquanto outra Cia CC chega já com o Snorkel preparado para a travessia, apoiados por VBCI's anfíbios, neste caso o K-21.
O K2, no caso, pode ser apoiado por drones e realizar disparos indiretos com munição KSTAM, caso sua visada direta esteja obstruída ou arriscada devido a um CC realizando a travessia.
Tanto Snorkel quanto viaturas como M3 Rig - esta tem que estar presente nos RCB's e nos RCM's - precisam estar operacionais e disponíveis, com travessias de curso d'água já pré determinados.
Enquanto um RCB realiza a travessia por uma frente, um RCB realiza ataque em outra frente - ataque em pinça, talvez -, enquanto outro RCB fica na retaguarda como reserva.
Somente dois elementos ou até um torna a operação arriscada, pois qualquer ofensiva nessas frentes criadas pode gerar uma grande oportunidade pra o inimigo executar uma manobra chamada "Oblique Order".
Sem que haja tropa reserva de prontidão, não há como defender-se de uma contraofensiva dessa forma, pois as duas frentes estão em progressão e com um buraco entre elas. A reserva atuaria no exato momento, reforçando uma determinada frente de combate sem prejudicar a ofensiva ou ainda dando mais opções táticas, como realizar outra Oblique Order ou flanquear o inimigo - neste caso, o Esq Cav Blind pode ser usado em outra capacidade, sendo um elemento de manobra e não de reconhecimento, por isso o a grande quantidade de viaturas e VBC na formação.
EDIT - Invejosos dirão que coloquei o K2 só porque eu sou fascinado nele, o que é obviamente verdade.
- FCarvalho
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Sem querer ser chato, mas já sendo... qual a profundidade desse rio aí para poder utilizar o snorkel?
Pergunto porque aqui, via de regra, a maioria dos rios que temos pelo país não admite o uso de snorkel pela profundidade que apresentam. O que deixaria, ou deixa na verdade, os RCC e RCB muito dependentes da engenharia de combate acompanhá-los bem de perto, ou seja, a construção de pontes ou alocação de portadas é quase uma necessidade imperativa a fim de que os CC e outros bldos possam fazer a travessia com segurança.
Hoje o número de bldos lança ponte, pontes metálicas, portadas e/ou materiais de engenharia de combate para tais fins nas OM bldas é bem escasso, e não atende nem de longe as necessidades atuais, quiçá as futuras, destas undas.
abs
Pergunto porque aqui, via de regra, a maioria dos rios que temos pelo país não admite o uso de snorkel pela profundidade que apresentam. O que deixaria, ou deixa na verdade, os RCC e RCB muito dependentes da engenharia de combate acompanhá-los bem de perto, ou seja, a construção de pontes ou alocação de portadas é quase uma necessidade imperativa a fim de que os CC e outros bldos possam fazer a travessia com segurança.
Hoje o número de bldos lança ponte, pontes metálicas, portadas e/ou materiais de engenharia de combate para tais fins nas OM bldas é bem escasso, e não atende nem de longe as necessidades atuais, quiçá as futuras, destas undas.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
O Rio basicamente cobre a torre do K2, considerando que sua altura é de 2,5m...
Lembrando que o mesmo Snorkel habilita o K2 a atravessar um rio de 4,6 metros de profundidade.
Mas espera ai, RCB's ou RCC's já são dependentes de engenharia para atravessar cursos d'água. Está sugerindo MBT anfíbio???
Não é possível kkkk!
Lembrando que o mesmo Snorkel habilita o K2 a atravessar um rio de 4,6 metros de profundidade.
Mas espera ai, RCB's ou RCC's já são dependentes de engenharia para atravessar cursos d'água. Está sugerindo MBT anfíbio???
Não é possível kkkk!
- FCarvalho
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
CC anfíbio só fumando fumando maconha estragada mesmo...
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- gabriel219
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Ôh Flávio, assusta eu não kkkk.
Mas na realidade nunca mais cite isso aqui, vai que de nossos Generais brilhantes veja isso e tenha uma ideia assim.
Mas eu concordo com você quando às Unidades (RCB's) possuírem destacamentos de viaturas anfíbias, para fazer a travessia e proteção, até a chegada dos VBC's com Snorkel ou IRB/M3 AR, mas pra isso um Pelotão de M113, transformados em M113A4 (capazes de receber blindagem que resiste até .50 sem afetar sua capacidade anfíbias).
Cada Unidade dessa deveria possuir ao menos M3 Rig, que fariam parte da Cia de Ap, enquanto as IRB's ficariam a cargo do Batalhão de Engenharia da Brigada.
- gabriel219
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Fugindo um pouco do tema, já ouvir falar em transmissão eletromagnética, que daria poder de viaturas atravessar o Rio sem que ligue o motor principal, utilizando uma bateria com uma velocidade limitada.
Isso daria capacidade para transpor rios de maior profundidade, inclusive que cubra totalmente a viatura. Claro que com todas as escotilhas fechadas e tampões nos canhões, além dos exaustores.
Vi essa ideia na DARPA e inclusive na Coréia do Sul, é tecnicamente viável mas irá demorar bastante ainda, principalmente sobre o fornecimento de energia para isso.
Isso daria capacidade para transpor rios de maior profundidade, inclusive que cubra totalmente a viatura. Claro que com todas as escotilhas fechadas e tampões nos canhões, além dos exaustores.
Vi essa ideia na DARPA e inclusive na Coréia do Sul, é tecnicamente viável mas irá demorar bastante ainda, principalmente sobre o fornecimento de energia para isso.
- FCarvalho
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Post repetido. Moderação, favor apagar por gentileza.
grato
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Editado pela última vez por FCarvalho em Sáb Nov 09, 2019 4:38 pm, em um total de 1 vez.
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- FCarvalho
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Olá Gabriel,gabriel219 escreveu: ↑Sex Nov 08, 2019 10:48 pmÔh Flávio, assusta eu não kkkk.
Mas na realidade nunca mais cite isso aqui, vai que de nossos Generais brilhantes veja isso e tenha uma ideia assim.
Mas eu concordo com você quando às Unidades (RCB's) possuírem destacamentos de viaturas anfíbias, para fazer a travessia e proteção, até a chegada dos VBC's com Snorkel ou IRB/M3 AR, mas pra isso um Pelotão de M113, transformados em M113A4 (capazes de receber blindagem que resiste até .50 sem afetar sua capacidade anfíbias).
Cada Unidade dessa deveria possuir ao menos M3 Rig, que fariam parte da Cia de Ap, enquanto as IRB's ficariam a cargo do Batalhão de Engenharia da Brigada.
Até onde sei, o EB está vislumbrando uma versão lança ponte do Guarani 6x6, algo que confesso ainda não tinha visto até ler sobre esta notícia. Existem Strikers no US Army equipados assim. Talvez a ideia por trás disso seja justamente tentar dar aos RCM uma capacidade tática de transposição de pequenos vãos e rios, sem ter que esperar o batalhão de engenharia da bgda.
Quanto aos RCC/RCB, presumo que nenhum tipo de material de engenharia será subordinado aos elementos base de combate. O EB é extremamente tradicionalista, ao ponto de não misturar diferentes tipos de material de armas distintas em uma mesma OM, considerado algo não desejável e/ou admissível. Ainda estamos naquela de cada macaco no seu galho. Fala-se muito em forças tarefa, forças conjuntas, interoperacionalidade e coisas afins, mas no final, o que vige é a boa e velha doutrina do mais do mesmo de sempre.
Diante de um quadro assim, talvez fosse mais realista tentar equiparmos os batalhões de engenharia de combate com todos os meios necessários ao apoio efetivo e qualitativo das OM de combate. Só isso seria um baita salto de qualidade, tendo em vista que até hoje não temos OM nível batalhão engenharia equipados na íntegra. Sempre está faltando alguma coisa, ou material ou pessoal.
Tem um sistema de pontes militares russo que já até coloquei o vídeo aqui no DB que acho muito prático e rápido, podendo ser montado por apenas quatro ou cinco caminhões para a travessia de rios até bastante largos. No vídeo não leva nem 10 min para montar a ponte inteira. Com certeza deve haver algo parecido no nosso pequeno mundinho fechado ocidental movido a Stanag que possa ser usado pelo EB. Seria uma forma interessante e alternativa de prover um apoio mais rápido dentro das próprias OM blindadas. A utilização de caminhões bldos seria algo desejável, tendo a Tatra vários chassis que podem ser usados para isso, já que o exército parece virou fã dos veículo tcheco.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Por mim, já deveríamos partir para o VBTP 8x8, transformando todos os 6x6 em VBE's, seja PC, Porta Mrt, Ambulância, Municiadora e até lançador de pontes, apesar desta última, assim como a Viatura Recuperadora, poder ser posta em caminhões Mk6.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
gabriel219 escreveu: ↑Sáb Nov 09, 2019 9:55 pm Por mim, já deveríamos partir para o VBTP 8x8, transformando todos os 6x6 em VBE's, seja PC, Porta Mrt, Ambulância, Municiadora e até lançador de pontes, apesar desta última, assim como a Viatura Recuperadora, poder ser posta em caminhões Mk6.
1000% de acordo! E digo isso faz anos, o 6 x 6 foi um erro conceitual (o EB queria apenas um URUTU do século XXI) que virou erro de projeto (os Italianos fizeram o que o Comando do EB daquele tempo mandou). Refaz o projeto nas dimensões parecidas com as de um Stryker mas com a tecnologia atual e aí sim, toca pra frente o projeto da Brigada Guarani. E agora talvez devessem escutar Operadores e pessoal da Mntç antes de elaborar as novas especificações, tenho certeza de que sugestão ia ter de monte...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Não acho que seja necessário projetar uma nova viatura, bastaria esticar a carroceria do Guarani e adicionar um eixo ali, apesar de ser possível utilizar o tamanho atual e adicionar um eixo.
Ao menos já resolveria o problema de espaço interno, além de poder derivar um VBCI e ser mais atrativo externamente. O custo não deve subir absurdamente dos atuais milhões - não me recordo o custo do 6x6.
Sem descartar a versão 6x6 para versões VBE's, claro.
Uma coisa que me incomodo no sistema de armas, principalmente a Remax, é o tamanho da tela e não ter uma segunda tela lateral, mostrando o mapa de regiões próximas. É algo que será adicionado nos Strykers "novos", tanto os APC's quanto os ICV's, aumentando a consciência situacional do atirador.
Ao menos já resolveria o problema de espaço interno, além de poder derivar um VBCI e ser mais atrativo externamente. O custo não deve subir absurdamente dos atuais milhões - não me recordo o custo do 6x6.
Sem descartar a versão 6x6 para versões VBE's, claro.
Uma coisa que me incomodo no sistema de armas, principalmente a Remax, é o tamanho da tela e não ter uma segunda tela lateral, mostrando o mapa de regiões próximas. É algo que será adicionado nos Strykers "novos", tanto os APC's quanto os ICV's, aumentando a consciência situacional do atirador.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Eu até concordo consigo Gabriel, mas diante da situação atual do programa das 6x6... atraso, falta de verbas, economicidade comprometida, cronogramas estourados, dentre outras questões, além de nenhuma VBE sair do papel, mesmo agora o EB tenta desesperadamente conseguir as versões porta morteiro e de engenharia, esta última com material tipo lego que pode ser posto e retirado conforme a necessidade, além da lança ponte.gabriel219 escreveu: ↑Sáb Nov 09, 2019 9:55 pm Por mim, já deveríamos partir para o VBTP 8x8, transformando todos os 6x6 em VBE's, seja PC, Porta Mrt, Ambulância, Municiadora e até lançador de pontes, apesar desta última, assim como a Viatura Recuperadora, poder ser posta em caminhões Mk6.
No que me diz respeito, é de se esperar que as lições aprendidas, se é que foram, com as mais de quatro centenas de veículos já produzidos até aqui produzam algum resultado. Tanto que agora finalmente estão falando em uma versão Guarani 2. Não espero honestamente nenhuma revolução neste momento, mas apenas mudanças cosméticas que visam corrigir inconsistências operacionais e talvez técnicas do bldo, não muito mais que isso. Não é muito, mas para quem nunca chegou a operar mais do que uma variante do Urutu por mais de 40 anos, fazer um Guarani 2 já pode ser considerado um baita avanço. Ainda mais com todo esse entrevero de verbas que nunca chegam ou são suficientes.
Já disse aqui e repito novamente. As VBL da Avibrás poderiam facilmente substituir 3 ou 4 versões das VBE do Guarani. Mas o exército não raciocina com esta alternativa. Quer por que quer todas as VBE 6x6. Até mesmo as propostas versões de socorro e guincho do Tectran/Tatra proposto por aquela empresa não deu em nada, mas está vindo aí mais de 30 Oskosh reluzentes dos desertos americano.
Quanto a Guarani 8x8, ainda acredito que o melhor caminho passa primariamente por um APC, depois um IFV, e finalmente uma VBCI, e futuramente uma VBR-MR. As bgdas cav mec seriam o destino natural destes bldos, e posteriormente, no longo prazo, poderiam vir a substituir todas as 6x6 na inf mec. Mas antes de sairmos fazendo isso, precisamos começar pelo básico, que é adaptar o quarto eixo na viatura existente que já tem até espaço ali esperando por ele. Mas para isso, é preciso dispor de verbas, decisão organizacional e vontade política.
Até agora não temos nada disso a vista. Infelizmente.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
E quando foi que alguma vez na vida os generais deram ouvidos a que praças e/ou oficiais de baixo escalão dizem ou pensam sobre o próprio trabalho sem com isso antes ameaçá-los com algum processo por insubordinação, motim, quebra de hierarquia ou indisciplina...Túlio escreveu: ↑Sáb Nov 09, 2019 10:15 pm1000% de acordo! E digo isso faz anos, o 6 x 6 foi um erro conceitual (o EB queria apenas um URUTU do século XXI) que virou erro de projeto (os Italianos fizeram o que o Comando do EB daquele tempo mandou). Refaz o projeto nas dimensões parecidas com as de um Stryker mas com a tecnologia atual e aí sim, toca pra frente o projeto da Brigada Guarani. E agora talvez devessem escutar Operadores e pessoal da Mntç antes de elaborar as novas especificações, tenho certeza de que sugestão ia ter de monte...
Neste século é que ainda não foi.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
FCarvalho escreveu: ↑Dom Nov 10, 2019 12:49 am
E quando foi que alguma vez na vida os generais deram ouvidos a que praças e/ou oficiais de baixo escalão dizem ou pensam sobre o próprio trabalho sem com isso antes ameaçá-los com algum processo por insubordinação, motim, quebra de hierarquia ou indisciplina...
Neste século é que ainda não foi.
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Isso contradiz diretamente coisas que vi e ouvi quando estava no (até onde sei falecido) Portal. Tipo OG, antes de dizer algo, chamar um Oficial Subalterno ou Superior e lhe perguntar antes de responder. Relatei lá coisas surpreendentes para quem pensa que nem tu, tipo eu ouvir um bizu sobre um AV sendo desenvolvido pelo EB e perguntar sobre isso ao Gen Schneider, então o cacique da P&D do Exército; este chamou um Cel (Dacas, DaCas ou Da Cas, só ouvi o nome, não li) que me deu explicações (inclusive que tinha até nome - então DEFESA-BR, segundo ele - e previsão para ser lançado no mercado civil em versão específica) mas admitiu que não sabia tanto assim, então me falou (estávamos no C I Bld) que - e aí podes saber até a data - à tarde, na inauguração do SM Tecnopark (só googlar e vem a data do que estou falando), à qual eu iria com a comitiva do EB, eu saberia o resto. Acabei numa VTR dirigida por um 1º Ten da Informática (não vou dizer o nome por razões óbvias) que me falou que não era UM projeto mas TRÊS, estavam em estágio inicial ainda e versão comercial tinha sido apenas uma sugestão que fora vista com algum desdém pela maioria, já que, segundo ele, pela análise da versão comercial um Especialista poderia compreender os algoritmos, heurística & quetales da versão militar. Riu quando falei o nome e, como a cada um que eu falava que era do Portal Defesa entendia Defesa Brasil, comentou, ainda rindo, que "ia ser uma bela propaganda pra vocês, né?" e depois falou que nem nome comercial tinha, apenas siglas (me disse mas pediu para não publicar. Isso é bem comum, perguntes a qualquer cara que está ou esteve na mídia de Defesa e, como todos, atendi). Mas, junto com outros episódios, dá para ver que a mentalidade está mudando rápido, os de cima perguntam ("comem na mão") aos de baixo. O Guarani original foi desenvolvido com a mentalidade que sugeres como ainda vigente e que seguirá per secula seculorum mas não foi o que vi e muito menos o que volta e meia ouço em charlas com áudio e leio em chats com os contatos que me sobraram.
Respeito tua opinião de negar a evolução que está acontecendo agora mesmo, simplesmente porque é como aquele óleo pesado (por enquanto só) no NE, está "abaixo da superfície" e só podemos notar que está de fato em andamento por vermos "sinais" disso. Como aquele súbito interesse por Centauro da versão antiga e de segunda mão: muito menos do que uma tentativa de ressuscitar o obsoleto (para nós) "conceito Cascavel", reflete a cada vez menor disponibilidade de Leopard 1 e de algum modo se deve ter carros artilhados com capacidade de destruir um MBT da região, o que o citado carro faz com facilidade, desde que emboscado.
Claro que ainda há muita TRADICIONALICE mas, à medida que a oficialidade mais jovem vai ascendendo (dia desses vi o nome de um dos meus interlocutores mais entusiásticos por modernização da Força, que conheci como Major, publicado como Coronel; é meio "cedo", logo, difícil que não chegue ao generalato) a coisa toda vai ficando melhor (ou menos pior, se preferes). Porque o caso que citei é apenas UM de pessoas que, além de PRO até a medula e grande entusiasta do progresso pela tecnologia, são verdadeiros GÊNIOS na chamada "política de escritório", que existe também nas FFAA. Assim, se a Economia ajudar, a década vindoura está prenhe de belas possibilidades.
Claro, com a atual Primavera Sul-Americana (e é primavera mesmo ) há um crescente enfoque em postergar melhorias para poder operacionalizar o que já se tem e que pode ser necessário a qualquer momento, tipo cada Cascavel, Urutu, Guarani e até M-113. No que a "onda" passar, ideias ainda melhores surgirão e as que já existem estarão mais maduras. Assim, é ponto de vista: tu pareces ver o copo meio vazio, eu o vejo meio cheio.
Pelo menos nenhum de nós dois SE OFENDE com ele.
Respeito tua opinião de negar a evolução que está acontecendo agora mesmo, simplesmente porque é como aquele óleo pesado (por enquanto só) no NE, está "abaixo da superfície" e só podemos notar que está de fato em andamento por vermos "sinais" disso. Como aquele súbito interesse por Centauro da versão antiga e de segunda mão: muito menos do que uma tentativa de ressuscitar o obsoleto (para nós) "conceito Cascavel", reflete a cada vez menor disponibilidade de Leopard 1 e de algum modo se deve ter carros artilhados com capacidade de destruir um MBT da região, o que o citado carro faz com facilidade, desde que emboscado.
Claro que ainda há muita TRADICIONALICE mas, à medida que a oficialidade mais jovem vai ascendendo (dia desses vi o nome de um dos meus interlocutores mais entusiásticos por modernização da Força, que conheci como Major, publicado como Coronel; é meio "cedo", logo, difícil que não chegue ao generalato) a coisa toda vai ficando melhor (ou menos pior, se preferes). Porque o caso que citei é apenas UM de pessoas que, além de PRO até a medula e grande entusiasta do progresso pela tecnologia, são verdadeiros GÊNIOS na chamada "política de escritório", que existe também nas FFAA. Assim, se a Economia ajudar, a década vindoura está prenhe de belas possibilidades.
Claro, com a atual Primavera Sul-Americana (e é primavera mesmo ) há um crescente enfoque em postergar melhorias para poder operacionalizar o que já se tem e que pode ser necessário a qualquer momento, tipo cada Cascavel, Urutu, Guarani e até M-113. No que a "onda" passar, ideias ainda melhores surgirão e as que já existem estarão mais maduras. Assim, é ponto de vista: tu pareces ver o copo meio vazio, eu o vejo meio cheio.
Pelo menos nenhum de nós dois SE OFENDE com ele.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Correto Túlio, naquele ritmo devagar mas sem parar, o EB vem avançando, já temos mais de 400 VBTP-MR, encomendamos LMV, mantemos Urutus e Cascavéis em prontidão, temos os Astros novos e modernizados, M-109 A5 BR chegando, compramos aqueles HEMMT 8 x 8, 6 Sherpa, revisamos os M-113 e compramos M-577, enfim, vamos, não como quereríamos, mas também vejo copo meio cheio.
Abraços
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