UM MBT NACIONAL

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
gabriel219
Sênior
Sênior
Mensagens: 13905
Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
Agradeceu: 769 vezes
Agradeceram: 2394 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1846 Mensagem por gabriel219 » Ter Out 29, 2019 3:13 pm

delmar escreveu: Ter Out 29, 2019 1:26 pm Vamos por partes. Submarinos, o Brasil não montou um estaleiro especial para fabrica-los e que deve ter custado muito mais que custaria a fábrica de blindados? Gripen, a compra dos aviões não está ligada ao fato de que eles serão, a partir de um determinado número, fabricados no Brasil, onde já temos uma indústria aeronáutica? Novos navios para a MB, não está previsto a construção no Brasil das novas corvetas?
Claro que iniciaremos a fabricação com algum modelo já existente e parte das peças viriam do exterior para completar o carro. Não devemos, num primeiro momento, pensar em exportação. Só com a solidificação da indústria é que tal seria possível e com algum modelo competitivo próprio.
A liberação de recurso para ser usado dentro do Brasil, gerando empregos e renda por aqui, é sempre mais fácil que gastar no exterior.
Todos os exemplos que citou foram através de parcerias com empresas estrangeiras, não a indústria nacional. Isso é diferente de algo que estamos falando aqui?

Me parece que não anda prestando uma boa atenção nos comentários, pois todos, independente do blindado, estão citando a compra de um material pronto para produzir em solo nacional. Não vi nada diferente disso.

Está contestando algo que simplesmente não existe em nenhum dos argumentos postados aqui.




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 38020
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceu: 5752 vezes
Agradeceram: 3277 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1847 Mensagem por FCarvalho » Qua Out 30, 2019 12:17 pm

gabriel219 escreveu: Ter Out 29, 2019 12:55 pm No médio prazo acho difícil, pois o custo dele estima-se por volta dos USD 13-15 milhões, principalmente pela maior parte ainda ser componentes importados, como a blindagem e a eletrônica - os Turcos são malandros em colocar os nomes "nacionais", mas ainda dependem da IDB e até mesmo da ROTEM. Se reduzirem isso, deverá ir pra casa dos USD 8-9 milhões.
Também fizeram escolhas erradas em determinados lugares, como a blindagem - pra deixar claro, é a minha opinião - misturando blindagem avançada (CNT-MMC e entre outros da IDB) com compostos comuns fabricados por eles (cerâmica, aço e entre outros), o que elevaram bastante a massa do VBC pra 65 toneladas vazio, que deve subir pra 67,5 toneladas para o combate. É considerável o aumento e diferença acima das 12 toneladas do que já operamos, o que é mais difícil de diregir de forma operacional. Penso a mesma coisa a respeito dos Leopard 2A7V+.
É um VBC respeitabilíssimo, porém tenho as restrições apenas sobre as condições operacionais. Porém se houvesse um acordo e o EB conseguisse digerir isso, aceitaria sem olhar.
As VBE eu creio que não precisamos nos preocupar em desenvolver num primeiro momento. Existem VBE's em depósitos do EUA que operamos e podem nos servir bem, como o M88A2 e o M60 AVLB (podemos substituir as pontes atuais de capacidade MLC60 pelas Leguan 26M, como feita pelos Espanhóis), faltando apenas uma viatura de Engenharia. Existem aos montes em estoques e poderiam vir a um custo muito baixo, sem falar que são M60, onde há bastante peças e já dominamos sua operação.
Cobrem bem o gap até a chegada de um definitivo.
Porém acho que tanto os Turcos quanto os Coreanos estão em pé de igualdade em busca de parcerias, a diferença é que a facilidade de acharmos um Banco Sul Coreano apto a realizar o financiamento é maior do que um Turco.
Acredito que a ideia de oferecer o Altay para o EB vai no mesmo sentido do que fizeram recentemente com o T-129, ao disponibilizar não somente o helo em si para avaliações/testes in loco e aqui em casa, mas principalmente pela demonstração concreta no sentido de adaptar o helo ao usuário e não o contrário. O EB gostou do que viu, e particularmente, ficou surpreso com as condições oferecidas, já que os turcos não tem tradição, e nem bases, de negócios por aqui.

Além do mais, a oferta do T-129, assim entendo, não é vista por eles somente como um negócio de oportunidade, mas antes foi uma tentativa clara e inequívoca de mostrar as ffaa's suas capacidades na área e também para possíveis parcerias em projetos da indústria turca hoje e no médio e longo prazo. Desde o começo, a ideia sempre foi mostrar mais do que apenas um produto, mas a capacidade turca de se comprometer com seus clientes em uma relação de longo prazo, ampla e aberta a todas as possibilidades de tot's, off set e P&D. Isso interessa e muito as ffaa's e por tabela ao MD.

No caso do CC em específico, eles sabem que o EB não vai aceitar uma caixa fechada na qual não tenha a dominância plena de sua operação e manutenção. Assim, as VBE derivadas do veículo base podem servir como um bom argumento para desenvolvimento em conjunto para ambos exércitos, dado que elas viriam depois da implantação do CC principal por aqui. E claro, levaria tempo e recursos para isso. Mas disporia à BID e a indústria nacional a oportunidade e os espaços que o EB tanto procura para a sua capacitação, também, nesta área. E isto se não estou equivocado, é inegociável para o pessoal de verde oliva hoje.

Me permito imaginar que um Altay BR seria um CC bem menos pesado que o modelo turco, e que lançará mão de quase tudo o que temos hoje disponível aqui em termos de blindagem, ISR, C4I e, principalmente, a parte mecânica. Se a indústria nacional for capaz de oferecer os insumos necessários, ou desenvolvê-los em espaço de tempo não muito longo, é possível que este CC seja realmente uma alternativa concreta para os RCC e RCB.

Há sim, os turcos tem duas coisas que as EB e MB precisam, que é um helo médio-pesado, um helo médio-leve e um helo de ataque. Todos em fase de projeto, concepção e/ou prototipo. A perspectiva de poder trabalhar neles em algum nível é simplesmente atraente demais para ser desprezada. Se formo falar da indústria de sistemas e armas ligadas a força aérea então... :wink:

abs




Carpe Diem
Crisaman
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 279
Registrado em: Dom Nov 30, 2008 1:12 pm
Agradeceu: 42 vezes
Agradeceram: 46 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1848 Mensagem por Crisaman » Qua Out 30, 2019 3:29 pm

O Altay fabricado aqui acho muito difícil. É mais provável que ele seja a cereja do bolo caso a Turquia, a Bae e a CMI ganhem a concorrência para fabricar a familia Kaplan aqui. O Altey terá 3 versões. A primeira versão, usada e vendida a preços camaradas pode até ser uma possibilidade.




Editado pela última vez por Crisaman em Qua Out 30, 2019 11:04 pm, em um total de 1 vez.
Avatar do usuário
gabriel219
Sênior
Sênior
Mensagens: 13905
Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
Agradeceu: 769 vezes
Agradeceram: 2394 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1849 Mensagem por gabriel219 » Qua Out 30, 2019 11:00 pm

FCarvalho escreveu: Qua Out 30, 2019 12:17 pm Me permito imaginar que um Altay BR seria um CC bem menos pesado que o modelo turco, e que lançará mão de quase tudo o que temos hoje disponível aqui em termos de blindagem, ISR, C4I e, principalmente, a parte mecânica. Se a indústria nacional for capaz de oferecer os insumos necessários, ou desenvolvê-los em espaço de tempo não muito longo, é possível que este CC seja realmente uma alternativa concreta para os RCC e RCB.

Há sim, os turcos tem duas coisas que as EB e MB precisam, que é um helo médio-pesado, um helo médio-leve e um helo de ataque. Todos em fase de projeto, concepção e/ou prototipo. A perspectiva de poder trabalhar neles em algum nível é simplesmente atraente demais para ser desprezada. Se formo falar da indústria de sistemas e armas ligadas a força aérea então... :wink:

abs
Há um problema técnico nessa parte do post. Até onde vi, boa parte da massa do Altay - proporcionalmente falando, claro - está em sua torre, que é especulado pesar entre 21-25 toneladas. Para reduzir a massa de 67,5 t's para algo em torno de 55 t's seria necessário reduzir muito o nível de blindagem. As partes mais pesadas são os compostos de cerâmica e a liga de aço, na parte mais interna da torre.

É um problema bem grande fazer um re-projeto da torre, retirar esses compostos e colocar algo mais leve no lugar, pois alguma coisa vai ter que ocupar o espaço vazio. Praticamente seria a carroceria com uma torre nova, lá se vai mais $$$. Os Turcos estão dispostos a fazer isso? Pergunto pois nós não temos capacidade alguma de algo do tipo.

É um pesadelo de projeto ou teríamos que colocar uma torre média já pronta, como uma da CMI, mas seria uma escolha desastrosa, devido a diferença grotesca dos níveis de blindagem da carroceria pra torre, o que compromete a segurança da viatura e deixa um ponto fraco significativo.

Fora que o CC perderá muito em blindagem ou simplesmente teremos que colocar nanocompostos, o que aumenta ainda mais o custo do CC. Lembre-se, estamos falando de 12,5 toneladas de diferença e isso é muuuita coisa.

Isso estamos falando de um CC hoje que custa US$ 13-15 milhões a unidade. Se a ideia é baratear os custos com o tempo, um re-projeto da torre e retirada da blindagem da carroceria me parece uma péssima escolha.

Seria muito mais vantajoso ir em algo pronto que tenha o mesmo nível de blindagem ou coisa parecida, que sairia, sem dúvidas, mais barato e ainda teríamos em menor tempo.

Quanto aos helicópteros que falou, ainda não existem protótipos e colocar todos os ovos numa cesta só é um erro, ainda mais pra um país politicamente instável como a Turquia. Sobre Helicópteros, nossa parceria deveria ser com a Leonardo, mas ai já é pra outro tópico.




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 38020
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceu: 5752 vezes
Agradeceram: 3277 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1850 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 31, 2019 12:28 pm

Crisaman escreveu: Qua Out 30, 2019 3:29 pm O Altay fabricado aqui acho muito difícil. É mais provável que ele seja a cereja do bolo caso a Turquia, a Bae e a CMI ganhem a concorrência para fabricar a familia Kaplan aqui. O Altey terá 3 versões. A primeira versão, usada e vendida a preços camaradas pode até ser uma possibilidade.
Crisaman, que versões seriam estas?

abs




Carpe Diem
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 38020
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceu: 5752 vezes
Agradeceram: 3277 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1851 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 31, 2019 12:54 pm

gabriel219 escreveu: Qua Out 30, 2019 11:00 pm Há um problema técnico nessa parte do post. Até onde vi, boa parte da massa do Altay - proporcionalmente falando, claro - está em sua torre, que é especulado pesar entre 21-25 toneladas. Para reduzir a massa de 67,5 t's para algo em torno de 55 t's seria necessário reduzir muito o nível de blindagem. As partes mais pesadas são os compostos de cerâmica e a liga de aço, na parte mais interna da torre.
É um problema bem grande fazer um re-projeto da torre, retirar esses compostos e colocar algo mais leve no lugar, pois alguma coisa vai ter que ocupar o espaço vazio. Praticamente seria a carroceria com uma torre nova, lá se vai mais $$$. Os Turcos estão dispostos a fazer isso? Pergunto pois nós não temos capacidade alguma de algo do tipo.
É um pesadelo de projeto ou teríamos que colocar uma torre média já pronta, como uma da CMI, mas seria uma escolha desastrosa, devido a diferença grotesca dos níveis de blindagem da carroceria pra torre, o que compromete a segurança da viatura e deixa um ponto fraco significativo.
Fora que o CC perderá muito em blindagem ou simplesmente teremos que colocar nanocompostos, o que aumenta ainda mais o custo do CC. Lembre-se, estamos falando de 12,5 toneladas de diferença e isso é muuuita coisa.
Isso estamos falando de um CC hoje que custa US$ 13-15 milhões a unidade. Se a ideia é baratear os custos com o tempo, um re-projeto da torre e retirada da blindagem da carroceria me parece uma péssima escolha.
Seria muito mais vantajoso ir em algo pronto que tenha o mesmo nível de blindagem ou coisa parecida, que sairia, sem dúvidas, mais barato e ainda teríamos em menor tempo.
Quanto aos helicópteros que falou, ainda não existem protótipos e colocar todos os ovos numa cesta só é um erro, ainda mais pra um país politicamente instável como a Turquia. Sobre Helicópteros, nossa parceria deveria ser com a Leonardo, mas ai já é pra outro tópico.
Eu particularmente não tenho como debater aspectos técnicos do CC em si, mas me parece que de alguma forma os turcos devem analisar as questões que citastes antes mesmo de oferecer o bldo, já que o exército, como disse antes, não irá aceitar caixas pretas de eventuais concorrentes. Para isso eles devem sentar e conversar com a BID e com o próprio EB, via CTEx, suponho. Não acredito que o exército se negue a fazê-lo, e nem teria porquê.

Assim, ao menos neste aspecto creio que o Altay só seja viável aqui comercial e industrialmente se eles forem capazes de nos oferecer algo que realmente atendas as necessidades e requisitos do EB. Tais requisitos não existem ou ainda não foram lançados a público, em termos específicos, afinal, ninguém sabe exatamente o que é um VBC Médio na cabeça dos generais do EME e do alto cmdo.

Quanto ao mais, os três modelos de helos hoje em projeto na Turquia, o médio T-625 já está em fase de protótipo e caminha para a sua certificação em no máximo dois anos. O ATAK-2 e o médio pesado de transporte estão com seus projetos em dia e programados para entrarem em operação no pós-2025. Todos eles tem potencial para uso nas três forças. E aqui abro um parêntese importante. Sou de opinião que a Leonardo é uma empresa na qual devemos apostar em termos de investimento e equipamento no futuro a curto e médio prazo, mas isso não significa que devamos cometer com eles o mesmo erro que cometemos com a Helibrás ao deixar de ampliar nossas parcerias com outras empresas e oferecendo ao mercado civil e militar nacional ampla oportunidades de concorrência e escolha, além do claro investimento em P&D, processos produtivos, engenharia e formação/capacitação de mão de obra na área aeroespacial. Mal ou bem isso foi feito através do HX-BR. E teve frutos. Assim, dar um pouco de trabalho para os italianos no sentido de oferecer melhores condições de negócios para investir aqui e vender os seus produtos passa necessariamente pela capacidade e interesse deles em continuar sempre investindo no país, dado que teremos também a mesma abertura que dermos a eles, para outras parcerias. Traduzindo em miúdos, não podemos ficar fechados, novamente, em apenas duas empresas montando seus produtos aqui. Assim, não apenas comprar, como tentar atrair a indústria aeroespacial e de defesa turca para produzir no Brasil deve ser um objetivo de médio e longo prazo. E não apenas os turcos, mas qualquer um que esteja disposto a fazê-lo, como uma certa empresa suíça já disse que faria em relação ao helo que ela produz. Isso é necessário e importante para que os projetos nos quais nos envolvamos também sirvam de arrasto para o desenvolvimento tecnológico e industrial do país.

Se vamos gastar alguns bilhões de reais comprando coisas que a maioria por aqui acha que são inúteis e é dinheiro jogado fora, que ao menos os argumentos, e os fatos, falem por si no que tange justificar concretamente as consequências de se investir em defesa e seus desdobramentos para a sociedade e para o Estado, em todos os seguimentos.

Fosse eu no MD faria isso. Mas não sou eu que está lá, infelizmente.... :roll:

abs




Carpe Diem
Avatar do usuário
gabriel219
Sênior
Sênior
Mensagens: 13905
Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
Agradeceu: 769 vezes
Agradeceram: 2394 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1852 Mensagem por gabriel219 » Qui Out 31, 2019 2:41 pm

FCarvalho escreveu: Qui Out 31, 2019 12:54 pm Eu particularmente não tenho como debater aspectos técnicos do CC em si, mas me parece que de alguma forma os turcos devem analisar as questões que citastes antes mesmo de oferecer o bldo, já que o exército, como disse antes, não irá aceitar caixas pretas de eventuais concorrentes. Para isso eles devem sentar e conversar com a BID e com o próprio EB, via CTEx, suponho. Não acredito que o exército se negue a fazê-lo, e nem teria porquê.

Assim, ao menos neste aspecto creio que o Altay só seja viável aqui comercial e industrialmente se eles forem capazes de nos oferecer algo que realmente atendas as necessidades e requisitos do EB. Tais requisitos não existem ou ainda não foram lançados a público, em termos específicos, afinal, ninguém sabe exatamente o que é um VBC Médio na cabeça dos generais do EME e do alto cmdo.

Quanto ao mais, os três modelos de helos hoje em projeto na Turquia, o médio T-625 já está em fase de protótipo e caminha para a sua certificação em no máximo dois anos. O ATAK-2 e o médio pesado de transporte estão com seus projetos em dia e programados para entrarem em operação no pós-2025. Todos eles tem potencial para uso nas três forças. E aqui abro um parêntese importante. Sou de opinião que a Leonardo é uma empresa na qual devemos apostar em termos de investimento e equipamento no futuro a curto e médio prazo, mas isso não significa que devamos cometer com eles o mesmo erro que cometemos com a Helibrás ao deixar de ampliar nossas parcerias com outras empresas e oferecendo ao mercado civil e militar nacional ampla oportunidades de concorrência e escolha, além do claro investimento em P&D, processos produtivos, engenharia e formação/capacitação de mão de obra na área aeroespacial. Mal ou bem isso foi feito através do HX-BR. E teve frutos. Assim, dar um pouco de trabalho para os italianos no sentido de oferecer melhores condições de negócios para investir aqui e vender os seus produtos passa necessariamente pela capacidade e interesse deles em continuar sempre investindo no país, dado que teremos também a mesma abertura que dermos a eles, para outras parcerias. Traduzindo em miúdos, não podemos ficar fechados, novamente, em apenas duas empresas montando seus produtos aqui. Assim, não apenas comprar, como tentar atrair a indústria aeroespacial e de defesa turca para produzir no Brasil deve ser um objetivo de médio e longo prazo. E não apenas os turcos, mas qualquer um que esteja disposto a fazê-lo, como uma certa empresa suíça já disse que faria em relação ao helo que ela produz. Isso é necessário e importante para que os projetos nos quais nos envolvamos também sirvam de arrasto para o desenvolvimento tecnológico e industrial do país.

Se vamos gastar alguns bilhões de reais comprando coisas que a maioria por aqui acha que são inúteis e é dinheiro jogado fora, que ao menos os argumentos, e os fatos, falem por si no que tange justificar concretamente as consequências de se investir em defesa e seus desdobramentos para a sociedade e para o Estado, em todos os seguimentos.

Fosse eu no MD faria isso. Mas não sou eu que está lá, infelizmente.... :roll:

abs
É totalmente possível, mas o problema é o custo de desenvolver uma torre nova pra um VBC, que não é como as torres da CMI ou Oto Melara. Estas torres já são desenhadas para o tipo de blindagem que irá ser colocada nela, por isso que remover a blindagem pra diminuir a massa do Altay não é tão fácil, pois alguma coisa teria que ficar no lugar. Seria mais inteligente desenvolver uma torre nova, é de menor risco mas bem mais caro.

Temo que não tenhamos tempo pra isso e nem dinheiro, já que com toda certeza o custo unitário irá sair acima dos US$ 15 milhões, com o custo do desenvolvimento de uma nova torre, além de acabarmos por possuir uma viatura inferior a original, devido a diminuição da blindagem. Não me parece ser algo que valha a pena, ainda mais quando se falamos na redução de 12,5 toneladas de blindagem - falo blindagem pois não tem de onde mais tirar.

Não entendi, se a Leonardo não poderia fazer negócio conosco, pois "teremos duas empresas fechadas aqui", não seria exatamente a mesma coisa com os Turcos? A Leonardo não possui fábrica no Brasil, apesar dela ter oferecido a construção de uma em parceria com a Embraer.




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 38020
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceu: 5752 vezes
Agradeceram: 3277 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1853 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 31, 2019 5:28 pm

gabriel219 escreveu: Qui Out 31, 2019 2:41 pm É totalmente possível, mas o problema é o custo de desenvolver uma torre nova pra um VBC, que não é como as torres da CMI ou Oto Melara. Estas torres já são desenhadas para o tipo de blindagem que irá ser colocada nela, por isso que remover a blindagem pra diminuir a massa do Altay não é tão fácil, pois alguma coisa teria que ficar no lugar. Seria mais inteligente desenvolver uma torre nova, é de menor risco mas bem mais caro.
Temo que não tenhamos tempo pra isso e nem dinheiro, já que com toda certeza o custo unitário irá sair acima dos US$ 15 milhões, com o custo do desenvolvimento de uma nova torre, além de acabarmos por possuir uma viatura inferior a original, devido a diminuição da blindagem. Não me parece ser algo que valha a pena, ainda mais quando se falamos na redução de 12,5 toneladas de blindagem - falo blindagem pois não tem de onde mais tirar.
Não entendi, se a Leonardo não poderia fazer negócio conosco, pois "teremos duas empresas fechadas aqui", não seria exatamente a mesma coisa com os Turcos? A Leonardo não possui fábrica no Brasil, apesar dela ter oferecido a construção de uma em parceria com a Embraer.
Entendo que um reprojeto da torre está totalmente fora de questão, não só pelos altos custos, como pelas limitações tecnológicas e humanas que temos aqui. Então, a não ser que os turcos já tenham alguma outra versão em mente e/ou um CC "pré-projetado" baseado no Altay, das duas, uma: ou o Altay não será oferecido, ou eles irão arriscar com o carrro do jeito que está e procurar envolver o máximo possível a BID na proposta deles. É uma jogada perigosa e muito arriscada, mas, objetivamente falando, eles não tem muito a perder quanto a isso.

No que concerne a Leonardo, acho não me expressei bem. A questão é a seguinte:

Temos a Helibrás aqui desde 1978. No começo uma PPP que depois com o tempo acabou tudo na mão dos franceses. Montamos o Esquilo aqui há 40 anos, e o propósito inicial que se tinha de fazer com que o negócio gerasse tecnologia, aprendizagem, e principalmente, helos originalmente de desenho brasileiro nunca aconteceu. Por uma série de motivos e razões que não convém ao tópico. O pior dessa situação é que neste tempo todo não fizemos nada a nível institucional para tentar modificar o status quo. Hoje a Helibrás praticamente domina o mercado brasileiro civil e militar.

Onde entra a Leonardo nisso? Bem, os italianos seriam a nossa chance mais rápida de tentar relativizar o poder de barganha que os franceses hoje tem na área de helos civis, e principalmente, militares no país. De que forma? Horas, as três forças precisam renovar suas frotas em vários segmentos. A Leonardo tem propostas para todos eles. Então, quer vender no Brasil? Ok, mas para isso queremos uma fábrica, investimento em P&D, off set, transferêcia de tecnologia, formação/especialização de mão de obra, capacitação da BID e da indústria nacional, etc. Oferecemos além das compras militares, incentivos fiscais, e outras benesses que o Estado dispõe, além de acesso facilitado ao segundo maior mercado de helicópteros do mundo.

Mas detalhe, eu vou oferecer as mesmas condições para os turcos, russos, americanos, ucranianos, suíços, japoneses, e quem mais quiser se dispor de investir no Brasil e aceite os riscos de fazer isso. Então, ante de nos propor um negócio, pensem bem antes no que vão nos oferecer. Porque vocês não são os únicos que estão batendo a nossa porta pedindo para almoçar, e prometendo casamento, salário, roupa passada, e um cafuné por dia.

Se conseguirmos fazer com que todos que tem interesse, capacidade e produtos investirem no Brasil, e concorrem entre si para isso, ficaremos em uma posição vantajosa e muito melhor do que a de hoje, onde invariavelmente, decisões políticas tem influenciado e mesmo determinado o que as ffaa's compram ou recebem em termos de equipamentos, leia-se Helibrás.

Existem lacunas enormes que precisam ser supridas no EB e demais forças em termos materiais. Os turcos, italianos e outros tem muito a oferecer. Como tirar vantagem disso? Bem, deixando bem claro que nós negociamos com o mundo inteiro, e ao mesmo tempo. Então, leva o compromisso com o erário público quem oferecer as melhores condições e vantagens para o país, e assim prosperará em seus negócios por aqui. Mas para isso, todos tem que dar o seu melhor. E não se aceita menos que isto.

abs




Carpe Diem
Avatar do usuário
RobsonBCruz
Sênior
Sênior
Mensagens: 1201
Registrado em: Seg Out 24, 2005 5:46 pm
Localização: Niterói - RJ
Agradeceu: 451 vezes
Agradeceram: 235 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1854 Mensagem por RobsonBCruz » Qui Out 31, 2019 5:41 pm

Sem relação com os ultimos post, mas especialmente sobre carros de combate mais leves, sugiro a leitura do artigo O PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO DOS VEÍCULOS DE COMBATE DO EXÉRCITO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, do coronel Julio Cesar Palú Baltieri, publicado na Revista Doutrina Militar terrestre nº 17, disponível em http://ebrevistas.eb.mil.br/index.php/D ... e/view/157.

É o possível que o EB esteja de olho no futuro veículo denominado Mobile Protected Firepower (MPF).

O MPF será uma viatura blindada de combate leve (carro de combate), destinada ao combate embarcado, com a capacidade de aplicar fogos diretos precisos, de grande calibre, a uma longa distância, em apoio às brigadas de infantaria. A finalidade desse veículo consiste em dotar essas Grandes Unidades de proteção e potência de fogo adequadas, permitindo a destruição de posições inimigas preparadas, viaturas blindadas e metralhadoras pesadas.
Os requerimentos para o MPF incluem: armamento principal de grande calibre e letalidade; múltiplos sistemas de armas disponíveis para a guarnição; e permitir rápido desdobramento, adequabilidade ao ambiente operacional urbano, tamanho e peso que viabilizem o transporte de duas viaturas em uma aeronave C-17. As aquisições devem ser aceleradas, buscando integrar tecnologias maduras e em desenvolvimento, de forma que até 2025 as primeiras Unidades sejam dotadas com o equipamento.Proposta do novo Armored Multi-Purpose Vehicle (AMPV)




Avatar do usuário
gabriel219
Sênior
Sênior
Mensagens: 13905
Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
Agradeceu: 769 vezes
Agradeceram: 2394 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1855 Mensagem por gabriel219 » Qui Out 31, 2019 6:09 pm

FCarvalho escreveu: Qui Out 31, 2019 5:28 pm Entendo que um reprojeto da torre está totalmente fora de questão, não só pelos altos custos, como pelas limitações tecnológicas e humanas que temos aqui. Então, a não ser que os turcos já tenham alguma outra versão em mente e/ou um CC "pré-projetado" baseado no Altay, das duas, uma: ou o Altay não será oferecido, ou eles irão arriscar com o carrro do jeito que está e procurar envolver o máximo possível a BID na proposta deles. É uma jogada perigosa e muito arriscada, mas, objetivamente falando, eles não tem muito a perder quanto a isso.

No que concerne a Leonardo, acho não me expressei bem. A questão é a seguinte:

Temos a Helibrás aqui desde 1978. No começo uma PPP que depois com o tempo acabou tudo na mão dos franceses. Montamos o Esquilo aqui há 40 anos, e o propósito inicial que se tinha de fazer com que o negócio gerasse tecnologia, aprendizagem, e principalmente, helos originalmente de desenho brasileiro nunca aconteceu. Por uma série de motivos e razões que não convém ao tópico. O pior dessa situação é que neste tempo todo não fizemos nada a nível institucional para tentar modificar o status quo. Hoje a Helibrás praticamente domina o mercado brasileiro civil e militar.

Onde entra a Leonardo nisso? Bem, os italianos seriam a nossa chance mais rápida de tentar relativizar o poder de barganha que os franceses hoje tem na área de helos civis, e principalmente, militares no país. De que forma? Horas, as três forças precisam renovar suas frotas em vários segmentos. A Leonardo tem propostas para todos eles. Então, quer vender no Brasil? Ok, mas para isso queremos uma fábrica, investimento em P&D, off set, transferêcia de tecnologia, formação/especialização de mão de obra, capacitação da BID e da indústria nacional, etc. Oferecemos além das compras militares, incentivos fiscais, e outras benesses que o Estado dispõe, além de acesso facilitado ao segundo maior mercado de helicópteros do mundo.

Mas detalhe, eu vou oferecer as mesmas condições para os turcos, russos, americanos, ucranianos, suíços, japoneses, e quem mais quiser se dispor de investir no Brasil e aceite os riscos de fazer isso. Então, ante de nos propor um negócio, pensem bem antes no que vão nos oferecer. Porque vocês não são os únicos que estão batendo a nossa porta pedindo para almoçar, e prometendo casamento, salário, roupa passada, e um cafuné por dia.

Se conseguirmos fazer com que todos que tem interesse, capacidade e produtos investirem no Brasil, e concorrem entre si para isso, ficaremos em uma posição vantajosa e muito melhor do que a de hoje, onde invariavelmente, decisões políticas tem influenciado e mesmo determinado o que as ffaa's compram ou recebem em termos de equipamentos, leia-se Helibrás.

Existem lacunas enormes que precisam ser supridas no EB e demais forças em termos materiais. Os turcos, italianos e outros tem muito a oferecer. Como tirar vantagem disso? Bem, deixando bem claro que nós negociamos com o mundo inteiro, e ao mesmo tempo. Então, leva o compromisso com o erário público quem oferecer as melhores condições e vantagens para o país, e assim prosperará em seus negócios por aqui. Mas para isso, todos tem que dar o seu melhor. E não se aceita menos que isto.

abs
Melhor apresentarem do jeito que está, pois é algo que aumentaria bastante os custos da viatura que já é muito cara, aliás acho que é cara demais para o que é, sinceramente..

A fábrica acho que a Leonardo estaria disposta, eles também fabricam sua versão no Chinook, além do excelente CH101, que ainda é extremamente válida, embora caro, Wildcat e o AW159, que o EB estava de olho, sem falar no AW249, que é promissor. Mas isso é assunto pra outro tópico.




Avatar do usuário
gabriel219
Sênior
Sênior
Mensagens: 13905
Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
Agradeceu: 769 vezes
Agradeceram: 2394 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1856 Mensagem por gabriel219 » Qui Out 31, 2019 6:12 pm

RobsonBCruz escreveu: Qui Out 31, 2019 5:41 pm Sem relação com os ultimos post, mas especialmente sobre carros de combate mais leves, sugiro a leitura do artigo O PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO DOS VEÍCULOS DE COMBATE DO EXÉRCITO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, do coronel Julio Cesar Palú Baltieri, publicado na Revista Doutrina Militar terrestre nº 17, disponível em http://ebrevistas.eb.mil.br/index.php/D ... e/view/157.

É o possível que o EB esteja de olho no futuro veículo denominado Mobile Protected Firepower (MPF).

O MPF será uma viatura blindada de combate leve (carro de combate), destinada ao combate embarcado, com a capacidade de aplicar fogos diretos precisos, de grande calibre, a uma longa distância, em apoio às brigadas de infantaria. A finalidade desse veículo consiste em dotar essas Grandes Unidades de proteção e potência de fogo adequadas, permitindo a destruição de posições inimigas preparadas, viaturas blindadas e metralhadoras pesadas.
Os requerimentos para o MPF incluem: armamento principal de grande calibre e letalidade; múltiplos sistemas de armas disponíveis para a guarnição; e permitir rápido desdobramento, adequabilidade ao ambiente operacional urbano, tamanho e peso que viabilizem o transporte de duas viaturas em uma aeronave C-17. As aquisições devem ser aceleradas, buscando integrar tecnologias maduras e em desenvolvimento, de forma que até 2025 as primeiras Unidades sejam dotadas com o equipamento.Proposta do novo Armored Multi-Purpose Vehicle (AMPV)
O MPF, como falado antes, não é um VBC mas um MGS. Fará a mesma função do Stryker MGS, porém em escala um pouco maior e irá operar como gap até a chegada do Abrams. Os Abrams irão operar por anos e anos, inclusive estão desenvolvendo nanocompostos para substituir a blindagem de DU, aumentando a proteção sem aumentar a massa.

Pra enfrentar CC's, somente utilizando táticas "hit-and-run", o que elimina sua capacidade de choque para contra ataques ou ofensivas.

É a missão que o VBR Guarani deverá fazer aqui, inclusive o EB chamando de VBC-SR.




Crisaman
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 279
Registrado em: Dom Nov 30, 2008 1:12 pm
Agradeceu: 42 vezes
Agradeceram: 46 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1857 Mensagem por Crisaman » Qui Out 31, 2019 6:21 pm

FCarvalho escreveu: Qui Out 31, 2019 12:28 pm
Crisaman escreveu: Qua Out 30, 2019 3:29 pm O Altay fabricado aqui acho muito difícil. É mais provável que ele seja a cereja do bolo caso a Turquia, a Bae e a CMI ganhem a concorrência para fabricar a familia Kaplan aqui. O Altey terá 3 versões. A primeira versão, usada e vendida a preços camaradas pode até ser uma possibilidade.
Crisaman, que versões seriam estas?

abs
Carvalho

A primeira versão é essa ai, motor alemão, vários sistemas ainda importados e 4 tripulantes bem convencional. A segunda versão vai ter motor turco, carregador automático, sistema hard kill que eles vão dizer que é turco mas é derivado de sistema ucraniano e 3 tripulantes. A terceira versão vai ter torre remotamente controlada e os tripulantes abrigados no chassis numa capsula blindada igual ao Armata.




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 38020
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceu: 5752 vezes
Agradeceram: 3277 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1858 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 31, 2019 6:43 pm

gabriel219 escreveu: Qui Out 31, 2019 6:09 pm Melhor apresentarem do jeito que está, pois é algo que aumentaria bastante os custos da viatura que já é muito cara, aliás acho que é cara demais para o que é, sinceramente..
A fábrica acho que a Leonardo estaria disposta, eles também fabricam sua versão no Chinook, além do excelente CH101, que ainda é extremamente válida, embora caro, Wildcat e o AW159, que o EB estava de olho, sem falar no AW249, que é promissor. Mas isso é assunto pra outro tópico.
Pois é. Na atual condição em que está o projeto, ainda entrando em processo de produção em massa, fica muito difícil esperar que eles consigam oferecer preços que realmente sejam atrativos para o EB.
Conquanto, essas três versões que o Crisaman comentou acima deixa o projeto mais interessante ainda no longo prazo. O que não deixa de ser algo a se verificar até onde realmente os turcos são capazes de chegar.
Chegaram em um CC próprio. Isso já deve dizer alguma coisa, creio.
Quanto a Leonardo, vou lá no tópico da Avex e ponho algumas considerações.

abs




Carpe Diem
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 38020
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceu: 5752 vezes
Agradeceram: 3277 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1859 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 31, 2019 6:45 pm

Crisaman escreveu: Qui Out 31, 2019 6:21 pm Carvalho
A primeira versão é essa ai, motor alemão, vários sistemas ainda importados e 4 tripulantes bem convencional. A segunda versão vai ter motor turco, carregador automático, sistema hard kill que eles vão dizer que é turco mas é derivado de sistema ucraniano e 3 tripulantes. A terceira versão vai ter torre remotamente controlada e os tripulantes abrigados no chassis numa capsula blindada igual ao Armata.
Para quem pretende construir mil ou mais destes CC, isto torna o bldo ainda mais interessante no longo prazo.
Algo que realmente vale a pena acompanhar e ver até onde vai o esforço turco para conseguir o máximo de independência na área de defesa.

abs




Carpe Diem
Avatar do usuário
gabriel219
Sênior
Sênior
Mensagens: 13905
Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
Agradeceu: 769 vezes
Agradeceram: 2394 vezes

Re: UM MBT NACIONAL

#1860 Mensagem por gabriel219 » Qui Out 31, 2019 7:55 pm

Não que o Altay seja ruim, muito pelo contrário, mas há melhores no mercado pelo preço dele ou mais baratos, como Leopard 2A7V+ e o próprio K2. Ele é tão complexo quanto o Challenger II, por exemplo.

Me preocupo com a pressão sob o solo, que deve ser superior a de um Abrams. O solo do Sul é muito úmido e sedimentado. Blindados com pressão entre 0,80-0,94 já são complicados de operar, imagina um que ultrapassaria facilmente a casa dos 1,0.

Com toda certeza seria muito melhor que uma gambiarra de VBCI com canhão servindo de VBC, mas acho que pelo custo, existem opções melhores.

No preço dele, dá pra pegar um K2 e um K-21 bem melhorado.




Responder