FCarvalho escreveu: Dom Out 13, 2019 12:48 pm
gabriel219 escreveu: Dom Out 13, 2019 1:04 am
Kaplan MT, Puma, CV90120...
Pode escolher qual quiser deles, nenhum serve e nunca servirá como VBC.
Talvez Gabriel, dessa vez o EB esteja pensando no meu ditado: "quem não tem cão, caça com o gato do vizinho".
Pode não ser a melhor solução, mas talvez seja aquela que mais se adequa aos objetivos de longo prazo da instituição.
A substituição dos Leo 1A5 não está restrita apenas a adquirir um CC novo e caso encerrado, mas como aproveitar essa oportunidade, e a da substituição dos M-113 logo mais para frente, para tentar repetir com os bldos SL o mesmo que foi feito com os Guarani, que é, além da renovação material, renovar também a capacidade da BID e da indústria e da P&D nacional junto em mais este campo.
A operação dos Leo 1A5, mesmo sendo veículos antigos, mostrou ao EB que depender de fontes externas para operar/manter a sua força blda não é algo sustentável no longo prazo. Os custos são autos, as limitações operacionais e logísticas também, enfim, não podemos sequer enviar os nossos CC para onde quisermos dentro do país sem antes avisar a KMW. Se chegar perto das nossas fronteiras então...
É muito complicado tentar tirar um CC do bolso quando não se tem uma base industrial própria, e menos ainda buscar independência em CC quando a alternativa vem de fora, mesmo que montado aqui. Sempre vamos estar limitados a outrem tanto operacional quanto logística.
A Alemanha já parou, de novo, de fornecer apoio e material aos turcos depois da invasão esta semana na Síria. Conosco não seria nem um pouco diferente. E pior, quando a gente olha para as indústrias aqui, e percebe que a maioria que poderia ser fornecedor de um CC dito nacional é apenas uma filial de empresas estrangeiras, então o cenário fica mais complicado ainda.
Não vamos ter de escolher apenas um novo CC ou reformar o que já temos. Na verdade a questão é muito mais ampla e complexa. Desde munição a parafuso, tudo tem que ser pensado na exata medida para causar o menor impacto negativo na cadeia logística e orçamentária que sustentará esse novo bldo, seja ele qual for.
E como aqui dentro ao que parece as nossas alternativas são muito limitadas neste contexto, na prática, nessa decisão vamos ficar mais uma vez entre o fogo e a frigideira.
abs
Mas não é caçar com gato, é caçar com um gato aleijado que tem reumatismo, mas ele tem dentes afiados. O que adianta?
E outra, esses MGS sob lagartas não são nem um pouco barato, o próprio Kaplan custa quase um MBT moderno, ainda mais com todos aqueles kits. Se somar isso com ADS, não vai ser nem um pouco difícil custar o mesmo. Custo operacional também não é nem um pouco longe, principalmente porque essas viaturas serão submetidas a um excesso de trabalho, pois um VBC trabalha muito mais que um VBCI. Kaplan ou qualquer outro são VBCI's adaptados - aqui leia-se armado - como MGS.
Ainda há outras complicações: no campo de batalha, possuindo um carro de combate que você sabe que seu inimigo, com um dos anos 70, pode transformá-lo em uma fogueira devido a sua blindagem casca de ovo. Você adota uma cautela extrema e isso limita ações mais ofensivas, principalmente de choque.
Essa "solução" de VBC médio - me perdoem colocar VBC Médio e Solução na mesma frase - é ridícula e custará tão caro quando um VBC bom - só bom, claro -, porém muito mais protegido e desenhado pra isso.
É como querer um Helicóptero de Ataque e comprar Fennec com mísseis, ao invés de um Mangusta.
Solução para diminuir a dependência? Basta adquirir um projeto existente e construir fábricas aqui, ninguém discorda quanto a isso. Mas essa ideia de desenvolver VBC médio Nacional é ridícula, por ainda é comprar projeto de VBCI já pronto, colocar um canhão nele e gritar bem alto "HABEMUS VBC".