delmar escreveu: ↑Seg Set 23, 2019 7:21 pm O ponto central da discussão está na informação dos 5 milhões de chineses no Suriname. Os imigrantes chineses tem como objetivo as zonas urbanas das grandes cidades onde podem dedicar-se ao pequeno comércio. Na Argentina, especialmente em Buenos Aires, os mercadinhos são conhecido como "mercados chinos". No Brasil há uma grande população chinesa em São Paulo. Eles não tem tradição de fixarem-se em regiões remotas, pouco povoadas. Nos Estados Unidos tem uma rede de fast-food chinesa chamada PANDA EXPRESS que, o menos na Califórnia, está por toda parte.
Através da história os chineses sempre valorizaram mais os laços familiares que os políticos. O período comunista é apenas um soluço na longa história da China. Tudo pode mudar rapidamente e os chineses sabem disso. As famílias ricas e poderosas da China mandam os filhos estudarem no ocidente e investem ali para, quando as coisas ficarem ruim na China, eles terem um lugar para ir.
Agora uma coisa é certa, nem o chines pobre e nem o chines rico vai querer ir para o mato no Suriname.
No primeiro grupo, grosso modo, quando uma família inteira (ou mesmo um casal apenas) sem instrução consegue sair e se estabelecer no Ocidente não difere muito do que disseste, ou vão para Porto Alegre ou São Paulo e abrem uma pastelaria ou loja de bugiganga, ou vão para NY ou LA e abrem um Seven-Eleven ou algo assim, dá na mesma. No que começam a fazer $$$, mandam um filho ou mais para a Universidade, o(s) que não tiver(em) capacidade para tanto faz(em) igual à piada do Jacó, "fica(m) tomando conta da loja". Dos bem sucedidos, uma parte (Hollywood alega ser a maior) acaba ficando por lá e outra (alegadamente a menor) acaba voltando para a China.
Já no segundo, alunos particularmente brilhantes (e as Olimpíadas Estudantis de lá transformam até as da Europa e EUA em piada sem graça) são mandados pelo Estado (e às expensas deste) para estudar em lugares legais como Boston (MIT), Palo Alto (Stanford), Princeton & quetales; daí fica diferente, pois a família, amigos e todo mundo de quem a pessoa gosta ficou na China. Ademais, aquele geek que passa os dias e as noites com a cara enfiada nos livros e laptop fazendo pesquisa em ver de brincar de beer-pong pelos botecos é "diferente", então passa a ser tratado pelos locais como algum tipo de weirdo, sabendo muito bem que "em casa" seria honrado e respeitado precisamente por causa disso. Alguns, claro, entram no "radar" de algum headhunter e acabam seduzidos por propostas fabulosas de trabalho e ficam por lá mas a maioria volta, também com empregos ótimos e voltando a viver entre os seus. Muitos inclusive voltam para serem Professores (profissão honorabilíssima lá, desde tempos imemoriais), eis que há Escolas e Universidades estupendas lá também. Ademais, é muito mais fácil para um Chinês arranjar um excelente emprego em gigantes como a Apple e Tesla na China do que em qualquer outra parte do mundo.
Mas falamos de minorias: nem na China nem em qualquer parte do mundo os winners são pelo menos em número remotamente próximo ao dos losers. E estes? Tudo urbano, fritando pastel e vendendo bugiganga? Brabo! Quem dá duro por falta de especialização nas plantações de lá, quem faz a parte pesada e não-especializada da mineração, quem vai ser Soldado de Infantaria no Exército Popular porque lhe falta capacidade ou parente que seja membro do Partido, logo, Eleitor/Elegível (uns 5% da população) para chegar a um nível de chefia? Minorias? NÃO!
Demonstrar é bem fácil: como criar uma elite numericamente majoritária num País que ocupa bem menos de 10% da superfície habitável do planeta mas tem cerca de 1/4 de sua população e muitos concorrentes? Todos os cálculos sempre darão no mesmo resultado: NO FUCKIN' WAY! Assim, há um considerável excedente populacional de baixa instrução/renda que, devidamente orientado/comandado e com o devido $uporte, iria de boa vontade pro meio do mato cavar minas, construir pontes e levantar cidades onde só havia selva. Pode tanto ser no Suriname como em algum canto riquíssimo mas pouco habitado da África, mas que vai acontecer vai. É lógica pura. No momento tudo depende de quando e por quem vão conseguir substituir o Trump (e Warhawks como a Hillary, cada vez mais provável como candidata, dada a tremenda incompetência dos aspiras que vemos aí, é de longe a pior opção, talvez até pior que o citado. Ela deve ter tido um troço quando, com já DUAS chances de descer a lenha no Irã e azar do petróleo a USD 200, 300 ou mais e isso não é bom para os negócios; o topetudo pelo menos ficou de canto, só esbravejando, e não bombardeou/matou ninguém). Depois é só seguir em frente.
LEMBRANÇA FINAL: neste ano (1949-2019) a China comemora o 70º aniversário da tomada de poder definitiva pelo regime atual, que por nossa mania de botar rótulo em tudo chamamos de comunismo, e mais saudável do que nunca.
A URSS (1922-1991) não durou isso tudo, e décadas antes já começava a exibir claros sinais de decadência.