Upgrades Factíveis - Leo1A5

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#211 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Set 13, 2019 12:13 am

eligioep escreveu: Qui Set 12, 2019 10:53 am Aí é que te enganas.....
É o mais atual possível!
Bem... Uma afirmação dessas merece mais detalhes, hoje, entre os principais players desse mercado há dois projetos: O Armata, recem saido do forno, e o Leopard 3 que iniciou desenvolvimento e se espera que fique pronto para 2035, ambos devem ficar na casa das 50 toneladas e são chamados apenas de "MBT" sem "médio" ou "pesado" no nome, os EUA estão num círculo de começa programa-cancela programa faz duas décadas, por hora vão de M1A2D/M1A3, e nada de "médio".




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#212 Mensagem por FCarvalho » Sex Set 13, 2019 12:28 am

Acredito que no caso do EB, a primeira e melhor qualidade de qualquer CC que venha a ser adquirido é "caber no bolso". O que vier depois disso já estamos no lucro.

Nestes termos, um CC entre 30 e 40 ton pode ser mais do que suficiente para a nossa realidade geopolítica e estratégica, e principalmente para as pretensões da cav blda tupiniquim no TO sul americano.

abs




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#213 Mensagem por gogogas » Sex Set 13, 2019 9:51 am

Novas tecnologias estão sendo desenvolvidas e novas tecnologias estão a serviço de várias forças no quesito proteção , acredito que num futuro próximo , CC de grande tonelagem não terá espaço ....
Além disso , novos motores ,blindados mais leve entre outros , acredito que o EB deva aguardar mais um pouco e fazer um novo estudo sobre essas possíveis novas tecnologias e fazer um novo ROB para um CC , enquanto isso dava prioridade no Guarani 8x8 e um novo blindado sobre Lagartas para substituir os M-113 e blindados especiais de engenharia , socorro entre outros !




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#214 Mensagem por FCarvalho » Sex Set 13, 2019 12:53 pm

Gogogas, os estudos hora empenhados para um novo CC só terão frutos na realidade daqui pelo menos uns 10/15 anos.

A ideia da atualização dos CC atuais é necessária muito mais em função da exiguidade de recursos para comprar algo novo, do que propriamente interesse em manter os Leo. Na verdade, o que se propõe fazer com eles é resolver em partes a dependência logística externa através da nacionalização do máximo possível de partes e peças do bldo. Se isto for conseguido, poderemos operar com relativa tranquilidade até que um novo projeto ou CC pronto possa vir a substituí-los.

Parece, ao final e ao cabo, que o EB busca agora é constituir uma família de veículos que possa servir de base tanto para um novo CC como VBTP/VBCI-SL e respectivas famílias. Esta proposta pode significar, em tese, ao menos 1.500 bldos a serem substituídos a partir de 2035. Algo que sequer conseguimos imaginar hoje,

De qualquer forma, se mais M577 forem adquiridos, além de Marder entre outros VBE, as quantidades podem de alguma forma favorecer o custo no longo prazo de tal plataforma desejada pelo exército.

Até lá, é provável que se procure encaminhar as demais versões projetadas da família Guarani 6x6, como possível. A 8X8 ainda terá um longo caminho pela frente antes de sair do papel. E como tenho insistido aqui, partir da VBTP seria uma opção mais em conta e factível antes de se tentar obter outras derivações da mesma. Mas isso sou eu pensando alto com os meus botões.

Tendo a crer que na próxima década teremos a chance de tentar dar uma boa conclusão ao projeto Guarani 6x6. O LMV aparentemente vai sair o lote inicial planejado. E provavelmente vamos ficar por aí. As VBE 6x6 por enquanto só a porta-morteiro e Engenharia tiveram ROB emitido. As demais ainda estamos a dever. A VBR-MR 8x8 vai demorar a sair, principalmente se eventuais Centaurus B1 forem adquiridos usados dos estoques italianos, o que na atual situação, acho cada vez mais provável em um negócio governo a governo. Alguns EE-9 serão modernizados. Então, a vida dos Guarani está meio complicada.

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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#215 Mensagem por FCarvalho » Sex Set 13, 2019 6:24 pm

Alguém do CIBld ou do EME já foi ao Canadá verificar in loco a situação dos Leo C2 e das VBE deles?
Seria interessante saber em que pé estão os mesmos. Eles estão a venda pelo que se sabe.

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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#216 Mensagem por gogogas » Sex Set 13, 2019 7:16 pm

E os Italianos , será que não tem alguns em bom estado ?!




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#217 Mensagem por FCarvalho » Sáb Set 14, 2019 12:44 pm

gogogas escreveu: Sex Set 13, 2019 7:16 pm E os Italianos , será que não tem alguns em bom estado ?!
Aqui mesmo neste tópico ou no do Leo 1A5 já disseram que eles estão em péssimo estado. Mas penso que valeria a pena verificar se eventuais VBE estejam em condições de serem negociadas.

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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#218 Mensagem por FCarvalho » Sáb Abr 18, 2020 7:25 pm

gabriel219 escreveu: Sex Abr 17, 2020 10:38 pm
FCarvalho escreveu: Sex Abr 17, 2020 4:52 pm Diria autopropulsado... :mrgreen:
abs
Então pense em trocar motor, suspensão, hidráulica completa, baterias...
Mas podemos também seguir sua ideia, só moderniza a eletrônica, não importa se não existem mais peças pra motorização do Leo 1A5, afinal pra que se movimentar?
A ideia não é minha, mas dos engenheiros do EB.
Para tentar ilustrar algumas questões práticas, destaquei os pontos abaixo sobre o ROB da VBC CC Corrente.

Requisitos Absolutos

ROA 38 - A torre deve ser capaz de receber sistema de armas remotamente controlada, integrado com o sistema de controle de tiro. (Peso dez) > isso quer dizer Remax ou equivalente.

ROA 58 - Possuir computador de tiro que possibilite o disparo com o armamento principal da VBC parada ou em movimento contra alvos parados ou em movimento. (Peso dez) > substituição de todo o sistema de tiro atual.

ROA 63 - Possuir telêmetro laser integrado ao sistema de controle de tiro.(Peso dez)

ROA 68 - Possuir sistema de acompanhamento automático de alvos integrado ao computador de tiro. (Peso dez)

ROA 85 - Possuir um sistema de detecção e alerta de incidência de raios laser com cobertura horizontal de 360° (trezentos e sessenta graus) e vertical de 45° (quarenta e cinco graus). (Peso dez)

ROA 91 - Possuir, no compartimento de combate, proteção blindada frontal contra munições de energia cinética de calibre de até 120 mm (cento e vinte milímetros) APDS-T disparados com elevação de 0° (zero grau) a 30° (trinta graus), a 1000 m (um mil metros) de distância, com velocidade igual ou superior a 1.258m/s (mil duzentos e cinquenta e oito metros por segundo). (Peso dez) > isto só pode ser possível com adição de proteção externa. qual melhor se adequa, a saber.

ROA 95 - Ter capacidade de receber proteção blindada adicional de natureza passiva ou reativa à frente, flancos e retaguarda em locais de maior vulnerabilidade e incidência de impactos. (Peso dez) > os israelenses e alemães tem soluções de sobra. sua adoção seria facultativa e de acordo com a necessidade/oportunidade.

ROA 116 - Possuir Sistema de Comando e Controle composto pelos Subsistemas: Subsistema Gerenciador de Campo de Batalha (SGCB), Subsistema Comunicações e Subsistema Sensores. (Peso dez).

ROA 193 - Possuir motor de combustão interna multicarburante que possibilite o funcionamento de todos os sistemas em quaisquer condições climáticas e com variação de temperatura entre -15 °C a + 50 °C (menos quinze a mais cinquenta) graus Celsius. (Peso dez) > a ver se o motor atual pode sofrer retífica ou terá de ser obrigatoriamente substituído.

ROA 194 - Possuir caixa de transmissão automática ou de comando eletrônico semiautomático, a qual possibilite marchas à frente, à ré e pivoteamento. (Peso dez) > troca do sistema atual por completo

ROA 195 - Possuir trem de rolamento, do tipo lagarta, modular, com capacidade de receber almofadas amovíveis. (Peso dez) > este item não é nenhum problema e aproveita as lagartas já existentes. Ou pode-se simplesmente comprar novas se o preço compensar.

ROA 198 - Possuir sistema de direção mecânico ou assistido. (Peso dez) > novamente, a relação custo x benefício decide.

Requisitos Desejáveis.

ROD 3 - Possuir Sistema de Navegação Inercial. (Peso seis) > relativamente caro, mas necessário.

ROD 17 - Possuir câmeras frontais e câmera de ré para condução da viatura, todas com visão diurna e visão termal com utilização de telas tipo LCD ou similar. (Peso seis) > novamente, já existem soluções aqui via Ares/AEL ou alemães. Mas outros fornecedores podem ser verificados.

ROD 18 - Possuir blindagem composta com capacidade de proteção mínima de 900 mm (novecentos milímetros) RHA (Rolled Homogeneous Armor). (Peso seis) > não acho necessário, mas seria importante, desde que os custos compensem o projeto como um todo

ROD 19 - Possuir capacidade de receber sistema de proteção ativa ou passiva (Hard kill ou soft kill). (Peso seis) > isto é mandatório, e não faltam opções no mercado. importante ressaltar que não se fique preso a um ou dois fornecedores, mas aos que oferecerem a melhor solução e custos.

Bom, pode-se ver que algumas coisas são em grande parte ligadas a questões relativas aos sistemas C2 e ISR do veículo. A parte mecânica pode ser revisada, atualizada ou simplesmente substituída, sempre levando em consideração o custo x benefício.

O que o EB está procurando com este doc de referência é obter o máximo de operacionalidade com o menor custo possível ao Leo 1A5. A ver até onde a BID e indústria nacional conseguem apor soluções que signifiquem uma menor dependência de fornecedores externos.

abs




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#219 Mensagem por gabriel219 » Sáb Abr 18, 2020 10:21 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Abr 18, 2020 7:25 pm
gabriel219 escreveu: Sex Abr 17, 2020 10:38 pm
Então pense em trocar motor, suspensão, hidráulica completa, baterias...
Mas podemos também seguir sua ideia, só moderniza a eletrônica, não importa se não existem mais peças pra motorização do Leo 1A5, afinal pra que se movimentar?
A ideia não é minha, mas dos engenheiros do EB.
Para tentar ilustrar algumas questões práticas, destaquei os pontos abaixo sobre o ROB da VBC CC Corrente.

Requisitos Absolutos

ROA 38 - A torre deve ser capaz de receber sistema de armas remotamente controlada, integrado com o sistema de controle de tiro. (Peso dez) > isso quer dizer Remax ou equivalente.

ROA 58 - Possuir computador de tiro que possibilite o disparo com o armamento principal da VBC parada ou em movimento contra alvos parados ou em movimento. (Peso dez) > substituição de todo o sistema de tiro atual.

ROA 63 - Possuir telêmetro laser integrado ao sistema de controle de tiro.(Peso dez)

ROA 68 - Possuir sistema de acompanhamento automático de alvos integrado ao computador de tiro. (Peso dez)

ROA 85 - Possuir um sistema de detecção e alerta de incidência de raios laser com cobertura horizontal de 360° (trezentos e sessenta graus) e vertical de 45° (quarenta e cinco graus). (Peso dez)

ROA 91 - Possuir, no compartimento de combate, proteção blindada frontal contra munições de energia cinética de calibre de até 120 mm (cento e vinte milímetros) APDS-T disparados com elevação de 0° (zero grau) a 30° (trinta graus), a 1000 m (um mil metros) de distância, com velocidade igual ou superior a 1.258m/s (mil duzentos e cinquenta e oito metros por segundo). (Peso dez) > isto só pode ser possível com adição de proteção externa. qual melhor se adequa, a saber.

ROA 95 - Ter capacidade de receber proteção blindada adicional de natureza passiva ou reativa à frente, flancos e retaguarda em locais de maior vulnerabilidade e incidência de impactos. (Peso dez) > os israelenses e alemães tem soluções de sobra. sua adoção seria facultativa e de acordo com a necessidade/oportunidade.

ROA 116 - Possuir Sistema de Comando e Controle composto pelos Subsistemas: Subsistema Gerenciador de Campo de Batalha (SGCB), Subsistema Comunicações e Subsistema Sensores. (Peso dez).

ROA 193 - Possuir motor de combustão interna multicarburante que possibilite o funcionamento de todos os sistemas em quaisquer condições climáticas e com variação de temperatura entre -15 °C a + 50 °C (menos quinze a mais cinquenta) graus Celsius. (Peso dez) > a ver se o motor atual pode sofrer retífica ou terá de ser obrigatoriamente substituído.

ROA 194 - Possuir caixa de transmissão automática ou de comando eletrônico semiautomático, a qual possibilite marchas à frente, à ré e pivoteamento. (Peso dez) > troca do sistema atual por completo

ROA 195 - Possuir trem de rolamento, do tipo lagarta, modular, com capacidade de receber almofadas amovíveis. (Peso dez) > este item não é nenhum problema e aproveita as lagartas já existentes. Ou pode-se simplesmente comprar novas se o preço compensar.

ROA 198 - Possuir sistema de direção mecânico ou assistido. (Peso dez) > novamente, a relação custo x benefício decide.

Requisitos Desejáveis.

ROD 3 - Possuir Sistema de Navegação Inercial. (Peso seis) > relativamente caro, mas necessário.

ROD 17 - Possuir câmeras frontais e câmera de ré para condução da viatura, todas com visão diurna e visão termal com utilização de telas tipo LCD ou similar. (Peso seis) > novamente, já existem soluções aqui via Ares/AEL ou alemães. Mas outros fornecedores podem ser verificados.

ROD 18 - Possuir blindagem composta com capacidade de proteção mínima de 900 mm (novecentos milímetros) RHA (Rolled Homogeneous Armor). (Peso seis) > não acho necessário, mas seria importante, desde que os custos compensem o projeto como um todo

ROD 19 - Possuir capacidade de receber sistema de proteção ativa ou passiva (Hard kill ou soft kill). (Peso seis) > isto é mandatório, e não faltam opções no mercado. importante ressaltar que não se fique preso a um ou dois fornecedores, mas aos que oferecerem a melhor solução e custos.

Bom, pode-se ver que algumas coisas são em grande parte ligadas a questões relativas aos sistemas C2 e ISR do veículo. A parte mecânica pode ser revisada, atualizada ou simplesmente substituída, sempre levando em consideração o custo x benefício.

O que o EB está procurando com este doc de referência é obter o máximo de operacionalidade com o menor custo possível ao Leo 1A5. A ver até onde a BID e indústria nacional conseguem apor soluções que signifiquem uma menor dependência de fornecedores externos.

abs
Claro, a palavra de Engenheiros do Exército faz com que, magicamente, apareçam peças para motores que foram descontinuados na década de 80.

Eu achei já um absurdo quando pediram um canhão 105 mm que penetra 1200 mm RHAe, mas que p0rr@ é essa aqui?
ROA 91 - Possuir, no compartimento de combate, proteção blindada frontal contra munições de energia cinética de calibre de até 120 mm (cento e vinte milímetros) APDS-T disparados com elevação de 0° (zero grau) a 30° (trinta graus), a 1000 m (um mil metros) de distância, com velocidade igual ou superior a 1.258m/s (mil duzentos e cinquenta e oito metros por segundo). (Peso dez) > isto só pode ser possível com adição de proteção externa. qual melhor se adequa, a saber.
Os Engenheiros do EB são uns caras diferenciados mesmo, pois munição APDS-T não é fabricada no calibre 120 mm há décadas, sendo última munição APDS nesse calibre foi a PRIMEIRA, a L15 Britânica disparada pelo canhão L11A5, datada de 1965!

É incrível o nível de grosseria num único ROB, querem uma blindagem pra uma munição que nem existe mais. Mas, claro, eles são estudados e sabem o que estão fazendo.

Mesmo se falarem de APFSDS - que é BEM diferente de APDS, mas MUITO -, o nível de blindagem para se colocar no Leo 1A5, que mal suporta um AT-4, elevaria o peso da viatura a um ponto de ter que colocar um motor com, no mínimo, 1200 Hp's. Pior ainda é suportar isso há 1000 metros, logo um MBT casca de ovo.

Apesar de ter que trocar seu motor de um jeito ou de outro, imagine o custo disso?

Sério, que sandice! Cadê o @Túlio para ver uma barbaridade dessa :lol: :lol: :lol:
ROA 193 - Possuir motor de combustão interna multicarburante que possibilite o funcionamento de todos os sistemas em quaisquer condições climáticas e com variação de temperatura entre -15 °C a + 50 °C (menos quinze a mais cinquenta) graus Celsius. (Peso dez) > a ver se o motor atual pode sofrer retífica ou terá de ser obrigatoriamente substituído.
Boa sorte tentando remanufaturar o mesmo motor pela terceira ou quarta vez, como se não existisse perda de material em usinagem, algo que dá pra fazer pra sempre.




Editado pela última vez por gabriel219 em Dom Abr 19, 2020 12:17 am, em um total de 2 vezes.
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#220 Mensagem por gabriel219 » Sáb Abr 18, 2020 10:42 pm

Vamos colocar o chapéu de alumínio e fingir que isso é minimamente possível, considerando os custos estimados:

:arrow: Remax: R$ 1 milhão, a última vez que vi;
:arrow: Blindagem, com ERA pesado para causar danos em munição APFSDS - ou, como o EB está preso na década de 60, APDS - em conjunto com blindagem passiva, apostando em algo como SABRA ou AMAP-B, elevando o peso do Leopard 1A5 em 5-6 toneladas, no mínimo: algo entre R$ 5-6 Milhões; e
:arrow: Mobilidade: apostando em um novo conjunto de MTU 892 ou MTU 881 (1,000-1,200 hp's), suspensão pode ser a mesma do Puma: algo girando em torno dos R$ 4 milhões.

Só nessa brincadeira ai, estamos falando de algo em torno dos: R$ 10-11 milhões, ou US$ 1,9-2,2 milhões. Ainda considere a troca de toda a eletrônica (R$ 2 milhões), adição de ar condicionado e sistema de defesa NBRQ, sistema de detecção de emissão de laser...

Estamos falando de uma modernização custando, NO MÍNIMO, US$ 3-4 milhões por unidade. Praticamente só aproveitaremos o chassis da viatura.

Por US$ 4,5 milhões podemos ir atrás de M1A1AIM-SA, K1A2, T-90M...

Sério mesmo que essa sandice de modernizar Leopard 1A5 ainda é cogitada?




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#221 Mensagem por Túlio » Sáb Abr 18, 2020 11:14 pm

Caro @gabriel219, resta algo além de RIR? Nem dou mais bola para SANDICES, se querem acreditar que dá pra ligar a TV no focinho do porco pensando que é tomada, por mim... [003] [003] [003] [003]




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#222 Mensagem por Viktor Reznov » Sáb Abr 18, 2020 11:15 pm

Alguém aqui tinha falado umas páginas atrás de uma empresa que projetou um kit de modernização do Leo 1A5, que incluía suspensão nova, novo motor, canhão 120mm, eletrônicos modernos e blindagem passive melhorada. Qual empresa é essa?




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#223 Mensagem por gabriel219 » Sáb Abr 18, 2020 11:50 pm

Viktor Reznov escreveu: Sáb Abr 18, 2020 11:15 pm Alguém aqui tinha falado umas páginas atrás de uma empresa que projetou um kit de modernização do Leo 1A5, que incluía suspensão nova, novo motor, canhão 120mm, eletrônicos modernos e blindagem passive melhorada. Qual empresa é essa?
Existem várias empresas capazes, como a Rheinmetal, IDB, Leonardo, Adelsan, Elbit, RUAG e entre outras, até eu consigo desenvolver um bom kit pra manter o Leopard 1A5 operando e dando vida nova a ele, até com canhão 120/45 da RUAG.

O problema mesmo é o custo disso tudo e se vale a pena pagar por ele, pois ainda será um MBT com diversas limitações, além de custar o mesmo que alguns MBT's mid-high, como T-90S e K1A2, ou custar 60-70% de MBT's high-end, como K2, T-90M e entre outros.

É sandice achar que vale a pena gastar US$ 4 milhões pra modernizar Leopard 1A5 em plena década de 20 do século XXI.

É como eu falei no tópico do MBT: adquire um projeto novo sob licença ou tenta ir de usado, sendo que, hoje em dia, somente M1A1 estará disponível a tempo.

Outra possibilidade é não modernizar nada, usar até o talo e adquirir Centauro B1 - esses sim, modernizados -, versão AC do LMV e do Guarani para aguentar as pontas e possuir bons meios de defesa anticarro, em paralelo adquirir algum projeto novo já feito e que possua unidades de série sendo construídas.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#224 Mensagem por gabriel219 » Sáb Abr 18, 2020 11:58 pm

eligioep escreveu: Qui Set 12, 2019 10:53 am
Marechal-do-ar escreveu: Qua Set 11, 2019 8:14 pm

Pro EB eu não sei, pro resto do mundo é um conceito abandonado há 50 anos.
Aí é que te enganas.....
É o mais atual possível!
É mesmo, tem exemplos de MBT médio sendo desenvolvido por ai em alguma das principais Forças operacionais do mundo?




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#225 Mensagem por FCarvalho » Dom Abr 19, 2020 3:32 pm

gabriel219 escreveu: Sáb Abr 18, 2020 10:21 pm Claro, a palavra de Engenheiros do Exército faz com que, magicamente, apareçam peças para motores que foram descontinuados na década de 80.

Ninguém disse isso aqui e nem em outro lugar Gabriel. Sabes disso. O documento serve para referência do que se pleiteia necessário para colocar os Leo 1A5 em condições de serem usados por mais alguns anos até que um substituto seja encontrado. Leve em consideração que mesmos os requisitos obrigatórios podem não ser assumidos na íntegra, enquanto os desejáveis sequer adotados. Então, o valor do que será feito, ou não, nestes CC pode variar, e muito.

É incrível o nível de grosseria num único ROB, querem uma blindagem pra uma munição que nem existe mais. Mas, claro, eles são estudados e sabem o que estão fazendo.

Melhor questionar isso junto ao pessoal que elaborou o ROB, não eu. Eu sequer tenho conhecimentos em engenharia, ou de munições, etc para dizer se o que está escrito é atual ou não. Mas, enfim, seria uma boa questionar o pessoal que escreveu. Talvez haja uma resposta técnica que explique tudo isso, imagino.

http://www.cibld.eb.mil.br/index.php/fo ... de-contato
http://www.ctex.eb.mil.br/contatos
http://www.dct.eb.mil.br/index.php/contato
http://www.ime.eb.mil.br/pt/

Mesmo se falarem de APFSDS - que é BEM diferente de APDS, mas MUITO -, o nível de blindagem para se colocar no Leo 1A5, que mal suporta um AT-4, elevaria o peso da viatura a um ponto de ter que colocar um motor com, no mínimo, 1200 Hp's. Pior ainda é suportar isso há 1000 metros, logo um MBT casca de ovo.

Apesar de ter que trocar seu motor de um jeito ou de outro, imagine o custo disso?
Sério, que sandice! Cadê o @Túlio para ver uma barbaridade dessa :lol: :lol: :lol:
ROA 193 - Possuir motor de combustão interna multicarburante que possibilite o funcionamento de todos os sistemas em quaisquer condições climáticas e com variação de temperatura entre -15 °C a + 50 °C (menos quinze a mais cinquenta) graus Celsius. (Peso dez) > a ver se o motor atual pode sofrer retífica ou terá de ser obrigatoriamente substituído.
Boa sorte tentando remanufaturar o mesmo motor pela terceira ou quarta vez, como se não existisse perda de material em usinagem, algo que dá pra fazer pra sempre.

O requisito do motor é absoluto. Pode retificar, trocar, ou não. Se trocar for necessário, penso que deva haver no mínimo uma concorrência para isso. Afinal, ninguém vai pegar o primeiro motor que oferecerem, e suponho, também não vão aceitar qualquer coisa que a MTU oferecer. Resta saber qual a resposta é a mais aceitável. Se houver.
O processo de atualização proposto no ROB é indicativo do que se precisaria para manter o CC rodando e apto a servir como um meio de manutenção da doutrina. Nada do que está escrito é categoricamente impositivo quanto a sua adoção na íntegra. Podem ser adotadas medidas parciais de cada requisito, ou não. A solução para cada questão proposta é tentar encontrar soluções que comportem as limitações orçamentárias do EB.

Acredito que não haverá muitas modificações no CC, principalmente no que se refere aos requisitos desejáveis, que simplesmente podem ser dispensados em sua grande maioria. E como disse, os requisitos absolutos podem não ser adotados na sua íntegra cada um. Ou podem nem ser adotados.

Duvido que o EB admita gastar sequer US 500 mil dólares para manter um CC em fim de carreira e que irá ficar sem qualquer apoio logístico contratual a partir de 2027. Ou seja, vamos estar por conta e risco para manter estes CC. Como tenho colocado, a princípio, a ideia é verificar o quanto a BID e a indústria nacional conseguem propor soluções técnicas cabíveis a manutenção e atualização do blindado dentro das limitações financeiras do EB. Quanto menos se depender da logística externa melhor.

Enfim, se muito acredito pessoalmente que a parte eletroeletrônica e sistemas optrônicos deve ser atualizada o máximo possível junto com a motorização, suspensão e trem de rolamento. Isso significa adotar soluções que ofereçam apoio direto preferencialmente no Brasil.

Quanto à novas proteções, eu não acredito em adoção de nenhum sistema passivo, dado que, como bem colocastes, isto tornaria o carro muito pesado e traria efeitos colaterais em outros sistemas. Talvez, se o preço compensar, um sistema ativo simples e barato possa ser adotado (se existir). E nem seria para toda a frota.

Quanto a Remax custar R$ 1 milhão a peça, suponho que isto a torna basicamente fora de consideração. Por outro lado, talvez existam sistemas mais baratos oferecidos no mercado externo. Aliás, acho a Remax muito grande para ser colocada na torre do Leo 1A5.

Por fim, eu não tenho ideia se o que está sendo colocado neste ROB irá ser mesmo adotado ou não. O que posso fazer, é tentar debater - este é o objetivo do fórum - se eles podem ser adotados ou não e/ou qual a viabilidade de cada um.

No mais, é sempre bom lembrar que qualquer coisa que se faça, ou deixe de fazer em termos de atualização depende essencialmente de um fator simples: verba.

O tempo está passando e o que temos vistos é o orçamento do EB continuar na mesma situação de sempre. Contigenciamentos anuais, valores solicitados nunca integralizados na LDO, falta de perspectivas de curto prazo para qualquer projeto, remanejamento constante de cronogramas, e assim vai.

Podemos imaginar então que a viabilidade dessa atualização está seriamente ameaçada. Ou para ser mais honesto, ela praticamente está inviabilizada por tempo indefinido, haja vista a atual situação por que passamos.

Assim, sem nenhuma perspectiva real de conseguir apôr os recursos necessários para fazer qualquer coisa em relação aos Leo 1A5 no curto prazo, então o que resta esperar é que eles sejam operados do jeito que estão enquanto durarem. E quando não houver mais condições de fazê-lo, simples, a sua retirada será feita sem maiores dramas ou questionamentos por quem quer que seja. Ou acreditas mesmo que alguém neste ou em qualquer outro governo vai se incomodar pelo fato do EB não dipor de carros de combate?

abs




Carpe Diem
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