Mapinguari escreveu: ↑Dom Set 15, 2019 3:22 am
FCarvalho escreveu: ↑Sáb Fev 16, 2019 5:50 pm
A FAB se programou para três lotes objetivando 108 caças...
Bom dia a todos.
Eu acredito em um segundo lote, com mais unidades (talvez 48-50), mas não em 3 lotes de 36. Como você mencionou, considerando o valor do financiamento de SEK 39,9 bilhões, que hoje, equivalem a cerca de US$ 4,1 bilhões, isso daria US$ 117 milhões por caça, naquela conta de padaria que inclui tudo de que consta o contrato (incluindo ToT), dividido pelo número de aeronaves. Considerando somente as aeronaves, o valor de cada Gripen E/F deve estar na faixa de US$ 85-90 milhões. Se a Suécia adquirir mais 60 aeronaves e outros países também virem a adquirir mais unidades do caça, o preço de cada Gripen E?f de um segundo lote de 50 aviões pode ser até igual ou pouco inferior ao que pagamos pelo primeiro lote. Então, um segundo lote maior faz sentido.
E a FAB form muito inteligente com a questão da linha de produção no Brasil, pois fica mais "palatável" convencer ao poder político que um novo lote é importante não apenas para melhor a capacidade de defesa do Brasil, substituindo os F-5M e A-1 restantes, mas também para manter a linha e empregos de alto nível criados com a produção do caça no Brasil.
Acredito que, com cerca de 86 Gripen E/F, a FAB estará muito bem servida em termos de aviões de combate para as próximas duas décadas, até um MLU da frota, garantindo mais 20 anos na dianteira tecnológica na AL.
Olá Mapinguari,
lendo entrevistas de oficiais da FAB na Revista Força Aérea, o que se pode depreender é que existem duas possibilidades: uma é solicitar o segundo lote ao final da entrega do primeiro, ou seja, por volta de 2024/2025. A segunda é, em dependendo do acerto das exportações do caça, e tendo em vista a proteção do processo produtivo na Embraer, que isso seja adiantado já em 2021/2022.
horas, a SAAB divulgou este ano que a força aérea sueca e o MD deles estariam trabalhando com o planejamento de aquisição de mais 60 unidades do Gripen E. O dado deve ser confirmado, ou não, no ano que vem em virtude do programa de defesa quadrienal deles.
Independente de exportações, a SAAB mais de uma vez já deu informes de que está negociando um segundo lote com a FAB, por mais que esta última negue qualquer coisa neste sentido. E na verdade faz bem em não fazê-lo, posto que sequer recebemos o caça e muito menos começamos a pagar os que iremos receber do primeiro lote. Então, como diz o cito popular, o segredo é a alma do negócio.
A se confirmar o segundo lote sueco, que acredito deva ser já no ano que vem, é provável que a FAB possa engajar-se também em um pedido conjunto com os suecos, agora com uma quantidade maior do caças, visto que os preços e custos seriam muito mais favoráveis. Assim, e levando em conta que a oferta financeira sueca possa ser tão boa ou melhor que a primeira, nada diz que estes caças não possam ser encomendados no curto prazo. Aliás, diante da realidade de descalabro econômico e orçamentária do GF e de gestões futuras, seria uma atitude de bom senso encomendar no menor prazo possível a maior quantidade possível, também, de F-39 E/F, a fim de se cobrir, em tese, as três bases aéreas que hora se pensa dispor no alto comando da FAB. Para tanto e fazê-lo de modo a igualar em capacidade e condições estas bases, pelo menos 72 caças a mais deveriam ser encomendados. Isso possibilitaria 36 unidades em cada base e completar as 108 previstas.
Se os suecos encomendarem as 60 unidades adicionais, somadas a eventuais 72 brasileiras, seriam 132 caças, o que daria para manter a linha de produção aqui e lá aberta até 2030, pelo menos. Sem contar que tal quantidade encomendada em conjunto poderia facilmente colocar abaixo, literalmente, o preço do caça. E como a comunalidade de sistemas tem sido cada vez maior entre os dois modelos, isso ajudaria muito em tal perspectiva.
E tudo isso sem gastar necessariamente mais do que o fizemos na primeira vez.
Outra hipótese é manter 24 caças em cada base, o que soma 72 caças no total. Não creio que seja uma quantidade suficiente para nossas necessidades, mas diante do fato de que defesa nunca foi e nem chegará a ser um assunto sério no Brasil, com certeza é melhor do que nada. Seria o caso de adquirir apenas mais 36 unidades.
Conquanto creio que a FAB deva tentar aproveitar as oportunidades que lhe apareçam à porta, posto que não é todo dia que a sorte resolve bater nela.
Uma provável encomenda conjunta poderia render para a Embraer e para a BID muitos negócios em relação aos suecos. Até as demais forças poderiam ganhar com isso.
É só saber negociar.
abs