gogogas escreveu: Dom Set 01, 2019 1:34 pm
Sei que não o tópico certo , mas a FAB deveria deixar o GTE restrito ao presidente e ao vice !
Os demais vão de avião comercial .
Sobre trasporte de pacientes e órgãos , o SAMU deveria ter um grupamento responsável para este fim ! Sendo dividido 4 bases , podendo ter aviões para este fim , como os Phenom poderiam cobrir está lacuna ....
Olá gogogas,
Por lei a missão do GTE é o transporte das autoridades do poder público, sob a administração da FAB, e que serve demandas dos três poderes. Mas como se viu nos últimos anos, este tipo de transporte foi bastante diminuído em virtude dos vários escândalos de mau uso das aeronaves. Hoje praticamente quem usa os aviões são o PR e o vice, os presidentes da câmara e senado e o presidente do STF, desde que a viagem seja a trabalho, ou para suas residências, dependendo das justificativas, que via de regra, envolvem questões de segurança pessoal dos agentes públicos.
Os ministros de Estado também podem utilizar aquelas aeronaves para trabalho e não mais que isso. Geralmente a PR delimita através da FAB quem pode, quando e porque voar no GTE. Os critérios mudaram bastante e hoje o GTE tem um uso mais adequado e racional.
Sempre fui de opinião que o GTE deveria ser simplesmente extinto, e seus aviões repassados a Base Aérea de Brasília, sob a gestão da Ala 1. Prioridade de uso para o PR e vice, e os presidentes dos poderes quando em trânsito a serviço. Para tanto, os Legacy 600 que estão lá são mais que suficientes. Com o advento dos Praetor, melhor ainda. Duas a quatro aeronaves seriam mais que suficientes. Os E-190 e o A-319 podem ser substituídos hoje pelos E-190 E-2 - duas unidades - e que possui alcance para chegar a qualquer ponto da América do Sul sem qualquer modificação nele. Os Airbu pode ser vendido e ajudar a comprar um 767-300 usado que possa servir de VVIP nas viagens internacionais. O ideal seriam duas aeronaves, mas na falta de uma, vai com o que tem no apoio, seja um KC-390 ou um Legacy.
A quantidade de E-145 e E-135 pode ser distribuída por outros esquadrões e aproveitada nas missões ISR que são muito mais importantes e prioritárias para a FAB do que servir de táxi aéreo para político.
Em tempo, a FAB adquriu 4 a 6 Phenom 100EV para o GTE. Espero que não só ajudem a completar a frota como substituam com vantagens várias aeronaves que estão lá.
Quanto ao trasporte de pacientes e órgãos, isso a FAB o faz mais por caridade do que por qualquer convenção legal. E até creio que se houvesse as mudanças que penso devem ser feitas na aviação de transporte para os próximos anos, essa atividade pode continuar sem maiores problemas, e até incrementada, na medida em que a instituição tenha os recursos materiais e humanos necessários para bem cumpri-la.
Confesso que o SAMU realmente deveria dispor de um sistema de resgate aéreo para atender Estados e Municípios. Mas não vou me alongar aqui pois estou colhendo informações para abrir um tópico específico sobre resgate aeromédico no Brasil. Penso que vai nos oferecer muitas e boas páginas de reflexão e debate. A coisa neste setor é bem mais complexa do que se possa imaginar. Mas felizmente esse ano já houveram algumas iniciativas no sentido de começar um debate sério e a proposição de políticas públicas concretas sobre o tema. Estamos muito atrás dos países desenvolvidos, também, neste aspecto.
abs.