BOMBEIROS DOS CÉUS

[J.Ricardo]

Discordo em parte, em calamidades as FA tem que se envolver sim, não faz nenhum sentido um estado da federação onerar seu orçamento comprando um Hércules, um KC-390 ou até o Y-8 mais barato, sendo que os aviões da FAB vão estar parados no hangar simplesmente por não ser sua "missão" primária. O que deve ser feito nesses casos, é reembolsar a força dos gastos na operação para que não sacrifique ainda mais seu orçamento.
Sou contra colocar as FA em operação de GLO, arriscando se envolverem em situações como daquela família que foi metralhada no RJ, mas em calamidades naturais tem que se envolver sim, é assim no mundo todo, não será diferente aqui.

[gusmano]

As FA´s , nesse caso, devem atuar igual o Power Ranger Branco...só aparecem quando a coisa tá feia demais e os demais "Rangers" não deram conta.

abs

[FCarvalho]

Olá JRicardo,

Uma coisa tem que ficar clara. Nenhuma aeronave da FAB fica "parada no hangar", com ou sem calamidades acontecendo no Brasil. As demandas civis solicitadas à instituição por via da sua aviação de transporte ocupam mais da metade das horas de voo destinadas por ano a esta aviação. O que sobra, é utilizado em missões da própria FAB e em apoio as demais forças, que é bem pouco, diga-se de passagem. Assim, não é licito afirmar que os aviões ficam parados, porque eles simplesmente não ficam. Na verdade faltam mais horas de voo, mais aeronaves, mais recursos e mais pessoal para dar conta de tudo. E isto simplesmente não existe.

Com o advento do KC-390, as 28 unidades, que devem ter uma disponibilidade acima de 80% regularmente, terão muito, mas muito mesmo, trabalho para conseguir dar conta de tudo que se pede à FAB, e hoje não é atendido plenamente, seja por aeronaves indisponíveis, seja porque não há material, pessoal e recursos suficiente para atender a tudo.

E se deixar, a FAB sequer consegue voar para si mesma, em vista do comportamento tacanho e irresponsável de políticos nos três níveis de poderes, nos três poderes.

A FAB não passa de um táxi aéreo e uma transportadora de luxo para quem está em Brasília e nos Estados e municípios. Ninguém realmente se importa se ela tem ou não como missão primária o exercício da defesa aérea do país. O pessoal quer saber é se tem avião da FAB para poder dar conta das consequências das suas omissões enquanto gestores públicos e fica por aí. Desde um simples resgate aeromedico até levar parentes, puxa-sacos e apaniguados a algum lugar. É isso que se quer e se espera da FAB. O resto, é problema dos outros.

Os incêndios atuais não são calamidades e nem podem ser classificados assim. Já tivemos situações bem piores em anos passados e ninguém deu uma única palavra. A situação de hoje apenas tomou destaque porque alguém lá fora resolveu nos pegar, como sempre, como justificativa para sua falta do que dizer.

Enfim, apagar incêndios não é trabalho da FAB e vai continuar não sendo. É missão subsidiária. E missão subsidiária é eventual, não planejada e fora da organização material e pessoal da força. Também é assim em todo o mundo.

Se tivéssemos uma política pública a nível nacional séria para os CBM e organizações que trabalham com gestão e proteção ambiental, com certeza não estaríamos vendo tudo isso que está aí agora.

Mas como os políticos não são chegados em prevenção e planejamento, é mais fácil chamar a FAB para quebrar o galho e ir garantir a propaganda para as próximas eleições. E se tiver incêndio também no ano que vem, melhor ainda.

abs

[gogogas]

Sei que não o tópico certo , mas a FAB deveria deixar o GTE restrito ao presidente e ao vice !
Os demais vão de avião comercial .
Sobre trasporte de pacientes e órgãos , o SAMU deveria ter um grupamento responsável para este fim ! Sendo dividido 4 bases , podendo ter aviões para este fim , como os Phenom poderiam cobrir está lacuna ....

[FCarvalho]

Sei que não o tópico certo , mas a FAB deveria deixar o GTE restrito ao presidente e ao vice !
Os demais vão de avião comercial .
Sobre trasporte de pacientes e órgãos , o SAMU deveria ter um grupamento responsável para este fim ! Sendo dividido 4 bases , podendo ter aviões para este fim , como os Phenom poderiam cobrir está lacuna ....

Vou responder no tópico do GTE.

abs.

[J.Ricardo]

FCarvalho, mas questão do GTE nunca vai acabar, mesmo que um dia acabem-se os caças, ainda vai existir um GTE. Mesmo em épocas de crises, já viu alguma esfera do governo cortar seus benefícios?

Quanto ao transporte de órgãos, qual a dificuldade da FAB fazer isso? Até as polícias fazem isso dentro do estado, pelo menos em SP é assim, já vi vários casos do Águia da PM fazendo esse tipo de transporte, se for assim, a polícia vai parar de socorrer feridos, pois não é de sua competência, e sim do SAMU.

A FAB tem que ajudar combater incêndios sim, a Amazônia não é o Estado de SP, ou de Minas, ela é um continente quase do tamanho da Europa Ocidental, em situações como essa onde gera toda uma pressão internacional, a resposta tem de ser uma operação de guerra, e pode ter ser certeza, nesse momento, estamos travando uma guerra não convencional por lá, com vários países no mundo torcendo e até agindo por nosso fracasso.

[J.Ricardo]

http://www.cavok.com.br/blog/helicopter ... idae-2018/

Estamos na época das chuvas então o assunto é um pouco morto por aqui, mas um ótimo helicóptero e que poderiam também ser muito bem utilizado em tarefas logísticas no TO da Amazônia é esse horrível mas muito útil S-64. Carrega 10mil litros de água e recarrega em 45 s em voo estático, seria muito útil por aqui.

[J.Ricardo]

https://www.cavok.com.br/fab-atua-no-co ... o-pantanal



Aparentemente, a ida do Mourão para o Conselho da Amazônia deu um incentivo maior para o combate as queimadas no Brasil, no ano passado demoraram muito para tomar atitudes como essa, dessa vez as forças armadas entraram cedo e com "força" no combate as chamas.

[FCarvalho]

Já passou mais do que na hora de equipar os Bombeiros Militares nos Estados, pelo menos eles, com helos e aviões dedicados exclusivamente a incêndios florestais.
Continuar da forma como estamos, reativos aos problemas quando eles aparecem, e só quando eles aparece, dá a entender que sabemos e conhecemos os problemas, mas não existe vontade de fato em resolvê-los.
Isso cria espaço para críticas ao governo e à gestão do meio ambiente.
Se quisermos mesmo começar a combater de verdade esses incêndios anuais, temos que começar metendo a mão no bolso e arcando com as responsabilidades.
De outra forma, todo ano se repete essa lenga-lenga e fica tudo por isso mesmo.

abs

[Viktor Reznov]

Já passou mais do que na hora de equipar os Bombeiros Militares nos Estados, pelo menos eles, com helos e aviões dedicados exclusivamente a incêndios florestais.
Continuar da forma como estamos, reativos aos problemas quando eles aparecem, e só quando eles aparece, dá a entender que sabemos e conhecemos os problemas, mas não existe vontade de fato em resolvê-los.
Isso cria espaço para críticas ao governo e à gestão do meio ambiente.
Se quisermos mesmo começar a combater de verdade esses incêndios anuais, temos que começar metendo a mão no bolso e arcando com as responsabilidades.
De outra forma, todo ano se repete essa lenga-lenga e fica tudo por isso mesmo.

abs

Eu meio que concordo com a ideia de equipar os bombeiros militares com meios aéreos mas, com exceção de SP, MG e RJ, não vai ter mais nenhum outro Estado que vai levar a sério a manutenção dessas aeronaves, então já temos tragédias anunciadas se formando, no melhor dos casos frotas enormes paradas por falta de manutenção. Eu tenho em mente a formação de uma aviação militar federal específica pra combates de incêndios e que se possam deslocar conforme necessário pros pontos mais críticos do país conforme necessidade, uma força federal própria, militar, de aviação voltada só pra combate a incêndios.

[FCarvalho]

Eu meio que concordo com a ideia de equipar os bombeiros militares com meios aéreos mas, com exceção de SP, MG e RJ, não vai ter mais nenhum outro Estado que vai levar a sério a manutenção dessas aeronaves, então já temos tragédias anunciadas se formando, no melhor dos casos frotas enormes paradas por falta de manutenção. Eu tenho em mente a formação de uma aviação militar federal específica pra combates de incêndios e que se possam deslocar conforme necessário pros pontos mais críticos do país conforme necessidade, uma força federal própria, militar, de aviação voltada só pra cISombate a incêndios.

O problema disso ficar nas mãos do governo federal é que vai incentivar mais ainda a irresponsabilidade e inépcia dos governos estaduais e municipais em relação as queimadas em suas áreas de responsabilidade.
Além de equipar os BM, também pode ser feito algo no sentido de atrair empresas especializadas em combate a incêndios no Brasil, algo que até hoje não temos por aqui.
Uma frota de helos e aeronaves nos BM tem que estar amarrada a condições específicas de utilização e zelo dos mesmos, de forma a que Estados e GF ambos arquem com os gastos de compra e, por tempo determinado, dos custos de manutenção de parte do governo federal. Se isso for feito, os governadores seriam obrigados a relatar de tempos em tempos as condições em que estes bens estão, qual o uso efetivo deles, e se há de fato manutenção e estrutura para sua operação. Pode entrar nesse negócio o MPF, MPE, ministério público de contas e do trabalho, TCU, TCE, as assembleias estaduais e congresso nacional, além de órgãos de controle como as corregedorias estaduais e federais.
Fazendo um bom planejamento, de curto, médio e longo prazo, cada Estado seria obrigado a elaborar um plano de metas para dispor a quantidade e especificações necessárias a si em termos de frota. Nada desse negócio de governador indicar o que bem quiser, mas os BM seriam responsáveis por isso, com auxílio federal.
Neste aspecto, por exemplo, no meu Estado, existe pelo menos sete localidades no interior em que haveria a necessidade de helos para os BM, e que serviriam não somente ao combate de incêndios, mas cobririam todo o escopo de missões atribuídas à essas organizações. Inclusive cobrindo ações que hoje somente são realizadas pelos helos e aviões das ffaa's. Só isso já seria de grande ajuda pois liberaria estes vetores militares para investir mais tempo em suas missões primárias.
Há Estados, por outro lado, que teriam necessidade apenas de helos e aviões nas suas respectivas capitais, dado que são pequenos e podem realizar todas as missões a partir daqueles centros urbanos.
Se não levarmos mais a sério esse negócio de federação que está no nome do país, vamos ficar dando voltas ao redor dos problemas sem resolvê-los.
Existe a intenção de uma empresa suíça colocar uma fábrica de helos aqui no Brasil. Foi até comprada pela Leonardo. Poderia ser uma forma de matar dois coelhos numa só paulada. Arrrumamos mais uma indústria aeronáutica para o país, e ainda dispomos aos BM estaduais de um vetor fabricado e com apoio pós venda nacional. Ninguém vai poder reclamar dizendo que não tem como manter os helos, neste caso, com a fabricante dele aqui dentro do pais. Um bom acordo de CLS já supriria esta parte. E quem não fizer o seu dever de casa direitinho, bom, a lei existe para todos. Se todos fizerem a sua parte direito também.

abs

[FCarvalho]

Grande avião anfíbio da China completa seu primeiro voo no mar
Published: 2020-07-27

http://portuguese.cri.cn/videos/noticia ... 13726.html

Se tem uma coisa que até hoje creio ser extremamente questionável é o abandono das aeronaves anfíbias em um país como o Brasil, com milhares de rios e vias aquáticas tanto litoral como interior.
E dizer que temos pistas de sobra hoje não justifica e nem explica esse abandono, já que não falta aqui na minha região são cidades sem pistas de pouso e com acesso somente por via fluvial.

abs

[Túlio]

Eu meio que concordo com a ideia de equipar os bombeiros militares com meios aéreos mas, com exceção de SP, MG e RJ, não vai ter mais nenhum outro Estado que vai levar a sério a manutenção dessas aeronaves, então já temos tragédias anunciadas se formando, no melhor dos casos frotas enormes paradas por falta de manutenção. Eu tenho em mente a formação de uma aviação militar federal específica pra combates de incêndios e que se possam deslocar conforme necessário pros pontos mais críticos do país conforme necessidade, uma força federal própria, militar, de aviação voltada só pra combate a incêndios.

Era só ter uma charla com a tigrada da BAZALT (Ru) e nem precisava avião novo, qualquer AMX, Gripen, F-5 e até Super Tucano poderia ao mesmo tempo apagar fogo e treinar lançamento de bombas:



Claro que os Bombeiros que estivessem combatendo o fogo desde o solo iam se cagar de pavor!

[FCarvalho]

Pelo que diz ali no cartaz, e pode ser depreendido, o raio de ação desta "bomba" varia de 300 a 1000 metros, dependendo do tipo de lançamento.
É uma solução bastante inventiva. Se o custo compensar, creio que a FAB topa.

abs

[J.Ricardo]

Os estados mal conseguem manter helicópteros para segurança pública, quem dirá aviões como o Bombardier CL-415.
esse papel tem que ser do governo federal, se as guerras de narrativas não fossem tão acirradas, poderíamos até usar esse Fundo Amazonas para manter alguns desses aviões nos estados para serem usados nessas ocasiões.