FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
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- J.Ricardo
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Aqui no Brasil chamam de templo ou capela cfe a importância.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Miguel Ribeiro: Nem Deus, nem Darwin. E se o universo resultar de um programa como se fosse um computador?
https://24.sapo.pt/tecnologia/artigos/m ... computador
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- J.Ricardo
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Próximo alvo: MARTE
https://www.msn.com/pt-br/carros/curios ... ar-AAG11UX
A nova ideia agora é bombardear Marte com Nukes para aumentar a quantidade de dióxido de carbono em sua atmosfera.
https://www.msn.com/pt-br/carros/curios ... ar-AAG11UX
A nova ideia agora é bombardear Marte com Nukes para aumentar a quantidade de dióxido de carbono em sua atmosfera.
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- cabeça de martelo
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Por muito que eu admire o homem, neste caso não estou a ver como é que este plano pudesse ser concretizável ou sequer eficaz.J.Ricardo escreveu: Seg Ago 19, 2019 11:42 am Próximo alvo: MARTE
https://www.msn.com/pt-br/carros/curios ... ar-AAG11UX
A nova ideia agora é bombardear Marte com Nukes para aumentar a quantidade de dióxido de carbono em sua atmosfera.
- cabeça de martelo
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Islândia recorda desaparecimento de glaciar e alerta para aquecimento global
A Islândia vai descerrar este domingo uma placa em memória do primeiro glaciar da ilha a perder essa denominação, para chamar a atenção para o aquecimento global.
A placa vai ser descerrada no local do antigo Okjokull, ou glaciar Ok, em islandês, no oeste da ilha. A cerimónia vai contar com a presença da primeira-ministra islandesa, Katrin Jakobsdottir, e a antiga comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos Mary Robinson.
Na placa estará a menção “415 ppm CO2”, em referência ao nível recorde de concentração de dióxido de carbono (CO2) registado na atmosfera em maio passado.
“Ao assinalar a destituição deste glaciar, queremos destacar o que está a desaparecer, ou a morrer, em todo o mundo, e chamar a atenção de que se trata de algo feito pela humanidade”, afirmou, em comunicado, Cymene Howe, professora de antropologia na Universidade Rice nos Estados Unidos, uma das responsáveis pela iniciativa.
“O debate sobre as alterações climáticas conseguem ser muito abstratas, acompanhadas por numerosas estatísticas catastróficas e modelos científicos complexos e incompreensíveis”, acrescentou.
Assim, “um monumento em memória de um glaciar desaparecido pode servir para se perceber” a situação atual, disse.
Em 1980, o Okjokull cobria 16 quilómetros quadrados de superfície, já em 2012 a extensão coberta era de 0,7 km2, de acordo com um relatório da Universidade da Islândia, publicado em 2017.
Em 2014, as autoridades tomaram, pela primeira vez, a decisão de desclassificar o Okjokull.
O parque natural do Vatnajokull, no sul da Islândia, inscrito no património mundial da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) desde julho, tem o nome do glaciar que abriga, considerado o maior da Europa.
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... bal-479966
A Islândia vai descerrar este domingo uma placa em memória do primeiro glaciar da ilha a perder essa denominação, para chamar a atenção para o aquecimento global.
A placa vai ser descerrada no local do antigo Okjokull, ou glaciar Ok, em islandês, no oeste da ilha. A cerimónia vai contar com a presença da primeira-ministra islandesa, Katrin Jakobsdottir, e a antiga comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos Mary Robinson.
Na placa estará a menção “415 ppm CO2”, em referência ao nível recorde de concentração de dióxido de carbono (CO2) registado na atmosfera em maio passado.
“Ao assinalar a destituição deste glaciar, queremos destacar o que está a desaparecer, ou a morrer, em todo o mundo, e chamar a atenção de que se trata de algo feito pela humanidade”, afirmou, em comunicado, Cymene Howe, professora de antropologia na Universidade Rice nos Estados Unidos, uma das responsáveis pela iniciativa.
“O debate sobre as alterações climáticas conseguem ser muito abstratas, acompanhadas por numerosas estatísticas catastróficas e modelos científicos complexos e incompreensíveis”, acrescentou.
Assim, “um monumento em memória de um glaciar desaparecido pode servir para se perceber” a situação atual, disse.
Em 1980, o Okjokull cobria 16 quilómetros quadrados de superfície, já em 2012 a extensão coberta era de 0,7 km2, de acordo com um relatório da Universidade da Islândia, publicado em 2017.
Em 2014, as autoridades tomaram, pela primeira vez, a decisão de desclassificar o Okjokull.
O parque natural do Vatnajokull, no sul da Islândia, inscrito no património mundial da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) desde julho, tem o nome do glaciar que abriga, considerado o maior da Europa.
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... bal-479966
- Sterrius
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
415ppm. Em 2017 era 400ppm . Subir 7ppm/ano é uma taxa preocupante.
Ainda lembro dos jornais alertando que tinhamos atingido 380 uns anos atrás
O "fun fact" de julho.
Ainda lembro dos jornais alertando que tinhamos atingido 380 uns anos atrás
O "fun fact" de julho.
- Marcelo Ponciano
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Reportagem sensacional do Metropoles (um jornal on line aqui do DF que tem se destacado por ótimas e premiadas reportagens,Os Segredos dos Arautos: o que escondem as muralhas de castelos habitados por grupo católico ultraconservador
Cinco castelos espalhados pelo país abrigam milhares de crianças e jovens brasileiros sob os cuidados de uma comunidade religiosa que pratica rituais secretos. Pais acusam instituição de crimes como abuso físico e psicológico. Vaticano e Ministério Público investigam.
https://www.metropoles.com/materias-esp ... o-catolico
Essa seita católica possui nada menos que 5 Castelos gigantescos espalhados pelo Brasil (dos quais eu nunca ouvi falar) que fazem Hogwarts parecer uma senzala (a comparação com Hogwarts atriu diversas crianças para a entidade).
Eles arrecadam 11 milhões de reais por mês e estão sendo investigados pelo MPF e pelo Vaticano por supostas práticas ilegais (dentre eles abusos físicos e psicológicos contra crianças). Os recursos estão vindo de doações de católicos espalhados pelo Brasil, Portugal, Espanha e Itália. Geralmente por meio de cartas solicitando doações para obras de uma entidade chamada "Associação Cultural Nossa Senhora de Fátima". Minha mãe que é católica vive recebendo cartas desse pessoal pedindo doações.
A reportagem é extensa e cheia de imagens inacreditáveis. Recomendo que abram o link e leiam a matéria.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
- delmar
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
A reportagem sobre os Arautos está um pouco exagerada, especialmente quanto aos castelos. Os "Arautos" são os herdeiros da TFP (Tradição, familia e Propriedade) do falecido Plinio de Oliveira e devem ter recebido os bens imóveis daquele movimento. Para muitos católicos eles são considerados heréticos. São poucos expressivos na igreja e não tem, nem de longe, a importância de outros movimentos, como a OPUS DEI.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Morre a filha do Luis Enrique de cancro, com 9 anos de idade
Como é que é suposto uma pessoa acreditar que existe um "deus" ao ler noticias destas, expliquem-me como se eu fosse muito burro...
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Physics Explains Why Time Passes Faster As You Age
https://getpocket.com/explore/item/phys ... as-you-age
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- cabeça de martelo
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
PORQUE É QUE ANTÓNIO GUTERRES CONVOCOU UMA CIMEIRA MUNDIAL? 7 PONTOS ESSENCIAIS SOBRE AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
Líderes mundiais reúnem-se na segunda-feira em Nova Iorque, numa cimeira convocada pelo secretário-geral da ONU para definirem objetivos mais ambiciosos na contenção do aquecimento global.
António Guterres escreveu aos líderes de todos os países para que, juntos, na ONU, assumam metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa mais ambiciosas do que as prometidas no Acordo de Paris, em 2015.
Os gases com efeito de estufa são uma das causas das alterações climáticas, nas palavras de António Guterres o maior problema da humanidade, que vai afetar dramaticamente o futuro se nada de substancial for feito.
Apesar de os países do mundo se terem comprometido em reduzir essas emissões a verdade é que elas têm vindo a aumentar todos os anos, comprometendo a meta de impedir que o aumento da temperatura global não seja superior a dois graus em relação à média da época pré-industrial.
Alguns pontos essenciais sobre emissões de gases com efeito de estufa e alterações climáticas:
1. ACORDO DE PARIS
Numa conferência da ONU na capital francesa foi alcançado em dezembro de 2015 o chamado Acordo de Paris, segundo o qual a quase totalidade dos países do mundo se comprometeram a limitar o aumento da temperatura média global a um máximo de dois graus celsius (2ºC) acima dos valores médios registados na época pré-industrial. Está provado que a temperatura no planeta tem vindo a aumentar e que tal se deve à ação humana. O Acordo de Paris pretende limitar esse aquecimento a menos de 2ºC e que de preferência não ultrapasse os 1,5ºC.
2. IPCC
O Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), formado por cientistas e sob os auspícios da ONU, lançou em outubro do ano passado um relatório científico segundo o qual é urgente que se tomem medidas para impedir que o aumento da temperatura exceda os 1,5ºC, salientando que as consequências serão agravadas se esse aumento chegar aos 2ºC. Não ultrapassar até ao fim do século os 1,5ºC de aumento de temperatura significa reduzir em 45% até 2030 as emissões de dióxido de carbono.
A atividade humana provocou já o aumento da temperatura em 1ºC. Com um aumento estimado em 0,2ºC por década os 1,5ºC serão atingidos em 2040, se nada for feito.
Até agora têm vindo a aumentar as emissões de gases com efeito de estufa.
3. AQUECIMENTO GLOBAL
É o nome dado ao aumento da temperatura sentido em todo o planeta, seja na atmosfera seja nos oceanos, devido à atividade humana, especialmente pela queima de combustíveis fósseis. Substituir os combustíveis fósseis por energia limpa, como a eólica ou solar, diminui substancialmente a emissão de gases com efeito de estufa. O mesmo acontece com transportes não poluentes.
Muitos países, entre eles Portugal, já anunciaram medidas de transição e eficiência energética para as próximas décadas, ainda que de concreto nada de substancial tenha sido feito.
O aquecimento global provoca o degelo das calotes polares, a subida do nível das águas do mar, a acidificação dos oceanos, a destruição de ecossistemas, a extinção de espécies, e provoca fenómenos meteorológicos extremos cada vez mais intensos e frequentes.
4. ACIDIFICAÇÃO
A grande quantidade de dióxido de carbono lançado para a atmosfera, que provoca o chamado “efeito de estufa”, faz também com que aumente a quantidade de dióxido de carbono dissolvido na água do mar.
Na ligação do dióxido de carbono com a água do mar forma-se o ácido carbónico, contribuindo para a acidificação. Estudos que têm sido divulgados indicam que o ph (nível de alcalinidade, neutralidade ou acidez da água) está a mudar e que a acidez dos oceanos aumentou 30%.
A acidificação pode afetar animais com conchas, algas e corais, mudar habitats e reduzir espécies (o bacalhau, por exemplo, segundo um estudo recente). Há estudos que alertam que se nada for feito, a longo prazo a acidificação pode acabar com toda a vida nos oceanos.
5. IMPACTOS NOS ECOSSISTEMAS
À destruição da biodiversidade causada diretamente pelo Homem junta-se a destruição causada pelas alterações climáticas. Segundo um relatório científico divulgado em abril passado, um quarto de 100 mil espécies avaliadas pode desaparecer, seja por pressões causadas pelo homem seja pelas alterações climáticas. Os cientistas dizem que a extinção de espécies está a ocorrer a uma rapidez nunca antes registada.
Um relatório das Nações Unidas alertava recentemente que está ameaçado um milhão dos oito milhões de espécies animais e vegetais que se estima existirem na Terra, sendo as alterações climáticas uma das causas diretas.
Especialistas e investigadores têm ciclicamente divulgado estudos alertando para o declínio do número de espécies provocado pela deterioração ou destruição de ecossistemas. E há pelo menos um estudo que diz que a maior extinção em massa do planeta aconteceu devido às alterações climáticas.
6. DEGELO DAS CALOTES POLARES E DOS GLACIARES E SUBIDA DO NÍVEL DAS ÁGUAS DO MAR
O aumento da temperatura na Terra também se faz sentir nos polos levando a que as massas de gelo derretam mais rapidamente. Na IV Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, no Quénia, foi apresentado um relatório segundo o qual a temperatura do Ártico vai aumentar entre 03ºC a 05ºC até 2050. Para a Antártida também têm sido apresentados estudos com dados similares.
O degelo nos polos, onde o aumento da temperatura é superior à média, e dos glaciares provocam a subida do nível do mar.
Especialistas estimam que o gelo marinho do Ártico tenha diminuído 40% desde 1979 e que os verões na região deixarão de ser gelados antes de 2030, a continuarem as atuais emissões de dióxido de carbono.
As temperaturas elevadas afetam zonas que no passado estavam permanentemente geladas (‘permafrost’), cujo degelo resulta na libertação de metano, gás com efeito de estufa mais pronunciado que o dióxido de carbono. Os grandes incêndios deste verão no Alasca e na Sibéria são consequência do aquecimento global.
Um trabalho publicado em fevereiro na revista científica Nature indica que o derretimento do gelo na Gronelândia e na Antártida vai causar temperaturas mais extremas e imprevisíveis, com os investigadores a alertarem que com a atual emissão global de CO2 as temperaturas irão subir 03ºC a 04ºC.
Uma equipa de investigadores da Nova Zelândia, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos diz que vai haver uma subida acentuada do nível do mar a partir de 2065. Outros cientistas já advertiram que os glaciares dos Alpes europeus vão perder metade do gelo até 2050.
A subida do nível do mar vai levar ao desaparecimento de zonas ribeirinhas e pode mesmo submergir países inteiros, como as ilhas Fiji ou as ilhas Marshall. Um estudo científico deste ano alerta para uma subida do nível do mar que pode atingir os dois metros.
7. FENÓMENOS METEOROLÓGICOS EXTREMOS
Fenómenos meteorológicos extremos – ondas de calor, chuvas fortes, incêndios incontroláveis, tempestades e inundações, períodos extensos de seca - decorrentes das alterações climáticas são cada vez mais frequentes, desde ciclones e tufões de intensidade fora do normal, temperaturas com valores nunca observados e chuvas devastadoras, como aconteceu neste verão.
Segundo cientistas que publicaram no final do ano passado um estudo na revista Nature Climate Change, vão intensificar-se até ao fim do século as catástrofes climáticas múltiplas, das ondas de calor extremo aos incêndios, das inundações às super-tempestades.
O aquecimento global está a levar a grandes secas e incêndios devastadores nas zonas secas, a chuvas intensas e inundações nas zonas húmidas e à formação de super-tempestades nos oceanos de água mais quente.
No ano passado os Estados Unidos e a Austrália enfrentaram secas intensas e grandes incêndios, com temperaturas inéditas. Uma vaga de frio matou duas dezenas de pessoas nos Estados Unidos. Este verão a Europa foi atingida por pelo menos duas ondas de calor.
Há dois anos, no final da 23.ª Conferência da ONU sobre o clima, em Bona, mais de 15 mil cientistas de 184 países concordaram que o planeta está a ser “desestabilizado pelas alterações climáticas". Os exemplos são cada vez mais frequentes, embora desacreditados por líderes de países como os Estados Unidos, a Rússia, a Arábia Saudita ou o Kuwait.
Atualmente o consenso científico é o de que os efeitos das alterações climáticas estão a ser mais rápidos, mais intensos, mais frequentes e mais devastadores, em termos económicos, mas também humanos, com implicações na saúde e disponibilidade de alimentos no futuro.
Apesar de serem um dos maiores emissores de CO2 do mundo os Estados Unidos não deverão estar representados a alto nível na cimeira de segunda-feira.
https://lifestyle.sapo.pt/vida-e-carrei ... ra-mundial
Líderes mundiais reúnem-se na segunda-feira em Nova Iorque, numa cimeira convocada pelo secretário-geral da ONU para definirem objetivos mais ambiciosos na contenção do aquecimento global.
António Guterres escreveu aos líderes de todos os países para que, juntos, na ONU, assumam metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa mais ambiciosas do que as prometidas no Acordo de Paris, em 2015.
Os gases com efeito de estufa são uma das causas das alterações climáticas, nas palavras de António Guterres o maior problema da humanidade, que vai afetar dramaticamente o futuro se nada de substancial for feito.
Apesar de os países do mundo se terem comprometido em reduzir essas emissões a verdade é que elas têm vindo a aumentar todos os anos, comprometendo a meta de impedir que o aumento da temperatura global não seja superior a dois graus em relação à média da época pré-industrial.
Alguns pontos essenciais sobre emissões de gases com efeito de estufa e alterações climáticas:
1. ACORDO DE PARIS
Numa conferência da ONU na capital francesa foi alcançado em dezembro de 2015 o chamado Acordo de Paris, segundo o qual a quase totalidade dos países do mundo se comprometeram a limitar o aumento da temperatura média global a um máximo de dois graus celsius (2ºC) acima dos valores médios registados na época pré-industrial. Está provado que a temperatura no planeta tem vindo a aumentar e que tal se deve à ação humana. O Acordo de Paris pretende limitar esse aquecimento a menos de 2ºC e que de preferência não ultrapasse os 1,5ºC.
2. IPCC
O Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), formado por cientistas e sob os auspícios da ONU, lançou em outubro do ano passado um relatório científico segundo o qual é urgente que se tomem medidas para impedir que o aumento da temperatura exceda os 1,5ºC, salientando que as consequências serão agravadas se esse aumento chegar aos 2ºC. Não ultrapassar até ao fim do século os 1,5ºC de aumento de temperatura significa reduzir em 45% até 2030 as emissões de dióxido de carbono.
A atividade humana provocou já o aumento da temperatura em 1ºC. Com um aumento estimado em 0,2ºC por década os 1,5ºC serão atingidos em 2040, se nada for feito.
Até agora têm vindo a aumentar as emissões de gases com efeito de estufa.
3. AQUECIMENTO GLOBAL
É o nome dado ao aumento da temperatura sentido em todo o planeta, seja na atmosfera seja nos oceanos, devido à atividade humana, especialmente pela queima de combustíveis fósseis. Substituir os combustíveis fósseis por energia limpa, como a eólica ou solar, diminui substancialmente a emissão de gases com efeito de estufa. O mesmo acontece com transportes não poluentes.
Muitos países, entre eles Portugal, já anunciaram medidas de transição e eficiência energética para as próximas décadas, ainda que de concreto nada de substancial tenha sido feito.
O aquecimento global provoca o degelo das calotes polares, a subida do nível das águas do mar, a acidificação dos oceanos, a destruição de ecossistemas, a extinção de espécies, e provoca fenómenos meteorológicos extremos cada vez mais intensos e frequentes.
4. ACIDIFICAÇÃO
A grande quantidade de dióxido de carbono lançado para a atmosfera, que provoca o chamado “efeito de estufa”, faz também com que aumente a quantidade de dióxido de carbono dissolvido na água do mar.
Na ligação do dióxido de carbono com a água do mar forma-se o ácido carbónico, contribuindo para a acidificação. Estudos que têm sido divulgados indicam que o ph (nível de alcalinidade, neutralidade ou acidez da água) está a mudar e que a acidez dos oceanos aumentou 30%.
A acidificação pode afetar animais com conchas, algas e corais, mudar habitats e reduzir espécies (o bacalhau, por exemplo, segundo um estudo recente). Há estudos que alertam que se nada for feito, a longo prazo a acidificação pode acabar com toda a vida nos oceanos.
5. IMPACTOS NOS ECOSSISTEMAS
À destruição da biodiversidade causada diretamente pelo Homem junta-se a destruição causada pelas alterações climáticas. Segundo um relatório científico divulgado em abril passado, um quarto de 100 mil espécies avaliadas pode desaparecer, seja por pressões causadas pelo homem seja pelas alterações climáticas. Os cientistas dizem que a extinção de espécies está a ocorrer a uma rapidez nunca antes registada.
Um relatório das Nações Unidas alertava recentemente que está ameaçado um milhão dos oito milhões de espécies animais e vegetais que se estima existirem na Terra, sendo as alterações climáticas uma das causas diretas.
Especialistas e investigadores têm ciclicamente divulgado estudos alertando para o declínio do número de espécies provocado pela deterioração ou destruição de ecossistemas. E há pelo menos um estudo que diz que a maior extinção em massa do planeta aconteceu devido às alterações climáticas.
6. DEGELO DAS CALOTES POLARES E DOS GLACIARES E SUBIDA DO NÍVEL DAS ÁGUAS DO MAR
O aumento da temperatura na Terra também se faz sentir nos polos levando a que as massas de gelo derretam mais rapidamente. Na IV Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, no Quénia, foi apresentado um relatório segundo o qual a temperatura do Ártico vai aumentar entre 03ºC a 05ºC até 2050. Para a Antártida também têm sido apresentados estudos com dados similares.
O degelo nos polos, onde o aumento da temperatura é superior à média, e dos glaciares provocam a subida do nível do mar.
Especialistas estimam que o gelo marinho do Ártico tenha diminuído 40% desde 1979 e que os verões na região deixarão de ser gelados antes de 2030, a continuarem as atuais emissões de dióxido de carbono.
As temperaturas elevadas afetam zonas que no passado estavam permanentemente geladas (‘permafrost’), cujo degelo resulta na libertação de metano, gás com efeito de estufa mais pronunciado que o dióxido de carbono. Os grandes incêndios deste verão no Alasca e na Sibéria são consequência do aquecimento global.
Um trabalho publicado em fevereiro na revista científica Nature indica que o derretimento do gelo na Gronelândia e na Antártida vai causar temperaturas mais extremas e imprevisíveis, com os investigadores a alertarem que com a atual emissão global de CO2 as temperaturas irão subir 03ºC a 04ºC.
Uma equipa de investigadores da Nova Zelândia, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos diz que vai haver uma subida acentuada do nível do mar a partir de 2065. Outros cientistas já advertiram que os glaciares dos Alpes europeus vão perder metade do gelo até 2050.
A subida do nível do mar vai levar ao desaparecimento de zonas ribeirinhas e pode mesmo submergir países inteiros, como as ilhas Fiji ou as ilhas Marshall. Um estudo científico deste ano alerta para uma subida do nível do mar que pode atingir os dois metros.
7. FENÓMENOS METEOROLÓGICOS EXTREMOS
Fenómenos meteorológicos extremos – ondas de calor, chuvas fortes, incêndios incontroláveis, tempestades e inundações, períodos extensos de seca - decorrentes das alterações climáticas são cada vez mais frequentes, desde ciclones e tufões de intensidade fora do normal, temperaturas com valores nunca observados e chuvas devastadoras, como aconteceu neste verão.
Segundo cientistas que publicaram no final do ano passado um estudo na revista Nature Climate Change, vão intensificar-se até ao fim do século as catástrofes climáticas múltiplas, das ondas de calor extremo aos incêndios, das inundações às super-tempestades.
O aquecimento global está a levar a grandes secas e incêndios devastadores nas zonas secas, a chuvas intensas e inundações nas zonas húmidas e à formação de super-tempestades nos oceanos de água mais quente.
No ano passado os Estados Unidos e a Austrália enfrentaram secas intensas e grandes incêndios, com temperaturas inéditas. Uma vaga de frio matou duas dezenas de pessoas nos Estados Unidos. Este verão a Europa foi atingida por pelo menos duas ondas de calor.
Há dois anos, no final da 23.ª Conferência da ONU sobre o clima, em Bona, mais de 15 mil cientistas de 184 países concordaram que o planeta está a ser “desestabilizado pelas alterações climáticas". Os exemplos são cada vez mais frequentes, embora desacreditados por líderes de países como os Estados Unidos, a Rússia, a Arábia Saudita ou o Kuwait.
Atualmente o consenso científico é o de que os efeitos das alterações climáticas estão a ser mais rápidos, mais intensos, mais frequentes e mais devastadores, em termos económicos, mas também humanos, com implicações na saúde e disponibilidade de alimentos no futuro.
Apesar de serem um dos maiores emissores de CO2 do mundo os Estados Unidos não deverão estar representados a alto nível na cimeira de segunda-feira.
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Uma perspetiva interessante. Numa altura em que vivemos afogados em ficção, porque nos fascinam os temas distópicos. Revelarão uma crise de imaginação? Não somos já sequer capazes de conceber um mundo melhor que o nosso, estamos derrotados sem esperança de alternativa, sabendo que o mau de hoje será péssimo amanhã?
[hr]
[...] Desde aquí, en las antípodas, nos hacemos eco entonces de las palabras de Naomi Klein, quien en su último libro “Decir no no basta”, aboga por una salida creativa a la crisis mundial en la que nos sumió el neoliberalismo capitalista hegemónico del siglo XXI y trata de hacer eje en “inventar un futuro mejor” en el que tenemos que crear, imaginar y re imaginar escenarios que, lamentablemente, no aparecen en las ficciones televisivas que imaginan los próximos años. En sus palabras: «El gran triunfo del neoliberalismo ha sido convencernos de que no hay alternativa» y este pareciera ser un triunfo también en el campo de la ficción.
Series como Years and Years, en la que se presenta como única solución a los problemas acuciantes de la sociedad la salida individual o en el mejor de los casos familiar (por más disfuncional que esa familia sea) esconden así en un falso discurso contestatario romántico que en realidad reproduce el slogan clásico del neoliberalismo más acérrimo de todos: sálvese quien pueda.
Así, si diagnosticamos que, según Klein, “La crisis real es de imaginación”, debemos tener en cuenta esta idea para poder volver a imaginarnos un mundo mejor en el que la derecha (el neoliberalismo hegemónico) no conquiste, también, la idea de futuro. Y desde la ficción deberíamos ser capaces de contribuir a esta cruzada por el sentido ya no de la realidad acuciante (que todos conocemos) sino de la salida posible.
En esa línea, el economista Andy Robinson también ha planteado que un mundo (de ficción) mejor también es posible: “Una cultura más sana que la nuestra estaría haciendo teleseries sobre un nuevo mundo basado en sistemas locales de producción de alimentos, energías renovables, transporte público, ciudades sostenibles, la redistribución de la renta”, señaló hace unos meses. Alarmado, recalcó que es peligroso que las distopías se reproduzcan exponencialmente: “Primero porque el catastrofismo es el mejor amigo del fascismo y segundo, porque cuantas más películas, teleseries, novelas bestseller, documentales sobre el futuro apocalíptico, más vamos convirtiéndolo inconscientemente en un desenlace inevitable”. [...]
https://www.camaracivica.com/analisis-p ... egemonico/
[hr]
[...] Desde aquí, en las antípodas, nos hacemos eco entonces de las palabras de Naomi Klein, quien en su último libro “Decir no no basta”, aboga por una salida creativa a la crisis mundial en la que nos sumió el neoliberalismo capitalista hegemónico del siglo XXI y trata de hacer eje en “inventar un futuro mejor” en el que tenemos que crear, imaginar y re imaginar escenarios que, lamentablemente, no aparecen en las ficciones televisivas que imaginan los próximos años. En sus palabras: «El gran triunfo del neoliberalismo ha sido convencernos de que no hay alternativa» y este pareciera ser un triunfo también en el campo de la ficción.
Series como Years and Years, en la que se presenta como única solución a los problemas acuciantes de la sociedad la salida individual o en el mejor de los casos familiar (por más disfuncional que esa familia sea) esconden así en un falso discurso contestatario romántico que en realidad reproduce el slogan clásico del neoliberalismo más acérrimo de todos: sálvese quien pueda.
Así, si diagnosticamos que, según Klein, “La crisis real es de imaginación”, debemos tener en cuenta esta idea para poder volver a imaginarnos un mundo mejor en el que la derecha (el neoliberalismo hegemónico) no conquiste, también, la idea de futuro. Y desde la ficción deberíamos ser capaces de contribuir a esta cruzada por el sentido ya no de la realidad acuciante (que todos conocemos) sino de la salida posible.
En esa línea, el economista Andy Robinson también ha planteado que un mundo (de ficción) mejor también es posible: “Una cultura más sana que la nuestra estaría haciendo teleseries sobre un nuevo mundo basado en sistemas locales de producción de alimentos, energías renovables, transporte público, ciudades sostenibles, la redistribución de la renta”, señaló hace unos meses. Alarmado, recalcó que es peligroso que las distopías se reproduzcan exponencialmente: “Primero porque el catastrofismo es el mejor amigo del fascismo y segundo, porque cuantas más películas, teleseries, novelas bestseller, documentales sobre el futuro apocalíptico, más vamos convirtiéndolo inconscientemente en un desenlace inevitable”. [...]
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DIFERENÇA ENTRE GRETA E MALALA.
Texto de Isaac Averbuch.
"Nos últimos tempos duas meninas chamaram a atenção do mundo e ambas foram parar na ONU. Duas histórias muito diferentes e duas personalidades totalmente distintas. Uma falou com pleno conhecimento de causa e outra sem conhecimento algum. Uma trazia um sentimento nobre, palavras sensatas e um semblante humilde; a outra exibe uma face arrogante, um discurso malcriado e interesses ocultos nada admiráveis (e que por isso precisam permanecer ocultos).
A que surgiu mais recentemente, a sueca Greta, que nem completou o ensino médio, pretende dar ao mundo aulas de ecologia. A ela não faltou, jamais, qualquer suporte material, desde antes de nascer. Nascida num dos países mais ricos do mundo, nunca viu a miséria de perto, não faz a mínima ideia do que sejam as dificuldades da vida, mas do alto da sua ignorância quer ditar como a humanidade deve viver. O excesso de conforto material não evitou que a mocinha se transformasse num pequeno poço de revolta. Em tom quase histérico anuncia que estamos às portas de uma “extinção em massa”. Com o olhar injetado de ódio e rosto crispado, questiona, sabe-se lá quem: “vocês roubaram a minha infância e os meus sonhos!”.
Como assim? O que lhe faltou na sua infância? Pelo jeito, carinho da família ou dos amigos e uma educação que lhe abrisse os olhos para o fato (evidente) de que o mundo é complicado mesmo e que as coisas não se resolvem do dia para a noite. Talvez conselhos no sentido de não ser tão agressiva e rancorosa. Se foi isso que lhe “roubaram”, garota, procure os culpados na sua casa e na sua escola, não no resto do mundo. Ah,.... mas à escola a menina-que-sabe-tudo não vai mais, exatamente porque já sabe tudo....
Eu me pergunto: roubaram seus sonhos? Foi mesmo? Aos 16 bem vividos anos já não há mais com o que sonhar? Se alguém lhe “roubou” esses sonhos e você não tem mais nenhum, o problema está em você, não no resto da humanidade. Se você não sonha em ter uma profissão ou uma carreira, ganhar a sua vida, ter uma família e, quem sabe, colaborar para construir um mundo melhor, o problema está só em você, que espera que seus “sonhos” lhe sejam entregues sem esforço. Isso não vai acontecer, menina. Melhor se acostumar com a ideia, por frustrante que ela seja. Talvez até hoje seus pais e financiadores ocultos tenham feito o possível para realizar esses tais “sonhos”, mas à medida que o tempo passa, o esforço precisa, cada vez mais, ser seu mesmo. E não adianta inchar a veia do pescoço enquanto esbraveja na ONU, sob os aplausos de uma plateia de idiotas que, avidamente, tentam sorver os ensinamentos que você não tem para lhes oferecer, porque isso não vai trazer seus "sonhos" de volta.
A outra garota anda meio desaparecida, mas não pode, jamais, ser esquecida. Em tudo difere da petulante suequinha. Refiro-me à paquistanesa Malala. Ela, sim, teve a infância roubada (e quase a vida se foi junto). Malala nasceu nos confins mais atrasados do Paquistão, onde predominam costumes tribais e o fundamentalismo islâmico. Malala tinha um sonho, estudar, e foi esse sonho, tão singelo, que lhe tentaram roubar. Sofreu ameaças, levou um tiro na cabeça. Sua família teve que fugir do país e ela chegou entre a vida e a morte na Inglaterra (num antiecológico avião a jato, não num barco a vela), onde foi salva. Malala sobreviveu para contar a sua história, para prosseguir no seu sonho e para ajudar a fazer um mundo melhor, para si e para todas as mulheres que sofrem perseguições e discriminações e, com o seu exemplo, dar-lhes maiores oportunidades. Malala tinha mil razões para odiar e para se queixar, mas sua presença, por onde passa, transmite uma mensagem de serenidade e firmeza na defesa de ideais nobres. Malala não exala ódio, desejo de vingança, ao contrário, cativa pela sua modéstia e seu sincero desejo de fazer o bem.
O contraste entre as duas é brutal. Uma sempre teve tudo e acha que nada presta. A outra, teve uma origem extremamente humilde, não tinha sequer liberdade e quase perdeu a vida por um sonho tão modesto. Não se abateu, não se vitimiza e não se diz “roubada”. Malala quase morreu porque desejava estudar, mas foi em frente. Greta posa de vítima e não vai mais à escola porque, tolamente, pensa que já pode dar lições ao mundo".
- Isaac Averbuch -
DIFERENÇA ENTRE GRETA E MALALA.
Texto de Isaac Averbuch.
"Nos últimos tempos duas meninas chamaram a atenção do mundo e ambas foram parar na ONU. Duas histórias muito diferentes e duas personalidades totalmente distintas. Uma falou com pleno conhecimento de causa e outra sem conhecimento algum. Uma trazia um sentimento nobre, palavras sensatas e um semblante humilde; a outra exibe uma face arrogante, um discurso malcriado e interesses ocultos nada admiráveis (e que por isso precisam permanecer ocultos).
A que surgiu mais recentemente, a sueca Greta, que nem completou o ensino médio, pretende dar ao mundo aulas de ecologia. A ela não faltou, jamais, qualquer suporte material, desde antes de nascer. Nascida num dos países mais ricos do mundo, nunca viu a miséria de perto, não faz a mínima ideia do que sejam as dificuldades da vida, mas do alto da sua ignorância quer ditar como a humanidade deve viver. O excesso de conforto material não evitou que a mocinha se transformasse num pequeno poço de revolta. Em tom quase histérico anuncia que estamos às portas de uma “extinção em massa”. Com o olhar injetado de ódio e rosto crispado, questiona, sabe-se lá quem: “vocês roubaram a minha infância e os meus sonhos!”.
Como assim? O que lhe faltou na sua infância? Pelo jeito, carinho da família ou dos amigos e uma educação que lhe abrisse os olhos para o fato (evidente) de que o mundo é complicado mesmo e que as coisas não se resolvem do dia para a noite. Talvez conselhos no sentido de não ser tão agressiva e rancorosa. Se foi isso que lhe “roubaram”, garota, procure os culpados na sua casa e na sua escola, não no resto do mundo. Ah,.... mas à escola a menina-que-sabe-tudo não vai mais, exatamente porque já sabe tudo....
Eu me pergunto: roubaram seus sonhos? Foi mesmo? Aos 16 bem vividos anos já não há mais com o que sonhar? Se alguém lhe “roubou” esses sonhos e você não tem mais nenhum, o problema está em você, não no resto da humanidade. Se você não sonha em ter uma profissão ou uma carreira, ganhar a sua vida, ter uma família e, quem sabe, colaborar para construir um mundo melhor, o problema está só em você, que espera que seus “sonhos” lhe sejam entregues sem esforço. Isso não vai acontecer, menina. Melhor se acostumar com a ideia, por frustrante que ela seja. Talvez até hoje seus pais e financiadores ocultos tenham feito o possível para realizar esses tais “sonhos”, mas à medida que o tempo passa, o esforço precisa, cada vez mais, ser seu mesmo. E não adianta inchar a veia do pescoço enquanto esbraveja na ONU, sob os aplausos de uma plateia de idiotas que, avidamente, tentam sorver os ensinamentos que você não tem para lhes oferecer, porque isso não vai trazer seus "sonhos" de volta.
A outra garota anda meio desaparecida, mas não pode, jamais, ser esquecida. Em tudo difere da petulante suequinha. Refiro-me à paquistanesa Malala. Ela, sim, teve a infância roubada (e quase a vida se foi junto). Malala nasceu nos confins mais atrasados do Paquistão, onde predominam costumes tribais e o fundamentalismo islâmico. Malala tinha um sonho, estudar, e foi esse sonho, tão singelo, que lhe tentaram roubar. Sofreu ameaças, levou um tiro na cabeça. Sua família teve que fugir do país e ela chegou entre a vida e a morte na Inglaterra (num antiecológico avião a jato, não num barco a vela), onde foi salva. Malala sobreviveu para contar a sua história, para prosseguir no seu sonho e para ajudar a fazer um mundo melhor, para si e para todas as mulheres que sofrem perseguições e discriminações e, com o seu exemplo, dar-lhes maiores oportunidades. Malala tinha mil razões para odiar e para se queixar, mas sua presença, por onde passa, transmite uma mensagem de serenidade e firmeza na defesa de ideais nobres. Malala não exala ódio, desejo de vingança, ao contrário, cativa pela sua modéstia e seu sincero desejo de fazer o bem.
O contraste entre as duas é brutal. Uma sempre teve tudo e acha que nada presta. A outra, teve uma origem extremamente humilde, não tinha sequer liberdade e quase perdeu a vida por um sonho tão modesto. Não se abateu, não se vitimiza e não se diz “roubada”. Malala quase morreu porque desejava estudar, mas foi em frente. Greta posa de vítima e não vai mais à escola porque, tolamente, pensa que já pode dar lições ao mundo".
- Isaac Averbuch -
*Turn on the news and eat their lies*