IRÃ

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Re: IRÃ

#496 Mensagem por Túlio » Qui Jul 25, 2019 1:42 pm

Sterrius escreveu: Qui Jul 25, 2019 12:30 pm

tb tem mandioca de milho :mrgreen:
https://receitanatureba.com/tapioca-de-milho/

DB tb é cultura :mrgreen:
CREDO, nem a Dilma conseguiu a proeza de fazer (e saudar :mrgreen: ) mandioca de milho, POWS :mrgreen: ! Sério agora, alguém aí realmente acredita que comida vai apodrecer na roça por falta de comprador? Se tem uma coisa para a qual nunca vai faltar comprador é comida, a mais importante de todas as commodities. Não adianta ter petróleo nem terras raras se não tem o que comer, e produtores costumam ter sua freguesia certa e produzir em função dela; não dá para os EUA, Rússia, Argentina ou seja lá quem for simplesmente substituir um País da estatura do Brasil de hoje para amanhã, tipo tirar uma safra inteira do nada (e para alimentar uma Nação de uns 70M hab, ainda por cima) e sem saber se o $$$ que será necessário investir nessa aventura irá se sustentar no tempo e gerar lucro. Se o Irã não quiser mais comprar, seus muitos inimigos o farão com todo o prazer.

Claro, ainda me parece que foi bola fora do governo mas vai saber o que os caras têm em mente, um ato que parece loucura hoje pode acabar sendo um gol de placa amanhã, vai saber...




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Re: IRÃ

#497 Mensagem por Bourne » Qui Jul 25, 2019 2:01 pm

És um jovem ingênuo @Túlio . É claro que sim.

Pode não faltar produtor, mas o preço ser tão baixo que não vale a pena. Desde idos do século XIX, quando começou a agricultura moderna e em escala, é bem comum em regiões produtoras como resposta aos baixos preços. Assim, como estratégia defensiva, reduz o custo de colher e entregar que poderia aumentar o prejuízos. De outro, reduz a oferta e força os compradores locais negociarem ou o governo intervir. É claro que são situações extremas. Em particular, os grãos tem a facilidade de serem armazenados por meses e permitir certa flexibilidade para ajustar a produção e contratos futuros. É o que os produtores de soja e milho norte-americanos fizeram em meio a guerra comercial com China. Estão aguardando para despejar os grãos no mercado.

O problema não é oferta de alimentos há muitas décadas ou séculos. É o preço de mercado. Seja determinado pela oferta e demanda, especialmente a oferta pode ter choques de sub ou super produção. Seja por política comercial e sanções como no caso da Guerra Comercial China e EUA. Especialmente quando entre o fator de política comercial e guerra comercial pode arrebentar setores e regiões inteiras. Por exemplo, nos EUA os produtores de soja começaram a entrar em dificuldade pelas tarifas chinesas que começaram a comprar em outros países como Brasil e Argentina. E os produtores norte-americanos de milhos tiveram momentos de tensão em relação ao México que ameaçou taxar importação de milho.

E outra coisa, a competição sobre commodities atualmente é no tapa e jogo sujo. Ninguém é bonzinho. Se a produção tende a ser maior do que a demanda, o que determina quem vai comprar de quem é a política comercial e o que as relações podem oferecer em trocar. Aliás, a estratégia norte-americana usa o poder para derrubar concorrentes como Brasil. Os produtores brasileiros sentiram na década de 2010 e foram de prospectar novos mercados e nichos, especialmente no Oriente Médio, Ásia e Europa Oriental.

Previsão: o Irã vai comprar grãos dos EUA em substituição ao Brasil. E se negar a comprar qualquer coisa do Brasil nos próximos anos. Vai ser um golaço.




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Re: IRÃ

#498 Mensagem por Sterrius » Qui Jul 25, 2019 2:15 pm

Não esqueça a China e India bourne. Tb tem indonésia, frança, Africa do sul, México, Ucrania, etc.
Tem muito país ae desesperado com produção barata que pode vende sem medo pro Iran ^^.

Agora se for os EUA eu vou rir bastante. :lol:




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Re: IRÃ

#499 Mensagem por Bourne » Qui Jul 25, 2019 2:23 pm

Outro golaço vindo.

A carne é um problema maior. Porque são produtos desenhados e que seguem normas próprias de cada mercado, somado a cadeia de produção que não pode parar de uma hora para outra. Seja a vaquinha (ou coisa parecida) que precisa ser alimentada, não pode ficar muito velha e quando for abatida guardar a carne é muito caro. Seja pelos trabalhadores, propriedades que fornecem os animais e toda a rende de suporte.
Frigoríficos já encaram problema na venda ao Irã

O recrudescimento da crise entre Estados Unidos e Irã já atrapalha os frigoríficos brasileiros que vendem carne bovina ao país persa, segundo fontes do setor privado. No acumulado deste ano, o Irã é o terceiro maior importador da carne nacional, só atrás de China e Hong Kong. Entre janeiro e maio, os exportadores receberam mais de US$ 200 milhões para enviar carne ao mercado iraniano, o que representou quase 8% do total exportado pelos brasileiros.

Ontem, o presidente americano, Donald Trump, anunciou uma nova rodada de sanções ao Irã. Na última semana, a tensão entre os dois países se intensificou após a derrubada, pelos iranianos, de um drone dos EUA. Washington chegou a preparar um ataque militar ao território iraniano, mas Trump abortou a ofensiva na última hora.

Para os frigoríficos brasileiros, a escalada no conflito diplomático reforçou a decisão dos exportadores de colocar o pé no freio. Ao Valor, o dono de um frigorífico de médio porte afirmou que há quase dois meses não fecha novos contratos de exportações para o Irã.

“Faz tempo que eles não fazem novos negócios”, ressaltou um executivo de um grande exportador, acrescentando que a redução das vendas reflete a ausência de leilões de importação do órgão estatal iraniano. O país não vem conseguindo ter acesso a divisas.

Além dos reflexos negativos da pressão de Trump, os exportadores de carne bovina enfrentam dificuldades adicionais para conseguir bancos no Brasil que aceitem receber os recursos oriundos do Irã.

Imagem

No início de maio, funcionários do Banco Paulista foram presos em um desdobramento da Operação Lava-Jato. A instituição financeira era uma das poucas que firmava contratos com os frigoríficos para viabilizar o recebimento dos recursos das vendas ao Irã. “Até por compliance, temos que buscar outros bancos”, afirmou outro executivo.

Procurado pelo Valor, o embaixador do Brasil no Irã, Rodrigo de Azeredo Santos, ponderou que ainda é preciso avaliar os impactos das novas sanções americanas. “Vamos aguardar um pouco mais para entender o alcance”, afirmou, ressaltando que os produtos agrícolas não estão na lista.

De qualquer forma, a dificuldade em fechar novos contratos tende a aparecer nas estatísticas nos próximos meses, reduzindo o ritmo de crescimento das vendas. Entre janeiro e abril, os embarques diretos de carne bovina para o Irã renderam US$ 114 milhões, somando 32 mil toneladas, segundos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura. Trata-se de uma alta de 12% ante as 28 mil toneladas de igual período do ano passado.

Ao volume de exportações diretas, deve ser somada às vendas indiretas, por via terrestre, a partir de Turquia, Emirados Árabes Unidos e Omã. Os embarques indiretos ao Irã visavam a driblar as restrições dos armadores após as sanções dos Estados Unidos. Segundo dados obtidos pelo Valor, os embarques indiretos de carne bovina ao Irã totalizaram outras 44 mil toneladas nos primeiros cinco meses do ano. Agora, no entanto, até as vendas indiretas começam a ser afetadas, conforme fontes do setor privado.

Se considerada as vendas diretas e indiretas – o Ministério da Agricultura ainda não compilou os números de maio -, os embarques chegam a 85 mil toneladas, segundo uma fonte da indústria.

Além das carnes, o Irã também é um grande comprador de grãos do Brasil. De acordo com os últimos dados compilados pelo Ministério da Agricultura, os iranianos gastaram US$ 829 milhões para comprar produtos agrícolas brasileiros entre janeiro e abril. Desse total, US$ 303 milhões foram gastos para importar soja em grão e US$ 279 milhões para comprar milho.

Assim como os frigoríficos, as tradings que comercializam grãos podem ter as vendas afetadas pelas sanções. Nesse caso, porém, a existência de companhias chinesas, como a Cofco, pode atenuar o problema de fornecimento. A China mantém boas relações com o Irã, fornecendo divisas ao país persa a partir da importação de petróleo.

Fonte: Valor Econômico.
https://www.beefpoint.com.br/frigorific ... da-ao-ira/
O detalhe que as sanções estão abrindo oportunidades para vários intermediários, que vão receber o seu ao retirar dos produtores e dos iranianos.




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Re: IRÃ

#500 Mensagem por Túlio » Qui Jul 25, 2019 3:11 pm

Nobre Mestre @Bourne, O Ancião

Teus posts me parecem refletir muito mais torcida do que Realidade. O Brasil já tacou e levou embargo, já tacou e levou processo na OMC, algumas vezes venceu, algoutras :mrgreen: perdeu, mas governo algum caiu ou cai por causa disso. O ponto focal da bagaça toda é O TRUMP, e quem aposta nele comendo churrasco Halal num palácio cheio de aiatolás que aposte no curto prazo (eu sou um); já no longo (Trump II, A Missão), vai perder seu rico dinheirinho. Lembremos, ao contrário de vários POTUS anteriores, ele não se limitou a usar o véio slogan "Let's Make America Great Again", ele o patenteou! Seus inúmeros detratores, sempre que querem mostrar condescendência, costumem mostrar coisas assim como "exóticas" mas não creio, o cara nunca teve pena nem medo de ninguém e não é agora que vai começar. Sério que alguém acredita que o mesmo cara que, no funeral do próprio PAI, faz discurso elogiando apenas a si mesmo, tirou o dedo do botão no último minuto porque teve pena de 150 habibs que iam morrer? Quá, o cara vai se segurar até o ano que vem porque sua ÚNICA prioridade é a reeleição; alcançada esta, só então iremos ver a que ele realmente veio, e boa coisa para gente do OM - bobear, da Ásia e AL também - é que não é. O cheque-mate, no entanto, passaria pela América do Sul, e aí ter um "seguidor" do porte do Brasil não tem preço.

Mas não te enganes, eu não quero dizer que apoio essas viagens de alinhamentos automáticos mas, se tiver que fazer isso, mil vezes com quem tem poder em todas as esferas (não só na militar) aqui na região do que quem está lá nos cafundós e nem pode chegar aqui, exceto se for nas buenas (lembrar, no começo do ano estava rolando aquela charla de "a China não pode comprar O BRASIL blablabla" e catastrofismo pegando, íamos perder o nosso maior parceiro comercial e morrer na miséria porque a China ia comprar dos outros, assim de uma hora pra outra, tudo o que compraVA de nós; bueno, no que deu todos sabemos, os próprios chinas vieram até aqui e, com calma e com tato, mostraram que era birutagem se fresquear com eles de graça: deu no quê? Comércio fluindo normalmente, China comprando e vendendo como sempre, a ponto de mal nos lembrarmos que, na visão da "nossa" mídia mainstream, o Brasil quebrou no começo do ano e é um pária na comunidade das nações, ao contrário do Irã :lol: ).

Aliás, num post anterior, botaste um "analista" cujo texto já comecei a ler meio encabritado com o nome do índio, que só vejo em filme do Jack Bauer e é sempre o bandido; no que apareceu a surrada menção à "extrema direita", já fui pra galera. Analista para mim é tudo "pós-verdade", opinião predominando sobre o fato real. E isso eu não compro.

PS.: volta e meia dás uma "temperadinha" num post com essas de "Bourne empreendedor"; não é o primeiro caso, mas volta e meia é a ÚNICA coisa que acho interessante no texto todo. Considerarias criar um tópico sobre isso?

Aposto que ia BOMBAR!!! [009]




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Re: IRÃ

#501 Mensagem por Bourne » Qui Jul 25, 2019 9:32 pm

Eu não. Evito falar de desgraça. :mrgreen:

tudo que escreve tem base, dados e referências. E digo mais, o Trump não é esse maluco defensor do ocidente judaico-cristão que uns malucos acreditaram. Verás que ainda seta na mesa com os aiatolás e fecha negócios. Igual fez com Kim.




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Re: IRÃ

#502 Mensagem por Túlio » Qui Jul 25, 2019 9:48 pm

Bourne escreveu: Qui Jul 25, 2019 9:32 pm Eu não. Evito falar de desgraça. :mrgreen:
Grande pena, tens uma maneira sintética e meio engraçada de colocar os assuntos, ia ser bem legal.
Bourne escreveu: Qui Jul 25, 2019 9:32 pm tudo que escreve tem base, dados e referências.
No que bota "extrema direita" já sei muito bem QUE "base, dado e referência" usou... [089]
Bourne escreveu: Qui Jul 25, 2019 9:32 pm E digo mais, o Trump não é esse maluco defensor do ocidente judaico-cristão que uns malucos acreditaram. Verás que ainda seta na mesa com os aiatolás e fecha negócios. Igual fez com Kim.
O Trump I sim, é o Trumpinho Paz e Amor; me referi ao TRUMP II, esse sim, deve ter no forno uns pãezinhos bem quentinhos pra distribuir a partir de 2021... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: IRÃ

#503 Mensagem por Bourne » Sex Jul 26, 2019 1:13 pm

Extrema direita, direita populista, direita nacionalista, entre outros. Todos os termos são usados por cientistas políticos, economistas, economia política internacional que publicam livros e artigos.

A hipótese de que o Trump não se importa com resto do mundo é bem recorrente. Não que ela faça juízo de valor, se é bom ou ruim, nacionalista ou entreguista, mas não se importa. Porque a uma parcela expressiva da sociedade norte-americana está com ojeriza de guerras, de tomar conta do mundo, as instituições internacionais, dos velhos políticos e velhas soluções. Se cativar esse pessoal consegue se reeleger.

Não respondo mais os seus post de adolescente. Argumenta direito, como fazia antigamente, é perda de tempo.




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Re: IRÃ

#504 Mensagem por Túlio » Sex Jul 26, 2019 3:16 pm

Bourne escreveu: Sex Jul 26, 2019 1:13 pm Extrema direita, direita populista, direita nacionalista, entre outros. Todos os termos são usados por cientistas políticos, economistas, economia política internacional que publicam livros e artigos.

A hipótese de que o Trump não se importa com resto do mundo é bem recorrente. Não que ela faça juízo de valor, se é bom ou ruim, nacionalista ou entreguista, mas não se importa. Porque a uma parcela expressiva da sociedade norte-americana está com ojeriza de guerras, de tomar conta do mundo, as instituições internacionais, dos velhos políticos e velhas soluções. Se cativar esse pessoal consegue se reeleger.

Não respondo mais os seus post de adolescente. Argumenta direito, como fazia antigamente, é perda de tempo.

Novo e outra vez incompreensível ad hominem. Sem discordância não há debate. Me permitas te mostrar uma partezinha do Regulamento que resume toda a visão do Fórum Defesa Brasil sobre o que ele mesmo é e para que serve:
VI- DA ORIENTAÇÃO POLÍTICA DO FÓRUM DEFESA BRASIL

6) O Fórum Defesa Brasil é um espaço apartidário, democrático e pluralista. Quaisquer discussões de temas políticos e/ou ideológicos devem se subordinar a isso.
Apartidário significa que qualquer membro do staff pode, se quiser, ter sua preferência política, ideológica, partidária, seja o que for, mas de maneira alguma tem qualquer direito de tentar impor isso aos demais ou mesmo facilitar para que outros o façam. Por ser um espaço democrático e pluralista, deve acatar todas as visões, posicionamentos e ideias dos membros mas, pela mesma razão, evitar - se necessário, com uso de sanções - que LIBERDADE DE EXPRESSÃO seja confundida - e volta e meia o é, infelizmente - com LIBERDADE DE OPRESSÃO, ou seja, cruzar a linha entre o direito de exprimir-se livremente e passar a obrigar os demais a concordar com o que prega, fazendo uso de ataques pessoais, provocações, ofensas e menosprezos até que o "ímpio" se resigne a ficar quieto no seu canto ou aceite dizer amém ao que lhe é imposto a fortiori com base em um sofisma ou falácia qualquer. A prova de que este sistema funciona é que estamos aí desde 2003 sem problemas, enquanto vimos outros espaços sem o mesmo compromisso que o nosso ficando pelo caminho, um deles (o anti-DB :mrgreen: ) de maneira engraçadíssima, o dono se indignou com resultado de uma eleição e, assim do nada, fez eleição para Moderador, foram eleitos, nomeou e, logo depois, revogou a nomeação e fechou o espaço, ou seja, puniu com - na prática - EXPULSÃO todos aqueles que prestigiavam o mesmo espaço e compartilhavam suas visões do mundo.

Outra: Defesa Brasil é benchmark, e comecei a notar isso de verdade* quando fazia parte do Portal Defesa (acho que fechou, não vi mais) em 2013/14; como sou do tipo boots on terrain, sempre estava em alguma OM ou evento referente à BID coletando material para artigos e, ao me apresentar ou ser apresentado a alguém, volta e meia rolava um "muito prazer, meu nome é Túlio, Portal Defesa" e a resposta, sempre com um sorriso amigo, era "ah, Defesa Brasil? Nem sabia que faziam reportagem, pensava que era só Fórum". Por falta das necessárias ferramentas e permissões, sei que não fazes a mínima ideia da importância Social, Política, Militar e Empresarial de certas pessoas que nos dão a honra de frequentar, a maior parte apenas lendo mas alguns de vez em quando interagindo, protegidos por nick. Depois de todos os updates e upgrades feitos (e que paguei do meu bolso, sem pedir nada a ninguém e apenas permissão para implementar ao Pepper véio), talvez a ÚNICA proibição diante de mim - e nem ia querer este tipo de permissão - é a que está no "DNA" não só do DB mas do próprio phpBB, ou seja, MP é inviolável. O resto está ali, basta saber o que estou procurando e acho.

Assim, valorizes e uses bem a Liberdade de Expressão que tens ao invés de tentar suprimir a dos outros.

Ainda mais a minha. [003] [003] [003] [003]


* - Já tinha notado anos antes que quem queria competir conosco sempre começava nos copiando e depois dando uma disfarçadinha básica :twisted: , mas é impossível não ver que os Regulamentos e estrutura de Seções e tópicos são cópias mal disfarçadas dos nossos. As exceções que conheço são o BM do Felipe e o SdA do Flávio, com interfaces e regras próprias, e com estruturamento BEM diferente do DB.




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Re: IRÃ

#505 Mensagem por delmar » Sáb Jul 27, 2019 5:37 pm

Os meios de comunicação das redes sociais tem noticiado que os navios iranianos, parados por falta de combustível no porto de Paranaguá , foram reabastecidos e já estão navegando de volta ao Irã. Uma decisão judicial mandou a PETROBRAS abastecer os barcos.




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: IRÃ

#506 Mensagem por Stormnuken » Dom Jul 28, 2019 6:05 am

delmar escreveu: Sáb Jul 27, 2019 5:37 pm Os meios de comunicação das redes sociais tem noticiado que os navios iranianos, parados por falta de combustível no porto de Paranaguá , foram reabastecidos e já estão navegando de volta ao Irã. Uma decisão judicial mandou a PETROBRAS abastecer os barcos.
"Decisão judicial", leia-se STF através do Dias Toffoli.

Pergunta de leigo:

STF = Tribunal Constitucional

Um ministro do STF, monocraticamente, pode decidir algo sobre um assunto que, ao meu ver, nada tem a ver com a constituição, e que a Petrobrás fez o que fez, para não sofrer sanções por abastecer os navios iranianos?




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Re: IRÃ

#507 Mensagem por delmar » Dom Jul 28, 2019 11:01 am

Não sou jurista, mas acredito que a decisão da Petrobras de não abastecer os navios iranianos foi ilegal. Até prova em contrário o Brasil mantém relações diplomáticas normais com o Irã e não endossou nenhuma sanção contra aquele país. Então, a menos que haja uma determinação oficial do governo brasileiro ou uma lei específica, uma empresa, seja pública ou privada, não pode discriminar determinado cliente negando-se a atende-lo.
Uma das orientações dos juízes é o de que "Quem pode o mais, pode o menos", ou seja se o Irã pode comprar produtos agrícolas no Brasil pode também, é lógico, leva-los para casa. A simples ameaça de retaliação do governo americano não tem força de lei. A isto soma-se o fato de que produtos alimentícios, por questões humanitárias, não fazem parte dos embargos.




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Re: IRÃ

#508 Mensagem por Stormnuken » Dom Jul 28, 2019 1:14 pm

delmar escreveu: Dom Jul 28, 2019 11:01 am Não sou jurista, mas acredito que a decisão da Petrobras de não abastecer os navios iranianos foi ilegal. Até prova em contrário o Brasil mantém relações diplomáticas normais com o Irã e não endossou nenhuma sanção contra aquele país. Então, a menos que haja uma determinação oficial do governo brasileiro ou uma lei específica, uma empresa, seja pública ou privada, não pode discriminar determinado cliente negando-se a atende-lo.
Uma das orientações dos juízes é o de que "Quem pode o mais, pode o menos", ou seja se o Irã pode comprar produtos agrícolas no Brasil pode também, é lógico, leva-los para casa. A simples ameaça de retaliação do governo americano não tem força de lei. A isto soma-se o fato de que produtos alimentícios, por questões humanitárias, não fazem parte dos embargos.
Se é ilegal, tem uma lei que ampare isso? Volto a repetir meu questionamento. O STF pode decidir isso? Não deveria ser um tribunal de primeira instância, ou no máximo de segunda instância, tendo em vista que o STF é um tribunal para fins constitucionais?

Tô perguntando apenas para esclarecimento. Na minha opinião, a questão dos EUA não tem que fazer diferença pra nós nesta situação. O Brasil que tem que decidir por si só, tendo em vista que não há nada definido por parte do governo sobre a postura iraniana. (apesar do Irã estar implorando pra uma m... acontecer e o mundo se virar contra eles)

Com relação à empresa/cliente, acho que a empresa tem o direito de querer vender pra quem ele quiser. Se não quiser vender pra A, problema é dele. Ninguém é obrigado a atender ninguém. Não estamos falando de segurança, educação ou saúde.




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#509 Mensagem por Túlio » Dom Jul 28, 2019 1:47 pm

Stormnuken escreveu: Dom Jul 28, 2019 1:14 pm
Se é ilegal, tem uma lei que ampare isso? Volto a repetir meu questionamento. O STF pode decidir isso? Não deveria ser um tribunal de primeira instância, ou no máximo de segunda instância, tendo em vista que o STF é um tribunal para fins constitucionais?

Tô perguntando apenas para esclarecimento. Na minha opinião, a questão dos EUA não tem que fazer diferença pra nós nesta situação. O Brasil que tem que decidir por si só, tendo em vista que não há nada definido por parte do governo sobre a postura iraniana. (apesar do Irã estar implorando pra uma m... acontecer e o mundo se virar contra eles)

Com relação à empresa/cliente, acho que a empresa tem o direito de querer vender pra quem ele quiser. Se não quiser vender pra A, problema é dele. Ninguém é obrigado a atender ninguém. Não estamos falando de segurança, educação ou saúde.
Aqui temos uma questão que me parece conduzir a outra: tempos atrás os bancos grandes (Itaú, Bradesco e Santander) começaram a achar que as Exchanges Brasileiras de cryptocurrencies lhes eram concorrentes e começaram a se recusar a abrir ou mesmo manter as contas delas; estas moveram ação judicial usando, entre outros, um princípio citado pelo conterrâneo @delmar e ganharam no primeiro grau; os citados bancos agravaram, alegando que ninguém na área comercial ou financeira é obrigado a atender ninguém (que se vá à concorrência, ela existe, afinal), estenderam as sanções às próprias contas pessoais dos Operadores e sócios e...GANHARAM!

Pessoalmente, não me agradou esta pendenga por um pouco de combustível, achei mesquinharia e ainda por cima não gostei nem gosto disso de "alinhamentos automáticos", especialmente quando posso ver o que temos a perder mas não o que temos a ganhar mas me parece que está em debate é a questão jurídica, e a ela me somo.




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Re: IRÃ

#510 Mensagem por delmar » Dom Jul 28, 2019 2:24 pm

Com relação à empresa/cliente, acho que a empresa tem o direito de querer vender pra quem ele quiser. Se não quiser vender pra A, problema é dele. Ninguém é obrigado a atender ninguém. Não estamos falando de segurança, educação ou saúde.
Não é bem assim. Se for um estabelecimento aberto ao público em geral, tipo farmácia, supermercado, posto de gasolina ou loja de ferragem, ele deve sim, obrigatoriamente, atender todo cliente que vier comprar, independente de cor, filiação política, nacionalidade ou crença religiosa. Mesmo o proprietário do posto de combustível, sendo torcedor fanático do Palmeiras, é obrigado a abastecer o carro de um torcedor corintiano, desde que ele tenha o dinheiro necessário. O caso reveste-se de maior gravidade quando a empresa fornecedora detém o monopólio e o consumidor não tem outra opção, como é o caso da PETROBRAS.
Um juiz pode conceder uma liminar quando houver a soma de duas condições. O "Fumus boni juris" fumaça do bom direito, isso significa que há evidência de que o autor da petição pode ter razão e estar sendo prejudicado. Igualmente há o "Periculum in mora" ou perigo na demora, se a decisão não for rápida pode ocasionar prejuízos irreversíveis . É o caso dos barcos iranianos, que ficariam meses parado no porto, com uma carga perecível a bordo, se não fossem reabastecidos.
Não acompanhei todo o processo mas parece que as liminares passaram primeiro pelos tribunais inferiores e chegaram ao STF já em grau de recurso da PETROBRAS.




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