EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

[Marcelo Ponciano]

A Família Guarani possui, também, uma subfamília leve. São veículos 4x4, como os seguintes:

- Viatura Blindada Multitarefa – Leve Sobre Rodas;
- Viatura Blindada de Combate Anticarro – Leve sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial de Observador Avançado – Leve Sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial de Guerra Eletrônica – Leve Sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear – Leve Sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial Radar – Leve Sobre Rodas.

O primeiro veículo será a Viatura Blindada Multitarefa – Leve sobre Rodas.

Trata-se de uma viatura 4x4, dotada de elevada proteção blindada e antiminas, elevada mobilidade tática e estratégica, apta a desempenhar grande diversidade de missões. A viatura será obtida por nacionalização, a ser conduzida pelo DCT.

O programa da Nova Família de Blindados do Exército Brasileiro prevê a fabricação de viaturas nas seguintes versões:


- Viatura Blindada de Reconhecimento – Média sobre Rodas, conforme estudo preliminar de viabilidade citado;
- Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média sobre Rodas;
- Viatura Blindada de Combate Morteiro – Média sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial Posto de Comando – Média sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial de Comunicações – Média sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial de Central de Direção de Tiro – Média sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial Ambulância – Média Sobre Rodas, que possui dois tipos (Resgate e Tratamento Intensivo);
- Viatura Blindada Especial de Engenharia – Média sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial de Desminagem – Média sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial Lança-Ponte – Média sobre Rodas;
- Viatura Blindada de Combate Antiaérea;
- Viatura Blindada Especial Escola – Média Sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial Oficina – Média sobre Rodas;
- Viatura Blindada Especial de Defesa QBRN – Média Sobre Rodas, e,
- Viatura Blindada Especial de Socorro – Média sobre Rodas.
O contrato entre o Exército Brasileiro e a Iveco prevê a fabricação de cerca de 1.580 viaturas blindadas nos próximos 20 anos.

http://www.defesanet.com.br/guarani/not ... blindadas/

Muito interessante ver como vão usar um projeto e expandir para tantas finalidades. Estou especialmente interessado nas viaturas anticarro, radar e antiaérea.

Será que vai sair do papel o A-Darter sup-ar para colocar nessa viatura antiaérea??

[FCarvalho]

A maior parte dessas versões não tem mistério desenvolver. Já existe uma base técnica, industrial e operacional para tirar todas do papel.
Fato é que a falta de regularidade no aporte de verbas está matando o projeto a conta gotas. Mas
Com toda essa demora, quando finalmente o EB conseguir dispor de toda a família já vai precisar de outra.
A versão AAe deve aproveitar as torres da Ares ou AEL para a função, adaptando os sistemas de mísseis e C2 necessários. Pelo menos acho essa a lógica, já que ambas podem receber tais adicoes sem maiores prejuízos ao modelo original.
Por fim, há de se ver se os modelos oficina e recuperação vão mesmo ser desenvolvidos ou se abrira mao deles em favor de veículos como os recentemente adquiridos aos americanos.

Abs

[FCarvalho]

Uma pena que a VBTP-SR 8x8 não esteja nos planos.
Por enquanto.

Abs

[eligioep]

A 8x8 está descartada. Já a oficina será montada no mesmo chassis elevado da ambulância e comando.A socorro é diferente de recuperadora. A primeira destina-se a resgatar de atoleiro, capotagem ou algo assim. A recuperadora ou ARV, tem capacidade de erguer e trazer a vtr, mesmo que esteja com apenas uma roda ou nenhuma.

[FCarvalho]

Olá Eligio, grato pelas informações.

Agora, o que levou o EB a decidir pelo descarte da versão 8x8 da VBTP-SR, já que aparentemente termos uma versão VBR da mesma? O custo dessa versão não será demasiado alto para aplicação em um único modelo, quando isso poderia ser quiçá diluído caso houvesse outras versões partindo da mesma base?

Outra, a versão socorro e recuperadora não poderia subsistir na forma de um veículo 8x8 como os caminhões hora adquiridos pelo EB junto aos americanos ou elas obrigatoriamente tem de ser separadas? Um veículo como este não seria mais barato do que adaptar o bldo para estas funções, já que existem diversas opções no mercado externo que potencialmente poderiam efetuar o mesmo trabalho?

Aliás, porque o EB pretende desenvolver versões socorro/recuperação ao mesmo tempo que compra veículo para as mesmas funções?

Nem poderia deixar de perguntar: a Avibrás se posicionou a despeito dos seus veículos para estas funções ou a coisa toda não passou de um fake marketing da empresa?

abs

[gabriel219]

Isso é mais ou menos o que penso numa TORC-30 modificada para transformar o Guarani em uma viatura AAe orgânica de BIMec's e RCMec's:

[FCarvalho]

Que sistemas são esses que adicionaste Gabriel?

abs

[Viktor Reznov]

Que sistemas são esses que adicionaste Gabriel?

abs

Me parece um casulo com 4 mísseis Stinger e dois lançadores de mísseis anti-tanque, e um radar anti-áereo na parte traseira da torre.

[gabriel219]

Que sistemas são esses que adicionaste Gabriel?

abs

É a proposta Coreana para o Biho 2. Eu li pouco, mas a ideia é muito similar a minha, que é proporcionar a torre capacidade de utilizar mísseis Stinger e mísseis anticarro, já que a proposta é para uma viatura AAe orgânica:

http://southkoreanmilitary.blogspot.com ... spaag.html
Dá pra fazer o mesmo com a TORC, basta um EO/IR para o atirador e outro para o Comandante, sendo que este último será o responsável por guiar o míssil RBS-70 - assim deixando o atirador livre para escolher outro alvo dentro do quadrante -, coloca capacidade de utilizar Igla, RBS 70NG e mísseis anticarro, sem esquecer de algum radar de concepção nacional cobrindo uns 30 km de alcance. Além do canhão 30 mm, é claro, para autodefesa ou anti-drone.

Uma versão para cobrir a Brigada inteira pode ser feita substituindo os mísseis pelo Tamir e o radar por um com alcance maior, semelhante ao M-60.

[gabriel219]

E sobre o M60 falo já numa atualização de projeto, paraser algo mais compacto e de maior altura, semelhante ao Giraffe.

[FCarvalho]

Não tenho certeza, mas este desenho com estas torres, que parecem muito com a UT30 MK II, poderia ser uma ideia interessante a se pensar para uso nos Guarani da inf mec, aproveitando o documento do EB que reza sobre as inciativas sobre propostas para atualizar a cavalaria.



abs

[Viktor Reznov]

Não tenho certeza, mas este desenho com estas torres, que parecem muito com a UT30 MK II, poderia ser uma ideia interessante a se pensar para uso nos Guarani da inf mec, aproveitando o documento do EB que reza sobre as inciativas sobre propostas para atualizar a cavalaria.



abs

Eu acho que vai ser esse mesmo o caminho que o EB vai seguir, e não me surpreenderia se no futuro alguns menos de 200 Guarani recebessem uma torre smoothbore 105mm pra servirem como um "Centauro" ad-hoc.

[FCarvalho]

É lamentável dizer isso mas, o EB sequer parece ter ideia do que fazer ou como usar o conceito IFV nas bgdas inf mec ou na cav mec.
Na verdade não temos experiência prática ou teórica para determinar referenciais para um veículo assim. Nossa doutrina parou no tempo há muito e tudo praticamente em relação ao que for feito além do básico das VBTP do Guarani terá de sair do zero, e de preferência, com algum apoio externo.

Neste aspecto sou bem honesto. Sempre defendi desde o começo dessa história de VBR que a gente começasse pelo básico e depois fosse evoluindo paulatinamente. Para um exercito pouco acostumado - e averso - à mudar, ou se adequar, às mudanças de cenário operacionais e doutrinal modernas rapidamente, dar saltos em termos de projeto é como dar um tiro no próprio pé.

De forma objetiva: a CMI ofereceu, e dispõe, em seu portfólio de torres equipadas com canhões que vão de 90 a 120 mm. No caso da arma de 105 e 120, há dois modelos em que a mesmíssima torre pode ser usada para ambos os calibres. Todas as duas torres hoje oferecem modelos mais modernos que na época da concorrência. Então, o que custava ao EB colocar uma CTLS-90 na droga de um Guarani 6X6 e ir substituindo os Cascavel aos poucos, ir ganhando conhecimento, experiência, aprendendo a lidar com novas tecnologias e capacidades, fazendo experimentações, etc, etc... tudo isso em relação reorganização da cav mec e a formação das novas bgdas de inf mec.

Depois de determinar quais os parâmetros reais técnico, operacional e logísticos da viatura, e todas as suas possibilidades de uso nas OM enquadrantes, poderia-se avançar para outras soluções mais complexas, como o uso da versão 8x8, mas não sem antes experimentá-la como VBTP, evoluindo paulatinamente para IFV e só depois se pensando em uma VBR 105/120. Tempo nunca foi algo que nos faltou, e menos ainda somos ou estamos premidos pelo mesmo.

Esse processo poderia levar de 10 a 15 anos, de forma ordeira, sem atropelos e com os recursos disponíveis sendo bem gerenciados. Se não tivéssemos todos os veículos necessários, ao menos teríamos quiçá o suficiente para manter parte da tropa bem adestrada e atualizada com sistemas modernos. Mas acabamos que não fizermos nem uma coisa e nem outra. Hoje fala-se em Cascavel NG....

[arcanjo]

A IVECO Veículos de Defesa entrega ao Exército a viatura nº 400 do Programa Estratégico Guarani



https://defesabrasilnews.blogspot.com/2 ... ga-ao.html

abs.

arcanjo

[FCarvalho]

Perguntas que todo mundo quer saber.

O VBTP Gurani 6x6 de número 400 é exatamente igual ao primeiro entregue ao EB há cerca de 7 anos atrás?

Se sim, qual o motivo de nenhuma evolução técnica no bldo? Se não, quais as melhorias feitas que deixam este veículo mais eficaz/eficiente do que o original? Seria possível dizer que já existe uma versão Mk 2 ou Mk 3 do mesmo?

abs.