União Europeia
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Re: União Europeia
Os estados unidos ficavam choramingando que os europeus ficavam muito dependentes da OTAN e não financiavam a própria defesa. Ai os Europeus fazem um movimento previsível: Vamos investir mais em defesa e fazer inclusive um exercito europeu, mas.. deixaremos a empresas de defesa dos EUA de fora...e os Norte Americanos ficam com a mesma cara de bunda.
Esta geração de lideres norte americanos é a mais incompetente da história. Desse jeito os EUA não precisam de inimigos...pois suas lideranças já fazem um excelente trabalho em destruir o próprio país.
Esta geração de lideres norte americanos é a mais incompetente da história. Desse jeito os EUA não precisam de inimigos...pois suas lideranças já fazem um excelente trabalho em destruir o próprio país.
Politica não é a satisfação de um desejo, não é para atingir a perfeição, Não é para satisfazer os anseios morais. Se a pessoa se deixar levar por estes coisas será inevitavelmente manipulada.
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Re: União Europeia
O Canadá é a "versão civilizada" dos EUAcabeça de martelo escreveu: ↑Sáb Jun 08, 2019 10:29 am O Canadá está longe de ser parte dos EUA, na verdade a sociedade Canadiana está mais para a realidade europeia do que a Norte-Americana.
Já em relação à UE, ou vai ou racha. Com isto quero dizer que ou eles conseguem transformar isto tudo numa Federação ou o projecto europeu como nós o conhecemos vai eventualmente acabar.
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Re: União Europeia
A tendencia da geopolítica mundial são os continentes se unificarem em "blocos" no século XXI e XXII Alguns continentes estão +Avançados que outros e exige ainda mais obras em conjunto que quebrem as barreiras ilusórias que existiram por centenas de anos.
È a unica maneira de vencer países gigantes como os EUA ou China que possuem território, população E tecnologia.
Países menores ainda tem a vantagem administrativa e uso +eficiente dos recursos naturais e humanos. Mas até isso está sumindo com a informatização e capacidade de processamento de dados.
Conforme o mundo fica +Conectado tanto em infraestrutura como politicamente unificar é a unica chance de manter-se relevante e realmente seguro.
Se isso não for possível o jeito é aliar-se a um dos blocos em formação e aceitar o preço que for dado.
A Europa foi a primeira a perceber isso e está na frente.
EUA, Canada e México tem visões diferentes mas vão acabar num segundo bloco. Por mais que os EUA brigue com a imigração isso foi decidido ainda nos séculos anteriores quando anexou partes do México. È uma "guerra" demográfica que já acabou ^^.
Os outros continentes/regiões do mundo tão ainda muito atrasados e tem muito dever de casa a fazer antes de começarem de verdade. Que pode ser adiantado ou atrasado de acordo com a vontade politica e a realização dessa realidade.
Ex: America Latina e os países andinos ainda tem décadas a 1-2 séculos de obras pra fazer e de fato interligar as economias em ambos os lados dos Andes. Só então o Brasil e Argentina poderão ter uma gravidade econômica maior do que uma China ou EUA.
Até porque isso passa pela realização que integração =/= assimilação. E maioria dos outros continentes ainda quer usar a desculpa do primeiro pra efetuar o segundo. Destruindo a cultura +fraca ao invés de agrega-la e tornar todas +fortes.
Movimentos políticos nacionais poderão acelerar/desacelerar tais movimentos.
Mas a não ser que exista uma quebra do Status quo mundial, algo nível II guerra que refaça toda a dinâmica do comércio global.
Isso vai ser inevitável.
Teria que ser algo que volte a balança de novo pra economias regionais se tornarem +competitivas que economias globais. Mas isso deixo de ser verdade no século XV e não vejo nada que mude isso.
Pelo contrario. Coisas como a mineração no Espaço só vai piorar a situação pros países não globalizados ao inundar a terra em excesso de minérios e recursos que antes eram raros.
È a unica maneira de vencer países gigantes como os EUA ou China que possuem território, população E tecnologia.
Países menores ainda tem a vantagem administrativa e uso +eficiente dos recursos naturais e humanos. Mas até isso está sumindo com a informatização e capacidade de processamento de dados.
Conforme o mundo fica +Conectado tanto em infraestrutura como politicamente unificar é a unica chance de manter-se relevante e realmente seguro.
Se isso não for possível o jeito é aliar-se a um dos blocos em formação e aceitar o preço que for dado.
A Europa foi a primeira a perceber isso e está na frente.
EUA, Canada e México tem visões diferentes mas vão acabar num segundo bloco. Por mais que os EUA brigue com a imigração isso foi decidido ainda nos séculos anteriores quando anexou partes do México. È uma "guerra" demográfica que já acabou ^^.
Os outros continentes/regiões do mundo tão ainda muito atrasados e tem muito dever de casa a fazer antes de começarem de verdade. Que pode ser adiantado ou atrasado de acordo com a vontade politica e a realização dessa realidade.
Ex: America Latina e os países andinos ainda tem décadas a 1-2 séculos de obras pra fazer e de fato interligar as economias em ambos os lados dos Andes. Só então o Brasil e Argentina poderão ter uma gravidade econômica maior do que uma China ou EUA.
Até porque isso passa pela realização que integração =/= assimilação. E maioria dos outros continentes ainda quer usar a desculpa do primeiro pra efetuar o segundo. Destruindo a cultura +fraca ao invés de agrega-la e tornar todas +fortes.
Movimentos políticos nacionais poderão acelerar/desacelerar tais movimentos.
Mas a não ser que exista uma quebra do Status quo mundial, algo nível II guerra que refaça toda a dinâmica do comércio global.
Isso vai ser inevitável.
Teria que ser algo que volte a balança de novo pra economias regionais se tornarem +competitivas que economias globais. Mas isso deixo de ser verdade no século XV e não vejo nada que mude isso.
Pelo contrario. Coisas como a mineração no Espaço só vai piorar a situação pros países não globalizados ao inundar a terra em excesso de minérios e recursos que antes eram raros.
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Re: União Europeia
EU's further postponement of accession negotiations with Albania, North Macedonia undermines judiciary, governance reforms, Western Balkans stability
Dijedon Imeri and Petya Barzilska - Jane's Intelligence Weekly
20 June 2019
Prime Minister of Albania Edi Rama, French President Emmanuel Macron, German Chancellor Angela Merkel, Prime Minister of the Republic of North Macedonia Zoran Zaev at the end of the Western Balkan Conference on 29 April 2019 in Berlin, Germany. Source: Mika Schmidt - Pool/Getty Images Editorial #: 1140192138
On 18 June, the Council of the EU postponed its decision, to be taken unanimously, to open EU accession negotiations with Albania and North Macedonia until October due to resistance from some member states, including Germany, France and the Netherlands.
The decision to postpone accession talks for Albania and North Macedonia is highly likely to decrease EU-backed reform prospects across the Western Balkans. North Macedonia has been an EU candidate county since 2005 and Albania since 2014. In June 2018, the Council decided to delay by a year its decision on accession talks with the two countries despite being recommended by the European Commission to start membership negotiations. In May, the Commission again noted the progress achieved by the two countries in improving their judicial and anti-corruption frameworks and in combatting organised crime, reiterating the need to start accession talks. The countries in the Western Balkans region will most probably interpret the repeated postponement as the EU unwillingness to accept any Western Balkan state in the near future. This would very probably reduce the incentive to implement a sound judiciary, anti-corruption and governance reforms in Albania and North Macedonia, but also in Serbia (in EU accession negotiations since 2014) and Montenegro (in EU accession negotiations since 2012).
North Macedonia is likely to suffer from policy volatility and an increased likelihood of early election before the scheduled vote in December 2020 because of the delay to the accession talks. EU accession is a key objective for the government of Prime Minister Zoran Zaev. The administration has accomplished a diplomatic success by resolving a 27-year-long name dispute with neighbouring Greece resulting in changing the country's name from the Former Yugoslav Republic of Macedonia to the Republic of North Macedonia. The deal, however, has remained divisive, prompting anti-government protests and strong criticism by the opposition nationalist Macedonian Revolutionary Organization-Democratic Party for Macedonian National Unity (VMRO-DPMNE).
https://www.janes.com/article/89413/eu- ... -stability
Dijedon Imeri and Petya Barzilska - Jane's Intelligence Weekly
20 June 2019
Prime Minister of Albania Edi Rama, French President Emmanuel Macron, German Chancellor Angela Merkel, Prime Minister of the Republic of North Macedonia Zoran Zaev at the end of the Western Balkan Conference on 29 April 2019 in Berlin, Germany. Source: Mika Schmidt - Pool/Getty Images Editorial #: 1140192138
On 18 June, the Council of the EU postponed its decision, to be taken unanimously, to open EU accession negotiations with Albania and North Macedonia until October due to resistance from some member states, including Germany, France and the Netherlands.
The decision to postpone accession talks for Albania and North Macedonia is highly likely to decrease EU-backed reform prospects across the Western Balkans. North Macedonia has been an EU candidate county since 2005 and Albania since 2014. In June 2018, the Council decided to delay by a year its decision on accession talks with the two countries despite being recommended by the European Commission to start membership negotiations. In May, the Commission again noted the progress achieved by the two countries in improving their judicial and anti-corruption frameworks and in combatting organised crime, reiterating the need to start accession talks. The countries in the Western Balkans region will most probably interpret the repeated postponement as the EU unwillingness to accept any Western Balkan state in the near future. This would very probably reduce the incentive to implement a sound judiciary, anti-corruption and governance reforms in Albania and North Macedonia, but also in Serbia (in EU accession negotiations since 2014) and Montenegro (in EU accession negotiations since 2012).
North Macedonia is likely to suffer from policy volatility and an increased likelihood of early election before the scheduled vote in December 2020 because of the delay to the accession talks. EU accession is a key objective for the government of Prime Minister Zoran Zaev. The administration has accomplished a diplomatic success by resolving a 27-year-long name dispute with neighbouring Greece resulting in changing the country's name from the Former Yugoslav Republic of Macedonia to the Republic of North Macedonia. The deal, however, has remained divisive, prompting anti-government protests and strong criticism by the opposition nationalist Macedonian Revolutionary Organization-Democratic Party for Macedonian National Unity (VMRO-DPMNE).
https://www.janes.com/article/89413/eu- ... -stability
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Re: União Europeia
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/a ... a-esta-bem
Angela Merkel volta a tremer em público. Porta-voz garante que chanceler alemã está bem
O primeiro caso de tremores em público de Angela Merkel teve lugar a 18 de junho, enquanto recebia o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, numa visita oficial ao país, situação que a própria atribuiu, mais tarde, ao calor e falta de hidratação.
Angela Merkel, de 64 anos, não tem um historial de problemas de saúde. O caso desta quinta-feira teve lugar durante uma cerimónia de despedida da ministra da Justiça, Katarina Barley, que deixará o cargo para desempenhar funções no Parlamento Europeu.
O episódio, que desta vez durou cerca de dois minutos. O tremor parou, no entanto, quando a chanceler pôde dar alguns passos.
No momento do episódio, Merkel cruzou os braços numa tentativa de controlar os tremores. Foi-lhe oferecido um copo de água, mas esta recusou beber enquanto o presidente Steinmeier usava da palavra, descreve a Reuters.
De referir que Berlim enfrenta uma onda de calor nestes dias.
Questionado sobre se a chanceler iria marcar presença da reunião do G20 no Japão, o seu porta-voz garantiu que "tudo irá decorrer como planeado. A chanceler está bem".
Depois deste episódio, Merkel assistiu à tomada de posse da nova ministra da Justiça, Christine Lambrecht, já sem sinais de quaisquer tremores e visivelmente descontraída a conversar e a rir com o vice-chanceler Olaf Scholz.
Os próximos dias são de agenda intensa para Merkel. Ainda esta quinta-feira viaja para o Japão para a cimeira do G20 e terá uma cimeira europeia em Bruxelas no domingo.
Merkel, que completará 65 anos em 17 de julho, chegou ao poder em 2005 e foi reeleita para um quarto mandato após as eleições gerais de 2017.
(Notícia atualizada às 11:41)
...
O karma é fodido
Angela Merkel volta a tremer em público. Porta-voz garante que chanceler alemã está bem
O primeiro caso de tremores em público de Angela Merkel teve lugar a 18 de junho, enquanto recebia o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, numa visita oficial ao país, situação que a própria atribuiu, mais tarde, ao calor e falta de hidratação.
Angela Merkel, de 64 anos, não tem um historial de problemas de saúde. O caso desta quinta-feira teve lugar durante uma cerimónia de despedida da ministra da Justiça, Katarina Barley, que deixará o cargo para desempenhar funções no Parlamento Europeu.
O episódio, que desta vez durou cerca de dois minutos. O tremor parou, no entanto, quando a chanceler pôde dar alguns passos.
No momento do episódio, Merkel cruzou os braços numa tentativa de controlar os tremores. Foi-lhe oferecido um copo de água, mas esta recusou beber enquanto o presidente Steinmeier usava da palavra, descreve a Reuters.
De referir que Berlim enfrenta uma onda de calor nestes dias.
Questionado sobre se a chanceler iria marcar presença da reunião do G20 no Japão, o seu porta-voz garantiu que "tudo irá decorrer como planeado. A chanceler está bem".
Depois deste episódio, Merkel assistiu à tomada de posse da nova ministra da Justiça, Christine Lambrecht, já sem sinais de quaisquer tremores e visivelmente descontraída a conversar e a rir com o vice-chanceler Olaf Scholz.
Os próximos dias são de agenda intensa para Merkel. Ainda esta quinta-feira viaja para o Japão para a cimeira do G20 e terá uma cimeira europeia em Bruxelas no domingo.
Merkel, que completará 65 anos em 17 de julho, chegou ao poder em 2005 e foi reeleita para um quarto mandato após as eleições gerais de 2017.
(Notícia atualizada às 11:41)
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Re: União Europeia
No caso de hitler é sintoma de abstinência de drogas. Especialmente se o vídeo foi feito de 1941 pra frente. Já que o "médico" dele empanturrou ele com mentafetamina e outras drogas.
Descobriram em 1940 mas quem ia dizer pro Fuhrer que era super anti-drogas (E tinha até pena de morte) que ele era um drogado?
Descobriram em 1940 mas quem ia dizer pro Fuhrer que era super anti-drogas (E tinha até pena de morte) que ele era um drogado?
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Re: União Europeia
Vamos entender como funcionam os acordos comerciais e de investimentos no mundo atual com o caso abaixo. A Merkel e Macron colocam como fundamental a questão ambiental devido dois motivos principais: i) equalizar as regras e a competição entre as empresas nacionais e os bens importados; ii) abrir oportunidades de exportar bens e novas tecnologias verdes.
Governo francês 'descobriu' pela imprensa que Macron teria reunião bilateral com Jair Bolsonaro
Itamaraty e Presidência informaram que a reunião bilateral havia sido cancelada, mas não deram motivo; BBC News Brasil conversou com dois integrantes da delegação francesa, que negaram a existência do encontro.
Por BBC
Uma das reuniões mais aguardadas da agenda do presidente Jair Bolsonaro no G20, uma reunião bilateral reservada com o presidente francês, Emmanuel Macron, aparentemente só existiu no cronograma do governo brasileiro.
Do lado da França, segundo disseram à BBC News Brasil membros da delegação de Macron, só havia a previsão de uma breve conversa informal com Bolsonaro, após o almoço dos líderes. Mas, na agenda do presidente brasileiro, havia uma bilateral formal marcada para as 14h25.
Na manhã desta sexta (28), Itamaraty e Presidência informaram que a reunião bilateral havia sido cancelada, mas não deram motivo. A BBC News conversou com dois integrantes da delegação francesa em Osaka, no Japão, que mostraram a agenda de Macron e disseram:
"Nós soubemos pela imprensa que havia reunião bilateral. Nunca houve essa previsão. O que há é uma conversa informal, após o almoço, num ambiente comum."
A BBC News Brasil perguntou às assessorias de imprensa do Planalto e do Itamaraty se confirmavam a informação da França, mas recebeu como resposta que a questão será esclarecida durante briefing com o porta-voz da Presidência.
As reuniões bilaterais entre presidentes ocorrem em sala reservada, na presença dos dois líderes e dos membros das delegações que forem selecionados para participar. Normalmente, há espaço para que a imprensa faça fotos e imagens.
Acordo comercial
O encontro entre Bolsonaro e Macron era considerado importante porque Mercosul e União Europeia estão negociando um acordo comercial de amplo interesse do Brasil.
A França é justamente quem mais tem imposto restrições a fechar o entendimento, sob o argumento de que o governo brasileiro não tem se mostrado comprometido com o Acordo de Paris – entendimento pelo qual as nações se comprometem a assumir metas de redução de gases poluentes.
Nesta quarta (27), em conversa com jornalistas ao chegar a Osaka, Macron disse que a França se recusará a assinar um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia se o Brasil deixar o Acordo de Paris.
Alcançar o acordo de comércio entre os dois blocos é uma das principais missões do Ministério de Relações Exteriores do Brasil. O ministro Ernesto Araújo tem dito que um entendimento está perto de ser firmado, e Bolsonaro afirmou recentemente que o acordo seria assinado "em breve".
Mas ambientalistas têm pressionado países europeus a não assinarem o acordo, em protesto contra a pauta do governo Bolsonaro sobre meio ambiente.
"Se o Brasil deixar o acordo de Paris, no que nos diz respeito, não poderemos assinar um acordo comercial com eles", disse Macron a repórteres no Japão.
Perguntado sobre o motivo, ele respondeu:
"Por uma simples razão. Estamos pedindo aos nossos agricultores que parem de usar pesticidas, estamos pedindo a nossas empresas que produzam menos carbono, o que tem um custo de competitividade."
Durante a campanha, Bolsonaro disse que tiraria o Brasil do Acordo de Paris, seguindo os passos do presidente americano, Donald Trump. Mas, depois que tomou posse, ele recuou e afirmou que, "por enquanto", o país permaneceria.
Na manhã desta quinta (28), em reunião antes da cúpula do G20, os países que integram os Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) divulgaram comunicado conjunto declarando compromisso com o Acordo de Paris.
"Continuamos comprometidos com a plena implementação do Acordo de Paris, adotado sob os princípios da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC)", diz o documento, também assinado por Bolsonaro.
Mas os líderes das cinco nações também aproveitaram a oportunidade para cobrar dos países ricos compensações aos países emergentes e pobres pela preservação.
"Instamos os países desenvolvidos a fornecer apoio financeiro, tecnológico e de capacitação aos países em desenvolvimento para aprimorar sua capacidade em mitigação e adaptação. Esperamos que a Cúpula de Ação Climática da ONU, a ser realizada em setembro deste ano, produza resultados positivos."
Críticas de Merkel
Macron foi o segundo líder europeu a adotar, nesta semana, um tom crítico em relação à política ambiental do governo Bolsonaro.
Na quarta (26), em sessão do parlamento alemão, em Berlim, a chanceler Angela Merkel disse que está "muito preocupada" com a atuação do presidente brasileiro na área de meio ambiente e afirmou que considera a situação "dramática".
Ela havia sido questionada pela deputada do Partido Verde Anja Hajduk sobre se o governo alemão deveria continuar investindo nas negociações por um acordo comercial entre União Europeia e Mercosul em um momento em que ambientalistas e defensores dos direitos humanos denunciam a deterioração de direitos relacionados a essas questões no Brasil.
"Eu, assim como você, vejo com grande preocupação a questão da atuação do novo presidente brasileiro. E a oportunidade será utilizada, durante a cúpula do G20, para falar diretamente sobre o tema, porque eu vejo como dramático o que está acontecendo no Brasil", respondeu Merkel.
A chanceler, no entanto, disse que é contra impedir que o acordo com o Mercosul seja firmado por causa da posição brasileira em relação ao meio ambiente.
"Eu não acho que não levar adiante um acordo com o Mercosul vá fazer com que um hectare a menos de floresta seja derrubado no Brasil. Pelo contrário", ressaltou no Merkel.
"Eu vou fazer o que for possível, dentro das minhas forças, para que o que acontece no Brasil não aconteça mais, sem superestimar as possibilidades que tenho. Mas não buscar o acordo de livre-comércio, certamente, não é a resposta para essa questão", completou a chanceler.
'Alemanha tem muito a aprender com Brasil'
Na quinta (27), ao chegar a Osaka, Bolsonaro criticou a declaração de Merkel e disse que a Alemanha tem "muito a aprender" com o Brasil sobre meio ambiente.
O presidente também afirmou que o Brasil precisa ser respeitado e que o governo brasileiro não está no G20 para "ser advertido".
"Nós temos exemplo a dar à Alemanha sobre meio ambiente. A indústria deles continua sendo fóssil, vem parte do carvão. E a nossa não. Eles têm muito a aprender conosco", disse.
Visivelmente irritado durante e entrevista coletiva com jornalistas em Osaka, Bolsonaro disse que o atual governo não "aceitará" tratamento que, segundo ele, presidentes anteriores receberam de líderes de países desenvolvidos.
"O governo do Brasil que está aqui não é como os anteriores que vieram aqui para serem advertidos por outros países. A situação é de respeito com o Brasil", disse.
"Não aceitaremos tratamento como alguns chefes de Estado anteriores receberam antes."
Perguntado se encarou como desrespeitosa a fala de Merkel, Bolsonaro aproveitou para por em dúvida a credibilidade da imprensa em geral.
"Eu vi o que está escrito. Lamentavelmente grande parte do que a imprensa escreve não é aquilo", disse.
"Foi a imprensa alemã que escreveu", rebateu um jornalista.
"A gente tem que fazer a filtragem para não se deixar contaminar por parte da mídia escrita principalmente", continuou o presidente.
A fala de Merkel foi televisionada – ocorreu dentro do parlamento, durante uma sessão pública.
Desgaste para Brasil
A política ambiental do governo Bolsonaro tem se revelado o ponto de maior desgaste para o Brasil durante o G20 deste ano.
Em entrevista à BBC News Brasil, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o governo insistirá na mensagem de que é preciso explorar as possibilidades econômicas da Amazônia, diversificando as atividades dentro e no entorno da floresta.
Ele ainda disse que o governo brasileiro vai exigir que países ricos paguem compensações a produtores rurais brasileiros se quiserem que o Brasil conserve mais a floresta.
Mas a imagem negativa do Brasil na política ambiental já provoca problemas para o governo até em negociações comerciais. O governo francês tem sido o mais duro nas tratativas sobre o acordo de comércio entre Mercosul e União Europeia, usando como argumento o fato de que o Brasil não parece comprometido com o Acordo de Paris.
A floresta amazônica é essencial para o controle das mudanças climáticas já que ela absorve e transforma, por meio de fotossíntese, parte significativa do CO2 da atmosfera.
Mas, por trás dessa postura do governo francês, também está a preocupação de que produtos agrícolas brasileiros prejudiquem a competitividade dos produtores rurais do país.
Meio-ambiente também pode afetar negociação da OCDE
O diretor do grupo de estudos do G20 da Universidade de Toronto, John Kirton, também adverte que o Brasil terá que adotar um discurso "mais respeitável" em relação ao combate às mudanças climáticas se quiser o apoio da União Europeia para o pleito de integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE).
Entrar para esse seleto grupo integrado pelas mais ricas economias mundiais é um dos principais projetos do governo brasileiro. Fazer parte da OCDE funciona como uma espécie de selo de boas práticas comerciais e de desenvolvimento.
Um dos primeiros ganhos da nova relação do Brasil com os Estados Unidos foi conseguir apoio formal dos americanos para entrar na OCDE. Mas o governo brasileiro ainda precisará convencer os outros membros do grupo.
"O Brasil quer entrar na OCDE e praticamente todos os países que integram o grupo, com exceção dos Estados Unidos, acreditam numa solução multilateral liderada pela ONU para controlar as mudanças climáticas", destacou Kirton em entrevista à BBC News Brasil.
"Se o Brasil quer avançar no seu desejo de fazer parte da OCDE, vai ter que adotar uma posição mais respeitável sobre mudanças climáticas, o que Bolsonaro não tem feito até agora."
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48797525
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Re: União Europeia
Reviravolta em Bruxelas permite acordo. Mas a que custo?
Uma Europa partida ao meio, futuros alargamentos em risco, famílias políticas europeias divididas e a morte do spitzenkandidaten. Houve acordo, mas a que custo?
Numa autêntica reviravolta em Bruxelas, o Conselho Europeu chegou a acordo sobre quem serão os futuros líderes das instituições europeias, deixando de fora aqueles que foram os candidatos à Comissão Europeia pelas principais famílias políticas europeias. A alemã nascida na Bélgica Ursula van der Leyen é a candidata a nova presidente da Comissão Europeia; Christine Lagarde a nova presidente do Banco Central Europeu; o belga Charles Michel está escolhido para presidente do Conselho Europeu. Mas as negociações expuseram uma Europa cada vez mais fragmentada, com divisões entre Europa ocidental e o bloco de leste, entre as diferentes famílias políticas e entre o principal motor das decisões na Europa, o eixo franco-alemão. A maior vitória é a do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz.
Chegar a um acordo em Bruxelas nunca é fácil, muito menos rápido. Desta vez não foi diferente e os líderes conseguiram quebrar mais um recorde, o da mais longa cimeira do Conselho Europeu de sempre, mais longa até do que a que ocorreu em julho de 2015 e quase culminou com a saída da Grécia do euro.
O acordo agora alcançado permite uma saída (mais ou menos) airosa para os dois principais países da União Europeia e tentam agradar às principais famílias políticas. Ursula van der Leyen será a sucessora de Jean-Claude Juncker. A médica alemã é atualmente ministra da Defesa da Alemanha, a primeira mulher neste cargo, defensora de um exército comum europeu e uma das vozes que insurgiu contra a equiparação dos refugidos a terroristas.
Ursula van der Leyen nasceu na Bélgica, fala fluentemente francês, algo que agrada a Emmanuel Macron, e foi um nome que surgiu como forma de compromisso, que daria à Alemanha e ao Partido Popular Europeu a presidência da Comissão Europeia, afastando Manfred Weber, que tinha uma grande oposição desde França, aos socialistas e liberais, passando ainda por alguns membros dos países de centro e leste da Europa, entre eles o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban.
A morte anunciada do processo do spitzenkandidaten
O sistema criado em que as principais famílias políticas europeias escolhem um cabeça-de-lista para ser candidato à Comissão Europeia — os chamados spitzenkandidaten — só resultou uma vez, em 2014, quando Jean-Claude Juncker foi eleito, e pode ter sofrido o seu golpe mortal esta terça-feira.
O primeiro derrotado, logo no final da noite eleitoral, foi o alemão Manfred Weber, cabeça-de-lista pelo Partido Popular Europeu (PPE), a família política europeia que voltou a ser a que mais eurodeputados irá ter no Parlamento Europeu, embora perdendo força. A oposição firme do presidente francês, Emmanuel Macron, à nomeação de Manfred Weber, foi da falta de experiência governativa do alemão à necessidade de dar aos liberais mais destaque nos cargos de topo da Europa, até ao facto do alemão não falar francês fluentemente.
A morte de Weber estava mais que anunciada, mas foi reforçada com a oposição dos socialistas, dos liberais e até de alguns países a leste, acabando por não ser uma real opção.
O segundo derrotado é o cabeça-de-lista dos socialistas, o holandês Frans
Timmermans. O diplomata poliglota (fala sete línguas fluentemente, incluindo russo, e ainda ‘arranha’ espanhol) tentou juntamente com António Costa e Pedro Sanchéz criar uma espécie de geringonça à escala europeia e até esteve perto de conseguir, com os principais líderes da União Europeia a acertarem um acordo à margem da reunião do G20 em Osaka, no Japão, que o colocaria como presidente da Comissão Europeia, e Manfred Weber na presidência do Parlamento Europeu.
Se a Manfred Weber lhe faltava experiência executiva, a FransTimmermans foi a sua experiência que o prejudicou. O até agora primeiro vice-presidente da Comissão Europeia, número dois de Jean-Claude Juncker, acabou por ser bloqueado por pelo menos dez países (apesar de não ter havido uma votação), com a maior oposição a surgir do grupo de Visegrado — Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia. Em causa as disputas criadas devido à aplicação da lei europeia e dos princípios da União Europeia, em especial na Polónia e na Hungria (mas também na Roménia). Timmermans chegou a acusar o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, de operar um serviço de táxis diplomático para criminosos, devido ao asilo político dado ao presidente da Macedónia.
Também a Itália, um dos maiores países da União Europeia e cujo Governo está atualmente desalinhado das principais famílias políticas europeias, demonstrou a sua forte oposição à solução Timmermans. O primeiro-ministro Giuseppe Conte disse que o problema era o pacote, mas o ministro do Interior (um dos líderes da coligação), Matteo Salvini, disse que não aceitaria um socialista na presidência da Comissão Europeia.
Já a liberal dinamarquesa Margrethe Vestager, que antes e após as eleições era apontada como a solução de compromisso e que até era vista com bons olhos por Angela Merkel, mal chegou a ser hipótese. De acordo com o primeiro-ministro da República Checa, a solução Vestager foi logo afastada pelos líderes por não ter votos suficientes no Parlamento Europeu que permitissem a sua nomeação (o presidente da Comissão tem de ser aprovado por maioria absoluta em Estrasburgo).
Timmermans e Vestager ainda terão direito às vice-presidências mais importantes da União Europeia. Manfred Weber nem isso.
Uma Europa partida ao meio
Há muito que os países do centro e leste da Europa têm vindo a exigir maior representatividade na estrutura superior da União Europeia, mas desta vez estiveram mais alinhados que os restantes e, beneficiando da divisão dentro do PPE e do apoio de Itália, conseguiram bloquear quase todas as escolhas.
O mais visível foi o grupo de Visegrado, que integra Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia. Apesar de cada um destes pertencer a uma família política europeia diferente, o grupo esteve alinhado e bloqueou de forma implacável a nomeação de Frans Timmermans. Para estes primeiros-ministros, o socialista não era o líder ideal porque a Comissão precisava de alguém que não tenha uma visão negativa dos países mais a leste.
Mas o grupo de Visegrado não foi o único a impedir a nomeação de Timmermans. O primeiro-ministro da Lituânia pediu caras novas e defendeu que o sistema do spitzenkandidaten estava morto. O primeiro-ministro da Bulgária até sugeriu o seu homólogo croata para a liderança da Comissão Europeia, que por sua vez também estava contra a nomeação de Timmermans.
A força de bloqueio que veio do leste não só impediu a nomeação de Frans Timmermans como deixou alguns líderes mais a oeste irritados. Emmanuel Macron foi um dos mais frustrados, e disse mesmo que este caso demonstrava que o processo de adesão à União Europeia de países mais a leste deve ser repensado. O primeiro-ministro holandês disse o mesmo. Pedro Sanchéz e António Costa queixaram-se do bloqueio por parte destes países à solução que tinham cozinhado. O primeiro-ministro português juntou a Itália a este grupo, que disse mesmo ser a líder da força de bloqueio.
Angela Merkel. O fim de uma era?
Desde as eleições legislativas alemãs do final de 2017 que a chanceler alemã tem vindo a perder força, internamente e na Europa. O fraco resultado eleitoral da CDU/CSU levou Angela Merkel a prometer que não se irá recandidatar em 2021, altura em que termina o atual mandato. Quando tomou a decisão de abrir as fronteiras sem limite aos refugiados da Síria e do Iraque, aquela que foi apelidada de ‘Rainha da Europa’, ganhou muitos fãs dentro da União, mas também uma grande oposição interna.
A chanceler tem feito dançar ao seu ritmo o grupo dos líderes de governo do PPE no Conselho Europeu e ainda mais alguns liberais, tendo desenvolvido as maiores decisões europeias em conjunto com os vários presidentes de França desde que chegou ao poder, em 2005, acabando por garantir que os restantes líderes estão alinhados e seguem as suas orientações.
Mas desta vez a história foi diferente. Começou por defender que deveria se um dos membros do PPE, como partido vencedor das europeias e com mais líderes no Conselho Europeu, a suceder a Jean-Claude Juncker na Comissão Europeia. Mas o volte-face acontecido em Osaka, em que alinhou com Emmanuel Macron, Mark Rutte e Pedro Sanchéz, para dar a presidência ao socialista Frans Timmermans, não caiu bem entre os chefes de Estado e de Governo do PPE. Irlanda, Bulgária, Lituânia, Croácia e Chipre não alinharam com Angela Merkel e foram suficientes para bloquear as intenções de Angela Merkel.
Se é verdade que o compromisso final está longe dos (muitos) planos iniciais, também é que as cedências de Angela Merkel caem quase todas a seu favor. A chanceler alemã consegue que seja escolhida para a presidência da Comissão Europeia um membro do PPE e alemão, a sua ministra da Defesa Ursula von der Leyen, em tempos apontada como sua sucessora. Para a presidência do Banco Central Europeu, Angela Merkel também escolhe uma velha conhecida sua — e uma hipótese que lhe agrada –, a francesa Christine Largarde, atualmente diretora-geral do FMI.
Pode ser a última grande decisão de Angela Merkel na União Europeia e o seu poder pode parecer diminuído, especialmente entre os seus pares do PPE, mas a solução está longe de ser negativa para a ‘Rainha da Europa’.
Espanha “está de volta”, capitaliza Brexit e isolamento de Itália… mas esquece-se de António Costa
Durante muitos anos, a quarta maior economia da Zona Euro reclamou para si mais destaque, cargos de topo na União Europeia e relevância política. Durante muitos anos foi ignorada pelos líderes europeus, como aconteceu quando, por duas vezes, o PP espanhol tentou colocar Luis de Guindos na presidência da Eurogrupo. Mas o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, não deixou passar a oportunidade de colocar Espanha no mapa das decisões europeias como não acontecia até aqui.
A saída do Reino Unido da União Europeia e o isolamento escolhido pelo novo Governo italiano deu a Pedro Sanchéz o protagonismo que Espanha vinha a exigir há muitos anos e ainda lhe valeu a nomeação de Josep Borrell, o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, para a cargo de Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, que era a sua preferência desde o início, com um cargo reforçado duplamente: não só acumula os Assuntos Humanitários, como a pasta relativa à politica de recursos e ajuda ao desenvolvimento de África.
“Espanha está de volta e creio que está de volta em força”, disse o primeiro-ministro espanhol na conferência de imprensa após a reunião do Conselho Europeu, onde ainda se congratulou por ser o principal negociador pelos socialistas europeus neste processo… esquecendo-se do primeiro-ministro português António Costa, o outro negociador da equipa.
Já Itália, depois de um período em que deteve a presidência do Banco Central Europeu (termina em outubro), do Parlamento Europeu e Alta Representante para a Política Externa da União Europeia, vai ficar sem um único cargo de topo na Europa. Em Itália, o Governo tem exigido uma pasta forte, como a dos Assuntos Económicos, mas dificilmente terá sorte, mais ainda considerando que foi apontada por vários líderes como uma das principais forças de bloqueio. Será também a primeira vez que Itália não terá um representante na comissão executiva do BCE, desde que a criação do euro. Resta saber se ainda tem hipótese de reter o Parlamento Europeu…
O enfraquecimento do Partido Popular Europeu e o passo em falso dos liberais
As eleições europeias resultaram num Parlamento Europeu mais fragmentado, com o centro-direita (PPE) e o centro-esquerda (S&D) a perderem força, enquanto os liberais (ALDE) e os Verdes ganharam mais eurodeputados. O PPE continua a ser ainda assim a família política com mais eurodeputados. Os liberais ganharam força também por via da junção do novo partido de Emmanuel Macron.
O Parlamento Europeu só iniciou a próxima legislatura esta terça-feira, mas esta nova configuração já está a trazer os seus desafios. O PPE tenta agarrar-se ao resultado eleitoral para garantir que ainda é quem manda mais na Europa — tem ocupado quase todos os cargos de topo na União Europeia — e feito finca-pé por Manfred Weber, um candidato que desde o primeiro momento se percebeu que tinha quase zero hipótese de chegar à liderança do Executivo europeu.
Mas não é só no Parlamento Europeu que o PPE tem tido esta posição. No Conselho Europeu, os líderes europeus não quiseram ceder ao acordo de Merkel com Macron, Rutte e Sanchéz, e têm dificultado o acordo ao ponto de o primeiro-ministro do Luxemburgo, Xavier Bettel, ter dito na manhã desta terça-feira que esperava que os líderes do PPE tivessem “reiniciado o sistema”.
Do lado dos liberais, o terceiro partido com mais votos — mas que será quem perde mais eurodeputados com a saída do Reino Unido da União Europeia — e o segundo mais representado no Conselho Europeu, a expectativa é que pudesse ter chegado finalmente a altura de controlar um dos principais cargos da União Europeia. Com Macron na frente desta tentativa de afastar o PPE do poder, criando uma ‘eurogeringonça’ com os socialistas, chegaram a aspirar a isso mesmo, mas sem sucesso. Ainda assim, terminam este processo com uma (pequena) vitória: Charles Michel, primeiro-ministro interino da Bélgica, será o próximo líder do Conselho Europeu.
https://eco.sapo.pt/especiais/reviravol ... que-custo/
Uma Europa partida ao meio, futuros alargamentos em risco, famílias políticas europeias divididas e a morte do spitzenkandidaten. Houve acordo, mas a que custo?
Numa autêntica reviravolta em Bruxelas, o Conselho Europeu chegou a acordo sobre quem serão os futuros líderes das instituições europeias, deixando de fora aqueles que foram os candidatos à Comissão Europeia pelas principais famílias políticas europeias. A alemã nascida na Bélgica Ursula van der Leyen é a candidata a nova presidente da Comissão Europeia; Christine Lagarde a nova presidente do Banco Central Europeu; o belga Charles Michel está escolhido para presidente do Conselho Europeu. Mas as negociações expuseram uma Europa cada vez mais fragmentada, com divisões entre Europa ocidental e o bloco de leste, entre as diferentes famílias políticas e entre o principal motor das decisões na Europa, o eixo franco-alemão. A maior vitória é a do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz.
Chegar a um acordo em Bruxelas nunca é fácil, muito menos rápido. Desta vez não foi diferente e os líderes conseguiram quebrar mais um recorde, o da mais longa cimeira do Conselho Europeu de sempre, mais longa até do que a que ocorreu em julho de 2015 e quase culminou com a saída da Grécia do euro.
O acordo agora alcançado permite uma saída (mais ou menos) airosa para os dois principais países da União Europeia e tentam agradar às principais famílias políticas. Ursula van der Leyen será a sucessora de Jean-Claude Juncker. A médica alemã é atualmente ministra da Defesa da Alemanha, a primeira mulher neste cargo, defensora de um exército comum europeu e uma das vozes que insurgiu contra a equiparação dos refugidos a terroristas.
Ursula van der Leyen nasceu na Bélgica, fala fluentemente francês, algo que agrada a Emmanuel Macron, e foi um nome que surgiu como forma de compromisso, que daria à Alemanha e ao Partido Popular Europeu a presidência da Comissão Europeia, afastando Manfred Weber, que tinha uma grande oposição desde França, aos socialistas e liberais, passando ainda por alguns membros dos países de centro e leste da Europa, entre eles o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban.
A morte anunciada do processo do spitzenkandidaten
O sistema criado em que as principais famílias políticas europeias escolhem um cabeça-de-lista para ser candidato à Comissão Europeia — os chamados spitzenkandidaten — só resultou uma vez, em 2014, quando Jean-Claude Juncker foi eleito, e pode ter sofrido o seu golpe mortal esta terça-feira.
O primeiro derrotado, logo no final da noite eleitoral, foi o alemão Manfred Weber, cabeça-de-lista pelo Partido Popular Europeu (PPE), a família política europeia que voltou a ser a que mais eurodeputados irá ter no Parlamento Europeu, embora perdendo força. A oposição firme do presidente francês, Emmanuel Macron, à nomeação de Manfred Weber, foi da falta de experiência governativa do alemão à necessidade de dar aos liberais mais destaque nos cargos de topo da Europa, até ao facto do alemão não falar francês fluentemente.
A morte de Weber estava mais que anunciada, mas foi reforçada com a oposição dos socialistas, dos liberais e até de alguns países a leste, acabando por não ser uma real opção.
O segundo derrotado é o cabeça-de-lista dos socialistas, o holandês Frans
Timmermans. O diplomata poliglota (fala sete línguas fluentemente, incluindo russo, e ainda ‘arranha’ espanhol) tentou juntamente com António Costa e Pedro Sanchéz criar uma espécie de geringonça à escala europeia e até esteve perto de conseguir, com os principais líderes da União Europeia a acertarem um acordo à margem da reunião do G20 em Osaka, no Japão, que o colocaria como presidente da Comissão Europeia, e Manfred Weber na presidência do Parlamento Europeu.
Se a Manfred Weber lhe faltava experiência executiva, a FransTimmermans foi a sua experiência que o prejudicou. O até agora primeiro vice-presidente da Comissão Europeia, número dois de Jean-Claude Juncker, acabou por ser bloqueado por pelo menos dez países (apesar de não ter havido uma votação), com a maior oposição a surgir do grupo de Visegrado — Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia. Em causa as disputas criadas devido à aplicação da lei europeia e dos princípios da União Europeia, em especial na Polónia e na Hungria (mas também na Roménia). Timmermans chegou a acusar o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, de operar um serviço de táxis diplomático para criminosos, devido ao asilo político dado ao presidente da Macedónia.
Também a Itália, um dos maiores países da União Europeia e cujo Governo está atualmente desalinhado das principais famílias políticas europeias, demonstrou a sua forte oposição à solução Timmermans. O primeiro-ministro Giuseppe Conte disse que o problema era o pacote, mas o ministro do Interior (um dos líderes da coligação), Matteo Salvini, disse que não aceitaria um socialista na presidência da Comissão Europeia.
Já a liberal dinamarquesa Margrethe Vestager, que antes e após as eleições era apontada como a solução de compromisso e que até era vista com bons olhos por Angela Merkel, mal chegou a ser hipótese. De acordo com o primeiro-ministro da República Checa, a solução Vestager foi logo afastada pelos líderes por não ter votos suficientes no Parlamento Europeu que permitissem a sua nomeação (o presidente da Comissão tem de ser aprovado por maioria absoluta em Estrasburgo).
Timmermans e Vestager ainda terão direito às vice-presidências mais importantes da União Europeia. Manfred Weber nem isso.
Uma Europa partida ao meio
Há muito que os países do centro e leste da Europa têm vindo a exigir maior representatividade na estrutura superior da União Europeia, mas desta vez estiveram mais alinhados que os restantes e, beneficiando da divisão dentro do PPE e do apoio de Itália, conseguiram bloquear quase todas as escolhas.
O mais visível foi o grupo de Visegrado, que integra Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia. Apesar de cada um destes pertencer a uma família política europeia diferente, o grupo esteve alinhado e bloqueou de forma implacável a nomeação de Frans Timmermans. Para estes primeiros-ministros, o socialista não era o líder ideal porque a Comissão precisava de alguém que não tenha uma visão negativa dos países mais a leste.
Mas o grupo de Visegrado não foi o único a impedir a nomeação de Timmermans. O primeiro-ministro da Lituânia pediu caras novas e defendeu que o sistema do spitzenkandidaten estava morto. O primeiro-ministro da Bulgária até sugeriu o seu homólogo croata para a liderança da Comissão Europeia, que por sua vez também estava contra a nomeação de Timmermans.
A força de bloqueio que veio do leste não só impediu a nomeação de Frans Timmermans como deixou alguns líderes mais a oeste irritados. Emmanuel Macron foi um dos mais frustrados, e disse mesmo que este caso demonstrava que o processo de adesão à União Europeia de países mais a leste deve ser repensado. O primeiro-ministro holandês disse o mesmo. Pedro Sanchéz e António Costa queixaram-se do bloqueio por parte destes países à solução que tinham cozinhado. O primeiro-ministro português juntou a Itália a este grupo, que disse mesmo ser a líder da força de bloqueio.
Angela Merkel. O fim de uma era?
Desde as eleições legislativas alemãs do final de 2017 que a chanceler alemã tem vindo a perder força, internamente e na Europa. O fraco resultado eleitoral da CDU/CSU levou Angela Merkel a prometer que não se irá recandidatar em 2021, altura em que termina o atual mandato. Quando tomou a decisão de abrir as fronteiras sem limite aos refugiados da Síria e do Iraque, aquela que foi apelidada de ‘Rainha da Europa’, ganhou muitos fãs dentro da União, mas também uma grande oposição interna.
A chanceler tem feito dançar ao seu ritmo o grupo dos líderes de governo do PPE no Conselho Europeu e ainda mais alguns liberais, tendo desenvolvido as maiores decisões europeias em conjunto com os vários presidentes de França desde que chegou ao poder, em 2005, acabando por garantir que os restantes líderes estão alinhados e seguem as suas orientações.
Mas desta vez a história foi diferente. Começou por defender que deveria se um dos membros do PPE, como partido vencedor das europeias e com mais líderes no Conselho Europeu, a suceder a Jean-Claude Juncker na Comissão Europeia. Mas o volte-face acontecido em Osaka, em que alinhou com Emmanuel Macron, Mark Rutte e Pedro Sanchéz, para dar a presidência ao socialista Frans Timmermans, não caiu bem entre os chefes de Estado e de Governo do PPE. Irlanda, Bulgária, Lituânia, Croácia e Chipre não alinharam com Angela Merkel e foram suficientes para bloquear as intenções de Angela Merkel.
Se é verdade que o compromisso final está longe dos (muitos) planos iniciais, também é que as cedências de Angela Merkel caem quase todas a seu favor. A chanceler alemã consegue que seja escolhida para a presidência da Comissão Europeia um membro do PPE e alemão, a sua ministra da Defesa Ursula von der Leyen, em tempos apontada como sua sucessora. Para a presidência do Banco Central Europeu, Angela Merkel também escolhe uma velha conhecida sua — e uma hipótese que lhe agrada –, a francesa Christine Largarde, atualmente diretora-geral do FMI.
Pode ser a última grande decisão de Angela Merkel na União Europeia e o seu poder pode parecer diminuído, especialmente entre os seus pares do PPE, mas a solução está longe de ser negativa para a ‘Rainha da Europa’.
Espanha “está de volta”, capitaliza Brexit e isolamento de Itália… mas esquece-se de António Costa
Durante muitos anos, a quarta maior economia da Zona Euro reclamou para si mais destaque, cargos de topo na União Europeia e relevância política. Durante muitos anos foi ignorada pelos líderes europeus, como aconteceu quando, por duas vezes, o PP espanhol tentou colocar Luis de Guindos na presidência da Eurogrupo. Mas o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, não deixou passar a oportunidade de colocar Espanha no mapa das decisões europeias como não acontecia até aqui.
Foi o líder efetivo das negociações pelos socialistas europeus — acompanhado de António Costa –, foi um dos líderes que fechou o acordo de Osaka e tem sido constantemente a terceira perna do eixo franco-alemão. Na maior parte das negociações que envolveram Angela Merkel e Emmanuel Macron, juntamente com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, Pedro Sanchéz aparece na fotografia.Espanha está de volta e creio que está de volta em força.
A saída do Reino Unido da União Europeia e o isolamento escolhido pelo novo Governo italiano deu a Pedro Sanchéz o protagonismo que Espanha vinha a exigir há muitos anos e ainda lhe valeu a nomeação de Josep Borrell, o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, para a cargo de Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, que era a sua preferência desde o início, com um cargo reforçado duplamente: não só acumula os Assuntos Humanitários, como a pasta relativa à politica de recursos e ajuda ao desenvolvimento de África.
“Espanha está de volta e creio que está de volta em força”, disse o primeiro-ministro espanhol na conferência de imprensa após a reunião do Conselho Europeu, onde ainda se congratulou por ser o principal negociador pelos socialistas europeus neste processo… esquecendo-se do primeiro-ministro português António Costa, o outro negociador da equipa.
Já Itália, depois de um período em que deteve a presidência do Banco Central Europeu (termina em outubro), do Parlamento Europeu e Alta Representante para a Política Externa da União Europeia, vai ficar sem um único cargo de topo na Europa. Em Itália, o Governo tem exigido uma pasta forte, como a dos Assuntos Económicos, mas dificilmente terá sorte, mais ainda considerando que foi apontada por vários líderes como uma das principais forças de bloqueio. Será também a primeira vez que Itália não terá um representante na comissão executiva do BCE, desde que a criação do euro. Resta saber se ainda tem hipótese de reter o Parlamento Europeu…
O enfraquecimento do Partido Popular Europeu e o passo em falso dos liberais
As eleições europeias resultaram num Parlamento Europeu mais fragmentado, com o centro-direita (PPE) e o centro-esquerda (S&D) a perderem força, enquanto os liberais (ALDE) e os Verdes ganharam mais eurodeputados. O PPE continua a ser ainda assim a família política com mais eurodeputados. Os liberais ganharam força também por via da junção do novo partido de Emmanuel Macron.
O Parlamento Europeu só iniciou a próxima legislatura esta terça-feira, mas esta nova configuração já está a trazer os seus desafios. O PPE tenta agarrar-se ao resultado eleitoral para garantir que ainda é quem manda mais na Europa — tem ocupado quase todos os cargos de topo na União Europeia — e feito finca-pé por Manfred Weber, um candidato que desde o primeiro momento se percebeu que tinha quase zero hipótese de chegar à liderança do Executivo europeu.
Mas não é só no Parlamento Europeu que o PPE tem tido esta posição. No Conselho Europeu, os líderes europeus não quiseram ceder ao acordo de Merkel com Macron, Rutte e Sanchéz, e têm dificultado o acordo ao ponto de o primeiro-ministro do Luxemburgo, Xavier Bettel, ter dito na manhã desta terça-feira que esperava que os líderes do PPE tivessem “reiniciado o sistema”.
Do lado dos liberais, o terceiro partido com mais votos — mas que será quem perde mais eurodeputados com a saída do Reino Unido da União Europeia — e o segundo mais representado no Conselho Europeu, a expectativa é que pudesse ter chegado finalmente a altura de controlar um dos principais cargos da União Europeia. Com Macron na frente desta tentativa de afastar o PPE do poder, criando uma ‘eurogeringonça’ com os socialistas, chegaram a aspirar a isso mesmo, mas sem sucesso. Ainda assim, terminam este processo com uma (pequena) vitória: Charles Michel, primeiro-ministro interino da Bélgica, será o próximo líder do Conselho Europeu.
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Re: União Europeia
Enfim, vamos sofrer mais um bocado. O habitual.
Nunca mais esta merda acaba.
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Re: União Europeia
É alemã mas nasceu em Bruxelas, tem sete filhos e está associada à política desde cedo. Ursula von der Leyen é a nova Presidente da Comissão Europeia e a primeira mulher a ocupar o cargo.
- tgcastilho
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Re: União Europeia
Eu ainda aguardo pelo dia que vais sair do armário e finalmente admitir q a seguir ao PCP o que mais te anima é o PNR!
"Socialist governments traditionally do make a financial mess. They [socialists] always run out of other people's money. It's quite a characteristic of them."
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Re: União Europeia
Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, ele é apoiante do Vox...tgcastilho escreveu: ↑Sex Jul 05, 2019 7:43 amEu ainda aguardo pelo dia que vais sair do armário e finalmente admitir q a seguir ao PCP o que mais te anima é o PNR!
- tgcastilho
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Re: União Europeia
Um pérfido soviete traidor apoiante de Castelhanos!?cabeça de martelo escreveu: ↑Sex Jul 05, 2019 1:06 pm
Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, ele é apoiante do Vox...
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Re: União Europeia
Eu só sei é que vamos ficar mais pobres para que a Alemanha fique mais rica mas vocês gostam
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