IRÃ

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: IRÃ

#406 Mensagem por wagnerm25 » Qui Ago 23, 2018 5:12 pm

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Coloque a ficha aqui e irá funcionar por dez minutos, diz a legenda.




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Re: IRÃ

#407 Mensagem por Bourne » Qui Ago 23, 2018 6:33 pm

Muitos judeus iranianos não migraram porque nunca foram perseguidos como na Europa Ocidental/Oriental. A convivência dos judeus e outros grupos com os muçulmanos foram relativamente estáveis. Aliás, os judeus são importantes na economia e política, assim como representados na estrutura de estado. O ponto de ruptura foi a revolução de 1979 que trouxe maior influência da religião. A imigração ocorreu mais por medo de perder propriedades e direitos. Só que não aconteceu. Eles continuaram importantes. Ao mesmo tempo em que a estrutura de estado iraniana e sociedade é bem sólida.

A visão ocidental norte-americana de "levar a democracia para selvagens" é a versão do século XX do fardo do homem branco. Porque ignora que tem sociedade muito antigas que foram construídas de forma diferente e não vão adotar os conceitos subjetivos ocidentais na visão norte-americana de imposição de tipo de instituições. Isso vale para Europa central, Ásia central e Ásia. Nem melhores ou piores, mas diferentes com características próprias que podem ser lidas como positivas ou negativas.




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Re: IRÃ

#408 Mensagem por knigh7 » Qua Fev 13, 2019 9:35 pm

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Re: IRÃ

#409 Mensagem por paulof » Qua Abr 03, 2019 10:58 am

Iranian crude oil exports in January were higher than expected, while February shipments so far have been holding steady or even higher compared to last month, as several of Iran’s customers are using up their US sanction waivers to continue importing Iranian oil.

According to tanker-tracking data from Refinitiv Eikon and a source at a company tracking Iranian oil flows, Iran’s exports in February have averaged 1.25 million barrel per day so far, while the January exports were between 1.1 million bpd and 1.3 million bpd, higher than the previously expected below 1-million-bpd level, which was seen in December, Reuters reported.

While tracking Iran’s oil exports has become an increasingly difficult task after the US sanctions returned in early November, some of the key Iranian oil customers that received US waivers resumed buying Iran’s oil in 2019 or increased imports to their respective ceiling allowed under the waivers.

Iran’s key Asian customers - Japan, South Korea, India, and China - are buying Iranian crude again, but at much lower rates than they did before November when US sanctions kicked in.

The rate at which India, Japan, and South Korea are importing Iranian crude at the moment, is at least half lower than the rate from before the sanctions went into effect.

As the ‘waivers window’ will be shrinking ahead of the end of the 180-day waiver period in early May, buyers could be rushing to buy what they can before April in order to be able to complete transactions before May in case waivers are not extended, according to analysts.

The US has signaled that Iranian customers should not rely on waivers extensions, but the Trump Administration has not yet officially said if it would stop granting waivers.



https://financialtribune.com/articles/e ... ed-in-2019




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Re: IRÃ

#410 Mensagem por paulof » Qua Abr 03, 2019 11:01 am

The Ministry of Economic Affairs and Finance’s worst-case scenario forecast for Iran's average annual consumer inflation in the current fiscal year (March 2018-19) is at 27.8% and that of economic growth is at -2.5%.

The forecasts are based on an assessment of the country's economic climate and data provided by the Statistical Center of Iran.

According to the ministry’s predictions, annual inflation rate inthe current year (March 2018-19) would range between 24.4% and 27.8% and economic growth could vary from -1.1% to -2.5%.

Trends in Iran’s economic variables indicate that the rise in inflation rate, decline in economic growth and increase in unemployment rate would proceed in the coming months, Fars News Agency reported the Economy Ministry as saying.

https://financialtribune.com/articles/d ... n-economic

As inundações piorem o quadro, colheitas foram destruídas e a extração de Petróleo parada.




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#411 Mensagem por Sterrius » Qua Abr 03, 2019 1:17 pm

Não vejo grandes transformações politicas e econômicas até as eleições americanas ano que vem ou caso Khamenei morra.




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Re: IRÃ

#412 Mensagem por Bourne » Qua Abr 03, 2019 2:40 pm

Acho que os EUA não tem todo esse poder. O efeito das sanções é jogar o país nos braços de Rússia e China, abrir oportunidades para UE e emergentes que tem mais para oferecer. O processo similar o que ocorre na Venezuela.

O Irã fez o acordão com UE, Rússia e EUA nos tempos de Obama. E mesmo depois do Trump tirar os EUA, continua cumprindo o acordo com UE e Rússia. E tem relações boas com China e outros países que entraram na onda. O Irã não é bonzinho. O acordo veio pela necessidade de investimento estrangeiro, construir infraestrutura e importar tecnologia, bens e serviços do exterior. E é o que estão fazendo. Porque sem isso não cresce. Tanto que importações de países como Brasil e China explodiram nos últimos anos. Os iranianos estão se modernizando.

O PIB iraniano varia muito ao longo do tempo. Pode ser o papel do petróleo. E inflação e desemprego é um problema estrutural.

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Re: IRÃ

#413 Mensagem por paulof » Qua Abr 03, 2019 3:12 pm

A Rússia em termos de petróleo pegou junto com sauditas a cota iraniana, tem atritos com eles por causa da Ásia Central, acho mais provável uma aliança Índia/Irã já que os dois não tem grandes problemas geopolíticos tanto que as compras de petróleo vieram das traders de Mumbai que usaram os Emirados na operação, compra de açúcar indiano, e claro o porto de Chabahar.

https://www.rferl.org/a/india-iran-afgh ... 74982.html




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Re: IRÃ

#414 Mensagem por Bourne » Qua Mai 15, 2019 9:11 am

O bicho tá pegando entre Irã vs EUA (e aliados regionais).
Irã questiona o pacto nuclear em plena escalada de tensão com os EUA
Rohani anunciará "redução de seus compromissos" no aniversário da retirada dos EUA do acordo

O Irã se dispõe a “reduzir seu compromisso” com o acordo nuclear de 2015 por causa da crescente pressão dos Estados Unidos. O Ministério de Relações Exteriores convocou os embaixadores dos demais países signatários do pacto (Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China) para lhes informar oficialmente sobre a decisão nesta quarta-feira, segundo antecipou a agência estatal IRNA na terça. De acordo com a imprensa iraniana, Teerã planeja reativar parte de seu programa atômico congelado por causa daquele acordo, mas não abandoná-lo por completo. Está previsto que o presidente Hasan Rohani se dirija à nação para explicar a medida.

“Depois de um ano de deslealdades e da saída unilateral dos Estados Unidos do pacto nuclear, o Irã vai anunciar na quarta-feira sua decisão de reduzir seu compromisso com este acordo internacional”, informa a IRNA. A mesma fonte antecipa que Rohani prepara cartas aos líderes dos outros cinco países signatários em que lhes explica que a República Islâmica reagiu com contenção durante o último ano, mas que os demais signatários descumpriram sua parte, o que não lhe deixa outra saída. O Irã já insinuou no ano passado que reforçaria sua capacidade de enriquecer urânio, o que se interpretou como uma reação às medidas de Washington.

Sob o Plano Integral de Ação Conjunta (PIAC) assinado em 2015 pelo Irã e por seis grandes potências, com os EUA à frente, Teerã aceitou reduções temporárias em seu programa nuclear em troca da suspensão das sanções internacionais que havia resultado daquele acordo. Desde então, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ratificou periodicamente que o Irã cumpre o acordo. Este limita, entre outros, o número de centrífugas que podem ser utilizadas para enriquecer urânio e com quais níveis de pureza o produto pode ser armazenado. O urânio enriquecido serve como combustível para a produção elétrica ou para a fabricação de bombas, mas os responsáveis iranianos sempre negaram a dimensão militar.

A tensão aumentou às vésperas de completar-se um ano da decisão do presidente Donald Trump de retirar os EUA do acordo, alegando que o Irã estava usando os benefícios econômicos do pacto para ajudar seu programa de mísseis e a grupos regionais contrários a seus interesses ou os de seus aliados. Os Estados Unidos, que desde o ano passado reimplementaram suas sanções (especialmente sobre as vitais exportações de petróleo) e ampliaram seu alcance a terceiros países, acabam de cancelar as exceções que permitiam a compra de petróleo bruto iraniano. Também incluiu a Guarda Revolucionária em sua lista de organizações terroristas e enviou um porta-aviões ao golfo Pérsico para rebater uma imprecisa ameaça de Teerã.

O efeito das sanções foi brutal. No último ano, a inflação disparou a mais de 40%, o rial (a moeda iraniana) perdeu dois terços de seu valor, e dezenas de milhares de trabalhadores foram colocados na rua por falta de atividade. As autoridades reagiram reforçando os subsídios aos mais desfavorecidos, controlando o câmbio de divisas e freando a corrupção desenfreada, mas a estagnação é evidente. Segundo o Fundo Monetário Internacional, a economia iraniana contraiu-se 3,9% no ano passado, e a previsão para este ano era de mais 6% antes das recentes inundações que causaram danos estimados em 12 bilhões de reais.

“Com os Estados Unidos aumentando constantemente as sanções e as pressões, e com o fracasso das outras potências mundiais em facilitar garantias para os benefícios econômicos do PIAC, a paciência do Irã está se esgotando”, advertia Hossein Mousavian, analista iraniano e ex-porta-voz da equipe negociadora nuclear quando era dirigida pelo hoje presidente Rohani, em um artigo na segunda-feira. Em sua opinião, Teerã só tem duas opções: “Uma retirada gradual do PIAC ou uma saída imediata do Tratado de Não Proliferação e do PIAC de forma simultânea”.

Mousavian, que atualmente é pesquisador visitante na Universidade de Princeton (EUA), adverte das consequências desta última hipótese e se inclina pela primeira. Essa parece ser justamente a opção feita pelo Governo iraniano, a julgar pelas informações publicadas no fim de semana na imprensa estatal. O site da rádio e televisão pública IRIB informou que Rohani anunciará neste dia 8, quando se completa exatamente um ano de decisão de Trump, a redução de alguns compromissos “menores e gerais” sob o acordo.

“A República Islâmica do Irã, como reação à saída dos Estados Unidos do acordo nuclear e das más promessas dos países europeus em levarem suas obrigações adiante, reiniciará parte de suas atividades nucleares que foram interrompidas como parte do acordo nuclear”, segundo uma fonte não identificada, citada pelo IRIB.

Os dirigentes iranianos há meses se queixam da incapacidade dos europeus em fazerem frente aos Estados Unidos e conseguirem que funcione o Instrumento de Apoio aos Intercâmbios Comerciais (INSTEX), com o qual Bruxelas tenta que as empresas europeias possam fazer negócios com o Irã. A falta de avanços a esse respeito, que fontes diplomáticas europeias atribuem aos problemas do sistema bancário iraniano, fez Teerã recorrer a Rússia, China e Turquia em busca de canais alternativos para contornar as sanções.

À espera do discurso de Rohani, alguns meios de comunicação iranianos especularam que o presidente poderia recorrer ao mecanismo de resolução de disputas incluído no próprio PIAC. Seu artigo 26 estabelece que se um dos signatários reintroduzir sanções ou impuser novas restrições ao Irã relacionadas ao seu programa atômico, Teerã pode utilizar isso “como motivo para deixar de cumprir seus compromissos total ou parcialmente". Em qualquer caso, parece claro que o Governo iraniano se inclina por uma resposta gradual que lhe permita livrar a cara e ganhar tempo em vez de virar a mesa e se arriscar a dar motivos a autoridades que, em Washington e em países aliados dos norte-americanos na região, se inclinam por uma saída bélica.

GUERRA PSICOLÓGICA E VERBAL
O Irã qualificou como “guerra psicológica” o anúncio por parte dos Estados Unidos de que enviaria o porta-aviões Abraham Lincoln ao golfo Pérsico para fazer frente a uma “ameaça crível” de Teerã. Tanto o porta-voz do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Keivan Josravi, como o ministro de Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, insistiram em que o navio chegou ao Mediterrâneo há três semanas e desprezam a suposta ameaça.

“Se os EUA e seus satélites não se sentem seguros é porque são desprezados pelo povo da região. Culpar o Irã não vai mudar isso”, tuitou Zarif. O loquaz ministro iraniano atribui a atual crise ao que chama de Equipe B, pelas iniciais de (John) Bolton (conselheiro de Segurança Nacional dos EUA), Bibi (Netanyahu, primeiro-ministro israelense), (Mohamed) Bin Zayed e (Mohamed) Bin Salman (homens fortes dos Emirados Árabes e Arábia Saudita, respectivamente). Atribui-se aos quatro a intenção de buscar uma mudança de regime em Teerã.

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/0 ... 95978.html
Não parece crível o conflito militar de fato. Por dois motivos. Primeiro, o Irã é um país grande, populosos (75 milhões de habitantes) e com terreno montanhoso, capacidade produtiva complexa e urbanizado. O que é uma grande proteção contra invasões ou vão dar muito trabalho para qualquer atacante. Segundo, possui capacidade de ataque contra bases militares, navios e tropas norte-americanas e de aliados estacionados na região. Somado a influência política no Iraque e Síria, financia milícias que podem agir além da estrutura formal das forças armadas iranianas.

Assim, de um jeito ou de outro, uma ação militar se transforma em conflito de grandes proporções. Por exemplo, ataque as instalações nucleares é difícil por estarem espalhadas no território iraniano e bem protegidas. Ao mesmo tempo que incentivam o Irã realizar ataques sob a justificativa de defesa. É claro que no longo prazo os EUA poderiam vencer, mas ninguém quer uma guerra de longo prazo com perdas humanas e de material elevadas. Seria uma situação interna insustentável justificar a perda de navios, aviões e ataques as bases na região.

O que pode dar não sabemos. Pode ser qualquer coisa. Inclusive não mudar nada.




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Re: IRÃ

#415 Mensagem por EDSON » Qua Mai 15, 2019 9:31 am

Não seria terrestre este conflito mais sim aeronaval o objetivo americano seria anular a capacidade da marinha Iraniana de fechar o estreito tão somente isto e pronto. O Irão se veria em um impasse de derrota pois os americanos poderia estender o confronto para fechar os portos iranianos e dai sim um prejuízo grande pois apesar do embargo nada diz que chineses nem indianos irão parar de comprar óleo iraniano.




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Re: IRÃ

#416 Mensagem por Sterrius » Qua Mai 15, 2019 1:36 pm

EDSON escreveu: Qua Mai 15, 2019 9:31 am Não seria terrestre este conflito mais sim aeronaval o objetivo americano seria anular a capacidade da marinha Iraniana de fechar o estreito tão somente isto e pronto. O Irão se veria em um impasse de derrota pois os americanos poderia estender o confronto para fechar os portos iranianos e dai sim um prejuízo grande pois apesar do embargo nada diz que chineses nem indianos irão parar de comprar óleo iraniano.
O irã não precisa ter marinha pra fechar o estreito nem mesmo de barcos decentes.

Drones navais/aquáticos já seriam um perigo acima do aceitavel pra petroleiros e navios militares seriam insuficientes e quase inúteis em impedi-los devido ao tamanho diminuto, quantidade ,etc.
Petroleiros não são navios de guerra e mesmo pequenas cargas explosivas é o suficiente pra gerar 1 vazamento/dano e parar tudo.

Fora artilharia de curto/médio/longo alcance da costa. Que pode ser protegida e reforçada o quanto for necessário.
E não esquecer as ilhas. Que teriam que ser tomadas e estão numa das áreas +protegidas e populosas do Iran.

São só 39km dos quais metade disso é navegável por 2 linhas (uma entrada/ 1 saída) com diferença de 2 milhas entre elas. Até artilharia da II guerra da conta de ser um perigo pra embarcações.

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A verdade pura e simples é que o Iran tem ultra vantagem pra manter o estreito fechado independente de quanto equipamento os EUA coloque.
A unica maneira de evitar isso seria tomando e controlando a costa iraniana. Onde reside a maioria da população, centros urbanos e instalações de defesa.

Seria uma operação longa, custosa em materiais e vidas e poderia no fim nem dar certo....

Pq com a fronteira com a Russia. Armamento não vai faltar.


Ah sim. E a profundidade é 200m apenas.




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Re: IRÃ

#417 Mensagem por Brasileiro » Qui Mai 16, 2019 11:22 am

É um conflito que definitivamente não interessa aos EUA muito menos ao Irã.

No final das contas, os EUA/OTAN iriam atacar e varrer as forças do Irã com um poder de fogo monstruoso e à distância. Não tem outra..

O problema é o que aconteceria no meio disso, com o Golfo Pérsico e Omã infestado com de minas, mini-submarinos e mísseis costeiros disparados na forma de um enxame de abelhas. Quem estiver na superfície vai queimar e vai afundar. Destróier, porta-aviões, tudo, um cenário de perdas não vistas pela US Navy desde a II Guerra. Enquanto isto, o caos econômico de desabastecimento.

O Irã não quer ser varrido do mapa, os EUA não querem passar por isto. O perigo é um Trump maluco e buscando uma re-eleição...




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Re: IRÃ

#418 Mensagem por Bourne » Qui Mai 16, 2019 5:14 pm

O buraco é bem mais embaixo no Irã. O Irã se preparou para criar a área de influência no Oriente Médio (Síria, Iraque, Iêmen, entre outros). Ao mesmo tempo, fortalecendo a capacidade uma guerra assimétrica baseado em forças militares próprias e nas milícias. E que cresceu muito a instabilidade e caos que se seguiram com a retirada das tropas dos EUA do Iraque.

Isso quer dizer que caso ocorra o conflito com EUA, o Irã vai trazer para guerra assimétrica e combates em terrestres. Por exemplo, usar maneiras não convencionais para atacar petroleiros e navios norte-americanos (drones, lanchas, forças especiais), ataque contra infraestrutura e produção de petróleo saudita, guerrilha e ataques assimétricos. Além da capacidade de ataques por misseis, artilharia e armas convencionais que podem estar no Irã ou espalhados pela Síria e Iraque.

Agora, os EUA tem apoio interno para por os 120 mil soldados no oriente médio? Tocar a campanha área e naval em larga escala por semanas ou meses? Seja para tomar a costa iraniana ou por ordem no Iraque e Iêmen? Acho que não. A tendência do conflito é que vire uma bola de neve porque o Irã luta em casa e pela sobrevivência. Além disso, o Obama e Trump prometeram tirar as tropas do oriente médio e se preocupar com problemas domésticos.

Outra diferença do Irã é que não depende do sistema financeiro norte-americano que facilita vender petróleo para índia, China ou outros que queriam comprar. Não existe consenso sobre opção militar e nem sansões sobre Irã. Tanto que a UE está em cima do muro, mas querem manter as relações comerciais.
UE rejeita ultimato do Irã e lamenta sanções de Trump
Países pretendem manter relações comerciais

Sem aceitar intimidações do governo iraniano

A União Europeia (UE) lançou nesta quinta-feira (09/05) um apelo para que o Irã continue a respeitar o acordo nuclear de 2015, que visa manter sob controle as ambições nucleares do país. Os europeus afirmam que pretendem manter as relações comerciais com Teerã, apesar das pesadas sanções impostas pelos Estados Unidos.

A UE, juntamente com os governos da Alemanha, França e Reino Unido, expressou em declaração conjunta sua “enorme preocupação” com a decisão do governo iraniano de deixar de cumprir partes do acordo de 2015, um ano depois de os EUA terem anunciado sua saída unilateral do pacto.

“Permanecemos plenamente comprometidos com a preservação e implementação total” do pacto, disseram os europeus. O acordo de 2015 foi assinado pelo Irã juntamente com Estados Unidos, Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia e endossado pelo Conselho de Segurança da ONU.

As potências europeias lamentaram a reimposição das sanções americanas contra Teerã e afirmam que continuam “determinadas em buscar esforços para permitir a continuação do comércio legítimo com o Irã”. Os europeus, porém, alertam que os iranianos devem “implementar por completo os compromissos previstos no acordo, como tem feito até agora, e evitar tomar quaisquer medidas de agravo”.

Ao mesmo tempo em que reiteraram o apoio ao acordo de 2015, os europeus disseram que não aceitarão intimidações por parte dos iranianos. “Rejeitamos quaisquer ultimatos por parte do Irã e avaliaremos o cumprimento [do pacto nuclear] com base no desempenho do Irã no que diz respeito aos compromissos assumidos”.

Nesta quarta-feira, o presidente do Irã, Hassan Rohani, anunciou que o país vai parar de exportar o excedente de urânio e de água pesada, contrariando o que foi estipulado no acordo nuclear. O pacto eliminou sanções econômicas ao Irã em troca de limites no programa nuclear do país. Depois de Trump retirar os EUA do acordo, Washington impôs novamente várias sanções, o que afetou duramente a economia iraniana.

Rohani disse que o Irã quer negociar novos termos com os demais signatários do acordo e que a sua intenção é salvá-lo e não destruí-lo. “Se os cinco países se unirem às negociações e ajudarem o Irã a alcançar benefícios no campo petrolífero e bancário, o Irã retomará os compromissos assumidos no acordo nuclear”, garantiu.

Nos termos do acordo, o Irã pode manter reservas que não podem exceder 300 quilos de urânio de baixo índice de enriquecimento, um valor bem abaixo dos 10 mil quilos de urânio altamente enriquecido que já teve, antes do acordo.

A pressão sobre o setor petrolífero iraniano aumentou no mês passado, quando Washington decidiu não renovar as isenções para a compra de petróleo cru iraniano por parte de outros países, incluindo grandes importadores, como China, Rússia e Turquia. Na última na sexta-feira, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a imposição de novas sanções com o objetivo de restringir o programa nuclear iraniano.

Nesta quarta-feira, Trump, anunciou a imposição de uma nova leva de sanções que atingem os setores de ferro, aço, alumínio e cobre do país, que, segundo uma nota divulgada pela Casa Branca, representam 10% das exportações iranianas e são as maiores fontes de receitas derivadas das exportações depois dos produtos relacionados com o petróleo.

“A medida ataca as receitas do Irã por meio da exportação de metais industriais e avisa a outros países que não mais toleraremos que permitam a entrada em seus portos de aço e outros metais iranianos”, declarou Trump no comunicado.

https://www.poder360.com.br/internacion ... -trump-dw/




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Re: IRÃ

#419 Mensagem por EDSON » Qui Mai 16, 2019 5:43 pm

Sterrius escreveu: Qua Mai 15, 2019 1:36 pm
EDSON escreveu: Qua Mai 15, 2019 9:31 am Não seria terrestre este conflito mais sim aeronaval o objetivo americano seria anular a capacidade da marinha Iraniana de fechar o estreito tão somente isto e pronto. O Irão se veria em um impasse de derrota pois os americanos poderia estender o confronto para fechar os portos iranianos e dai sim um prejuízo grande pois apesar do embargo nada diz que chineses nem indianos irão parar de comprar óleo iraniano.
O irã não precisa ter marinha pra fechar o estreito nem mesmo de barcos decentes.

Drones navais/aquáticos já seriam um perigo acima do aceitavel pra petroleiros e navios militares seriam insuficientes e quase inúteis em impedi-los devido ao tamanho diminuto, quantidade ,etc.
Petroleiros não são navios de guerra e mesmo pequenas cargas explosivas é o suficiente pra gerar 1 vazamento/dano e parar tudo.

Fora artilharia de curto/médio/longo alcance da costa. Que pode ser protegida e reforçada o quanto for necessário.
E não esquecer as ilhas. Que teriam que ser tomadas e estão numa das áreas +protegidas e populosas do Iran.

São só 39km dos quais metade disso é navegável por 2 linhas (uma entrada/ 1 saída) com diferença de 2 milhas entre elas. Até artilharia da II guerra da conta de ser um perigo pra embarcações.

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A verdade pura e simples é que o Iran tem ultra vantagem pra manter o estreito fechado independente de quanto equipamento os EUA coloque.
A unica maneira de evitar isso seria tomando e controlando a costa iraniana. Onde reside a maioria da população, centros urbanos e instalações de defesa.

Seria uma operação longa, custosa em materiais e vidas e poderia no fim nem dar certo....

Pq com a fronteira com a Russia. Armamento não vai faltar.


Ah sim. E a profundidade é 200m apenas.
Eu não possuo o dispositivo iraniano militar na região por completo mais ninguém do planeta pode subestimar a capacidade americana de levar ao seus inimigos destruição.




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Re: IRÃ

#420 Mensagem por Sterrius » Qui Mai 16, 2019 8:42 pm

O aumento de tropas parece ser por movimentação de misseis pra costa do estreito de Hormuz.

Bolton e Pence, acham que o IRan quer atacar e puxa por essa narrativa pra poder atacar primeiro.
Mas não ta convencendo o Trump que temendo perder popularidade ta relutante.
E menos ainda o pentágono já que o movimento parece +defensivo que ofensivo.

EDSON escreveu: Qui Mai 16, 2019 5:43 pm
Eu não possuo o dispositivo iraniano militar na região por completo mais ninguém do planeta pode subestimar a capacidade americana de levar ao seus inimigos destruição.
O Iran não precisa vencer o conflito.
Só precisa postergar a vitoria por algumas semanas e após a derrota local manter a área sob risco e evitar um colapso de suas forças.

Ambos são de fácil realização devido a geografia. O segundo então é tão absurdamente barato em custos materiais e humanos que chega a ser brilhante.


Iran é 2x mais populoso e 4x mais espaçoso que o Iraque com geografia muito mais complexa. Exigiria bem mais do que 120mil soldados pra ser invadido de maneira segura.

E o iran teria capacidade de atacar bases americanas ao redor do Iran que não foram preparadas pra esse nível de conflito. Como a do Afeganistão e as da Síria.
O que exige que não só os EUA coloque uma absurda quantidade de tropas como precise reforçar as que já possui.


Se os EUA for realmente se movimentar a preparação levaria meses.
E nem a garantias que o Iran vai esperar quietinho.
Esses 120mil soldados só daria pra segurar as pontas em alguns locais.


Ah. E o iraque teve apoio da OTAN. Nessa o EUA terá que arcar com tudo sozinho.




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