Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#256 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Ago 01, 2018 10:57 am

Realist World
The Players Change, but the Game Remains
By Stephen Kotkin

Geopolitics didn’t return; it never went away. The arc of history bends toward delusion. Every hegemon thinks it is the last; all ages believe they will endure forever. In reality, of course, states rise, fall, and compete with one another along the way. And how they do so determines the world’s fate.

Now as ever, great-power politics will drive events, and international rivalries will be decided by the relative capacities of the competitors—their material and human capital and their ability to govern themselves and their foreign affairs effectively. That means the course of the coming century will largely be determined by how China and the United States manage their power resources and their relationship.

Just as the free-trading United Kingdom allowed its rival, imperial Germany, to grow strong, so the free-trading United States has done the same with China. It was not dangerous for the liberal hegemon to let authoritarian competitors gain ground, the logic ran, because challengers would necessarily face a stark choice: remain authoritarian and stagnate or liberalize to continue to grow. Either way, the hegemon would be fine. It didn’t end well the first time and is looking questionable this time, too.

China will soon have an economy substantially larger than that of the United States. It has not democratized yet, nor will it anytime soon, because communism’s institutional setup does not allow for successful democratization. But authoritarianism has not meant stagnation, because Chinese institutions have managed to mix meritocracy and corruption, competence and incompetence, and they have somehow kept the country moving onward and upward. It might slow down soon, and even implode from its myriad contradictions. But analysts have been predicting exactly that for decades, and they’ve been consistently wrong so far.

Meanwhile, as China has been powering forward largely against expectations, the United States and other advanced democracies have fallen into domestic dysfunction, calling their future power into question. Their elites steered generations of globalization successfully enough to enable.

https://www.foreignaffairs.com/articles ... ist_061418




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#257 Mensagem por EDSON » Sáb Dez 29, 2018 2:34 pm

Eu postei também no tópico Ucrânia em Conflitos mas acho que aqui também ganha espaço.
Operações terrestres na Guerra Ucraniana

Politica


A Guerra na Ucrânia se mostrou indubitavelmente uma fonte de estudos. Com o Maidan vencido pelas forças pró-ocidentais em Kiev um movimento antimaindan começou a se formar em inúmeras cidades no Sudeste do país bem como Odessa, Kharkov, Donetskt e Lugansk. Em Odessa acabou em um incêndio na casa dos sindicatos e em Kharkov seus principais líderes foram rapidamente eliminados. Mas em Lugansk e Donetskt ganhou um capítulo à parte já que não somente as capitais haviam se levando contra o poder mas também cidades de porte médio como Slaviansk e Kramatorsk e com um avanço de uma unidade vinda Criméia comandada por Igor Ivanovich Strelkov ( a muitas histórias sobre este personagem o mais certo é que esteve na campanha da Chechênia ) com 62 homens armados eles estabeleceram um perímetro de segurança em torno das cidades e estavam decididos começar a revolução pró russa em 12 de abril de 2014. Logo dentro deste centro urbano conseguiram voluntários e mais armas estas com certeza fornecidos pelos russos não sabendo ao certo com autorização estatal ou não pois a Rússia deu apoio as manifestações não esperava-se que tivesse escolhido a via das armas. Muitas autores acham que se recorreu a violência não por uma opção mas como um fato difícil de resistir, ou seja, a bola de neve que rolou cresceu de forma assustadora. Com a delegacia de polícia e outros prédios públicos administrativos nas mãos dos milicianos o Estado Ucraniano não tinha outra opção a não ser recorrer ao Exército e as forças policiais para desalojar, com o agravante de perderem o controle sobre mais regiões do país se não agissem com firmeza necessária. Aqui vamos começar ver as decisões políticas antes das militares e olhar como é visto as decisões políticas passarem para ações militares e aqui a redundância é válida.

Arseniy Petrovych Yatsenyuk se tornou Primeiro Ministro após a renúncia do ex-presidente Viktor Fedorovych Yanukovych e junto com Oleksandr Valentynovytch Turtchynov que se tornou presidente interino da Ucrânia cargo que acumulou como presidente do RADA (Parlamento Ucraniano) este por sinal o rei dos corruptos na Ucrânia e ainda infelizmente possui enorme influência, seriam os atores que nos primeiros dias de crise no Leste decidiriam o destino da Ucrânia para o bem ou para o mal. Após uma série de hesitações os dois interinos do poder decidiram enviar uma força para acabar com aquela rebelião infame em solo ucraíno, já que os russos haviam dominado a Criméia sem um único tiro eles sabiam que suas ações estavam envoltas em uma penumbra. Após eles darem o sinal de movimentação de algumas unidades eles decidiram parar devido uma movimentação de tropas russas para fronteira com a ucraniana o que irritou profundamente os americanos que viam naquela letargia o desmoronamento de cartas. Os russos pararam suas movimentações e declararam que não interveriam militarmente mas pediram a Kiev para que não recorresse a violência contra as populações russófonas. Hora então o urso dava sinal de fraqueza era hora de avançar sobre seus inimigos não declarados mas eleitos.

“Em 7 de abril de 2014 o Presidente da Ucrânia Oleksandr Turchynov, em conexão com a tomada de edifícios administrativos em Kharkov , Donetsk e Lugansk e a proclamação das Repúblicas Populares de Kharkiv e Donetsk, anunciou a criação de um quartel general anti-crise e “medidas antiterrorismo serão tomadas contra aqueles que pegaram em armas” . . Em 14 de abril, o texto do Decreto nº 405/2014 sobre o início da operação antiterrorista foi publicado no site do Presidente da Ucrânia no leste da Ucrânia: "Decretar a decisão do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, de 13 de abril de 2014" Sobre medidas urgentes para superar a ameaça terrorista e preservar a integridade territorial da Ucrânia ".

“Como ficou conhecido a partir do relatório do Ministro da Defesa da Ucrânia, Igor Tenyukh, ao levar as Forças Armadas ucranianas a alerta máximo, revelou o “estado depressivo da formação das forças armadas do pessoal da Ucrânia, o pessoal insuficiente das unidades com especialistas militares e a falta de equipamento e armas utilizáveis”. Das forças terrestres da Ucrânia, com um total de 41 mil pessoas, apenas 6 mil estavam prontas para o combate (cerca de 14%), e entre as tripulações de veículos blindados, esse número era de apenas 20% de sua força total. Mais de 70% dos veículos blindados do exército ucraniano eram tanques soviéticos T64 obsoletos com uma vida útil de 30 anos ou mais. Na defesa aérea da Ucrânia, apenas 10% do pessoal estava pronto para realizar missões de combate, e os mísseis S-300P e S-200V tiveram seu período de garantia expirado. Dos quase 507 aviões de combate e dos 121 helicópteros de ataque da Força Aérea Ucraniana, apenas 15% estavam operacionais e aptos a voar, e apenas 10% das tripulações estavam prontas para as missões de combate. Na Marinha Ucraniana, a partir de 1º de março, apenas 4 navios foram classificados como condicionalmente capazes de combate: a fragata Hetman Sagaidachny, a corveta Ternopil, o navio de comando Slavutych e o grande navio de desembarque Konstantin Olshansk”

Depois de dar uma olhada no início da crise tema esse que dever ser abordado em outra ocasião passaremos ao tema principal.

Unidades das Forças Armadas da Ucrânia

Táticas e seu uso nos combates no Leste

No início da operação antiterrorista, as Forças Armadas da Ucrânia estavam bastante empenhadas em bloquear certas localidades capturadas pelas milícias para depois garantir sua liberação. A Guarda Nacional da Ucrânia e os Batalhões de defesa territorial estavam envolvidos no trabalho sujo de eliminar seus adversários políticos. No entanto eles não tinham força e habilidade de combatentes profissionais. Os milicianos nas cidades e vilas colocavam uma resistência decente. Portanto, as forças armadas ucranianas tiveram que enfrentar o peso moral e físico de uma limpeza sem apoio nestas localidades.

A tática era simples, pequenos grupos mecanizados deveriam entrar nas cidades de lados diferentes e capturar todos os pontos mais importantes (administração e similares). E aqui, o fato mais importante, coisas interessante começaram acontecer.
As milícias estavam armadas com RPG com projétil antitanque e sabiam habilmente lidar com eles. Os veículos ucranianos da década de 70 não estavam adaptados para luta urbana, provando ser uma temeridade operações deste tipo acabar em desastre. O comando ucraniano não queria sua Grozny versão 2014.

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Como resultado, fez-se outra manobra e se recusou a atacar as cidades de frente em favor do cerco e do bloqueio, como desligamento da eletricidade, água e gás (esta manobra foi aprendida pelos milicianos como veremos mais tarde). A artilharia foi ativamente empregada, o que afetou a vida dos civis em vez dos milicianos. O que aconteceu fora dos assentamentos? Aqui as forças ucranianas evitaram ao máximo a batalha de contato. Isto se mostrou um erro pois estava dando tempo para que as capitais Lugansk e Donetskt montassem defesas mais sólidas.


Um exemplo foi na localidade de Yampol em junho de 2014, na qual participaram a 25º Brigada Paraquedista, 24º Brigada Mecanizada a 95º Brigada Aeromóvel e a Guarda Nacional. Os ataques começaram com ataques massivos de veículos blindados sem apoio da infantaria. Em caso de oposição acirrada tanques, veículos blindados e veículos de combate de infantaria recuavam, uma manobra diversionista que com certeza lembraria os ataques de cavalaria de outrora. Logo a seguir começava um ataque massivo de artilharia sobre os milicianos entrincheirados. Um grupo blindado de ataque consistiam 2-3 BMP-2, 2 BTR e um T64BV. O fogo de artilharia em muitos destes casos funcionaram perfeitamente pois a destruição da infraestrutura civil levava ao dilema dos milicianos de estarem ali para defender aquele povo e não leva-los a aniquilação de suas vidas e eles ainda naquela altura não tinham como revidar a artilharia ucraniana mas isto mudaria como constatamos em operações futuras. Em um descrição dos eventos por um militar ucraniano ele escreve o seguinte: “é difícil de imaginar o que está acontecendo nas posições dos militantes com nove peças de 122mm, 6 de 152mm e os BM-21 atuaram o dia inteiro sobre as posições deles.” Uma coisa irônica foi que mesmo sabendo o fato de a milícia ter armas antitanques as linhas de colunas ucranianas com veículos leves como Kamaz com Zu-23-2 e BMD-1 da 24º Brigada Mecanizada foram jogadas contra os milicianos. E isso, tendo a disposição T-64 na 24º Brigada Mecanizada que foi incumbida da tarefa e logo este erro tático cobraria o preço sobre seus combatentes. Como resultado, esta tática para minimizar perdas e evitar o combate de contato levou a perda de vários dias ou mesmo semanas, com isto os milicianos tiveram tempo de preparar sua retirada de Slaviansk.
Mapa de uma das etapas da luta perto de Yampol.

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Um episódio muito bem sucedido do conflito no sudeste da Ucrânia para suas forças armadas foi o assalto aéreo móvel em Kramartosk. Em 15 de abril de 2015, quatro Mi-8, apoiados por um para de Mi24, desembarcaram soldados das forças especiais no aeródromo de Kramartosk, onde assumiram seu controle. Em 27 de abril, aconteceu o segundo assalto aeromóvel, embora tenha terminado de forma menos vitoriosa. Na região de Soledar, na mina de Volodarsk, 15 paraquedistas participara de um terceiro assalto de helicópteros. No posto de controle, eles capturaram dois milicianos feridos, mas os mineiros locais lutaram para resgatar os feridos com pé de cabra, canos e pás. Como resultado os paraquedistas deram tiros de advertência no ar mas para evitar um massacre entre os populares retrocederam para seus helicópteros levando um prisioneiro. Mas no quarto assalto, no dia 12 de junho, em plena luz do dia 8 para quedistas foram lançados em uma rota de comboio ucraniano certamente para proteção do mesmo mas em cima de uma posição e milicianos. Naturalmente o desembarque do luto foi cercado e capturado.

Os grupamentos táticos das forças armadas da Ucrânia na ofensiva de verão se tornaram os principais protagonistas do teatro de operações. Como parte da Brigada Mecanizada das Forças Armadas da Ucrânia, esse grupo constituía de uma companhia de infantaria, 1-2 pelotões de tanques, uma bateria de artilharia de obus, um esquadrão de atiradores, um pelotão de reconhecimento e subgrupos de reparadores de equipamento e sub grupos de engenharia. Havia os grupamentos táticos das Brigadas de Tanques (Blindadas) e estas se baseavam em uma companhia de tanques, e os pelotões de infantaria pareciam como apoio. Mas em julho depois dos famosos cercos e destruição destas unidades que ficavam isoladas, a liderança mudou a lógica dos grupamentos táticos: agora cada Grupamento Tático possuía uma companhia de tanques e uma companhia mecanizada. Os grupos de obuses foram removidos, e em seu lugar colocaram uma bateria de morteiros. Esta estrutura organizacional é mantida até hoje. Neste grupamento típico das companhias das Forças Armadas da Ucrânia, há 250-450 pessoas, 20-25 veículos de combate de infantaria/ e veículos blindados.
Houve também a formação do batalhão tático, sendo formados na base por um batalhão de infantaria, que foram ligados a uma companhia de tanques, batalhão de obus, bateria de morteiros, um pelotão de atiradores, um pelotão de reconhecimento, e uma companhia engenharia. Desde agosto de 2014, uma parte do Batalhão Tático Operacional passou por outra reforma: agora eram três batalhões (tanque, mecanizado e de reconhecimento) eram baseados ao mesmo tempo junto com um batalhão de artilharia e MRLS e neste batalhão apareceu uma bateria antitanque.

A falta de pessoal foi a principal razão para formação de uma massa tão grande de Companhias Táticas Operacionais e de Batalhões Táticos Operacionais. Para o início das hostilidades, as brigadas de armas combinadas das Forças Armadas da Ucrânia foram constituídas em 30%, na melhor das hipóteses em 50% do efetivo necessário. Ou seja, não apenas o equipamento estava em estado deplorável, às vezes não tinha ninguém para lutar. A elite se tornou unidades que havia 70%-80% do efetivo em tempo de paz e está eram as 25 Brigada Paraquedista, a 80º Brigada Aero móvel e a 1º Brigada de Tanques. A primeira e a segunda onda de mobilização não adicionaram mais de 30% do número necessário de combatentes para transição para lei marcial (parece que os ucranianos não estavam muito animados em ir à guerra). Por exemplo, a 30º Brigada Mecanizada mesmo nos tempos mais “bem alimentada”, não contava com mais de 1.500 efetivos. E é por isto que a liderança das Forças Armadas da Ucrânia recorreram a formação de Companhias Táticas Operacionais e Batalhões Táticos Operacionais, com tudo que estava no Exército, caso contrário seria suicido permitir unidades incompletas de pessoal fossem para o combate. O lado que distinguia essas unidades das maiores eram os grupamentos de engenharia onde havia 70%-80% do pessoal. Não possuíam BREM, CET-LMTO-AT e outros equipamentos.

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De muitas maneiras, a liderança das forças armadas da Ucrânia planejou adotara experiência avançada dos militares americanos no uso de grupos Mecanizados em operações e combate. Como no Iraque. As Companhias Táticas e Batalhões Táticos Operacionais deveriam circular pelas estradas e, na interseção montavam barreiras nas quais os notórios grupos radicais de direita e a Guarda Nacional estava estacionados. Cada grupo tinha postos avançados de marcha apenas na cabeça e na cauda durante a marcha, a conselho dos americanos, os ucranianos decidiram negligenciar os postos avançados laterais. Todos esperavam que os milicianos estivessem equipados apenas com armas leves ou na melhor das hipóteses com lançadores de granadas de mão.

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E esses grupos manobráveis, com centenas de outros veículos cada um, mudaram-se para o espaço operacional, a fim de capturar assentamentos nos eixos de Berezovoe, Novy Svet, Staborobeshevo, Kuteinilovo, Stepanovo e Amvrosiivka.

Foi planejado instalar um Bloqueio nas estrada em cada vila ou cidade liberada. Vale ressaltar que os ucranianos copiaram a experiência dos “boinas verdes” no Iraque em 2003, quando unidades das forças especiais fizeram marchas relâmpagos em frente ao grupo principal das forças em movimento. As Forças Armadas da Ucrânia equiparam o 3º Regimento de Forças Especiais com UAZ e BTRs. Ninguém na liderança do Exército e entre os assessores estrangeiros contava com a feroz resistência dos milicianos, suas armas pesadas e a baixa disponibilidade moral das Forças Armadas da Ucrânia para tais hostilidades.

Entre as vantagens óbvias do Exército Ucraniano pode ser distinguido o suporte médico em unidades de combate. Há muitos hospitais Militares na Ucrânia que aceleraram a restauração de 30 dos feridos para linha de batalha. O Ministério da Defesa aprovou um único algoritmo de ações no campo de batalha, que foi incluído no programa de treinamento de pessoal para operações antiterroristas. De muitas maneiras, o sucesso médico está associado ao trabalho de voluntários que fornece aos combatentes equipamentos de primeiros socorros. A dor de cabeça do LDNR tornou-se grupos de sabotagem e reconhecimento, penetrando profundamente na retaguarda, até Donetslt e Lugansk. Geralemente armados com morteiros causaram danos aos milicianos. Curiosamente, os ucranianos adotaram está tática dos americanos no Vietnam, bem com os instrutores na Líbia. Os ucranianos tem um trunfo na manga: o potencial de mobilização de todo o país. De acordo com as estimativas mais conservadoras o potencial é 12:1. Mas esta vantagem estratégica não foi vista no campo de batalha.

Poderosos canhões com calibres de mais de 100mm, assim como MRLS, são usados massivamente na Bacia do Don. Vários sistemas de artilharia de combate operam em média, duas a três vezes mais ativamente do que todas as guerras locais anteriormente. Especialmente Grads e Hurricanes, que são relativamente fáceis de usar tanto para milicianos quanto par a artilharia das Força Armadas da Ucrânia. Além disso as vantagens do MLRS incluem alta potência, mobilidade e um enorme campo de destruição de até 6 hectares. A Ucrânia acumulou enormes reservas de equipamento militar para esses sistemas de artilharia, mesmo que em atraso.

Uma característica distintiva desse conflito é o fato de que ambas as partes usam armas obsoletas entre os quais o Grad, o D20, e canhões de 122mm e 100m que são considerados idosos para este tempo. Relativamente novo pode ser chamado o Msta de 152mm rebocado, ou jacinto autopropulsado, o Hurricane e o canhão Nona de 120mm. O mais novo, talvez o mais poderosos deus da guerra da Bacia do Don é o Smerch.

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A artilharia é um dos principais atores da Guerra do Donbass. Segundo o ex-vice-ministro da Defesa da Ucrânia, Vladimir Tereshchenko, a artilharia se tornou o principal recurso da Guerra. Capaz de realizar até 1,5 a 2 mil tiros em pouco tempo. Em média, uma arma de artilharia na Bacia do Don dispara em um mês ou dois uma quantidade tal de munições que em um mês ou dois meses, seu cano deve ser substituído. Na Ucrânia sua própria produção de artilharia, e os seus estoques de canhões não são ilimitados. Obviamente alguma assistência será fornecida pelos antigos integrantes do pacto de Varsóvia, mas o fim é inevitável. No final, o canhão de artilharia ucranianos proveniente das reservas soviéticas irá se extinguir. O dilema poderia ser uma panaceia para as Forças Armadas da Ucrânia, embora o fato que tais armas sejam usadas durante a Guerra Civil seja chocante. A Ucrânia não possui fabricas nem especialistas nestas armas o que fara com que se torne uma importadora destas armas no futuro próximo.

O próximo destaque negativo das Forças Armadas da Ucrânia são as comunicações, que não é protegida por quase nada em termos de codificações. É digno de nota que 95% das informações operacionais são transmitidas por meio de telefones celulares de generais, oficiais e soldados, e os 5%são transmitidos por estações digitais estrangeiras de suas forças especiais em campo. No entanto mesmo as unidades de elite nem sempre usam corretamente esses equipamentos, muitas vezes não observando o modo silêncio de rádio. A prática mostra que, ao se comunicar durante uma marcha, os sinais de rádio das unidades das Forças Armadas da Ucrânia são facilmente detectados pelos milicianos, e ataques de artilharia são feitos do ponto de saída. É claro que essa experiência não passa desapercebida pelos militares ucranianos. No momento, esses incidentes estão se tornando mais raros e isolados. Mas o exército ucraniano usa comunicação celular, obviamente, continuará a usá-la. Essa comunicação telefônica se torna uma fonte inestimável d informações, não apenas para os milicianos mas também para a inteligência russa.

Assim, em 11 de julho de 2014, a sede do Exército da Ucrânia ficou sabendo da destruição da 24º Brigada Mecanizada depois que a esposa de um dos combatentes sobreviventes conseguiu chegar ao general comandante. Situações semelhantes no Exército Ucraniano não são raras. Muitas vezes os detalhes da ofensiva iminente aparecem na rede de comunicações como Twitter e Facebook. Um perigo que pode ser fatal é que o trabalho ativo da sede do QG no rádio é possibilidades de que os milicianos triangular sua localização usando métodos de triangulação. Dada a baixa mobilidade do QG, aumenta a possibilidade de uma greve de artilharia sobre eles.

A destruição da 24º Brigada Mecanizada das Forças Armada da Ucrânia sob Zelenodolye foi em grande parte resultado da negligência do treinamento em engenharia nas fileiras do exército e isto é claramente visível.

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A couraça tornou-se um culto nas fileiras do exército ucraniano.

Este culto as armaduras individuais de proteção pessoal teve como resultado um completo desrespeito pelas fortificações, isso se tornou a marca registrada das táticas das Forças Armadas da Ucrânia no Sudeste. Nesse sentido, o exemplo da operação de bloqueio de Slavyansk é indicativo, quando equipamentos, pessoal e tendas foram colocados em um área aberta de cerca de um hectare. Agora fica claro porque os milicianos usavam sua artilharia com tanta eficácia levando a destruição várias unidades ou retirando de combate muitos equipamentos essenciais par o prosseguimento das operações. Durante s operações ofensivas de 2014, os equipamentos do exército em campo quase nunca estavam em valas profundas o suficiente. Os solados dormiam em camas em barracas colocadas em campo aberto, mesmo sem um rolo. O equipamento era frequentemente lotado de “board to board” naturalmente, no caos de um ataque de artilharia, aumentava a perda de veículos de combate.

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Uma série de equipamentos destruídos, localizados de forma irregular.

De muitas maneiras, tal descuido é uma consequência do pouco esforço do Alto Comando do exército ucraniano nos primeiros anos de conflito para o apoio de engenharia as tropas. Tanques em bloqueios de estrada não devem ser postos em fortificações erguidas de pneus, tábuas tijolos. Ao longo do tempo, o exército ucraniano chega ao entendimento de que mesmo a mais avançada armadura da OTAN é inferior em termos de defesa a uma trincheira regular. Isto é especialmente verdade nas possibilidades de uso maciço pelo inimigo de todos os tipos de artilharia. Na verdade, agora lutando no sudeste da Ucrânia pode-se notar que ambas as partes possuem um meio de proteção baseado em concreto e trincheiras e isto em pontos de ancoragem e verificação.

A esterilidade operacional-tática do comando das Forças Armadas da Ucrânia se manifesta claramente no cerco de vilas e cidades e de tentativas de cortar o LDNR da Fronteira com a Rússia. Cercados, via de regra, não recebem nenhuma ajuda externa e são obrigados se render em massa, morrer ou, na melhor das hipóteses romper por conta própria. Então perto de Ilovaysk em 12 de agosto de 2014, depois de uma série de tentativas frustradas de tomara a cidade pela força, o comando enviou um grupo tático de batalhão para atacar a partir do norte. E conseguiu com este golpe de punhal romper entre Mospino e Ilovaisk, e entãose moveu na direção de Zelenoye-Fedovka. Não houve apoio para este avanço de outras unidades do exército, e os milicianos lançaram ataques de flanco, colocando o Batalhão Tático Operacional em uma ratoeira.

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Melhoramentos da defesa de veículos mas não o suficiente.
A razão pra tais falhas das Forças Armadas da Ucrânia nos campos de batalha foi a ignorância do alto comando, bem como a falta de habilidades básicas de combate entre os comandantes médios e subalternos. As pessoas são frequentemente nomeadas para cargos de comando, não com qualidades profissionais, mas em bases ideológicas. Também é um indicador de problemas graves no Estado Maior ao observarmos o cargo de Ministro da Defesa que mudou cinco vezes em um curto período de tempo. Um deles foi Valery Geletei, que geralmente passou apenas dois anos no exército, o resto do tempo ele serviu no Ministério da Administração Interna. Também devemos notar a influência americano no comando das Forças Armadas da Ucrânia onde especialistas de West Point estejam tentando traduzir as táticas de operações de combate do exército ucraniano a seu modo (tarefa difícil de fazer já que os ucranianos não contam com a capacidade aérea americana). O problema é que o exército ucraniano esteve muito tempo sem padronizar alguma doutrina sem saber como mesmo par os cânones soviético, sem mencionar é claro os padrões internacionais. É extremamente difícil para as forças terrestres levar a cabo operações ofensivas. Isso se deve, em grande parte, à baixa motivação de infantaria, que se recusa a lutar sem o apoio de veículos blindados, e essa mesma técnica, com suas problemáticas, muitas vezes atrapalha o movimentos de tropas ao longo da frente pois tarefas que podem ser executadas somente pela infantaria a pé são negligenciadas. O baixo nível dos serviços e logística não permite o reparo efetivo dos veículos blindados com defeito, que muitas vezes caíram nas mãos dos milicianos, e eles, por sua vez, são muito atentos a tais presentes e restauram com sucesso os veículos. O comando da força de tanques da Ucrânia não é efetivamente capaz, por isso, limitam-se a manobras de 6 a 8 veículos. Eles depositaram suas esperanças em veículos blindado tipo Hummer na 95º Brigada Aero móvel de Zhytomyr, mas como esse tipo de veículo é mal blindado, e não gosta da lama ucraniana e são difíceis d consertar devido à falta de peças sobressalentes.

É claro que, como qualquer outro exército, as Forças Armadas da Ucrânia aprendem com seus erros e, com o tempo aumentam seu potencial de combate. No entanto, o efeito de uma baixa base de partida, bem como um crescimento muito mais eficaz nas capacidades do exército LDNR nos últimos tempos, ainda afeta seu desempenho em campo.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#258 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Mar 27, 2019 11:25 am

New Russian command system rapidly creates combined forces
analysis focus army defence military industry army

Five years ago, the Russian armed forces held a unique military operation in Crimea. Foreign observers focused on the appearance of the engaged Russian military. They noted the discipline, uniform and new hardware. But the main changes remained unnoticed at the time, the Izvestia daily writes.

Only after the operation in Syria, western observers began to comprehend that changes concern not the outfit, but a new command system and combat organization. Modern communication means and a changed command structure provided a new possibility to rapidly create combined groups of forces for flexible engagement in any mission.

It is more difficult to notice such major changes than the delivery of new tanks and aircraft. Even large-scale drills do not provide a full perception of them. The command system can be tested only in real combat. Crimea demonstrated that numerous reforms were not in vain. When necessary, the Russian army was capable of immediate deployment and action.

In the 2008 war in Georgia, each arm of forces engaged in its own operation. In 2014 in Crimea, a single and cohesive, although heterogeneous group was created. The Aerospace Forces, the Ground Forces, commandos and paratroopers properly interacted due to a new concept of the automatic command system.

NATO was impressed by the rapid and organized deployment in Crimea and the reinforcement of the Russian group by sea and air, as there was no land corridor to Russia. Transportation difficulties did not create problems for the reorganized military logistics.

The same happened in Syria. It took less than a month to prepare a base thousands of kilometers away from Russia and redeploy aircraft and everything necessary. All regional players were taken aback by the quick arrival of the Russian airpower to the theater of warfare. Since the deployment and up to now Russia supplies its force in Syria with everything it requires.

Crimea only tested the first elements of the new concept. Even tactical drones were something new and did not play a leading role. They developed into a key element of the Russian tactic after the Syrian operation. Their number and role in the troops increased several-fold.

Troops command traversed the same path. Three years of active combat in Syria streamlined it. Today it often happens when commandos on the ground detect targets and aim aviation at them while drones control the results of the strikes. New communication and command systems allowed to temporarily hand over the command of the airpower in Syria to the Admiral Kuznetsov aircraft carrier. All information about the adversary and friendly forces arrived in the Russian headquarters in Humaymim airbase and the National Defense Command Center in Moscow for the top military and political leadership. Ten years ago, such a prospect would be fantastic for the Russian army.

The command system, reconnaissance-strike forces and interaction between arms and types of troops which were tested in Crimea and Syria are actively introduced into combat training in the whole of Russia. It has intensified since 2018. The deep changes in command system allow reinforcing the effectiveness of the Russian army at drills and in combat operations without increasing its strength. Five years ago, the modernized Russian army impressed foreign experts. Since then time has not been lost and the armed forces surpassed the 2014 level, the Izvestia daily writes.

https://www.armyrecognition.com/analysi ... orces.html




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#259 Mensagem por Alfa BR » Seg Abr 29, 2019 9:46 pm

Em operações ofensivas convencionais, como um assalto executado por um batalhão de infantaria contra posições defensivas estáticas, nem todas as subunidades se envolvem no combate direto de imediato.

Convencionou-se que o ideal é possuir pelos menos três elementos de manobra para um ataque ou defesa serem bem-sucedidos. Por isso um pelotão é composto por três grupos de combate, uma companhia é composta por três pelotões de fuzileiros e um batalhão geralmente é composto com 3 companhias de fuzileiros.

A ideia é manter pelo menos uma subunidade em reserva, enquanto uma engaja e a outra dá suporte a esta. Isso possibilita uma maior flexibilidade tática ao comando, que dispõe de um elemento "livre" para manobrar, seja se infiltrando em uma brecha da defesa inimiga, protegendo o flanco dos elementos de assalto, flanqueando posições inimigas em auxílio aos elementos de assalto, realizando aproveitamento de êxito, reforçando pontos de possível ruptura nas linhas amigas (seja no avanço, defesa ou retirada), guardando terreno conquistado (permitindo a continuidade do assalto) ou prevenindo a infiltração de tropas inimigas por "pontos cegos" (espaços entre os elementos de assalto.

Nas ilustrações, o esquema do ataque realizado pelo 3 PARA (3º Batalhão Paraquedista) do Exército Britânico contra posições defensivas argentinas no Monte Longdon, durante a Guerra das Ilhas Falklands/Malvinas.

Notem a aplicação dos fundamentos: durante o ataque, a companhia B realizou o assalto principal contra o topo do monte, a companhia A ocupou uma posição próxima visando estabelecer uma base de fogo e a companhia C foi mantida em reserva. O mesmo vale para os pelotões da companhia B, que avançaram de forma escalonada.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#260 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 29, 2019 11:38 pm

Eu tenho uma curiosidade imensa de saber se com um exército de recrutas você consegue fazer isso. Até porque, o nosso, apesar dos números de SMO estarem diminuindo ano a ano, não deixa de ser uma coisa a se pensar.

Uma coisa é ir para o combate com tropas treinadas, adestradas, municiadas e muito bem equipadas, com homens acostumados a vida na caserna e a dureza do combate. Mas outra é você fazer um recruta do serviço militar avançar contra fogo inimigo ou haver-se em uma situação de perigo, principalmente quando ele não tem o tempo e a necessária experiência para isso.

Nas Malvinas os ingleses se viram diante de tropas formadas em sua grande maioria por jovens que sequer tinham noção do que realmente estavam por enfrentar. Paras e fuzos argentinos, para não falar das forças especiais, foram usadas apenas na invasão e depois rapidamente retiradas para o continente. O que sobrou foi literalmente o que se viu. Uma derrota inequívoca e rápida. Para a sorte dos milhares de jovens argentinos congelando por lá, enquanto seus líderes militares tomavam chá quente na casa rosada.

abs




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#261 Mensagem por gabriel219 » Ter Abr 30, 2019 5:33 am

Duvido muito, a história prova o contrário.

A única região que deveria haver SMO é no Comando Militar da Amazônia e olhe lá.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#262 Mensagem por FCarvalho » Ter Abr 30, 2019 12:57 pm

O EB mantém o SMO mais por questões político-institucionais do que operacionais.
Há tempos nas tropas de pronta resposta e naquelas localizadas em faixa de fronteira os SMO são uma minoria cada vez mais visível.
E o tempo vem demonstrando que se não fosse por uma questão meramente social, ele já estaria extinto no Brasil há muitos anos.
Na MB e FAB conscrito basicamente quase não existe mais, e os que conseguem entrar, pouco ou nada fazem de relevante.
Me parece que ao menos neste ponto as ffaa's tem algo em comum. Os avanços tecnológicos estão ditando o ritmo e a cadência do aporte para o preparo e operacionalidade da tropa cada vez maior e mais criterioso.
E não vai ser com conscritos que vamos conseguir isso.

abs.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#263 Mensagem por Alfa BR » Qua Mai 01, 2019 3:09 pm

FCarvalho escreveu: Seg Abr 29, 2019 11:38 pm Eu tenho uma curiosidade imensa de saber se com um exército de recrutas você consegue fazer isso. Até porque, o nosso, apesar dos números de SMO estarem diminuindo ano a ano, não deixa de ser uma coisa a se pensar.

Uma coisa é ir para o combate com tropas treinadas, adestradas, municiadas e muito bem equipadas, com homens acostumados a vida na caserna e a dureza do combate. Mas outra é você fazer um recruta do serviço militar avançar contra fogo inimigo ou haver-se em uma situação de perigo, principalmente quando ele não tem o tempo e a necessária experiência para isso.

Nas Malvinas os ingleses se viram diante de tropas formadas em sua grande maioria por jovens que sequer tinham noção do que realmente estavam por enfrentar. Paras e fuzos argentinos, para não falar das forças especiais, foram usadas apenas na invasão e depois rapidamente retiradas para o continente. O que sobrou foi literalmente o que se viu. Uma derrota inequívoca e rápida. Para a sorte dos milhares de jovens argentinos congelando por lá, enquanto seus líderes militares tomavam chá quente na casa rosada.

abs

Um dos mitos mais difundidos sobre a Guerra das Falklands (também chamada de Guerra das Malvinas), é de que os argentinos perderam pois enviaram apenas recrutas mal treinados e equipados ao invés das suas tropas de elite, que ficaram no continente aguardando um possível conflito com o Chile.

É verdade que a maior parte das tropas argentinas eram recrutas com pouco tempo de treinamento, mas nem todas as unidades que combateram lá tinham baixos níveis de operacionalidade.

Em Mount Longdon (um dos engajamentos mais duros), os britânicos enfrentaram membros do 7º Regimento de Infantaria (RI 7) da 10ª Brigada de Infantaria Mecanizada. Reservistas convocados pouco antes da invasão, tinham mais de 1 ano de treinamento e haviam participado de exercícios de larga escala e simulações de combate em treinamento para um possível conflito contra o Chile. Um grupo (aproximadamente 60 homens) recebeu treinamento dos comandos, para serem tipo um PELOPES.

A 1º Compañía do Regimiento de Infantería 25, que combateu em Goose Green, era uma unidade bem treinada e adestrada. Seu desempenho em combate foi considerado muito bom e deram mais trabalho aos paraquedistas do 2 PARA do que as demais subunidades envolvidas.

Em Mount Tumbledown, enfrentaram o Batallón de Infantería de Marina 5 (BIM-5), uma das melhores unidades de infantaria do país. Apesar de serem conscritos, os fuzileiros navais argentinos tinham um melhor nível de treinamento e adestramento do que a maioria do pessoal do exército (iam mais a campo para realizar exercícios). Eram bem equipados para o combate e tinham uniformes adequados ao clima. Também já estavam devidamente aclimatados, já que o batalhão fica localizado em Río Grande, na Província da Terra do Fogo.

Na escaramuça de Top Malo foi Comando (Royal Marines do Mountain and Arctic Warfare Cadre) vs Comando (Compañía de Comandos 602).




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#264 Mensagem por Alfa BR » Qua Mai 01, 2019 3:21 pm

Na campanha das Falklands, as posições defensivas dispostas pelas forças argentinas nas elevações do terreno normalmente eram localizadas na encosta voltada ao inimigo. Isso permitiu que os britânicos observassem e as localizassem facilmente.

Dessa forma eles puderam direcionar fogo de concentração da artilharia ou disparar mísseis anticarro (Milan) diretamente contra as posições expostas.

Os britânicos, por outro lado, ao tomarem essas elevações, trataram de ocupar as antigas posições argentinas, agora na encosta voltada à posição contrária ao inimigo. Nessas posições, os britânicos estiveram protegidos da observação e dos fogos diretos inimigos, ocultando sua força e localização, degradando a eficiência dos fogos indiretos do inimigo.


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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#265 Mensagem por FCarvalho » Qui Mai 02, 2019 2:54 pm

Olá Alfa BR.

Grato pelas informações sobre estes detalhes das tropas argentinas nas Malvinas.
Conquanto, o texto acima mostra também o quanto de erros básicos eles cometeram em relação a defesa das ilhas. Faltou profissionalidade e qualidade técnica ao alto escalão argentino para melhor empregar seus recursos e tropas.
Talvez se os argentinos não tivessem cometido tantos erros, as vezes coisas simples e toscas, que até um civil saberia, os britânicos não tivesses tomado as Malvinas em tão pouco tempo de combate terrestre, que salvo engano, levou apenas uns 45 dias, se muito, desde os desembarques no estreito San Carlos.

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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#266 Mensagem por gabriel219 » Sáb Mai 04, 2019 12:14 pm

Meu sonho de consumo para duas Brigadas Leves Aeromóveis, atuando como os Rangers do EUA:




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#267 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mai 04, 2019 2:04 pm

São coisas completamente diferentes.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#268 Mensagem por gabriel219 » Sáb Mai 04, 2019 4:16 pm

cabeça de martelo escreveu: Sáb Mai 04, 2019 2:04 pm São coisas completamente diferentes.
Não o sistema em si, mas o conceito dele.

Falo de tropas Leves Aeromóveis num conflito assimétrico.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#269 Mensagem por FCarvalho » Dom Mai 05, 2019 10:50 am

Em teoria o projeto COBRA do exército visa, na sua segunda fase, obter e operar este tipo de sistema de C2. O que nos falta na verdade é regularidade financeira para desenvolver e/ou adotar soluções exógenas que atendam aos requisitos daquele projeto.
Neste momento o que se está procurando atender é o equipamento, armamento e proteção dos soldados. A parte de C2 será tratada mais especificamente na segunda fase.
Conquanto, o uso dos vários sistemas mostrados acima tem de encontrar amparo na P&D nacional, já que a maior parte pode ser feita aqui sob licença ou desenvolvida. Principalmente para conflitos assimétricos. Temos algumas boas idéias que precisam, digamos, de um pequeno empurrão para se tornarem produtos maduros e aptos a atender ao EB e quiçá ser também exportado.
Gente produzindo soluções por aqui não falta. Falta-nos na verdade é querer e fazer as coisas acontecerem.

abs




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#270 Mensagem por FCarvalho » Dom Mai 05, 2019 10:56 am

Alias, apenas a 12a Bgda Inf Lv ficará na figura de infantaria aeromóvel (AMV), com a 11a Bgda estando na fila para ser transformada em Inf mecanizada.
Se assim for, teremos a bgda Pqdt, a 12a Amv e a 4a Mth como tropa de resposta rápida em termos de infantaria leve. A 9a Inf Mec (Escola) será a unde média.
Aparentemente essas OM serão priorizadas no que diz respeito a sua equipagem com o COBRA. Assim que descobrirem um jeito de fazer ele andar de verdade, claro.

abs.




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