França
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Re: França
Lí o artigo, é um imbecil, desconhecimento total de história...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Vossos peitos, vossos braços,
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Re: França
ao jogar o livro de obrigações e regras pela janela realmente a coisa vai acelerar bastante.
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Re: França
Do fórum serbenfiquista, uma descrição da França atual, por quem lá vive. Achei interessante:
"
Porque é que a sociedade francesa está em convulsão?
Bem vou tentar explicar com a minha humilde opinião.
1).
Macron.
Quando foi eleito, ele abriu as portas aos políticos profissionais da direita como da esquerda. Foi pescar um pouco nos dois grandes partidos para fazer um grande partido, o dele, assim ele matou a falsa alternativa PS-direita, todos os políticos desses dois partidos foram logo fazer fila para ver se havia um tacho qualquer no seu movimento.
Quer dizer agora é ele, o omnipotente, e a Le Pen.
Já não há esquerda - direita. Já não há alternativas saudáveis ao Macron só temos a Le Pen, e eu por exemplo não me revejo nem nela, nem nele.
O sistema politico està bloqueado e causa muita frustração a quem como eu não se revêm nestes dois.
2)
A insubmissao.
Porquê que somos assim tão explosivos.
A culpa é desta república que nasceu numa revolução que cortou 30 000 cabeças.
O primeiro espetáculo que eu vi quando era puto na escola, foi guignol uma marioneta e as suas peripécias durante os tempos revolucionários.
Aprendi a Carmagnole aos 8/9 anos, eu nem me lembro que tinha aprendido esta canção, foi a minha irmãzinha que cantou esta canção uns anos atrás e eu um pouco chocado a dizer a minha mãe "porra eles ensinam canções revolucionários sobre assassinatos para as crianças" e ela me responde "tu também na idade dela cantava essa canção"...
Em todo o lado está inscrito "liberté, égalité, fraternité"
Os próprios professores a nos dizer que as nossas elitas têm de nos servir e nunca se deixam submeter, nunca tolerar a falta de respeito, nunca baixar os olhos.
Estas à ver por exemplo o AlmaEncarnada quando disse no tópico do racismo que" épa puta que pariu os pretos fazem se de vítima mas estão a gritar e a guinchar em baixo do meu prédios parecem primatas".
Se ele tinha me dito isto na cara, pá rebentava o todo, meu pai é preto, tenho sangue africano, não tolero a falta de respeito, nem dou a outra face.
Falo disso porque enervou me bastante, até fui me deitar meio explosivo, tenho dificuldades em digerir. Pronto respirar fundo.
É assim somos condicionados pela nossa educação e o nosso trem de vida em França.
3) Os Anglo-saxónicos e o capitalismo.
O Christopher de uma certa maneira tem razão, nós não somos nem anglo-saxónicos, nem capitalista made in USA.
E como todos os países do ocidente têm de uma certa maneira submeter-se a eles, nós não gostamos.
Preferimos a democracia que a globalização do mercado livre.
Os nossos antepassados conquistaram direitos, não vamos mandar isto tudo às urtigas porque agora um gajo que saiu de não sei onde vem nos dizer que já não é sustentável o nosso estado social.
Ele que vai à merda aliás é tão insustentável que devidos aos acontecimentos dos coletes amarelos em Dezembro e Janeiro, fez logo um cheque de 17 biliões de euro para os trabalhadores, reformados e classe média, e magia o poder de compra e o consumo aumentaram bastante depois destas medidas.
Liberté, égalité, fraternité é isso o nosso lema.
Para o futuro, vejo a violência aumentar ainda e penso até que estamos perto de uma revolução pode ser amanhã ou daqui 5 anos, basta uma faísca.
Mas vai haver revolta em breve.
Os franceses não vão papar muito tempo ainda o sistema anglo-saxónico capitalista made in USA.
Pena para o Chris e os seus amigos mas eu sou otimista pode sair qualquer coisa boa depois disto tudo.
Reinventar a política e o nosso sistema económico.
E não esquecer o planeta e a ecológia e não é com Macrons patrocinados pelos Bayer-Monsanto que vamos chegar lá.
E também já não tou para fazer barragem a Le Pen, não caio mais nisto. Não voto nela mas também não vou votar contra ela, acabou se este tempo.
Tic, tac, tic, tac. Jusqu'ici tout va bien.
"
"
Porque é que a sociedade francesa está em convulsão?
Bem vou tentar explicar com a minha humilde opinião.
1).
Macron.
Quando foi eleito, ele abriu as portas aos políticos profissionais da direita como da esquerda. Foi pescar um pouco nos dois grandes partidos para fazer um grande partido, o dele, assim ele matou a falsa alternativa PS-direita, todos os políticos desses dois partidos foram logo fazer fila para ver se havia um tacho qualquer no seu movimento.
Quer dizer agora é ele, o omnipotente, e a Le Pen.
Já não há esquerda - direita. Já não há alternativas saudáveis ao Macron só temos a Le Pen, e eu por exemplo não me revejo nem nela, nem nele.
O sistema politico està bloqueado e causa muita frustração a quem como eu não se revêm nestes dois.
2)
A insubmissao.
Porquê que somos assim tão explosivos.
A culpa é desta república que nasceu numa revolução que cortou 30 000 cabeças.
O primeiro espetáculo que eu vi quando era puto na escola, foi guignol uma marioneta e as suas peripécias durante os tempos revolucionários.
Aprendi a Carmagnole aos 8/9 anos, eu nem me lembro que tinha aprendido esta canção, foi a minha irmãzinha que cantou esta canção uns anos atrás e eu um pouco chocado a dizer a minha mãe "porra eles ensinam canções revolucionários sobre assassinatos para as crianças" e ela me responde "tu também na idade dela cantava essa canção"...
Em todo o lado está inscrito "liberté, égalité, fraternité"
Os próprios professores a nos dizer que as nossas elitas têm de nos servir e nunca se deixam submeter, nunca tolerar a falta de respeito, nunca baixar os olhos.
Estas à ver por exemplo o AlmaEncarnada quando disse no tópico do racismo que" épa puta que pariu os pretos fazem se de vítima mas estão a gritar e a guinchar em baixo do meu prédios parecem primatas".
Se ele tinha me dito isto na cara, pá rebentava o todo, meu pai é preto, tenho sangue africano, não tolero a falta de respeito, nem dou a outra face.
Falo disso porque enervou me bastante, até fui me deitar meio explosivo, tenho dificuldades em digerir. Pronto respirar fundo.
É assim somos condicionados pela nossa educação e o nosso trem de vida em França.
3) Os Anglo-saxónicos e o capitalismo.
O Christopher de uma certa maneira tem razão, nós não somos nem anglo-saxónicos, nem capitalista made in USA.
E como todos os países do ocidente têm de uma certa maneira submeter-se a eles, nós não gostamos.
Preferimos a democracia que a globalização do mercado livre.
Os nossos antepassados conquistaram direitos, não vamos mandar isto tudo às urtigas porque agora um gajo que saiu de não sei onde vem nos dizer que já não é sustentável o nosso estado social.
Ele que vai à merda aliás é tão insustentável que devidos aos acontecimentos dos coletes amarelos em Dezembro e Janeiro, fez logo um cheque de 17 biliões de euro para os trabalhadores, reformados e classe média, e magia o poder de compra e o consumo aumentaram bastante depois destas medidas.
Liberté, égalité, fraternité é isso o nosso lema.
Para o futuro, vejo a violência aumentar ainda e penso até que estamos perto de uma revolução pode ser amanhã ou daqui 5 anos, basta uma faísca.
Mas vai haver revolta em breve.
Os franceses não vão papar muito tempo ainda o sistema anglo-saxónico capitalista made in USA.
Pena para o Chris e os seus amigos mas eu sou otimista pode sair qualquer coisa boa depois disto tudo.
Reinventar a política e o nosso sistema económico.
E não esquecer o planeta e a ecológia e não é com Macrons patrocinados pelos Bayer-Monsanto que vamos chegar lá.
E também já não tou para fazer barragem a Le Pen, não caio mais nisto. Não voto nela mas também não vou votar contra ela, acabou se este tempo.
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Re: França
Mais outra, fresquinha
Venho aqui vos dar noticias da França.
Não sei se sabem mas houve um grande incêndio numa fábrica de produtos químicos em Rouen.
Foi há 5 dias.
O governo Macron veio dizer que não havia problemas, que o ar que embora havia um cheiro estranho em Rouen o que se respirava não era nocivo e bla bla remake do chernobyl nas desculpas.
Só que os dias passam e parece não ser bem assim.
A água nas torneiras são assim desde que houve o incêndio.
Polícias que segurizavam a área já estão a ficar doentes.
https://www.lunion.fr/id97475/article/2 ... es-nausees
Bombeiros também.
https://www.francetvinfo.fr/faits-diver ... 38415.html
As crianças também muitas foram retiradas das escolas mesmo depois de 5 dias depois do incêndio há várias crianças doentes e com náuseas.
Algumas escolas já fecharam.
Também há relatos de pessoas idosas doentes e com náuseas.
Já começa a haver muito descontentamento na população rouenesa.
Hoje tentaram invadir o conselho metropolitano de Rouen.
Esta tudo muito crispado em França e mais uma vez o Macron não soube responder. Apenas mentem, manipulam, não são francos e isto desde que ele foi eleito.
Pode ser um golpe fatal para ele e o descontentamento começa a subir em patamares que ele não vai poder controlar.
Venho aqui vos dar noticias da França.
Não sei se sabem mas houve um grande incêndio numa fábrica de produtos químicos em Rouen.
Foi há 5 dias.
O governo Macron veio dizer que não havia problemas, que o ar que embora havia um cheiro estranho em Rouen o que se respirava não era nocivo e bla bla remake do chernobyl nas desculpas.
Só que os dias passam e parece não ser bem assim.
A água nas torneiras são assim desde que houve o incêndio.
Polícias que segurizavam a área já estão a ficar doentes.
https://www.lunion.fr/id97475/article/2 ... es-nausees
Bombeiros também.
https://www.francetvinfo.fr/faits-diver ... 38415.html
As crianças também muitas foram retiradas das escolas mesmo depois de 5 dias depois do incêndio há várias crianças doentes e com náuseas.
Algumas escolas já fecharam.
Também há relatos de pessoas idosas doentes e com náuseas.
Já começa a haver muito descontentamento na população rouenesa.
Hoje tentaram invadir o conselho metropolitano de Rouen.
Esta tudo muito crispado em França e mais uma vez o Macron não soube responder. Apenas mentem, manipulam, não são francos e isto desde que ele foi eleito.
Pode ser um golpe fatal para ele e o descontentamento começa a subir em patamares que ele não vai poder controlar.
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Re: França
Eles segurou-se até agora porque tem status cá fora e porque ele secou as alternativas... excepto a FN.
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Re: França
Depois dessa de Rouen, acho que não vai restar muita alternativa à Frau Hitler senão mandar as divisões Panzer irem lá pra relativizar a Soberania de França antes que (referência ao post anterior do Prepe véio) eles façam a nova Revolução Francesa. Lembrem da última, depois que enjoaram de se matarem entre eles, entregaram tudo para um tale de Napoleão e Europa inteira pagou caro por isso.
E eles agora têm NUKES!!!
#HEILMERKEL
#GOPANZER
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: França
Os Panzer estão inop, bem como os submarinos, caças, etc.
A França neste momento é rainha e senhora da Europa, militarmente falando. Falaste do Napoleão, pois bem, neste caso não há qualquer contrabalanço ao poder Francês. A Alemanha politica e economicamente a UE, a França militarmente, tudo o resto são extras.
PS: Portugal já começou a integrar-se, Exército vai todo corrido a fardas Alemãs (ou assim parece).
Vai ser tão bonito!...
Não se preocupem que a Instituição que mantém isto tudo sobre controlo mantém a sua aparência à Francesa.
A França neste momento é rainha e senhora da Europa, militarmente falando. Falaste do Napoleão, pois bem, neste caso não há qualquer contrabalanço ao poder Francês. A Alemanha politica e economicamente a UE, a França militarmente, tudo o resto são extras.
PS: Portugal já começou a integrar-se, Exército vai todo corrido a fardas Alemãs (ou assim parece).
Vai ser tão bonito!...
Não se preocupem que a Instituição que mantém isto tudo sobre controlo mantém a sua aparência à Francesa.
Editado pela última vez por cabeça de martelo em Qui Out 03, 2019 6:37 am, em um total de 2 vezes.
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Re: França
Vão também começar a marchar a passo de Ganso e de braço estendido?
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Re: França
https://www.sabado.pt/mundo/detalhe/ata ... a-18-meses
Atacante de Paris tinha-se convertido ao Islão “há 18 meses”
03.10.2019 19:38 por Lusa
O atacante está a ser identificado como um homem de 45 anos, informático, natural de Martinica. O homem era surdo-mudo.
A fonte não é identificada pela agência noticiosa francesa.
O atacante está a ser identificado como um homem de 45 anos, natural de Martinica (Antilhas francesas), que era um funcionário civil administrativo (informático) nos serviços de informação na sede da polícia de Paris. O homem era surdo-mudo.
O procurador de Paris, Remy Heitz, anunciou, entretanto, que as autoridades abriram uma investigação ao ataque, cujas motivações ainda se desconhecem.
As vítimas mortais são três homens e uma mulher.
A agressão ocorreu cerca das 13:00 locais (12:00 em Lisboa) e, segundo a agência AFP, os investigadores exploram a pista de um conflito pessoal.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, também se deslocou ao local do ataque, localizado no centro histórico da capital francesa, perto da Catedral de Notre-Dame e em frente do Palácio de Justiça, para "mostrar apoio e solidariedade a todos os funcionários".
O ataque ocorreu um dia depois de uma manifestação de cerca de 20 mil polícias em Paris, numa "marcha da ira", mobilização inédita há 20 anos.
Os três principais sindicatos da polícia francesa convocaram o protesto para travar os suicídios no seio da corporação e reivindicarem melhores condições de trabalho.
Atacante de Paris tinha-se convertido ao Islão “há 18 meses”
03.10.2019 19:38 por Lusa
O atacante está a ser identificado como um homem de 45 anos, informático, natural de Martinica. O homem era surdo-mudo.
A fonte não é identificada pela agência noticiosa francesa.
O atacante está a ser identificado como um homem de 45 anos, natural de Martinica (Antilhas francesas), que era um funcionário civil administrativo (informático) nos serviços de informação na sede da polícia de Paris. O homem era surdo-mudo.
O procurador de Paris, Remy Heitz, anunciou, entretanto, que as autoridades abriram uma investigação ao ataque, cujas motivações ainda se desconhecem.
As vítimas mortais são três homens e uma mulher.
A agressão ocorreu cerca das 13:00 locais (12:00 em Lisboa) e, segundo a agência AFP, os investigadores exploram a pista de um conflito pessoal.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, também se deslocou ao local do ataque, localizado no centro histórico da capital francesa, perto da Catedral de Notre-Dame e em frente do Palácio de Justiça, para "mostrar apoio e solidariedade a todos os funcionários".
O ataque ocorreu um dia depois de uma manifestação de cerca de 20 mil polícias em Paris, numa "marcha da ira", mobilização inédita há 20 anos.
Os três principais sindicatos da polícia francesa convocaram o protesto para travar os suicídios no seio da corporação e reivindicarem melhores condições de trabalho.
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Re: França
Córsega: anunciada a reconstituição do FLNC, agora contra o terror islâmico e contra Macron
As autoridades policiais e a classe política da França estão surpresas após a divulgação de um comunicado e um vídeo para a imprensa, no qual diversos indivíduos encapuzados e armados anunciam a reconstituição do FLCN, um grupo sepataratista que usou do terrorismo como forma de luta pela independência da Córsega, o departamento territorial insular da França no Mar Mediterrâneo. No dia 1 de outubro o promotor público de Ajaccio,Dr. Eric Bouillard, disse que o gabinete antiterrorista está apreensivo e que empenharão muita atenção a essa situação.
Segundo informações publicadas em 30 de setembro pelo jornal Corse-Matin e por divulgações diversas em redes sociais, um grupo de cinco pessoas, protegidos por outras dezenas escondidas (todos fortemente armados com fuzis), organizou uma conferência de imprensa clandestina, para anunciar a constituição de "uma nova FLNC (Frente de Libertação Nacional da Córsega)". Para essa "comunicado de imprensa que incluiu uma breve conversa sem direito a questionamentos, foram convidados diversos jornalistas locais e alguns web influencers politicos de confiança do movimento.
A conferência de imprensa ocorreu em Haute-Corse, na região de Caldaniccia. "Era uma reunião limitada a um comunicado de imprensa, restrito a jornalistas e correspondentes considerados imparciais", disse um membro da AFP e um membro editor do jornal Corse-Matin .
Convidado para o evento noturno, os jornalistas do Diário Regional explicam o acesso a um comunicado de uma página, na qual aparecem proibições e recomendações em nove pontos, a fim de" salvar o povo corso de um desaparecimento programado ".
O Jornal Corse-Matin também publicou um pequeno vídeo no qual cinco indivíduos aparecem mascarados e armados, lado a lado à noite, atrás de uma faixa na qual estão escritas as letras FLNC.
Sobre o FLCN
Pouco conhecido devido à politica francesa de restrições de informações sobre os movimentos separatistas dos anos 70/80, o FLCN é um grupo separatista nacionalista da Córsega, que foi tão atuante quanto seus dois grandes influenciadores da 2a metade do século XX, o IRA da Irlanda do Norte e o ETA do paìs Basco na Espanha, entre outros.
Surgiu inicialmente com grande influência socialista marxista, e, chegou a ser apoiado com armas pelo regime do Coronel Kadafi nos anos 80, mas no decorrer do tempo se transformou em um grupo nacionalista, identitário e com forte influência da extrema direita. Estudos de especialistas anti-terrorismo avaliam que atualmente o grupo possui em torno de 1000 membros considerados ativos e um número pelo menos 50 vezes superior de apoiadores diretos, e ainda, muitas centenas de milhares de simpatizantes dentro e fora da Córsega.
O FLNC assumiu a responsabilidade por aproximadamente 4.500 ataques na França (realizados desde os anos 70), na Itália e na Ilha da Córsega, todos contra prédios governamentais, autoridades militares, policiais e politicas, sem jamais atingir civis, o que lhe valeu uma certo "respeito internacional".
Entre suas ações mais ousada foram o ataque contra a embaixada o Irã em Paris, contra uma estação de transmissão de televisão "Serra di Pignu 9" e a "Operação Zara" que visou da base aérea da OTAN em Solenzara, assim como ataques contra traficantes internacionais de drogas que tentavam se estabelecer na Córsega e que usavam o nome do FLNC para impor terror e denegrir a imagem do movimento.
A Frente de Libertação Nacional da Córsega (FLNC) anunciou em 2014 que estava depondo suas armas, depois de quatro décadas de luta armada e atentados, porém seu retorno ao ativismo radical demonstra a crise de ineficiência pela qual a Republica Francesa atravessa, com o agravamento de diversos problemas sociais e de segurança pública, principalmente a alta da criminalidade violênta e o terrorismo assimétrico, que muitos alegam serem causados pela imigração islâmica descontrolada.
Em maio desse ano, o movimento anunciou também a sua "desmilitarização" e a preparação para uma militância política pacifica inspirada pelo mesmo processo do IRA da Irlanda do Norte no final dos anos 90. Mas pelo visto, a Frente de Libertação Nacional da Córsega (FLNC) em breve poderá pegar em armas novamente.
O anúncio dessa reconstrução do grupo ocorre em um contexto marcado por vários meses por muitos atos de violência contra políticos na Córsega, onde deputados eleitos e personalidades da sociedade civil denunciaram nos últimos dias o que eles consideram como a "máfia" da ilha e não um movimento político/social.
Nacionalistas corsos ameaçam governo Macron e salafistas Islâmicos
Além dessa mensagem dirigida contra os salafistas islâmicos, o FLNC desafia o governo da França, declarando; "O governo tem uma parte importante da responsabilidade (em caso de criminalidade e ataques terroristas islâmicos) porque eles conhecem tudo sobre todos os terroristas islâmicos salafistas na Córsega" assim como na França e pouco ou nada fazem para prendê-los".
Depois de consultar o comunicado do FLNC, a Agence France Press revela parte do conteúdo: "De acordo com o compromisso histórico do FLNC, nunca prejudicaremos pessoas, mas apenas propriedades"; diz, por exemplo.
Entre as proibições e recomendações apresentadas, o texto refere-se, por exemplo; "à proibição de não-corsos comprarem terras ou imóveis". "As propriedades adquiridas durante os últimos dez anos devem ser revendidos" pelo preço original de compra "e apenas os corsos de origem poderão comprá-los para fazer" principalmente "habitação social", diz também.
A declaração também pede a proibição da criação de qualquer nova cadeia de supermercados, exige que "estrangeiros sejam substituídos por corsos em todos os empregos" e exige educação obrigatória da Córsega durante uma hora por dia, do jardim de infância ao ensino médio.
O grupo também oferece apoio à maioria nacionalista não alinhada politicamente, dominante na ilha, garantindo que seja "coerente". "Não duvidamos da sinceridade e do compromisso patriótico dos representantes eleitos da maioria territorial", lê o texto. "Mas lamentamos que eles continuem por um caminho que leva à integração final do povo corso na sociedade francesa", no entanto, o grupo que pede "luta ideológica" contra todas outras forças políticas.
"Garantiremos, à força, se necessário, que essas proibições e recomendações "sejam aplicadas", explicam os autores da declaração do FLNC, de que somente essas medidas "podem salvar o povo corso de um desaparecimento planejado".
No caso de um ataque islâmico, o FLNC ameaça responder "energicamente e sem piedade"
Em 28 de julho o FLNC também efetuou um comunicado ameaçando os "islamistas radicais na Córsega", que qualquer ataque por parte deles provocaria "uma resposta muito ampla e determinada",
"Sua filosofia medieval não nos assusta. O amálgama existe apenas nas mentes dos fracos e o povo da Córsega é forte em escolhas políticas difíceis, que nunca fizeram abalar como você na barbárie ",... "sabemos que "a vontade da comunidade islâmica salafista é claramente colocar em prática a política do Daesh e estamos preparados", diz o texto.
E o movimento pela independência adverte: "Saiba que qualquer ataque contra o nosso povo ou um de nós, daremos uma resposta determinada e sem escrúpulos". "Se o Estado Islâmico ou outros de seus discípulos efetuarem ações em nosso solo, vamos revidar sem piedade contra os islâmicos". continua o FLNC.
Criticas duras contra a política externa da França
O aspecto geopolítico não é evitado. Assim, o FLNC ataca duramente a política externa francesa: "Será necessário que a França pare com sua propensão a intervir militarmente e queira dar lições de democracia a toda a terra, se quiser evitar os conflitos que semeia ao redor do mundo e cuide de seu povo antes de tudo ".
Se a ameaça de represália em caso de ataque é clara, o FLNC não quer ceder ao racismo. O movimento pede "vigilância e calma diante da barbárie" e enfatiza que não é "o refúgio dos frustrados de uma luta racial ou xenófoba" pois sabem muito bem "quem é quem" em toda essa história de migração, imigração, refugiados de necessidade e de oportunismo.
Os integrantes do FLNC também se dirigem "aos muçulmanos que habitam na Córsega". O FLNC os convocam a "tomar uma posição" denunciando o islamismo radical e pedem que apontem "os excessos de jovens ociosos tentados pela radicalização". O FLNC também os "convida" a não "exibir símbolos religiosos ostensivos" e "pedem" ao Estado que feche os locais de culto muçulmanos que constituem "focos de influência salafista", para expulsar animadores fundamentalistas desses lugares.
O comunicado na íntegra
Apesar de muitos veículos da grande mídia se recusaram a publicar matérias sobre o fato, alegando que isso pode ser uma apologia para o grupo terrorista, a realidade do acontecido serve para mostrar o complexo estado atual da crise de segurança pública que a França e boa parte da Europa atravessam como resultado das politicas de abrandamento da luta contra o terrorismo islâmico e do descontrole da imigração ilegal de países africanos islâmicos em geral.
Apesar disso, o canal de TV France 3 divulgou o comunicado na íntegra, que pode ser acessado pelo link abaixo:
https://france3-regions.francetvinfo.fr ... 280716.pdf
Com informações AFP, Corse Matin e France 3 via redação Orbis Defense Europe.
https://orbisdefense.blogspot.com/2019/ ... ao-do.html
As autoridades policiais e a classe política da França estão surpresas após a divulgação de um comunicado e um vídeo para a imprensa, no qual diversos indivíduos encapuzados e armados anunciam a reconstituição do FLCN, um grupo sepataratista que usou do terrorismo como forma de luta pela independência da Córsega, o departamento territorial insular da França no Mar Mediterrâneo. No dia 1 de outubro o promotor público de Ajaccio,Dr. Eric Bouillard, disse que o gabinete antiterrorista está apreensivo e que empenharão muita atenção a essa situação.
Segundo informações publicadas em 30 de setembro pelo jornal Corse-Matin e por divulgações diversas em redes sociais, um grupo de cinco pessoas, protegidos por outras dezenas escondidas (todos fortemente armados com fuzis), organizou uma conferência de imprensa clandestina, para anunciar a constituição de "uma nova FLNC (Frente de Libertação Nacional da Córsega)". Para essa "comunicado de imprensa que incluiu uma breve conversa sem direito a questionamentos, foram convidados diversos jornalistas locais e alguns web influencers politicos de confiança do movimento.
A conferência de imprensa ocorreu em Haute-Corse, na região de Caldaniccia. "Era uma reunião limitada a um comunicado de imprensa, restrito a jornalistas e correspondentes considerados imparciais", disse um membro da AFP e um membro editor do jornal Corse-Matin .
Convidado para o evento noturno, os jornalistas do Diário Regional explicam o acesso a um comunicado de uma página, na qual aparecem proibições e recomendações em nove pontos, a fim de" salvar o povo corso de um desaparecimento programado ".
O Jornal Corse-Matin também publicou um pequeno vídeo no qual cinco indivíduos aparecem mascarados e armados, lado a lado à noite, atrás de uma faixa na qual estão escritas as letras FLNC.
Sobre o FLCN
Pouco conhecido devido à politica francesa de restrições de informações sobre os movimentos separatistas dos anos 70/80, o FLCN é um grupo separatista nacionalista da Córsega, que foi tão atuante quanto seus dois grandes influenciadores da 2a metade do século XX, o IRA da Irlanda do Norte e o ETA do paìs Basco na Espanha, entre outros.
Surgiu inicialmente com grande influência socialista marxista, e, chegou a ser apoiado com armas pelo regime do Coronel Kadafi nos anos 80, mas no decorrer do tempo se transformou em um grupo nacionalista, identitário e com forte influência da extrema direita. Estudos de especialistas anti-terrorismo avaliam que atualmente o grupo possui em torno de 1000 membros considerados ativos e um número pelo menos 50 vezes superior de apoiadores diretos, e ainda, muitas centenas de milhares de simpatizantes dentro e fora da Córsega.
O FLNC assumiu a responsabilidade por aproximadamente 4.500 ataques na França (realizados desde os anos 70), na Itália e na Ilha da Córsega, todos contra prédios governamentais, autoridades militares, policiais e politicas, sem jamais atingir civis, o que lhe valeu uma certo "respeito internacional".
Entre suas ações mais ousada foram o ataque contra a embaixada o Irã em Paris, contra uma estação de transmissão de televisão "Serra di Pignu 9" e a "Operação Zara" que visou da base aérea da OTAN em Solenzara, assim como ataques contra traficantes internacionais de drogas que tentavam se estabelecer na Córsega e que usavam o nome do FLNC para impor terror e denegrir a imagem do movimento.
A Frente de Libertação Nacional da Córsega (FLNC) anunciou em 2014 que estava depondo suas armas, depois de quatro décadas de luta armada e atentados, porém seu retorno ao ativismo radical demonstra a crise de ineficiência pela qual a Republica Francesa atravessa, com o agravamento de diversos problemas sociais e de segurança pública, principalmente a alta da criminalidade violênta e o terrorismo assimétrico, que muitos alegam serem causados pela imigração islâmica descontrolada.
Em maio desse ano, o movimento anunciou também a sua "desmilitarização" e a preparação para uma militância política pacifica inspirada pelo mesmo processo do IRA da Irlanda do Norte no final dos anos 90. Mas pelo visto, a Frente de Libertação Nacional da Córsega (FLNC) em breve poderá pegar em armas novamente.
O anúncio dessa reconstrução do grupo ocorre em um contexto marcado por vários meses por muitos atos de violência contra políticos na Córsega, onde deputados eleitos e personalidades da sociedade civil denunciaram nos últimos dias o que eles consideram como a "máfia" da ilha e não um movimento político/social.
Nacionalistas corsos ameaçam governo Macron e salafistas Islâmicos
Além dessa mensagem dirigida contra os salafistas islâmicos, o FLNC desafia o governo da França, declarando; "O governo tem uma parte importante da responsabilidade (em caso de criminalidade e ataques terroristas islâmicos) porque eles conhecem tudo sobre todos os terroristas islâmicos salafistas na Córsega" assim como na França e pouco ou nada fazem para prendê-los".
Depois de consultar o comunicado do FLNC, a Agence France Press revela parte do conteúdo: "De acordo com o compromisso histórico do FLNC, nunca prejudicaremos pessoas, mas apenas propriedades"; diz, por exemplo.
Entre as proibições e recomendações apresentadas, o texto refere-se, por exemplo; "à proibição de não-corsos comprarem terras ou imóveis". "As propriedades adquiridas durante os últimos dez anos devem ser revendidos" pelo preço original de compra "e apenas os corsos de origem poderão comprá-los para fazer" principalmente "habitação social", diz também.
A declaração também pede a proibição da criação de qualquer nova cadeia de supermercados, exige que "estrangeiros sejam substituídos por corsos em todos os empregos" e exige educação obrigatória da Córsega durante uma hora por dia, do jardim de infância ao ensino médio.
O grupo também oferece apoio à maioria nacionalista não alinhada politicamente, dominante na ilha, garantindo que seja "coerente". "Não duvidamos da sinceridade e do compromisso patriótico dos representantes eleitos da maioria territorial", lê o texto. "Mas lamentamos que eles continuem por um caminho que leva à integração final do povo corso na sociedade francesa", no entanto, o grupo que pede "luta ideológica" contra todas outras forças políticas.
"Garantiremos, à força, se necessário, que essas proibições e recomendações "sejam aplicadas", explicam os autores da declaração do FLNC, de que somente essas medidas "podem salvar o povo corso de um desaparecimento planejado".
No caso de um ataque islâmico, o FLNC ameaça responder "energicamente e sem piedade"
Em 28 de julho o FLNC também efetuou um comunicado ameaçando os "islamistas radicais na Córsega", que qualquer ataque por parte deles provocaria "uma resposta muito ampla e determinada",
"Sua filosofia medieval não nos assusta. O amálgama existe apenas nas mentes dos fracos e o povo da Córsega é forte em escolhas políticas difíceis, que nunca fizeram abalar como você na barbárie ",... "sabemos que "a vontade da comunidade islâmica salafista é claramente colocar em prática a política do Daesh e estamos preparados", diz o texto.
E o movimento pela independência adverte: "Saiba que qualquer ataque contra o nosso povo ou um de nós, daremos uma resposta determinada e sem escrúpulos". "Se o Estado Islâmico ou outros de seus discípulos efetuarem ações em nosso solo, vamos revidar sem piedade contra os islâmicos". continua o FLNC.
Criticas duras contra a política externa da França
O aspecto geopolítico não é evitado. Assim, o FLNC ataca duramente a política externa francesa: "Será necessário que a França pare com sua propensão a intervir militarmente e queira dar lições de democracia a toda a terra, se quiser evitar os conflitos que semeia ao redor do mundo e cuide de seu povo antes de tudo ".
Se a ameaça de represália em caso de ataque é clara, o FLNC não quer ceder ao racismo. O movimento pede "vigilância e calma diante da barbárie" e enfatiza que não é "o refúgio dos frustrados de uma luta racial ou xenófoba" pois sabem muito bem "quem é quem" em toda essa história de migração, imigração, refugiados de necessidade e de oportunismo.
Os integrantes do FLNC também se dirigem "aos muçulmanos que habitam na Córsega". O FLNC os convocam a "tomar uma posição" denunciando o islamismo radical e pedem que apontem "os excessos de jovens ociosos tentados pela radicalização". O FLNC também os "convida" a não "exibir símbolos religiosos ostensivos" e "pedem" ao Estado que feche os locais de culto muçulmanos que constituem "focos de influência salafista", para expulsar animadores fundamentalistas desses lugares.
O comunicado na íntegra
Apesar de muitos veículos da grande mídia se recusaram a publicar matérias sobre o fato, alegando que isso pode ser uma apologia para o grupo terrorista, a realidade do acontecido serve para mostrar o complexo estado atual da crise de segurança pública que a França e boa parte da Europa atravessam como resultado das politicas de abrandamento da luta contra o terrorismo islâmico e do descontrole da imigração ilegal de países africanos islâmicos em geral.
Apesar disso, o canal de TV France 3 divulgou o comunicado na íntegra, que pode ser acessado pelo link abaixo:
https://france3-regions.francetvinfo.fr ... 280716.pdf
Com informações AFP, Corse Matin e France 3 via redação Orbis Defense Europe.
https://orbisdefense.blogspot.com/2019/ ... ao-do.html
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