Apesar de que acreditar desde 2012 o maior acionista seja Brandes Investment, por que os fundos que detinham a maioria delas vinham vendendo suas participações, agora a Previ pediu mais informações e aprovou, Sistel nem isso. Curioso que essa diluição tenha ocorrido durante o governo do PT, agora me parece que só sacramenta uma tendência.Cassio escreveu: ↑Sáb Mar 16, 2019 1:45 pm Algum acordo com certeza seria necessário para que a Av. Comercial pudesse se manter no mercado. Isso é o que eu disse... E não que a Embraer quebraria sem o acordo.
O mercado mudou muito nos últimos anos e o cenário atual não permitirá que empresas isoladas e sem força possam ser competitivas. Não para empresas que produzem aviões no porte dos EJets.
Deste acordo fica uma empresa que terá de se reestruturar, se reinventar para sobreviver no longo prazo... É um desafio que acredito a Embraer tenha plena competência para encarar.
Permanecem as receitas da aviação executiva e de defesa e segurança (incluindo aí as coligadas), e que vão além das aeronaves (inclui radares, sistemas de monitoramento, vigilância, etc).
Quais outros argumentos preciso dar??
Se vai funcionar meu caro, como vou saber? Não tenho bola de cristal. Mas pode funcionar e as duas empresas crescerem? Claro que pode. E crescerem aqui no país.
EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Zelhos, você está fazendo afirmações que são complicadas de se defender.Zelhos escreveu: ↑Sáb Mar 16, 2019 1:04 am E mais, a Embraer já concorreu com a Boeing e expulsou ela do mercado.
Não existe absolutamente nada que indique que a Embraer não teria capacidade de concorrer com a Airbus, muito pelo contrário, a Airbus só está levando ferro, além de vender pouco, está vendendo com muito prejuízo. Quanto mais a Airbus vender, maior vai ser o prejuízo dela. Nos próximos anos o maior mercado de aviação será justamente os regionais, por isso as duas grandes querem desesperadamente entrar nesse mercado, esse é o mercado dominado pela Embraer, mesmo que a Boeing ou a Airbus se metessem a entrar nesse mercado, eles levariam no mínimo 15 anos para projetar e homologar um avião, então, concorrência com a Embraer só lá para 2035, até lá, imagine o tamanho da Embraer. Isso de que a Embraer não poderia concorrer é lorota de quem quer a venda, isso sim é pessimismo e visão do quanto pior, melhor.
Por exemplo, ao afirmas que a Airbus só está levando ferro... Em 2017 ela teve mais de 50 BILHÕES de euros de receita. E lucrou quase 3 bi... Outro exemplo e de que airbus só entraria em concorrência nesse mercado em 2035. Amigo, já viu o A220? Ele voa e já venderam mais de 500 em 2-3 anos!
Não comentarei algumas outras afirmações mas também não vejo sustentação nelas.
Tenho dúvidas quanto a forma como a parceria da Embraer com Boeing deve ocorrer, mas tenho convicção de que a Embraer é pequena demais para brigar com a Airbus.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Opa pera lá, quem disse que os ST podem fazer parte foi o próprio Vice-Presidente Financeiro Nelson Salgado, não foi boataria de esquina não. Quem dizer que é pura "especulação e boataria", está sendo desonesto.
E quem está reclamando do negócio defende sim que a Embraer entre em PARCERIA, mas dizer que esse negócio com a Boeing é parceria é ridículo, não há parceria alguma ai, todos viram as declarações e os termos do contrato. Uma "joint-venture" que a Boeing controle 80% é compra disfarçada da aviação comercial. Agora querem abocanhar a Executiva e a Defesa, sendo o KC-390 já conseguiram.
Pra defender esse negócio existem duas possibilidades: ta recebendo pra defender ou simplesmente fala da boca pra fora. O outro ali disse que a Boeing traria linha de montagem e só ele que sabe das informações, sendo que até agora o que está ocorrendo é justamente o contrário.
E quem está reclamando do negócio defende sim que a Embraer entre em PARCERIA, mas dizer que esse negócio com a Boeing é parceria é ridículo, não há parceria alguma ai, todos viram as declarações e os termos do contrato. Uma "joint-venture" que a Boeing controle 80% é compra disfarçada da aviação comercial. Agora querem abocanhar a Executiva e a Defesa, sendo o KC-390 já conseguiram.
Pra defender esse negócio existem duas possibilidades: ta recebendo pra defender ou simplesmente fala da boca pra fora. O outro ali disse que a Boeing traria linha de montagem e só ele que sabe das informações, sendo que até agora o que está ocorrendo é justamente o contrário.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Então leia de novo, meu querido, eu falei da Airbus no mercado de regionais, ela está sim se dando mal, isso por causa do Bombardier, que está sendo vendido abaixo do preço porque ninguém quer comprar, e mesmo assim não está vendendo o quanto se esperava. Se a Airbus quiser concorrer de maneira saudável nesse mercado, vai ter que projetar outro avião, isso demora, muito, assim como a Boeing teria que projetar um, e veja só, eles ficariam melhor que os E-jets? A julgar pelos últimos projetos das duas, não, não ficará. A própria Boeing mesmo está perdendo sua capacidade de projetar por causa da falta de engenheiros, esse é o motivo para a compra da Embraer. Então me diga, se essas duas quiserem concorrer nesse mercado, quando colocarão seus produtos no mercado? A Embraer teria sim o caminho livre até a década de 30, caminho livre no maior mercado. Sobre a Embraer ser pequena, ela é a terceira maior empresa do setor tinha um potencial de crescimento imenso, podendo superar as duas. Como ela é pequena?Poti escreveu: ↑Sáb Mar 16, 2019 3:40 pmZelhos, você está fazendo afirmações que são complicadas de se defender.Zelhos escreveu: ↑Sáb Mar 16, 2019 1:04 am E mais, a Embraer já concorreu com a Boeing e expulsou ela do mercado.
Não existe absolutamente nada que indique que a Embraer não teria capacidade de concorrer com a Airbus, muito pelo contrário, a Airbus só está levando ferro, além de vender pouco, está vendendo com muito prejuízo. Quanto mais a Airbus vender, maior vai ser o prejuízo dela. Nos próximos anos o maior mercado de aviação será justamente os regionais, por isso as duas grandes querem desesperadamente entrar nesse mercado, esse é o mercado dominado pela Embraer, mesmo que a Boeing ou a Airbus se metessem a entrar nesse mercado, eles levariam no mínimo 15 anos para projetar e homologar um avião, então, concorrência com a Embraer só lá para 2035, até lá, imagine o tamanho da Embraer. Isso de que a Embraer não poderia concorrer é lorota de quem quer a venda, isso sim é pessimismo e visão do quanto pior, melhor.
Por exemplo, ao afirmas que a Airbus só está levando ferro... Em 2017 ela teve mais de 50 BILHÕES de euros de receita. E lucrou quase 3 bi... Outro exemplo e de que airbus só entraria em concorrência nesse mercado em 2035. Amigo, já viu o A220? Ele voa e já venderam mais de 500 em 2-3 anos!
Não comentarei algumas outras afirmações mas também não vejo sustentação nelas.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Entendi bem que eram os regionais, por isso falei do A220!Zelhos escreveu: ↑Sáb Mar 16, 2019 9:10 pmEntão leia de novo, meu querido, eu falei da Airbus no mercado de regionais, ela está sim se dando mal, isso por causa do Bombardier, que está sendo vendido abaixo do preço porque ninguém quer comprar, e mesmo assim não está vendendo o quanto se esperava. Se a Airbus quiser concorrer de maneira saudável nesse mercado, vai ter que projetar outro avião, isso demora, muito, assim como a Boeing teria que projetar um, e veja só, eles ficariam melhor que os E-jets? A julgar pelos últimos projetos das duas, não, não ficará. A própria Boeing mesmo está perdendo sua capacidade de projetar por causa da falta de engenheiros, esse é o motivo para a compra da Embraer. Então me diga, se essas duas quiserem concorrer nesse mercado, quando colocarão seus produtos no mercado? A Embraer teria sim o caminho livre até a década de 30, caminho livre no maior mercado. Sobre a Embraer ser pequena, ela é a terceira maior empresa do setor tinha um potencial de crescimento imenso, podendo superar as duas. Como ela é pequena?Poti escreveu: ↑Sáb Mar 16, 2019 3:40 pm
Zelhos, você está fazendo afirmações que são complicadas de se defender.
Por exemplo, ao afirmas que a Airbus só está levando ferro... Em 2017 ela teve mais de 50 BILHÕES de euros de receita. E lucrou quase 3 bi... Outro exemplo e de que airbus só entraria em concorrência nesse mercado em 2035. Amigo, já viu o A220? Ele voa e já venderam mais de 500 em 2-3 anos!
Não comentarei algumas outras afirmações mas também não vejo sustentação nelas.
Tenho dúvidas quanto a forma como a parceria da Embraer com Boeing deve ocorrer, mas tenho convicção de que a Embraer é pequena demais para brigar com a Airbus.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
zelhos... Então, sua resposta diz exatamente o que estamos falando aqui... eu e o Poti.
Não tem como concorrer com o CSeries depois que ele foi incorporado pela Airbus. Além do poder financeiro da Airbus, que pode até bancar vendas com preços margens muito pequenas, e até negativas, ainda podem oferecer "pacotes de vendas" que incluem todos os modelos da série. Uma afirmação incorreta é de que este seja o maior mercado. O mercado de jatos até 130 assentos (caso dos E2) é muito menor do que o mercado de 130 a 200 assentos.
Então os E2 não concorrem diretamente com os Boeing e Airbus, apenas digamos assim, na extremidade da faixa de assentos.
E se um dia a Embraer quisesse entrar neste mercado, teria de ser com uma aeronave completamente nova, o que demandaria o mesmo tempo para desenvolver que os novos aviões da Boeing e Airbus (que já estão "no forno"). Fora que seriam necessários recursos financeiros que a Embraer não tem hoje.
A verdade nua e crua é que os E2 precisariam vender muito para recompor o caixa da empresa e reduzir seu endividamento para então poder alavancar uma nova família de aeronaves comerciais. Sempre foi feito assim. Só que o mercado está ruim, contraído e os E2 não estão vendendo. Nem perto do que se imaginava.
Por enquanto as vendas do E175 de primeira geração no mercado americano estão segurando as pontas, mas apenas para manter "a roda girando". Praticamente não existem mais pedidos de E190 e E195 em carteira.
Olhando para frente temos... 1) vendas do E2 que não decolam (devido ao mercado que está demorando em responder e a concorrência da Airbus). Vários grandes contratos, que seriam contratos chave para o E2 foram perdidos (Delta, JetBlue, etc). 2) O E175E2, que seria ideal para o mercado americano simplesmente não pode operar lá, pois excede o limite de MTOW imposto pelas Scope Clauses. Esperava-se uma revisão destas cláusulas, mas isso não ocorreu e parece ser algo ainda distante. Então o 175E2 simplesmente não tem encomendas. 3) O desenvolvimento do E175E2 chegou num ponto que grande parte do investimento já foi feito, mas ainda muito terá de ser gasto. 4) As vendas do E175 de primeira geração nos EUA já estão diminuindo de ritmo pois muitas aeronaves já foram entregues e a capacidade do mercado absorver novas aeronaves já não é o mesmo.
Ou seja... Não tem como achar que a Embraer possa "superar" as duas grandes neste cenário. É irreal. Não é por capacidade técnica, mas sim por questões financeiras. Não existe fôlego financeiro para competir num mercado assim. Muito menos para se aventurar em aeronaves maiores neste momento. Por tudo isso não dava mais para ficar sozinha no mercado. E tem mais... temos um avião que está com muitas dificuldades em seu desenvolvimento (o Mitsubishi MRJ), mesmo eles tendo levado centenas de engenheiros da Embraer e da Bombardier. Num outro cenário a Boeing poderia se associar a este player, e deixar a Embraer simplesmente sozinha.
Bem, existem ainda outras questões, como a consolidação de fornecedores e clientes, que pressionam muito custos e preços. E uma empresa "pequena" como a Embraer não tem a mesma força de negociação e escala para reduzir os seus custos.
Então... sim, um acordo era não só necessário como fundamental.
Agora dizer se da maneira como foi feito será bom ou ruim... só o tempo dirá.
Mas do outro lado ainda teremos a Embraer com a aviação de Defesa e a Executiva. Se a empresa perdeu metade do seu faturamento, ela também está deixando para trás metade dos seus gastos.
Analisando agora a Embraer que fica... temos:
a) o KC390 que entrará em operação na FAB. Indo bem isso pode alavancar vendas. E ainda temos a outra JV com a Boeing que poderá permitir vendas onde não se previu vender.
b) Super Tucano - serão iniciadas a produção das encomendas da Nigéria (via Sierra Nevada) e das FIlipinas (pela Embraer). E saiu a notícia de que os EUA estão retomando os estudos da adoção deste tipo de aeronave. Acabaram de comprar três unidades para estes estudos.
c) Gripen (preparação para o início de montagem) e finalização do projeto do Biplace;
d) Modernização dos E99;
e) Na Executiva temos o início da produção dos Praetor 500 e 600, aeronave que foram muito bem recebidas no mercado, e espera-se que alavanquem a Executiva. Além disso as vendas do Phenom 300 mostram sinais de recuperação.
Então dizer que a Embraer que fica quebra em 5 anos... é meio que forçar a barra. É bom lembrar que ainda tem a produção de sistemas de controle de tráfego aéreo, radares e outros.
Claro que a Embraer que fica precisará passar por uma reestruturação, uma "reinvenção". Novos produtos deverão ser desenvolvidos, e terá todas as condições para isso. Será um empresa capitalizada e que terá capital humano para tal.
E a JV? Vão levar a produção daqui? vão acabar com a engenharia? Porque fariam isso? Não tem lógica...
Eu acredito é que vão alavancar as vendas do E2 que completa o portfólio da Boeing, e vão acelerar o desenvolvimento do substituto do 737 (que ficou queimado no mercado). E essa aceleração no desenvolvimento pode passar por fazer uso da Engenharia da JV (que é competente e mais barata). Não para desenvolver o avião todo (pois ele já está sendo desenvolvido), mas partes dele. E acredito também que na questão de produção, eles vão trazer produção para a JV, e não levar para lá.
Já escrevi demais... Essa é minha opinião.
Resumindo>
> a associação com outra empresa era necessária na aviação comercial.
> não tenho como discutir a forma desta associação (sem foi boa ou não), o futuro dirá;
> acho que a Embraer que fica terá plenas condições de sobreviver no médio prazo, mas terá de se reinventar, de buscar novos desenvolvimento e novas áreas de atuação para voltar a crescer; mas que tem condições para isso;
> acho que a JV trará oportunidades, empregos e que também poderá crescer.
O pessoal aqui adora dizer acabou, vão levar tudo embora... e a Embraer que fica morre em 5 anos. Bem vamos ver... 2025 está logo ali.
Não tem como concorrer com o CSeries depois que ele foi incorporado pela Airbus. Além do poder financeiro da Airbus, que pode até bancar vendas com preços margens muito pequenas, e até negativas, ainda podem oferecer "pacotes de vendas" que incluem todos os modelos da série. Uma afirmação incorreta é de que este seja o maior mercado. O mercado de jatos até 130 assentos (caso dos E2) é muito menor do que o mercado de 130 a 200 assentos.
Então os E2 não concorrem diretamente com os Boeing e Airbus, apenas digamos assim, na extremidade da faixa de assentos.
E se um dia a Embraer quisesse entrar neste mercado, teria de ser com uma aeronave completamente nova, o que demandaria o mesmo tempo para desenvolver que os novos aviões da Boeing e Airbus (que já estão "no forno"). Fora que seriam necessários recursos financeiros que a Embraer não tem hoje.
A verdade nua e crua é que os E2 precisariam vender muito para recompor o caixa da empresa e reduzir seu endividamento para então poder alavancar uma nova família de aeronaves comerciais. Sempre foi feito assim. Só que o mercado está ruim, contraído e os E2 não estão vendendo. Nem perto do que se imaginava.
Por enquanto as vendas do E175 de primeira geração no mercado americano estão segurando as pontas, mas apenas para manter "a roda girando". Praticamente não existem mais pedidos de E190 e E195 em carteira.
Olhando para frente temos... 1) vendas do E2 que não decolam (devido ao mercado que está demorando em responder e a concorrência da Airbus). Vários grandes contratos, que seriam contratos chave para o E2 foram perdidos (Delta, JetBlue, etc). 2) O E175E2, que seria ideal para o mercado americano simplesmente não pode operar lá, pois excede o limite de MTOW imposto pelas Scope Clauses. Esperava-se uma revisão destas cláusulas, mas isso não ocorreu e parece ser algo ainda distante. Então o 175E2 simplesmente não tem encomendas. 3) O desenvolvimento do E175E2 chegou num ponto que grande parte do investimento já foi feito, mas ainda muito terá de ser gasto. 4) As vendas do E175 de primeira geração nos EUA já estão diminuindo de ritmo pois muitas aeronaves já foram entregues e a capacidade do mercado absorver novas aeronaves já não é o mesmo.
Ou seja... Não tem como achar que a Embraer possa "superar" as duas grandes neste cenário. É irreal. Não é por capacidade técnica, mas sim por questões financeiras. Não existe fôlego financeiro para competir num mercado assim. Muito menos para se aventurar em aeronaves maiores neste momento. Por tudo isso não dava mais para ficar sozinha no mercado. E tem mais... temos um avião que está com muitas dificuldades em seu desenvolvimento (o Mitsubishi MRJ), mesmo eles tendo levado centenas de engenheiros da Embraer e da Bombardier. Num outro cenário a Boeing poderia se associar a este player, e deixar a Embraer simplesmente sozinha.
Bem, existem ainda outras questões, como a consolidação de fornecedores e clientes, que pressionam muito custos e preços. E uma empresa "pequena" como a Embraer não tem a mesma força de negociação e escala para reduzir os seus custos.
Então... sim, um acordo era não só necessário como fundamental.
Agora dizer se da maneira como foi feito será bom ou ruim... só o tempo dirá.
Mas do outro lado ainda teremos a Embraer com a aviação de Defesa e a Executiva. Se a empresa perdeu metade do seu faturamento, ela também está deixando para trás metade dos seus gastos.
Analisando agora a Embraer que fica... temos:
a) o KC390 que entrará em operação na FAB. Indo bem isso pode alavancar vendas. E ainda temos a outra JV com a Boeing que poderá permitir vendas onde não se previu vender.
b) Super Tucano - serão iniciadas a produção das encomendas da Nigéria (via Sierra Nevada) e das FIlipinas (pela Embraer). E saiu a notícia de que os EUA estão retomando os estudos da adoção deste tipo de aeronave. Acabaram de comprar três unidades para estes estudos.
c) Gripen (preparação para o início de montagem) e finalização do projeto do Biplace;
d) Modernização dos E99;
e) Na Executiva temos o início da produção dos Praetor 500 e 600, aeronave que foram muito bem recebidas no mercado, e espera-se que alavanquem a Executiva. Além disso as vendas do Phenom 300 mostram sinais de recuperação.
Então dizer que a Embraer que fica quebra em 5 anos... é meio que forçar a barra. É bom lembrar que ainda tem a produção de sistemas de controle de tráfego aéreo, radares e outros.
Claro que a Embraer que fica precisará passar por uma reestruturação, uma "reinvenção". Novos produtos deverão ser desenvolvidos, e terá todas as condições para isso. Será um empresa capitalizada e que terá capital humano para tal.
E a JV? Vão levar a produção daqui? vão acabar com a engenharia? Porque fariam isso? Não tem lógica...
Eu acredito é que vão alavancar as vendas do E2 que completa o portfólio da Boeing, e vão acelerar o desenvolvimento do substituto do 737 (que ficou queimado no mercado). E essa aceleração no desenvolvimento pode passar por fazer uso da Engenharia da JV (que é competente e mais barata). Não para desenvolver o avião todo (pois ele já está sendo desenvolvido), mas partes dele. E acredito também que na questão de produção, eles vão trazer produção para a JV, e não levar para lá.
Já escrevi demais... Essa é minha opinião.
Resumindo>
> a associação com outra empresa era necessária na aviação comercial.
> não tenho como discutir a forma desta associação (sem foi boa ou não), o futuro dirá;
> acho que a Embraer que fica terá plenas condições de sobreviver no médio prazo, mas terá de se reinventar, de buscar novos desenvolvimento e novas áreas de atuação para voltar a crescer; mas que tem condições para isso;
> acho que a JV trará oportunidades, empregos e que também poderá crescer.
O pessoal aqui adora dizer acabou, vão levar tudo embora... e a Embraer que fica morre em 5 anos. Bem vamos ver... 2025 está logo ali.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
A título de curiosidade, na parte de aviação militar temos o seguinte para os proximos 10/15 anos:
28 KC-390 para a FAB
5(6) KC-390 para FAP - em negociação
6(8) KC-390 para empresa privada - em negociação
Nenhuma aeronave foi comercialuzada com os demais parceiros de risco. E não há previsão de que haja vendas no curto e médio prazo para eles.
E a verdadeira confusão para a venda das aeronaves da FAP esta trazendo enormes prejuízos para o marketing da empresa.
Na Europa, temos Suécia como comprador em potencial, mas depende de negociação que potencialmente incluira outros vetores, serviços e produtos. Os demais paises difícil conseguir colocar o KC-390 lá sem uma explicação muito convincente sobre a venda a Portugal.
Sabe se que o KC-390 também concorre na Nova Zelândia para futuro cargo tatico. Mss la o buraco é mais embaixo já que tem LM no jogo.
A Boeing anunciou tratativas com cinco países sobre o KC-390. Mas não informou quantidade e nem qual as condições de venda e valores. Ou seja, nada de concreto.
De público é o que se sabe sobre as perspectivas de mercado do KC-390.
Os E/R-99 estão passando por MLU e devem ficar ainda em serviço ate depois de 2030.
A Embraer não possui nenhuma perspectiva de venda desse modelo para ninguém nos próximos anos.
Ou seja, somente a partir de 2035 a FAB vai voltar a pensar em AEW&C e ISR. Até lá a empresa está por conta e risco próprio.
A família de jatos executivos somente o Legacy 500 tem ainda aeronaves a serem entregues para a FAB de um pedido de 6 que foi reduzido a apenas 4.
Talvez com alguma sorte outro lote seja adicionado em prazo sem data definida para substituir os Hawker no GIEV.
No GTE estuda-se a substituição dos ERJ-135/145 por Phenom 100. Mas nada certo ainda.
Pode ser que os Praetor tenham uma oportunidade por lá mas, mas também sem qualquer data prevista.
Os dous E-190PR talvez sejam substituídos pelos E-2, se houver interesse e verba para isso.
Por fim, há a hipótese de a EDS desenvolver uma nova aeronave ASW para a FAB/MB quando da substituição dos P-3, que é outro sem data prevista para sair de cena. E como ate 2035 a MB vai estar concentrada nos A-4 e C-2 e sua eventual substituição, se um novo nae sair ate o fim da próxima década.
Em tempo, a FAB parece que estar resignada a receber apenas e tão somente os 36 Gripen do lote comprado aos suecos. E ja declarou que não existe qualquer tratativa ou intenção ou interesse em falar de nivos lotes.
Portanto, o futebol do Gripen E/F no Brasil basicamente esta limitado ate 2024 quando a última unidade for entregue e a eventuais exportacoes que se faca do mesmo.
Me parece que sem uma guinada radical na parte orçamentária e financeira da defesa e da econômica do país nos próximos 10/15 anos, ao menos a eds vai ter serios problemas para sobreviver, naquilo que depender exclusivamente das vendas no Brasil.
Boa sorte pra ela. Vai precisar, e muito.
Abs
28 KC-390 para a FAB
5(6) KC-390 para FAP - em negociação
6(8) KC-390 para empresa privada - em negociação
Nenhuma aeronave foi comercialuzada com os demais parceiros de risco. E não há previsão de que haja vendas no curto e médio prazo para eles.
E a verdadeira confusão para a venda das aeronaves da FAP esta trazendo enormes prejuízos para o marketing da empresa.
Na Europa, temos Suécia como comprador em potencial, mas depende de negociação que potencialmente incluira outros vetores, serviços e produtos. Os demais paises difícil conseguir colocar o KC-390 lá sem uma explicação muito convincente sobre a venda a Portugal.
Sabe se que o KC-390 também concorre na Nova Zelândia para futuro cargo tatico. Mss la o buraco é mais embaixo já que tem LM no jogo.
A Boeing anunciou tratativas com cinco países sobre o KC-390. Mas não informou quantidade e nem qual as condições de venda e valores. Ou seja, nada de concreto.
De público é o que se sabe sobre as perspectivas de mercado do KC-390.
Os E/R-99 estão passando por MLU e devem ficar ainda em serviço ate depois de 2030.
A Embraer não possui nenhuma perspectiva de venda desse modelo para ninguém nos próximos anos.
Ou seja, somente a partir de 2035 a FAB vai voltar a pensar em AEW&C e ISR. Até lá a empresa está por conta e risco próprio.
A família de jatos executivos somente o Legacy 500 tem ainda aeronaves a serem entregues para a FAB de um pedido de 6 que foi reduzido a apenas 4.
Talvez com alguma sorte outro lote seja adicionado em prazo sem data definida para substituir os Hawker no GIEV.
No GTE estuda-se a substituição dos ERJ-135/145 por Phenom 100. Mas nada certo ainda.
Pode ser que os Praetor tenham uma oportunidade por lá mas, mas também sem qualquer data prevista.
Os dous E-190PR talvez sejam substituídos pelos E-2, se houver interesse e verba para isso.
Por fim, há a hipótese de a EDS desenvolver uma nova aeronave ASW para a FAB/MB quando da substituição dos P-3, que é outro sem data prevista para sair de cena. E como ate 2035 a MB vai estar concentrada nos A-4 e C-2 e sua eventual substituição, se um novo nae sair ate o fim da próxima década.
Em tempo, a FAB parece que estar resignada a receber apenas e tão somente os 36 Gripen do lote comprado aos suecos. E ja declarou que não existe qualquer tratativa ou intenção ou interesse em falar de nivos lotes.
Portanto, o futebol do Gripen E/F no Brasil basicamente esta limitado ate 2024 quando a última unidade for entregue e a eventuais exportacoes que se faca do mesmo.
Me parece que sem uma guinada radical na parte orçamentária e financeira da defesa e da econômica do país nos próximos 10/15 anos, ao menos a eds vai ter serios problemas para sobreviver, naquilo que depender exclusivamente das vendas no Brasil.
Boa sorte pra ela. Vai precisar, e muito.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
A EDS não sobrevive do com as verbas para a FAB? Qual a novidade. A Embraer não sobrevive a muito tempo aí com encomendas da FAB.
Bom lembrar que a EDS e a Av. Executiva são uma única empresa... Vc só comentou da EDS.
Se ler meu texto vai ver que citei que a empresa vai ter que se reinventar, desencontro novos produtos.
E também por isso que a JV do KC pode ser importante para angariar novos clientes, não previstos anteriormente.
Além disso, é preciso ver também o lado positivo... Novas encomendas do Super tucano ordem surgir de novos países, e existe ainda a chance do contrato da USAF para o ST.
E existem muitas oportunidades, como desenvolver um substituto para o Tucano, para o bandeirante ou mesmo um "novo Super Tucano"... Ou seja, oportunidades existem, e competência também.
Bom lembrar que a EDS e a Av. Executiva são uma única empresa... Vc só comentou da EDS.
Se ler meu texto vai ver que citei que a empresa vai ter que se reinventar, desencontro novos produtos.
E também por isso que a JV do KC pode ser importante para angariar novos clientes, não previstos anteriormente.
Além disso, é preciso ver também o lado positivo... Novas encomendas do Super tucano ordem surgir de novos países, e existe ainda a chance do contrato da USAF para o ST.
E existem muitas oportunidades, como desenvolver um substituto para o Tucano, para o bandeirante ou mesmo um "novo Super Tucano"... Ou seja, oportunidades existem, e competência também.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Acabei esquecendo de falar do ST. O que há de oportunidade clara ainda é a concorrência da USAF que pode ser a grande âncora para as vendas a conta gotas da aeronave no mercado internacional.
Algo que poderia ajudar seria um MLU para os aviões da FAB e também uma nova encomenda para mais unidades, a fim de mobiliar novos esquadrões à margem das fronteiras, já que parece que vamos ficar mesmo só com 36 Gripen por muito tempo.
Quanto ao Tucano e os T-25, o primeiro vai receber um up grade de sistemas embarcados para 50 aeronaves da AFA. São mais dez a quinze anos de serviço segundo estimativa da própria FAB.
Ja os T-25 a aposta é que o Sovi consiga convencer os brigadeiros de que pode fazer tanto o servico dele quanto dos Tucanos. Mas essa é a conversa da empresa. A Embraer sequer mexeu um dedo dobre estes dois aviões.
O ATL-100 da Novaer está engatado para substituir Bandeirante, Brasília e Caravan na FAB. O desenvolvimento termina em 2025. E de lambuja pode arrumar emprego também na Avex e até na MB.
Havia a perspectiva e estudos de mercado sobre um novo turbohélice na faixa de 50-70 lugares. Mas com a venda da empresa para a Boeing esta é uma ideia praticamente natimorta.
ps: acho que se o tal do B200 der certo lá fora nos EAU e obtiver exportação signicativa, a chance dele gerar por aqui uma versão menos bombada e substituir os T-27 não é despresivel.
E se a Embraer estiver mesmo tentando estorquir a FAB no caso dos KC-390, e não mudar de comportamento, penso que depois dessas JV estiverem todas firmadas, vai ser difícil vender ate parafuso para a FAB. Imagina as consequências de uma empresa mal vista pela sua maior cliente militar.
Abs
Algo que poderia ajudar seria um MLU para os aviões da FAB e também uma nova encomenda para mais unidades, a fim de mobiliar novos esquadrões à margem das fronteiras, já que parece que vamos ficar mesmo só com 36 Gripen por muito tempo.
Quanto ao Tucano e os T-25, o primeiro vai receber um up grade de sistemas embarcados para 50 aeronaves da AFA. São mais dez a quinze anos de serviço segundo estimativa da própria FAB.
Ja os T-25 a aposta é que o Sovi consiga convencer os brigadeiros de que pode fazer tanto o servico dele quanto dos Tucanos. Mas essa é a conversa da empresa. A Embraer sequer mexeu um dedo dobre estes dois aviões.
O ATL-100 da Novaer está engatado para substituir Bandeirante, Brasília e Caravan na FAB. O desenvolvimento termina em 2025. E de lambuja pode arrumar emprego também na Avex e até na MB.
Havia a perspectiva e estudos de mercado sobre um novo turbohélice na faixa de 50-70 lugares. Mas com a venda da empresa para a Boeing esta é uma ideia praticamente natimorta.
ps: acho que se o tal do B200 der certo lá fora nos EAU e obtiver exportação signicativa, a chance dele gerar por aqui uma versão menos bombada e substituir os T-27 não é despresivel.
E se a Embraer estiver mesmo tentando estorquir a FAB no caso dos KC-390, e não mudar de comportamento, penso que depois dessas JV estiverem todas firmadas, vai ser difícil vender ate parafuso para a FAB. Imagina as consequências de uma empresa mal vista pela sua maior cliente militar.
Abs
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Uma fator muito importante mas via de regra esquecido nessa discussão é que a nossa aviação regional, pela demanda, potencial e estrutura de mercado interno poderia facilmente oferecer uma sustentável vida comercial e econômica à Embraer por anos a fio. Sem essa dependência crônica de exportação.
Mas claro, se o GF tratasse o setor com o respeito e responsabilidade que lhes são impositivos e necessários. Ou simplesmente não atrapalhasse a vida das empresas e fizesse a sua parte deixando o mercado mais competitivo e, principalmente, lucrativo para quem quer investir nele.
Até alguns anos atrás eram muitas as empresas nessa área. E mesmo hoje, por exemplo, se houvesse uma empresa regional por região, e todas operassem aviões da Embraer, fazendo ligações intra e extra regional para os principais hubs de cada região, seriam mais de 100 aeronaves brincando. Do E-175 ao E-195. Sem contar a necessidade de aeronaves turbohélice na faixa de 50-70 lugares como foi inicialmente aventado pela própria Embraer.
Ate as grandes podem operar os E-2 onde eles são mais econômicos do que Airbus e Boeing. E rotas e demanda não faltam para isso. A Azul já provou que pode ser feito e ainda obter lucratividade no negócio.
A pergunta é: por quê nunca fazem o óbvio, mesmo sabendo que isso permitiria a Embraer sobreviver sem ter que ser vendida a troco de caixa?
Abs
Mas claro, se o GF tratasse o setor com o respeito e responsabilidade que lhes são impositivos e necessários. Ou simplesmente não atrapalhasse a vida das empresas e fizesse a sua parte deixando o mercado mais competitivo e, principalmente, lucrativo para quem quer investir nele.
Até alguns anos atrás eram muitas as empresas nessa área. E mesmo hoje, por exemplo, se houvesse uma empresa regional por região, e todas operassem aviões da Embraer, fazendo ligações intra e extra regional para os principais hubs de cada região, seriam mais de 100 aeronaves brincando. Do E-175 ao E-195. Sem contar a necessidade de aeronaves turbohélice na faixa de 50-70 lugares como foi inicialmente aventado pela própria Embraer.
Ate as grandes podem operar os E-2 onde eles são mais econômicos do que Airbus e Boeing. E rotas e demanda não faltam para isso. A Azul já provou que pode ser feito e ainda obter lucratividade no negócio.
A pergunta é: por quê nunca fazem o óbvio, mesmo sabendo que isso permitiria a Embraer sobreviver sem ter que ser vendida a troco de caixa?
Abs
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Timidez do governo na negociação Boeing-Embraer decepciona oficiais-generais
8 de abril de 2019
https://www.aereo.jor.br/2019/04/08/tim ... vLa2O-3xU4
8 de abril de 2019
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Esse artigo aí foi um dos pés artigos que já li nos últimos anos... Sem lógica, sem nexo, sem sentido.
- arcanjo
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
21 de maio de 2019
Boeing e Embraer vão anunciar nome da parceria comercial
Na próxima quinta, as fabricantes anunciam o nome da joint venture que absorverá a aviação comercial da Embraer
Em encontro com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), no final da tarde desta segunda-feira, o vice-presidente sênior da Boeing e presidente da Parceria com a Embraer, Marc Allen, disse que a companhia americana fará, na próxima quinta-feira, o anúncio do nome da parceria comercial com a fabricante brasileira.
“Estamos ansiosos. São José dos Campos se tornou essa incrível parceria campeã na indústria global, com a junção da Embraer e a Boeing. Vai valer a pena. Vamos anunciar nesta semana, na quinta-feira, a nova parceria comercial”, afirmou o executivo.
Em 24 de janeiro deste ano, Embraer e a Boeing assinaram o contrato que define as regras da operação envolvendo a venda do controle da aviação comercial da fabricante brasileira para a empresa norte-americana. No final de dezembro de 2018, as duas companhias haviam firmado os termos da parceria.
Desde então, a fusão comercial vem sendo tratada como NewCo (Nova Companhia), ainda sem um nome específico, que será revelado nesta quinta.
Clique para ampliar
Empregos
Após o encontro com Allen, Doria publicou um vídeo nas redes sociais no qual afirma que haverá aumento de empregos na fábrica da Embraer em São José, que servirá exclusivamente à fusão com a Boeing, que pagará US$ 4,2 bilhões para controlar todo o segmento de aviação comercial da fabricante brasileira.
“Ficamos otimistas com a perspectiva de investimentos desta gigante norte-americana na indústria aeronáutica de São José dos Campos”, disse o governador.
“O incremento na produção de jatos comerciais vai empregar mais trabalhadores, qualificar ainda mais a mão de obra e contribuirá de forma significativa para o desenvolvimento regional”, completou.
Procurada, a Boeing confirmou o anúncio. A Embraer ainda não se manifestou.
FONTE: O Vale
https://www.aereo.jor.br/2019/05/21/boe ... comercial/
abs.
arcanjo
Boeing e Embraer vão anunciar nome da parceria comercial
Na próxima quinta, as fabricantes anunciam o nome da joint venture que absorverá a aviação comercial da Embraer
Em encontro com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), no final da tarde desta segunda-feira, o vice-presidente sênior da Boeing e presidente da Parceria com a Embraer, Marc Allen, disse que a companhia americana fará, na próxima quinta-feira, o anúncio do nome da parceria comercial com a fabricante brasileira.
“Estamos ansiosos. São José dos Campos se tornou essa incrível parceria campeã na indústria global, com a junção da Embraer e a Boeing. Vai valer a pena. Vamos anunciar nesta semana, na quinta-feira, a nova parceria comercial”, afirmou o executivo.
Em 24 de janeiro deste ano, Embraer e a Boeing assinaram o contrato que define as regras da operação envolvendo a venda do controle da aviação comercial da fabricante brasileira para a empresa norte-americana. No final de dezembro de 2018, as duas companhias haviam firmado os termos da parceria.
Desde então, a fusão comercial vem sendo tratada como NewCo (Nova Companhia), ainda sem um nome específico, que será revelado nesta quinta.
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Empregos
Após o encontro com Allen, Doria publicou um vídeo nas redes sociais no qual afirma que haverá aumento de empregos na fábrica da Embraer em São José, que servirá exclusivamente à fusão com a Boeing, que pagará US$ 4,2 bilhões para controlar todo o segmento de aviação comercial da fabricante brasileira.
“Ficamos otimistas com a perspectiva de investimentos desta gigante norte-americana na indústria aeronáutica de São José dos Campos”, disse o governador.
“O incremento na produção de jatos comerciais vai empregar mais trabalhadores, qualificar ainda mais a mão de obra e contribuirá de forma significativa para o desenvolvimento regional”, completou.
Procurada, a Boeing confirmou o anúncio. A Embraer ainda não se manifestou.
FONTE: O Vale
https://www.aereo.jor.br/2019/05/21/boe ... comercial/
abs.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Comentário muito interessante e que bate exatamente com a minha visão...
Sim, conta com financiamento e com empréstimos, como qualquer empresa. O nível alto de financiamentos aos clientes da empresa via BNDES é normal em empresas deste ramo no mundo inteiro.
Falar que a aviação comercial é o que sustenta a empresa é uma verdade hoje, mas também é onde estão os maiores gastos. Ou seja, se a empresa vai perder a maior parte da sua receita (cerca de 60%), também deixará de ter a mesma proporção das despesas.
A empresa que ficar será menor, provavelmente mais dinâmica e focada, e ainda por cima sem dívidas e capitalizada. Terá um boa linha de produtos (na Executiva os jatos Phenom 300 um campeão de vendas e os novos jatos Praetor, cujas entregas já estão começando. Está atraindo a atenção do mercado e muitos já foram vendidos.
Na Defesa tem o KC390 com o início das entregas para a FAB (e assim com o início do recebimento das maiores parcelas pelas aeronaves). Venderemos para Portugal e quem sabe o que vem por aqui.
Existem as negociações para a venda do KC390 para as forças armadas dos EUA e aliados, com a montagem final das aeronaves nos EUA através da outra JV. Isto pode alavancar muito as vendas da aeronave.
Além disso, correndo por fora, temos o ST com o início da produção das aeronaves para a Nigéria (nos EUA, via Sierra Nevada, o site da Embraer em Jacksonville) e para as Filipinas (em Gavião Peixoto).
E mais… ainda tem o Gripen.
E mais… ainda tem o SISFRON.
E mais… ainda tem a produção de radares (a BRADAR deixou de existir, sendo agora a unidade EMBRAER Campinas).
E mais… ainda tem a ATECH…
E mais… ainda tem o contrato de integração de sistemas das novas Fragatas,
e…. ahhh ainda tem os 20% da NewCo.
Ou seja, a Embraer que sobra ainda é uma empresa com muito trabalho pela frente e com perpectiva de aumento nas receitas. Acredito que no médio prazo a empresa é viável (já no longo prazo, depende dela e dos novos produtos e negócios que vai desenvolver).
Sobre se o negócio com a Boeing era necessário ou não… bem vou dizer que basta olhar para o cenário da aviação comercial. Os Ejet´s atuais estão em fase de declínio de encomendas e de entregas anuais (basta olhar os últimos balanços). E praticamente existe carteira de encomendas apenas para o E175, o avião menor e com menor margem.
Alguns vão dizer, ahhh mas tem o E2. Sim, tem, são excelentes aviões mas, até agora são um mico na mão da empresa. Carteira de pedidos muito pequena, e as entregas estão muito devagar por falta de clientes (foram entregues apenas 5 em um ano de produção!!!). Muito pouco!!!
Em breve começas as entregas do E195E2, e a coisa pode melhorar um pouco.
E tem o E175E2, que ainda vai exigir muito investimento e pode não ser um produto viável no mercado se não ocorrer um relaxamento nas Scope Clauses do EUA. Sem isso simplesmente ele não pode operar no seu mercado alvo e que absorve hoje mais de 90% da produção dos E175.
O faturamento devido a aviação comercial vem caindo ano a ano… e a perspectiva de melhor depende muito do um grande volume de novos contratos dos E2.
Em breve teremos Le Bourget… espero que sejam anunciados contratos de um bom volume… mas não sei não.
Resumindo…. a Embraer que fica não é uma empresa inviável que vai se esfacelar no curto prazo. E a aviação comercial não é esta maravilha de negócio não. Pelo contrário, vive um momento delicado.
Sim, conta com financiamento e com empréstimos, como qualquer empresa. O nível alto de financiamentos aos clientes da empresa via BNDES é normal em empresas deste ramo no mundo inteiro.
Falar que a aviação comercial é o que sustenta a empresa é uma verdade hoje, mas também é onde estão os maiores gastos. Ou seja, se a empresa vai perder a maior parte da sua receita (cerca de 60%), também deixará de ter a mesma proporção das despesas.
A empresa que ficar será menor, provavelmente mais dinâmica e focada, e ainda por cima sem dívidas e capitalizada. Terá um boa linha de produtos (na Executiva os jatos Phenom 300 um campeão de vendas e os novos jatos Praetor, cujas entregas já estão começando. Está atraindo a atenção do mercado e muitos já foram vendidos.
Na Defesa tem o KC390 com o início das entregas para a FAB (e assim com o início do recebimento das maiores parcelas pelas aeronaves). Venderemos para Portugal e quem sabe o que vem por aqui.
Existem as negociações para a venda do KC390 para as forças armadas dos EUA e aliados, com a montagem final das aeronaves nos EUA através da outra JV. Isto pode alavancar muito as vendas da aeronave.
Além disso, correndo por fora, temos o ST com o início da produção das aeronaves para a Nigéria (nos EUA, via Sierra Nevada, o site da Embraer em Jacksonville) e para as Filipinas (em Gavião Peixoto).
E mais… ainda tem o Gripen.
E mais… ainda tem o SISFRON.
E mais… ainda tem a produção de radares (a BRADAR deixou de existir, sendo agora a unidade EMBRAER Campinas).
E mais… ainda tem a ATECH…
E mais… ainda tem o contrato de integração de sistemas das novas Fragatas,
e…. ahhh ainda tem os 20% da NewCo.
Ou seja, a Embraer que sobra ainda é uma empresa com muito trabalho pela frente e com perpectiva de aumento nas receitas. Acredito que no médio prazo a empresa é viável (já no longo prazo, depende dela e dos novos produtos e negócios que vai desenvolver).
Sobre se o negócio com a Boeing era necessário ou não… bem vou dizer que basta olhar para o cenário da aviação comercial. Os Ejet´s atuais estão em fase de declínio de encomendas e de entregas anuais (basta olhar os últimos balanços). E praticamente existe carteira de encomendas apenas para o E175, o avião menor e com menor margem.
Alguns vão dizer, ahhh mas tem o E2. Sim, tem, são excelentes aviões mas, até agora são um mico na mão da empresa. Carteira de pedidos muito pequena, e as entregas estão muito devagar por falta de clientes (foram entregues apenas 5 em um ano de produção!!!). Muito pouco!!!
Em breve começas as entregas do E195E2, e a coisa pode melhorar um pouco.
E tem o E175E2, que ainda vai exigir muito investimento e pode não ser um produto viável no mercado se não ocorrer um relaxamento nas Scope Clauses do EUA. Sem isso simplesmente ele não pode operar no seu mercado alvo e que absorve hoje mais de 90% da produção dos E175.
O faturamento devido a aviação comercial vem caindo ano a ano… e a perspectiva de melhor depende muito do um grande volume de novos contratos dos E2.
Em breve teremos Le Bourget… espero que sejam anunciados contratos de um bom volume… mas não sei não.
Resumindo…. a Embraer que fica não é uma empresa inviável que vai se esfacelar no curto prazo. E a aviação comercial não é esta maravilha de negócio não. Pelo contrário, vive um momento delicado.