Bourne escreveu: ↑Qui Fev 21, 2019 6:14 pm
Marcelo Ponciano escreveu: ↑Qui Fev 21, 2019 3:20 pm
Belíssima data para o Maduro tomar uma decisão dessas...
21 de fevereiro
Hoje comemoramos a tomada de Monte Castelo
Eita que tem general doido pra brincar de guerra novamente
Só se for no asilo com surtos de demência, tem 16 anos e pensa que o mundo é um BF alguma coisa ou quarentão de meia idade com uma vida triste. Porque guerra significa incerteza, perdas humanas e materiais, que pode dar qualquer coisa. Não é brincadeira.
Fico contente que os generais do governo agem como generais. De um lado, isola os malucos perturbados e tomam conta da situação. De outro, reforçam a ideia não se meta problemas de outros, não permita tropas estrangeiras em território nacional e não vá a reboque de outros. A missão deles de que merda transborde já que está vindo e não não tem o que fazer.
O BF Caribe está começando, senhores. Riram da minha cara meses atrás. Agora aceitem. Está acontecendo.
E vai com ou sem Brasil. Espero que sem porque vai uma ou duas décadas de guerrilhas, golpes e contragolpes na região, crises humanitárias, refugiados, narco estados e terrorismo. E mais que China, Russia, EUA e outros emergentes vão colocar até os cotovelos para movimentar as peças na região.
Eu já expressei aqui algumas vezes que é natural da cultura brasileira rir de tudo, não importa o tamanho da catástrofe. Eu me incluo nesse grupo. Por isso que meu comentário foi claramente em tom jocoso.
Apesar dessa ressalva, não retiro o que eu disse, reafirmo agora com seriedade que não há duvidas de que existem Oficiais loucos para uma situação real de combate.
Acredito nisso por duas razões, a primeira psicológica e a segunda política.
A razão psicológica, na minha opinião, é que deve ser extremamente frustrante um indivíduo passar a vida inteira estudando algo para nunca por em prática. Imagina a frustração de um médico que estuda cirurgia mas nunca nunca pode abrir uma pessoa de verdade, fica treinando sempre em bonecos? Bem, essa eu pressuponho que seja a realidade dos nossos Generais. E é exatamente por essa razão que eu julgo ser a origem da mania dos Generais no Brasil adorarem meter o dedo onde não devia, assumindo posição de comentarista político no Clube Militar, defensor da direita, derrubador de monarcas e presidentes, além da classifica função de polícia em grandes cidades com índices altos de violência. Isso para mim é tudo frustração e falta de uma situação real de combate. O colega elogiou os atuais generais que isolam quem tem pensamentos do tipo, mas não faz muito tempo que o Comandante do Exército anterior emitia mais opiniões políticas que jornalista da Veja, sem contar inúmeras manifestações do Clube Militar quando a Dilma era presidente. Tudo isso para mim é oficial entendiado sem ter o que fazer, fosse eu o Presidente o Brasil não passava um dia sequer sem uma missão de paz no exterior para ocupar a mente deles com combate real e tirar o foco dessas distrações.
A segunda razão que justifica minha crença de que há militar louco por um bom combate é de cunho político. Como eu disse, o brasileiro mediano tem tesão por coturno a ponto de pedir intervenção militar na política por mais de uma vez em nossa história. Se bem fundamentada em uma suposta agressão externa, um conflito exitoso fortaleceria a imagem dos militares, que já ocupam mais mais cadeiras no Planalto do que na Ditadura. Militares mais fortes significa mais direitos para a carreira e mais investimentos em equipamentos modernos, quem sabe tirando o Brasil de décadas de atraso. Lembre-se que países com ameaças constantes de conflitos regionais investem pesado em defesa, por mais pobres que sejam, como Paquistão que vive sob ameaça da Índia (e vice versa).
Por tudo isso acredito que tem militar louco por um bom conflito regional.
Em tempo, hoje o Mourão deu a seguinte declaração à BBC:
Mourão diz que só vê confronto com Venezuela se Brasil for atacado: 'Mas Maduro não é louco a esse ponto'
Em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, vice-presidente, que co-representará o governo em reunião de países para discutir crise na Venezuela, diz que Brasil não fará 'avanço militar sobre território venezuelano', mas que poderá 'ajudar com auxílio humanitário'.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2 ... onto.ghtml
Está todo mundo se agarrando nisso daqui:
CF/88
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
Mas ninguém está lembrando (ou finge que não lembra) que podemos ser cobrados por isso daqui:
ARTIGO 3.º
As Altas Partes Contratantes concordam em que um ataque armado, por parte de qualquer Estado, contra um Estado Americano, será considerado como um ataque contra todos os Estados Americanos e, em conseqüência, cada uma das ditas Partes Contratantes se compromete a ajudar a fazer frente ao ataque, no exercício do direito imanente de legítima defesa individual ou coletiva que é reconhecido pelo Artigo 51 da Carta das Nações Unidas.
Trata-se do art. 3 do TIAR. Tanto Brasil, como EUA e Colômbia ainda estão no TIAR. Mas a Venezuela denunciou do tratado há alguns anos.
Uma agressão da Venezuela, contra a Colômbia ou os EUA, equivale a uma agressão ao Brasil pelo teor do TIAR.
EM TEMPO:
O que é BF Caribe? Poderia me atualizar?
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)