Guedes e Itamaraty brigam por comércio exterior
Sem combinar um com o outro, futuros ministros da Economia e das Relações Exteriores incluem sob seu comando a agência de promoção de investimentos fora do país
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex, virou objeto de disputa entre os futuros ministros da Economia, Paulo Guedes, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Com orçamento de 726 milhões de reais neste ano, a agência está subordinada ao Itamaraty desde o início do governo Temer, em 2016. Mas, a partir do anúncio da fusão das pastas da Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços no Ministério de Economia, a equipe de Guedes passou a considerar a incorporação da Apex. Araújo soube da intenção logo que foi indicado para as Relações Exteriores, e chegou a reclamar com o presidente eleito sobre a possível perda da agência. Numa reunião interna, segundo assessores próximos do futuro presidente, Bolsonaro se posicionou a favor de seu chanceler. Mas adiantou pouco.
Nesta quarta-feira, em uma reunião da equipe de transição no Centro Cultural do Banco Brasil, em Brasília, a principal assessora de Guedes, Daniella Marques, mostrou à Casa Civil que a Apex estava incluída na Secretaria de Comércio Exterior e, portanto, dentro da estrutura do futuro Ministério da Economia. O objetivo do encontro da equipe de transição – do qual participaram quase todos os futuros ministros de Bolsonaro –, era mostrar as configurações das pastas. A subordinação da Apex a Guedes foi defendida como uma estratégia para reduzir a burocracia, concentrando todo o comércio exterior em uma só pasta. O futuro ministro da Economia foi o único a não comparecer ao encontro, porque se recupera de uma infecção respiratória, no Rio de Janeiro.
Por ter chegado atrasado à reunião, o chanceler Araújo não se deu conta de que Guedes havia incluído a Apex à sua pasta. Ao apresentar o organograma das Relações Exteriores, incluiu a agência na estrutura do Itamaraty. Foi Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, quem alertou Araújo de que havia algo errado, e avisou que um dos dois teria que abrir mão da agência. A decisão ainda não foi tomada, e os dois ministros terão que se entender sobre o assunto.
Criada em 2003, inicialmente sob o guarda-chuva do Ministério do Desenvolvimento, a Apex hoje é usada como instrumento de promoção do Ministério das Relações Exteriores. Para os diplomatas, ter a agência sob seu comando valoriza a pasta em questões econômicas. Sem isso, o Itamaraty seria esvaziado de uma de algumas de suas atuais funções, como auxiliar na atração de investimentos e incrementar o comércio exterior, também por meio das embaixadas. Sem a agência, parte desse poder desaparece.
Desde o início da formação do governo Bolsonaro, se discute a fusão de pastas e se considerava a ideia de todo o comércio exterior em um só ministério, que incluiria a Apex. É algo comum em governos de outros países.
Especialmente a partir da semana passada, quando começaram a ser publicadas notas em jornais que davam como certa a transferência, Araújo tem buscado conversas com Lorenzoni e Guedes. A forma agressiva com que o futuro ministro da Economia tenta agregar órgãos de outros ministérios tem causado mal-estar dentro da equipe de transição. “O Paulo está se achando imperador do Brasil”, comentou um técnico de um dos ministérios que perderam espaço para a pasta do “Posto Ipiranga” de Bolsonaro. “Ele quer ocupar tudo”. Na reunião desta quarta-feira, entretanto, Lorenzoni mostrou-se simpático a Guedes, pois não desautorizou a saída da agência do Itamaraty. Já o deputado Eduardo Bolsonaro tuitou, no início da tarde desta quarta-feira: “Até onde eu sei, a Apex é do Itamaraty”.
A insatisfação com Guedes aparece, principalmente, nos ministérios que tratam de temas econômicos, dadas as interferências do ministro. Muitos técnicos que ajudaram na formulação do programa de Bolsonaro se queixam que Guedes não ouve ninguém e quer trabalhar apenas com os economistas próximos a ele, com quem tem amizade ou afinidade profissional. Isso tem frustrado especialmente economistas paulistas. “O Paulo só quer trabalhar com a panelinha dele”, reclamou um deles. Assessores de Guedes, contudo, negam mal-estar com as outras pastas e creditam as reclamações a intrigas de quem não quer perder a Apex. “O ministro Araújo teve uma boa conversa com Paulo Guedes sobre este assunto e não há mal-estar entre eles”, disse um dos assessores.
Até o fim de novembro, as relações de Guedes com Araújo pareciam amenas. Tanto que o novo chanceler, após reunião com Guedes no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, no dia 30 de novembro, postou no Twitter. “Com Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, tive ótima reunião de trabalho. Compartilhamos a mesma visão estratégica para um Brasil grande, próspero e soberano. Trabalharemos com coesão e patriotismo para esse objetivo.” A reunião desta quarta-feira tem potencial para abalar a coesão.
Outra queixa de integrantes da equipe de transição foi o fato de Guedes ter contratado a assessoria de imprensa FSB, uma das maiores agências de comunicação do país, para assessorá-lo. O contrato já acabou, mas a ciumeira ficou no ar. Técnicos de outras pastas criticam a forma como a FSB divulgou notas na imprensa a favor de Guedes. “Repare que todas as notinhas nos jornais favoráveis ao Paulo começam assim ‘o dream team da equipe econômica’, e depois detona todos os outros.” De acordo com um desses técnicos, a estratégia de Guedes de jogar para imprensa tem funcionado. “Ele divulga nomes como se já estivessem decididos para ocupar cargos chaves no governo e, no final, acaba emplacando alguns.” Guedes conta ainda com sua experiência nas relações com a imprensa – ao contrário da maioria dos novos ministros, que tinham pouco ou quase nenhuma exposição pública antes de serem nomeados por Bolsonaro para compor o seu governo.
Errata: Versão anterior deste texto informou incorretamente que o orçamento da Apex em 2018 seria de 726 mil reais. O orçamento é de 726 milhões de reais em 2018. A informação foi corrigida às 20h20 do dia 6 de dezembro.
https://piaui.folha.uol.com.br/guedes-e ... 21BU_TsPPs
MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A Apex foi criado pelo Lula I orientado pela necessidade de maior inserção internacional do Brasil. E se tornou um instrumento fundamental para abrir caminho para aumento das exportações e importações, atração de investimento estrangeiro e investimentos brasileiros no exterior. Nessa agência tem muito poder oriundo do interesse do empresariado nacional e estrangeiro, de países e acordos diversos.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Tenho a impressão que no Governo Bolosnaro será como o do Trump. Economia próspera,mas mesmo assim ax exquerdax (portanto incluindo os jornalistax e os acadêmicux de humanax) vão estar dizendo que está um caos.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Esta vai para os CATASTROFISTAS de sempre, para quem "fora da 'esquerda' não há salvação", que achavam impossível sequer chegar a 80 mil pontos. Por alguma razão, evaporaram. Talvez falta de motivos para seu tão desejado "eu avisei".
Devem estar todos no CANTINHO DA VERGONHA...
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O mercado financeiro é muito volátil e pouco fidedigno pra servir de parâmetro para algo. Não que vc esteja afirmando isso, Túlio, mas é um comentário que eu gostaria de registrar.
Essa euforia toda da Bolsa se esvai se chegarmos em fevereiro e não houver nada concreto sobre a previdência. Aí prepara pra voltar pros 85, 83 mil pontos.
Tem uma entrevista do Schwartsman ao Infomoney de antes das eleições que ele aborda um pouco disso. Depois posto aqui.
Essa euforia toda da Bolsa se esvai se chegarmos em fevereiro e não houver nada concreto sobre a previdência. Aí prepara pra voltar pros 85, 83 mil pontos.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Foi apenas uma REFERÊNCIA, @ramme, bolsa sobe e desce o ano todo.
Apenas quis registrar algo HISTÓRICO (que eu saiba NUNCA atingimos 93k pts)! E deves ter notado que "apenas" MAIS DE MEIO MILHÃO de "coitados" abriram mão voluntariamente do bolsa-esmola. Posso estar errado mas só isso já alivia pressão sobre a Previdência, que é de onde presumo que saia esse $$$ todo...
Apenas quis registrar algo HISTÓRICO (que eu saiba NUNCA atingimos 93k pts)! E deves ter notado que "apenas" MAIS DE MEIO MILHÃO de "coitados" abriram mão voluntariamente do bolsa-esmola. Posso estar errado mas só isso já alivia pressão sobre a Previdência, que é de onde presumo que saia esse $$$ todo...
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Acaba nem fazendo cócegas, amigo. Representa bem pouco do gasto federal.Túlio escreveu: ↑Qua Jan 09, 2019 4:02 pmFoi apenas uma REFERÊNCIA, @ramme, bolsa sobe e desce o ano todo.
Apenas quis registrar algo HISTÓRICO (que eu saiba NUNCA atingimos 93k pts)! E deves ter notado que "apenas" MAIS DE MEIO MILHÃO de "coitados" abriram mão voluntariamente do bolsa-esmola. Posso estar errado mas só isso já alivia pressão sobre a Previdência, que é de onde presumo que saia esse $$$ todo...
O que faz dele um excelente programa, vale dizer. É barato e voltado a pessoas em condição de miserabilidade. A literatura econômica já tem bastante evidência dos impactos positivos dele na economia. Precisa apenas ser trabalhado um pouco na porta de saída, mas é um excelente programa.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Mas toda caminhada tem que começar com o PRIMEIRO PASSO, não? Aqui em casa foi assim, poupar BRL 1 a cada BRL 100 que eu gastava. Hj está em 2 dígitos, ou seja, xx para cada 100, Poupança agradece...
ramme escreveu: ↑Qua Jan 09, 2019 4:16 pm que faz dele um excelente programa, vale dizer. É barato e voltado a pessoas em condição de miserabilidade. A literatura econômica já tem bastante evidência dos impactos positivos dele na economia. Precisa apenas ser trabalhado um pouco na porta de saída, mas é um excelente programa.
Vai ser brabo de DEMONSTRARES que ASSISTENCIALISMO supera investimento em produção/pesquisa/comércio e serviços, logo, EMPREGOS!
No aguardo, cupincha.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Hehe. Eu concordo com seu raciocínio, mas veja: os gastos com o bolsa família em 2015 representavam 0,5% do PIB, e atingiam 1/4 da população brasileira, justamente aquelas pessoas em nível de miserabilidade. Sem nenhum receio, afirmo que é a única política social implantada no país que efetivamente funciona e cumpre seu propósito.Veja, 36 milhões de brasileiros vivem com renda inferior a meio salário mínimo. Claro, tem margem para melhorar, especialmente quanto às portas de saída do programa, mas por que atacar a política mais barata e mais efetiva?Túlio escreveu: ↑Qua Jan 09, 2019 7:59 pmMas toda caminhada tem que começar com o PRIMEIRO PASSO, não? Aqui em casa foi assim, poupar BRL 1 a cada BRL 100 que eu gastava. Hj está em 2 dígitos, ou seja, xx para cada 100, Poupança agradece...ramme escreveu: ↑Qua Jan 09, 2019 4:16 pm que faz dele um excelente programa, vale dizer. É barato e voltado a pessoas em condição de miserabilidade. A literatura econômica já tem bastante evidência dos impactos positivos dele na economia. Precisa apenas ser trabalhado um pouco na porta de saída, mas é um excelente programa.Vai ser brabo de DEMONSTRARES que ASSISTENCIALISMO supera investimento em produção/pesquisa/comércio e serviços, logo, EMPREGOS!
No aguardo, cupincha.
Em contrapartida, temos subsídios setoriais para uma indústria ineficiente, que se entranhou profundamente no estado e que é dele dependente. Temos uma previdência que em 5 anos atingirá 80% do gasto federal, com distorções gravíssimas. Do orçamento federal (R$ 1,51 trilhão), 37% é destinado aos 20% mais ricos e apenas 2,1% para os 20% mais pobres. Em larga dose, por conta da previdência, mas os subsídios setoriais também entram nessa conta.
O ponto aqui não é contrapor assistencialismo x e investimento em ensino, pesquisa, produção. Aliás, nós investimos bastante dinheiro nessas áreas, mas seguimos nosso padrão nacional: investimos mal. Os valores gastos com educação, por exemplo, se igualam proporcionalmente a muitos países desenvolvidos. Só que quando vamos observar, temos universidades estaduais e federais por todo país com orçamento quase que totalmente comprometido com folha.
Temos no Brasil a Lei do Bem, que nada mais é do que uma lei de incentivo fiscal à inovação tecnológica. Qualquer empresa que apura seus impostos sob a sistemática do lucro real consegue aderir, e pode deduzir até 34% do IR e da CSLL, tem IPI reduzido pra compra de equipamentos, etc. A princípio, é uma lei muito bacana, muito bonita. Porém, carece de comprovação quanto à sua eficácia. O estado perde arrecadação e não há impacto comprovado na inovação. O que se observa, na prática, é que as empresas geram caixa e antecipam distribuição de lucros e dividendos. Em suma, é mais um mecanismo pra fomentar a desigualdade. A sociedade paga por isso.
O PRONATEC é outro exemplo: o programa foi criado e não há nenhuma correlação entre o programa e o reingresso de trabalhadores no mercado.
Não estou dizendo que não devem existir políticas setoriais e os investimentos que vc citou. Elas podem e até mesmo devem existir, mas devem ser bem pensadas, com início, meio e fim, com métricas bem definidas, para que o dinheiro não seja gasto a toa. E se não derem certas, que se extinguam, porque a sociedade que paga por isso.
Hoje já se tem bastante pesquisa acadêmica atestando os benefícios do bolsa família à economia. Ele não é o problema. Temos outros, estes sim, verdadeiros abacaxis, para descascar.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Me permitam dar um pitaco aqui.
Por experiência própria , a bolsa não é exatamente um grande indicador de como anda a economia.
Ela vive , sobe ou desce por expectativas e não por fatos , a menos que seja algo MUITO relevente nos mercados mundiais tipo, atentados de 11 de setembro, crise grave petróleo, etc.
É absolutamente natural que com o novo governo Bolsonaro , sejam consideradas as boas expectativas de controle de gastos, menos corrupção , boa gerência pelos quadros militares, e sobretudo pelas reformas.
Agora eu vou ser o mais claro possível
SEM A REFORMA PROFUNDA DA PREVIDÊNCIA O GOVERNO ACABA ANTES DE COMEÇAR!!!!!!!!
Isto é algo que me incomoda no governo, sei que já disse que é prioridade e que o Paulo Guedes vive insistindo mas isto JÁ DEVERIA ESTAR SENDO PASSADO PARA O POVO desde a campanha, tipo anúncio do apocalipse mesmo.
Com o time que tem, se a reforma for aprovada (no máximo até Julho) a economia vai VOAR BAIXO.
Crescimento de 4% ao ano dou de barato.
Se for reforma meia boca, sem tirar privilégios, mexer nas feridas ( inclusive dos militares com alguma contribuição ou não tendo promoções de fim de carreira só para aumentar a grana da aposentadoria ) , o próximo presidente que se vire, ai pode ir só cozinhando e tentando respirar até as próxima eleições.
Mas fique esperto: a mídia em geral, quase tôda esquerdista vai buscar TODOS os pêlos os ovos pra manter uma imagem negativa do governo. Vejam os exemplos até aqui. Olhem o bafafá diário sobre o Flavio Bolsonaro e do Queiroz , lembrem dos governos do Lula e Dilma onde diariamente surgiam escândalos que fariam do caso Flávio/Queiroz uma micro nota de rodapé.
Olha a manchete de PRIMEIRA PÁGINA E PRINCIPAL do UOL de Agora:
"Funcionária que disparou WahtsApp para Bolsonaro terá Cargo no Planalto"
Isto é em alguma dimensão ou universo minimamente relevante ?
Os caras nomeavam corruptos e trambiqueiros para saquearem o país ;Quase diariamente surgiam noticias de desvios ( quando não tinha jeito de esconder) a toda hora e ficavam, no máximo um ou dois dias na imprensa.
Esta pouca ou nenhuma boa vontade com um governo, pela primeira vez HONESTO no Brasil , vai continuar sempre, não tenham dúvidas.
Um abraço a todos
Por experiência própria , a bolsa não é exatamente um grande indicador de como anda a economia.
Ela vive , sobe ou desce por expectativas e não por fatos , a menos que seja algo MUITO relevente nos mercados mundiais tipo, atentados de 11 de setembro, crise grave petróleo, etc.
É absolutamente natural que com o novo governo Bolsonaro , sejam consideradas as boas expectativas de controle de gastos, menos corrupção , boa gerência pelos quadros militares, e sobretudo pelas reformas.
Agora eu vou ser o mais claro possível
SEM A REFORMA PROFUNDA DA PREVIDÊNCIA O GOVERNO ACABA ANTES DE COMEÇAR!!!!!!!!
Isto é algo que me incomoda no governo, sei que já disse que é prioridade e que o Paulo Guedes vive insistindo mas isto JÁ DEVERIA ESTAR SENDO PASSADO PARA O POVO desde a campanha, tipo anúncio do apocalipse mesmo.
Com o time que tem, se a reforma for aprovada (no máximo até Julho) a economia vai VOAR BAIXO.
Crescimento de 4% ao ano dou de barato.
Se for reforma meia boca, sem tirar privilégios, mexer nas feridas ( inclusive dos militares com alguma contribuição ou não tendo promoções de fim de carreira só para aumentar a grana da aposentadoria ) , o próximo presidente que se vire, ai pode ir só cozinhando e tentando respirar até as próxima eleições.
Mas fique esperto: a mídia em geral, quase tôda esquerdista vai buscar TODOS os pêlos os ovos pra manter uma imagem negativa do governo. Vejam os exemplos até aqui. Olhem o bafafá diário sobre o Flavio Bolsonaro e do Queiroz , lembrem dos governos do Lula e Dilma onde diariamente surgiam escândalos que fariam do caso Flávio/Queiroz uma micro nota de rodapé.
Olha a manchete de PRIMEIRA PÁGINA E PRINCIPAL do UOL de Agora:
"Funcionária que disparou WahtsApp para Bolsonaro terá Cargo no Planalto"
Isto é em alguma dimensão ou universo minimamente relevante ?
Os caras nomeavam corruptos e trambiqueiros para saquearem o país ;Quase diariamente surgiam noticias de desvios ( quando não tinha jeito de esconder) a toda hora e ficavam, no máximo um ou dois dias na imprensa.
Esta pouca ou nenhuma boa vontade com um governo, pela primeira vez HONESTO no Brasil , vai continuar sempre, não tenham dúvidas.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
https://oglobo.globo.com/economia/crise ... a-23405516Crise chega à vida real, e estados pressionam governo por ajuda
Há escolas sem aula, alunos sem merenda e servidores com salários atrasados
BRASÍLIA - Escolas fechadas, crianças sem merenda e transporte, salários de servidores atrasados. A dura realidade da crise fiscal fez novos governadores intensificarem a busca por socorro federal, a maioria sem sucesso. Ao menos seis estados — Goiás, Roraima, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Mato Grosso — querem entrar no programa do governo que alivia o pagamento de dívidas por até seis anos com a União. Até agora, só o Rio de Janeiro entrou.
Sem se enquadrar nos critérios estabelecidos pela lei, a estratégia dos governadores é aumentar a pressão sobre o governo federal para mudar as regras do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que consideram muito duros. Uma das sugestões é um alívio mais curto que o do programa.
Novas conversas acontecem esta semana, mas integrantes da equipe econômica descartam alterações no RRF e não veem formas de ajudar financeiramente os estados sem um ajuste fiscal regional.
O principal problema dos governadores é a folha de pagamento dos servidores. Nisso, a União não pode ajudar, já que a Constituição não permite ao governo federal emprestar dinheiro para estados pagarem funcionários. Quando tentou fazer isso com o Rio Grande do Norte, foi impedido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Mas o Tesouro tem enviado missões técnicas aos estados para ajudar a mapear a situação e encontrar alternativas.
Com as demandas e as contas agravadas pela migração de venezuelanos, Roraima sofreu intervenção federal no fim do ano passado para receber dinheiro e pagar servidores. A folha foi quitada, mas a situação não melhorou muito. A despesa total do estado é maior que sua arrecadação. Será preciso cortar gastos. Uma das alternativas é fechar escolas.
— Um dos objetivos é aderir ao RRF. Porém, a lei estabelece critérios que se manifestam muito duros, mesmo para estados quebrados — disse o secretário estadual de Planejamento, Marcos Jorge.
Mato Grosso, que decretou calamidade financeira este ano, deve a fornecedores e prestadores de serviços, o que afeta, principalmente, a área de segurança. E não tem pago salários em dia. A folha de dezembro não foi quitada. O pagamento de horas extras a servidores, exceto os de saúde e educação, foi suspenso.
Minas vê adesão até julho
Para técnicos do governo, a resistência de muitos estados a incluir gastos com inativos na conta de despesas com pessoal fez a situação piorar sem que isso ficasse claro nos relatórios fiscais. Por isso, medidas para conter os gastos são consideradas fundamentais.
O RRF concede redução temporária do pagamento de dívidas com a União em troca de uma série de medidas de ajuste fiscal e de um plano que comprove a retomada do equilíbrio fiscal em até seis anos. Para ser elegível ao RRF, o estado deve ter dívida consolidada maior que a receita corrente líquida (RCL, o caixa disponível), gastos obrigatórios (como os de pessoal) acima de 70% da RCL e obrigações contratadas superiores aos recursos disponíveis.
Estado com uma das piores situações, Minas se prepara para apresentar relatório com números suficientes para se enquadrar no RRF. A intenção do secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, é assinar a adesão ao acordo até julho. Para isso, será preciso vender sua principal estatal, a Cemig. O relatório, com dados de 2018, irá apontar que o estado gasta cerca de 79% de sua receita com pessoal ativo e inativo. Enquanto isso, o atraso nos repasses estaduais levou 300 cidades mineiras a adiar o início do ano letivo nas escolas. Para o governo federal, a situação de Minas é tão grave que já superou a do Rio, primeiro a entrar no regime.
— Quando o estado está em situação de insolvência financeira, é a mesma situação de uma empresa: precisa negociar com os credores para arrumar a casa. Vamos ter um fôlego de R$ 25 bilhões, que é fundamental para tirar Minas dessa situação. Não temos plano B — disse Barbosa.
Em Goiás, que decretou estado de calamidade financeira na semana passada, os critérios não são alcançados por pouco. O estado gasta quase 83% da receita com pessoal, tem só R$ 11 milhões em caixa para fazer frente a R$ 3,4 bilhões em obrigações, mas esbarra no critério da dívida consolidada, que é de R$ 19,6 bilhões para receita de R$ 21,3 bilhões. A secretária de Fazenda do estado, Cristiane Alkmin, avalia que é possível negociar a forma de calcular a dívida consolidada para que o estado se torne elegível ao RRF. Caso isso não seja possível, sugere programa alternativo, com prazo menor, de um ano e meio:
— A gente já está fazendo o dever de casa, como a contenção de 20% no custeio e análise de ativos. Sem ajuda, o ajuste vai ser mais lento.
O Rio Grande do Norte também não se enquadra no RRF. No entanto, mesmo que atingisse os critérios, o programa não traria alívio para o estado, que tem endividamento baixo. A ajuda esperada é a flexibilização de acesso a crédito para pagar débitos com servidores e fornecedores, estimados em R$ 2,6 bilhões.
— Não existe programa federal que nos atenda — afirma o secretário de Planejamento e Finanças, Aldemir Freire.
Medidas estruturais
O Rio Grande do Sul diz que ainda avalia o que fazer. O estado tenta, há meses, ingressar no RRF, mas a negociação está travada pela resistência do governo em privatizar o Banrisul, banco estatal. Outro impasse é a mudança de metodologia de gasto com pessoal.
Para o economista José Roberto Afonso, pesquisador do Ibre/FGV, os programas de recuperação são insuficientes:
— No gasto, a folha de inativos vai se tornar maior que a de ativos, logo, precisa mais que reforma previdenciária e mais que exigir aportes extraordinários dos servidores. Ao invés de recuperar, urge reinventar.
Já o economista André Luiz Marques, pesquisador do Insper, diz que é preciso cautela:
— No limite, pode piorar o futuro, empurrando o problema. Pode ser até melhor não ter acesso a crédito para forçar que outras medidas estruturais sejam tomadas.
LUZIÂNIA E PORTO ALEGRE - Com o caixa desidratado, Goiás não pagou o salário de boa parte do funcionalismo público em dezembro. O novo governador, Ronaldo Caiado (DEM), decretou calamidade financeira na última segunda-feira, mas a conta chegou para alguns alunos da rede estadual de ensino, que não voltaram às aulas na semana passada como previsto.
Insatisfeitos com a proposta de parcelamento dos vencimentos feita pelo novo governo, muitos professores decidiram não retornar ao trabalho até que a situação seja resolvida. Nesta semana, eles avaliam se entram em greve.
De acordo com a secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás, 124 escolas estaduais estavam paralisadas na última sexta-feira, sendo 18 de forma parcial, de um total de 1.044.
O estudante Jean Santos da Silva, de 17 anos, que cursa o 1º ano do Ensino Médio, considera as reivindicações dos professores justas, mas lamenta que os principais prejudicados sejam os alunos, que terão de repor as aulas depois.
— Bastante gente é prejudicada porque quer voltar a estudar e não pode. Poderia ter aula, mesmo com esses transtornos. Depois, vamos ter que estudar no sábado para poder retomar os dias perdidos — diz Jean, que reclama da falta de comunicação sobre a volta ou não às aulas. — Ninguém avisa nada, não tem contato. Tenho que ficar vindo ao colégio todo dia de ônibus para saber se tem professor.
Professores endividados
A professora Aldete de Albuquerque Oliveira, que trabalha em Luziânia, a 190 quilômetros de Goiânia, conta que muitos colegas não têm dinheiro nem para pagar passagem. Ela ressalta que uma das maiores preocupações é com as dívidas contraídas.
— A gente acaba que não vê o dinheiro. Os juros, de aluguel, de cartão se acumulam. Hoje em dia, as pessoas parcelam tudo. E os juros não perdoam. Tem muito profissional que está em situação de pedir empréstimo.
No Rio Grande do Sul, estado que vive crise mais longa, as deficiências em serviços essenciais se espalham pelas cidades do interior por causa do atraso nos repasses estaduais. Segundo a Federação das Associações dos Municípios (Famurs), os recursos atrasados para 497 prefeituras gaúchas somam R$ 670 milhões. Outros R$ 200 milhões são devidos somente a hospitais.
A saúde é um dos serviços mais prejudicados no Rio Grande do Sul. Segundo Darci Lauermann, coordenador geral da federação, os prefeitos têm usado recursos de outras fontes, como educação e obras, para manter o atendimento essencial em unidades de saúde. Enquanto busca administrar cobranças, o governador Eduardo Leite (PSDB) baixou decretos para tentar reduzir ainda mais as despesas. A meta é cortar R$ 300 milhões por ano. ( *Especial para O GLOBO )
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