TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Um detalhe... é bom lembrar que a Embraer foi convidada a participar do F-35 pela LM.
Nós dissemos não.
O F-16 ainda continua sendo o que há de top na 4 geração "monomotor" (hoje em dia operando com AESA, etc e com a atualizaçao grega de hoje e as últimas encomendas ainda vai ser produzido e mantido por muuuuito tempo).
Enfim, e não esqueçamos do Snowden e a sua participação no F-X. Sem ele muita gente sabe que o papo e debate hoje poderiam ser bem diferentes...
[]s
CB
Nós dissemos não.
O F-16 ainda continua sendo o que há de top na 4 geração "monomotor" (hoje em dia operando com AESA, etc e com a atualizaçao grega de hoje e as últimas encomendas ainda vai ser produzido e mantido por muuuuito tempo).
Enfim, e não esqueçamos do Snowden e a sua participação no F-X. Sem ele muita gente sabe que o papo e debate hoje poderiam ser bem diferentes...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Sim, poderíamos ter o Super Hornet se não fosse pelo vazamento do Snowden. Aliás no WikiLeaks foi mosttrado que o Saito e outros brigadeiros eram a favor dele.
O Super Hornet era o meu preferido. Entretanto o melhor avaliado pela Comissão GPFX2, foi a proposta do Gripen E. Isso foi confirmado pelo Nelson Jobim.
No início eu fiquei descontente com a escolha do GripenE, mas depois eu vi que foi uma boa decisão para nós.
A participação no projeto do F-35 foi proposta no ano 2.000. Quem barrou foi a Embraer, na qual o consórcio francês (Dassault, Snecma, MBDA e Thales) detinham 20% do capital acionário desde 1.999 e o presidente da empresa, o Botelho, estava alinhado com os franceses para oferecer o Mirage2000 e no futuro, o Rafale.
Quanto ao F-16, a FAB não o quis no FX2, mesmo sendo oferecido pela LockMart permitindo customizações para a FAB, participação na cadeia de produção, os americanos concordavam com transferência de tecnologia dele, etc.
O Super Hornet era o meu preferido. Entretanto o melhor avaliado pela Comissão GPFX2, foi a proposta do Gripen E. Isso foi confirmado pelo Nelson Jobim.
No início eu fiquei descontente com a escolha do GripenE, mas depois eu vi que foi uma boa decisão para nós.
A participação no projeto do F-35 foi proposta no ano 2.000. Quem barrou foi a Embraer, na qual o consórcio francês (Dassault, Snecma, MBDA e Thales) detinham 20% do capital acionário desde 1.999 e o presidente da empresa, o Botelho, estava alinhado com os franceses para oferecer o Mirage2000 e no futuro, o Rafale.
Quanto ao F-16, a FAB não o quis no FX2, mesmo sendo oferecido pela LockMart permitindo customizações para a FAB, participação na cadeia de produção, os americanos concordavam com transferência de tecnologia dele, etc.
- Carlos Lima
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Quanto ao F-35 existiu uma outra proposta bemmmmmmmmmmmm depois da Dassault ter saído da jogada com a Embraer.knigh7 escreveu: ↑Sáb Dez 22, 2018 3:24 am Sim, poderíamos ter o Super Hornet se não fosse pelo vazamento do Snowden. Aliás no WikiLeaks foi mosttrado que o Saito e outros brigadeiros eram a favor dele.
O Super Hornet era o meu preferido. Entretanto o melhor avaliado pela Comissão GPFX2, foi a proposta do Gripen E. Isso foi confirmado pelo Nelson Jobim.
No início eu fiquei descontente com a escolha do GripenE, mas depois eu vi que foi uma boa decisão para nós.
A participação no projeto do F-35 foi proposta no ano 2.000. Quem barrou foi a Embraer, na qual o consórcio francês (Dassault, Snecma, MBDA e Thales) detinham 20% do capital acionário desde 1.999 e o presidente da empresa, o Botelho, estava alinhado com os franceses para oferecer o Mirage2000 e no futuro, o Rafale.
Quanto ao F-16, a FAB não o quis no FX2, mesmo sendo oferecido pela LockMart permitindo customizações para a FAB, participação na cadeia de produção, os americanos concordavam com transferência de tecnologia dele, etc.
Mas o pior de tudo é que ao juntarmos os pingos com os "i" fica claro que quem decidiu o F-X foi o Snowden... o resto é adereço e decoração porque foi necessário... e isso não é bom.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
O consórcio francês saiu da Embraer na véspera do FX2. A FAB não admitia que aquela situação continuasse. E naquele período valeu para qualquer outro concorrente, pois acabaria por limitar as opções de escolha.
- FCarvalho
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Interessante. A FAB não adimitia os 20% dos franceses na Embraer para o fx-2 mas tá tudo bem com a empresa praticamente toda ficar nas mãos dos americanos.
Eu ein...
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- Carlos Lima
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Pois é, o tempo vai passando e quem tem um pouco de paciência para juntar os pontos forma uma imagem bem triste.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Se isso é algum tipo de nacionalismo disfarçado, eu quero mais é distância.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
É ideologia. A FAB tem uma admiração imensa pelos EUA. Sendo americano, pode fazer de tudo. Não é a toa que a Boeing terá 80% da JV, mas poderá comprar os 20% restantes se quiser. E vc acha que alguém irá vetar isso?
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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- Carlos Lima
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- Thor
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Essa é novidade. Não sabia que a parte relativa a defesa, afeta a FAB, está em jogo com a Boeing.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Sinceramente, não há esse sentimento generalizado na Força, não é a toa que o Gripen foi o escolhido pela Força, em detrimento ao F-18 SH, bem como fomos de Mirage 2000 por um tempo, buscamos produtos russos (AAe e Mi35), material israelense em vez de americanos, etc. Mas por outro lado existem algumas características quando se comercializa com os americanos que são muito melhores que outros países, tais como o controle de qualidade na produção, as publicações técnicas e o pós-venda.
Acho uma falácia muito grande falar isso, basta ver todos os projetos recentes da FAB: Gripen, modernização F-5, armamentos F-5/A-1, VANT, Mi-35, modernização do P-3AM (Espanha, plataforma foi sobra do deserto), A-1M, sistema Erieye e modernização do E-99, Satélites, Sistema comunicação segura de todas aeronaves (R& S alemão), e por ai vai.
Será mesmo que a FAB tem esse amor todo pelos EUA? Quantas bases dos EUA temos aqui? Olhem os projetos e reflitam sobre essas afirmações preconceituosas...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
O Gripen foi o que sobrou por conta do Snowden ... o escolhido assim teria sido o SH.
Mas daí o Snowden decidiu decidir o FX.
Agora é aceitar o que vem mas não podemos negar os fatos que levaram a essa conclusão.
[]s
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Mas daí o Snowden decidiu decidir o FX.
Agora é aceitar o que vem mas não podemos negar os fatos que levaram a essa conclusão.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
O Gripen foi "o que sobrou" é fod@...kkkCarlos Lima escreveu: ↑Dom Dez 23, 2018 2:11 am O Gripen foi o que sobrou por conta do Snowden ... o escolhido assim teria sido o SH.
Mas daí o Snowden decidiu decidir o FX.
Agora é aceitar o que vem mas não podemos negar os fatos que levaram a essa conclusão.
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Há vários anos vejo você colocando isso aqui no DB. Não sei o que o Snowden tem a ver com a avaliação técnica da FAB, em que o Gripen NG foi superior na maioria dos quesitos, e principalmente no que era essencial, transferência de tecnologia e desenvolvimento do base industrial de nossa defesa, com propriedade intelectual e industrial do projeto.
Com ou sem Snowden, o Gripen se mostrou melhor para a FAB.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Thor escreveu: ↑Dom Dez 23, 2018 10:51 amO Gripen foi "o que sobrou" é fod@...kkkCarlos Lima escreveu: ↑Dom Dez 23, 2018 2:11 am O Gripen foi o que sobrou por conta do Snowden ... o escolhido assim teria sido o SH.
Mas daí o Snowden decidiu decidir o FX.
Agora é aceitar o que vem mas não podemos negar os fatos que levaram a essa conclusão.
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Há vários anos vejo você colocando isso aqui no DB. Não sei o que o Snowden tem a ver com a avaliação técnica da FAB, em que o Gripen NG foi superior na maioria dos quesitos, e principalmente no que era essencial, transferência de tecnologia e desenvolvimento do base industrial de nossa defesa, com propriedade intelectual e industrial do projeto.
Com ou sem Snowden, o Gripen se mostrou melhor para a FAB.
Não vamos brincar de ser inocentes agora. O Snowden Retirou o SH do páreo aonde era o favorito com os seus Domingos na AFA etc.
Sem duvidas são águas passadas mas não precisamos Esquecer.
Afinal isso é só um debate.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Senhores, algumas considerações:
Referi mais acima que o dream fighter para a FAB do começo dos anos 90 era o F-16. A razão era simples, não havia nem de longe outro caça com o custo-benefício dele, especialmente com a restrição a BVRs então vigente. Lembrar, na década anterior o Peru havia comprado Mirage 2000 mas necas de S-530, porque o Françuá não iria desafiar o véio Sam. Também usava caça soviético mas nem o Ivan vendia BVR pra sudaca, era muito arriscado se meter no backyard...
Não obstante, para ser usado no Brasil, o F-16 não poderia vir sozinho: já fazíamos REVO aqui mas o padrão era e é o P&D (Probe & Drogue), muito diferente do FB (Flying Boom) que é o padrão da USAF. Ou seja, ou comprávamos Tankers novos ou fazíamos uma adaptação cara e complicada - incluindo treinamento de operadores, alteração na Doutrina & quetales - nos que já tínhamos. Não recordo se já estavam disponíveis para exportação os CFTs ou se sequer já estavam operacionais. E desconheço F-16 com sonda REVO (P&D).
Ainda sobre REVO, apenas para detalhar um pouco, a FAB escolheu seu padrão em meados dos anos 70, em função dos F-5E. Primeiro REVO em 1975, usando um KC-130. P&D, naturalmente, o que na metade da década seguinte orientou a escolha pela compra dos -137 ex-VARIG, igualmente P&D. Notemos que converter um FB para P&D é relativamente simples e barato, só comprar e instalar os pods nas asas; já o oposto não é mole: inclui mudanças na cauda, instalação de equipamentos volumosos, caros e pesados, além de extenso treinamento aos Operadores. Considerando que os Boeings não eram KC-135 originais, já com o FB e bastando instalar os pods (ou até já vindo com eles), e sim aeronaves comerciais convertidas, claro que a FAB teria que escolher entre o caminho mais difícil e caro ou o mais simples e barato, e isso sem ter a menor ideia se um dia iria precisar de FB. E uma Força com orçamento eternamente restrito não se meteria a gastar com base em "vai que um dia a gente precisa disso"...
Assim, no primeiro FX foi oferecido um nebuloso F-16BR, que seria uma versão do block 50M52 customizada para a FAB. Alguma solução para o REVO por certo foi considerada, fosse a instalação de uma sonda, fosse enfiar um par de -135 no negócio (a flexibilidade proporcionada pelo FMS é quase uma indecência ) mas talvez não levada a sério, pois na segunda rodada (FX-2) a FAB já não queria mais F-16 nem de graça.
Finalizando a parte sobre REVO, num País tão grande e com tão poucas aeronaves de combate, ou todas (as que podem, nunca vi fazer isso em Super Tucano) as que têm esta capacidade são todas compatíveis com o padrão adotado ou são pouco úteis, já que restritas pelo alcance. Uma alternativa barata, o Buddy System, "come" uma estação na aeronave receptora e vários (potencialmente quase todos) na transmissora. Com o fato de para cada incursão de uma aeronave teria que decolar outra - e quase no seu limite de peso - para reabastecê-la, o barato sai caro...
Sempre vou estranhar essa charla de "se não fosse o Snowden", não vejo sustentação séria nisso. O caso do espião foi POLÍTICO, a escolha da COPAC foi TÉCNICA. Por exemplo, a FAB queria IRST orgânico, onde botar isso no F-18? Tem um Vulcan e seu tambor de munições no lugar, daí começam as escolhas: ou reposiciona (onde for colocado é combustível interno a menos), usa em pod (problemas de pontaria por distorções de montagem durante manobras) ou simplesmente fica sem (não-opção aqui); depois escolhe um IRST no mercado, instala e integra. Tudo isso não vai ajudar a baratear o preço final, pelo contrário, e quem pede paga. Lembrar ainda que IRST em pod (que é o que o F-18 pode usar) não é orgânico da aeronave. O WAD também seria problema com os ianques, que o cogitavam apenas para o F-35 e a FAB não arredava pé. Neste ponto me parece que as coisa estava entre o Rafale (Política, o que pode ser confirmado pelo "gópi do Lula", que tentou passar por cima de tudo na caradura e comprar direto do Françuá, sendo logo a seguir desmentido por seus próprios subordinados, incluindo o MinDef Jobim, francófilo de carteirinha) e o Gripen (Técnica, lembrar que desde o FX-1 o escolhido pela COPAC era o C/D), agora NG.
Ainda sobre a dimensão política (e aí entra o Snowden, não antes), quando a "marolinha" começou a virar TSUNAMI, houve uma claríssima tentativa de reaproximação com os EUA, que é um fenômeno que vemos hoje entre pais e filhos: x mimizentx fica xem $$$ e fax o quê? Xe lembrx que tem x cumpanhêrx Papai/Mamãe, aquelx BURGUEX FAXIXTX, mas tem que baixar a bola porque a coisa tá feia ! Outro fator na equação era o "namoro" da EMBRAER com a BOEING, simpático tanto aos politiqueiros quanto às altas esferas da FAB, o que criou de fato um ambiente propício ao Super Hornet (e pelo menos sem a desvantagem técnica de não poder fazer REVO com o que já tínhamos, eis que é da USN/USMC, que também empregam P&D); já a COPAC manteve sua decisão com base no que lhe foi requisitado pela FAB, e aí retornam as incompatibilidades, como o citado IRST e dúvidas sobre offsets e transferências de tecnologia.
Como subsídio, lembremos de outro leak, este referente àquela, sei lá, exótica reunião do Saito com o Embaixador dos EUA: basta ler o cable para constatar que ele não está pedindo propina ou alguma outra vantagem indevida, ele pede é por subsídios e garantias TÉCNICAS para convencer não o GF (que compraria qualquer coisa por un$ apoiozinho$ no aperto que estava vindo) mas a COPAC sobre a capacidade do F-18 de preencher todos os requisitos da FAB, da qual era Comandante mas não DONO. Esforço vão, claro, pois se o custo de botar o WAD no Gripen virou numa chiadeira das brabas, imaginem o de botar isso e mais coisa (IRST, EW Suite onboard, etc) no SH, ia ser a versão mais BAD ASS dele mas custaria bem mais que o Rafale. E com o risco de muitas das transferências não serem aceitas pelo Congresso dos EUA (aquilo de "multa de 6%" não foi exatamente tranquilizador para ninguém) e, portanto, acabar tudo no véio "ora veja". A tigrada da COPAC não é exatamente composta por amadores, tanto que deram chapéu até na Flygvapnet, que não conseguia ver vantagem no WAD...até conseguir, agora quer porque quer e pronto; deu-se bem a AEL, todo Gripen E vai ter conteúdo dela a bordo.
Por fim, essa charla de "nos convidaram para o F-35" está sendo BEM superestimada: o "parceirão" dos EUA nisso é o UK, o resto é pouco mais que figurante. Esse convite era para termos as mesmas permissões que os brits? Brabo, e mesmo eles não cansam de choramingar sobre a quantidade de barreiras para mexer no core da aeronave. Por fim, até os ianques sabem que não vai dar para substituir os teen fighters pelo F-35, sempre vai ter missão para aeronaves de alto desempenho mas com custos bem menores. Deve ter um balaio de gente chorando por lá, dado não ter sido desenvolvido um financeiramente mais confortável 4,5 G como substituto para os caças mais antigos, ficando como LO, deixando os 5G como HI. A alternativa mesmo parece ser o Viper (USAF) e F-18E (USN/USMC) para as missões menos complexas, que poderão ser desempenhadas a um custo bem menor e com disponibilidade bem maior. Talvez apareça mesmo até um pequeno nicho para o Super Tucano nesse balaio de melancia.
É o que penso.
Referi mais acima que o dream fighter para a FAB do começo dos anos 90 era o F-16. A razão era simples, não havia nem de longe outro caça com o custo-benefício dele, especialmente com a restrição a BVRs então vigente. Lembrar, na década anterior o Peru havia comprado Mirage 2000 mas necas de S-530, porque o Françuá não iria desafiar o véio Sam. Também usava caça soviético mas nem o Ivan vendia BVR pra sudaca, era muito arriscado se meter no backyard...
Não obstante, para ser usado no Brasil, o F-16 não poderia vir sozinho: já fazíamos REVO aqui mas o padrão era e é o P&D (Probe & Drogue), muito diferente do FB (Flying Boom) que é o padrão da USAF. Ou seja, ou comprávamos Tankers novos ou fazíamos uma adaptação cara e complicada - incluindo treinamento de operadores, alteração na Doutrina & quetales - nos que já tínhamos. Não recordo se já estavam disponíveis para exportação os CFTs ou se sequer já estavam operacionais. E desconheço F-16 com sonda REVO (P&D).
Ainda sobre REVO, apenas para detalhar um pouco, a FAB escolheu seu padrão em meados dos anos 70, em função dos F-5E. Primeiro REVO em 1975, usando um KC-130. P&D, naturalmente, o que na metade da década seguinte orientou a escolha pela compra dos -137 ex-VARIG, igualmente P&D. Notemos que converter um FB para P&D é relativamente simples e barato, só comprar e instalar os pods nas asas; já o oposto não é mole: inclui mudanças na cauda, instalação de equipamentos volumosos, caros e pesados, além de extenso treinamento aos Operadores. Considerando que os Boeings não eram KC-135 originais, já com o FB e bastando instalar os pods (ou até já vindo com eles), e sim aeronaves comerciais convertidas, claro que a FAB teria que escolher entre o caminho mais difícil e caro ou o mais simples e barato, e isso sem ter a menor ideia se um dia iria precisar de FB. E uma Força com orçamento eternamente restrito não se meteria a gastar com base em "vai que um dia a gente precisa disso"...
Assim, no primeiro FX foi oferecido um nebuloso F-16BR, que seria uma versão do block 50M52 customizada para a FAB. Alguma solução para o REVO por certo foi considerada, fosse a instalação de uma sonda, fosse enfiar um par de -135 no negócio (a flexibilidade proporcionada pelo FMS é quase uma indecência ) mas talvez não levada a sério, pois na segunda rodada (FX-2) a FAB já não queria mais F-16 nem de graça.
Finalizando a parte sobre REVO, num País tão grande e com tão poucas aeronaves de combate, ou todas (as que podem, nunca vi fazer isso em Super Tucano) as que têm esta capacidade são todas compatíveis com o padrão adotado ou são pouco úteis, já que restritas pelo alcance. Uma alternativa barata, o Buddy System, "come" uma estação na aeronave receptora e vários (potencialmente quase todos) na transmissora. Com o fato de para cada incursão de uma aeronave teria que decolar outra - e quase no seu limite de peso - para reabastecê-la, o barato sai caro...
Sempre vou estranhar essa charla de "se não fosse o Snowden", não vejo sustentação séria nisso. O caso do espião foi POLÍTICO, a escolha da COPAC foi TÉCNICA. Por exemplo, a FAB queria IRST orgânico, onde botar isso no F-18? Tem um Vulcan e seu tambor de munições no lugar, daí começam as escolhas: ou reposiciona (onde for colocado é combustível interno a menos), usa em pod (problemas de pontaria por distorções de montagem durante manobras) ou simplesmente fica sem (não-opção aqui); depois escolhe um IRST no mercado, instala e integra. Tudo isso não vai ajudar a baratear o preço final, pelo contrário, e quem pede paga. Lembrar ainda que IRST em pod (que é o que o F-18 pode usar) não é orgânico da aeronave. O WAD também seria problema com os ianques, que o cogitavam apenas para o F-35 e a FAB não arredava pé. Neste ponto me parece que as coisa estava entre o Rafale (Política, o que pode ser confirmado pelo "gópi do Lula", que tentou passar por cima de tudo na caradura e comprar direto do Françuá, sendo logo a seguir desmentido por seus próprios subordinados, incluindo o MinDef Jobim, francófilo de carteirinha) e o Gripen (Técnica, lembrar que desde o FX-1 o escolhido pela COPAC era o C/D), agora NG.
Ainda sobre a dimensão política (e aí entra o Snowden, não antes), quando a "marolinha" começou a virar TSUNAMI, houve uma claríssima tentativa de reaproximação com os EUA, que é um fenômeno que vemos hoje entre pais e filhos: x mimizentx fica xem $$$ e fax o quê? Xe lembrx que tem x cumpanhêrx Papai/Mamãe, aquelx BURGUEX FAXIXTX, mas tem que baixar a bola porque a coisa tá feia ! Outro fator na equação era o "namoro" da EMBRAER com a BOEING, simpático tanto aos politiqueiros quanto às altas esferas da FAB, o que criou de fato um ambiente propício ao Super Hornet (e pelo menos sem a desvantagem técnica de não poder fazer REVO com o que já tínhamos, eis que é da USN/USMC, que também empregam P&D); já a COPAC manteve sua decisão com base no que lhe foi requisitado pela FAB, e aí retornam as incompatibilidades, como o citado IRST e dúvidas sobre offsets e transferências de tecnologia.
Como subsídio, lembremos de outro leak, este referente àquela, sei lá, exótica reunião do Saito com o Embaixador dos EUA: basta ler o cable para constatar que ele não está pedindo propina ou alguma outra vantagem indevida, ele pede é por subsídios e garantias TÉCNICAS para convencer não o GF (que compraria qualquer coisa por un$ apoiozinho$ no aperto que estava vindo) mas a COPAC sobre a capacidade do F-18 de preencher todos os requisitos da FAB, da qual era Comandante mas não DONO. Esforço vão, claro, pois se o custo de botar o WAD no Gripen virou numa chiadeira das brabas, imaginem o de botar isso e mais coisa (IRST, EW Suite onboard, etc) no SH, ia ser a versão mais BAD ASS dele mas custaria bem mais que o Rafale. E com o risco de muitas das transferências não serem aceitas pelo Congresso dos EUA (aquilo de "multa de 6%" não foi exatamente tranquilizador para ninguém) e, portanto, acabar tudo no véio "ora veja". A tigrada da COPAC não é exatamente composta por amadores, tanto que deram chapéu até na Flygvapnet, que não conseguia ver vantagem no WAD...até conseguir, agora quer porque quer e pronto; deu-se bem a AEL, todo Gripen E vai ter conteúdo dela a bordo.
Por fim, essa charla de "nos convidaram para o F-35" está sendo BEM superestimada: o "parceirão" dos EUA nisso é o UK, o resto é pouco mais que figurante. Esse convite era para termos as mesmas permissões que os brits? Brabo, e mesmo eles não cansam de choramingar sobre a quantidade de barreiras para mexer no core da aeronave. Por fim, até os ianques sabem que não vai dar para substituir os teen fighters pelo F-35, sempre vai ter missão para aeronaves de alto desempenho mas com custos bem menores. Deve ter um balaio de gente chorando por lá, dado não ter sido desenvolvido um financeiramente mais confortável 4,5 G como substituto para os caças mais antigos, ficando como LO, deixando os 5G como HI. A alternativa mesmo parece ser o Viper (USAF) e F-18E (USN/USMC) para as missões menos complexas, que poderão ser desempenhadas a um custo bem menor e com disponibilidade bem maior. Talvez apareça mesmo até um pequeno nicho para o Super Tucano nesse balaio de melancia.
É o que penso.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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