Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)

[FCarvalho]

A única maneira que vejo do Prosub sobreviver e continuar existindo é o governo que chega garantir de imediato, sem desculpas e nem omissões, o segundo lote dos subs convencionais tal como elenquei nas 3 opções em outro post aqui, e fazer com que o cronograma orçamentário não seja afetado ao menos até 2022. E de preferência que o atraso do subnuc fosse recuperado, algo que é possível se as verbas do programa não forem cortada, pelo contrário, sejam dispostas e recuperadas exata medida das suas necessidades.

Vamos ver até onde vai o compromisso real do futuro governo com a defesa. A partir de 1o de Janeiro saberemos.

abs.

[Tutankhamon]

Olá aos amigos do fórum,

Li uma nota num site de defesa que fala da ausência de autoridades francesas no lançamento do Riachuelo.

O jornal La Tribune dá destaque a esta ausência e diz que ela é um sinal muito mau.

Disse que pode já ser uma maneira de lançar o governo para os braços dos EUA.

Falou que não havia nenhum representante do governo Francês, apesar do acordo estratégico entre as duas nações, nem o Ministro da Defesa Francês ou demais representantes do Naval Group.

De fato, somente o CEO da Itaguai ( francês) deu um "Vive la France" mas convenhamos que tem algo estranho no ar.

Algum amigo sabe o motivo ou leu algo sobre isto?

Grato e um abraço.

[gabriel219]

Fomos vassalos de Cuba, Bolívia e Ditaduras Africanas por 16 anos, ta reclamando de vassalagem agora?

Bom seria não ser vassalo de ninguém, errado é defender ser vassalo de um e reclamar de ser vassalo de outro.

Eu tô defendendo vassalagem? Você leu isso, equivocado?

[Túlio]

Trecho interessante de email que recebi da empresa que cuida da divulgação de infirmações da BID:

(...) a Alltec destaca sua atuação no setor naval, em parceria com a ICN (Itaguaí Construções Navais) para a produção das carenagens hidrodinâmicas, lemes e janelas acústicas, como parte da nacionalização / transferência de tecnologia de peças em materiais compósitos para o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da Marinha do Brasil.

Para atender a esse projeto, além da capacitação da equipe, a empresa também construiu uma unidade fabril específica para abrigar a produção. 80% das peças do SBR2 já foram entregues e o planejamento para a produção do SBR3 já está em andamento para início no primeiro semestre de 2019.

O trecho que destaquei é revelador sobre o estágio em que se encontra o PROSUB. Parece que o cronograma está sendo seguido e que é provável que o segundo "tome banho" ainda este ano.

[FCarvalho]

Talvez, com alguma sorte, tenhamos o cronograma obedecido, e com mais sorte ainda, talvez o segundo lote seja contratado antes de 2022.

Se o fluxo financeiro do subnuc for retomado e mesmo dado-lhe os créditos necessários à retomada do cronograma original, quem sabe ele sai antes do final da próxima década.

Só resta torcer pelo melhor.

Abs

[jambockrs]

Meus prezados
Polícia Federal cumpre mandados em SP para investigar suspeita de cobrança de propina para construção de submarino da Marinha


Foram expedidos três mandados de busca e apreensão para investigação que envolve um servidor da Marinha e um engenheiro. MPF apura prática dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
A Polícia Federal em São Paulo cumpre na manhã desta quinta-feira (7) três mandados de busca e apreensão para investigação que envolve um servidor da Marinha e um engenheiro suspeitos de cobrarem propina em contratos para a construção de um submarino. A investigação é do Ministério Público Federal em São Paulo.
A procuradora Thaméa Danelon apura a prática dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Os alvos são um engenheiro nuclear do Centro Tecnológico da Marinha do Brasil (CTMSP) e um engenheiro particular. Segundo o MPF, entre 2008 e 2015, o engenheiro da Marinha solicitou propina no valor aproximado de R$ 6 milhões à empresa austríaca Bilfinger Maschinembau GMBA & CO.KO (MAB), que atua no ramo de fabricação e engenharia de componentes para tecnologia de reatores nucleares.
A MAB assinou 15 contratos administrativos com o Centro Tecnológico da Marinha e com o Comando Naval Brasileiro Europa (BNCE) para fornecimento de materiais para pesquisa. O contrato também previa a importação de bens, tecnologia e prestação de serviços no campo da tecnologia nuclear.
Segundo o MPF, a solicitação e o recebimento de pagamento pelo engenheiro da Marinha serviu para intermediação da contratação com o CTMSP e para prestação de serviços de consultoria relacionados à entrada da MAB no mercado do Brasil e da América do Sul.

Propina de R$ 3,6 milhões
Ao todo, o engenheiro da Marinha recebeu R$ 3.637.680,67, em valores atualizados, por meio de sua empresa, segundo a Promotoria. Os depósitos foram feitos numa conta bancária na Suíça.
A empresa JJ&RR Assessoria Técnica e Comercial LTDA., do engenheiro particular alvo dos mandados de busca e apreensão desta quinta-feira, também recebeu valores relacionados à propina ajustada pelo engenheiro da Marinham, segundo o MPF. Ainda de acordo com promotores, o pagamento da propina também foi mascarado sob a forma de contrato de prestação de serviços de consultoria.
Em nota, a Marinha do Brasil informou que “desde 2015, quando tomou conhecimento do caso, através da Controladoria-Geral da União, vem contribuindo para a elucidação de supostos ilícitos relacionados às atividades da empresa Bilfinger Maschinembau GMBA & CO.KO (MAB), visando à preservação do patrimônio público e à persecução penal militar. Como resultado, foram instaurados inquéritos policiais militares, devidamente encaminhados ao Ministério Público Militar, em 2017 e 2018.”
A reportagem entrou em contato com a empresa austríaca MAB e aguarda retorno. A reportagem tenta contato com a JJ&RR Assessoria Técnica e Comercial.

Pedido de prisão negado
O procuradores do MPF chegaram a pedir a prisão dos investigados, mas o pedido foi negado. No entanto, a Justiça determinou a suspensão do exercício da função pública do servidor da Marinha e determinou que ele e o engenheiro particular tenham acesso a qualquer dependência da Marinha.
A Justiça também mandou bloquear os bens, até o valor de R$ 13.060.680,72, do servidor e do engenheiro e de suas respectivas esposas, além de três empresas.
Fonte: G1 via Ghost - Edição Plano Brasil 8 fev 2019

[jambockrs]

Meus prezados
10 anos de Operação “SARSUB-Tikuna/2009”

Imagem Via Marinha do Brasil.

O Comando da Força de Submarinos (ComForS) realizou a Operação “SARSUBTikuna/2009”, em Angra dos Reis-RJ, durante o mês de fevereiro.
No dia 12, foi registrado um marco histórico para esse tipo de exercício: o resgate de quatro tripulantes do Submarino
“Tikuna” (S-34), sendo dois deles oficiais observadores da Marinha Americana e da Armada do Chile.

Imagem via Marinha do Brasil.

A operação constituiu-se na localização do submarino sinistrado; passagem de ar e material para prover suporte à vida dos tripulantes; escape individual pela guarita de salvamento; e acoplamento do sino de resgate à escotilha de salvamento do submarino pousado no fundo do mar, em simulação a um acidente.
Nesse exercício, após a abertura da escotilha, um médico passou para o interior do submarino e quatro tripulantes passaram para o sino de resgate. Em seguida, os tripulantes foram trazidos à superfície e desembarcados no Navio de Socorro Submarino (NSS) “Felinto Perry” , onde passaram, simuladamente, aos cuidados da equipe de médicos e enfermeiros hiperbáricos.
Esta foi a primeira vez que o NSS “Felinto Perry” realizou o acoplamento do seu sino de resgate no “Tikuna”, após já ter realizado em todos os submarinos da Classe “Tupi”.
O exercício foi acompanhado pelo Comandante-em-Chefe da Esquadra, V Alte Fernando Eduardo Studart Wiemer, e pelo Comandante da Força de Submarinos, C Alte Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior.
O sucesso da Operação “SARSUB-Tikuna/2009” qualificou e capacitou os meios navais participantes, ratificando a posição da Marinha do Brasil no seleto grupo de países que possuem a capacidade de prestar socorro à tripulação de submarinos sinistrados.

Fonte: Redação Orbis Defense com informações via Marinha do Brasil 16 fev 2019

[knigh7]

Neste momento a Marinha do Brasil (MB) não possui nenhum submarino em condições operacionais.

https://www.naval.com.br/blog/2019/02/2 ... a-de-2020/

[FCarvalho]

Em sendo procedente a informação, cabe a pergunta: por que não um segundo lote dos Scorpene BR?

Até porque, depois dos 5 navios contratados, o estaleiro ficará à deriva.

O que é mais importante? Manter o investimento feito nos IKL ou o hora realizado no Prosub?

Para se pensar.

Abs

[Crisaman]

Sempre me desagradou essa ideia de substituir os IKL pelos Scorpene. Porque não somar? Manter os IKL e os Scorpene e só pensar em substituir os 209 por um segundo ou quem sabe um terceiro lote de Scorpenes. Um país como o Brasil deveria ter no mínimo 10 submarinos.

[Zelhos]

Mas a intenção não era essa mesmo? Os Scorpene não vão substituir os IKL pelo que sei.

[FCarvalho]

Os IKL são subs já com certa idade, e o peso dela, é da manutenção da sua logística só tende a aumentar.
Esse processo é irreversível. Eles ficarão mais caros e complexos de operar quanto mais tempo fiquem em operação.
A lógica deve ser substituir os mesmos por um segundo lote dos Scorpene BR, na sequência da última entrega, a fim de que o estaleiro não fique sem atividade e a esquadra com subs realmente capazes é operacionais em quantidade.
Dá pra fazer. Mas este não é o único problema de substituição de meios da MB. É talvez nem o principal.

Abs

[Brasileiro]

Deveriam contratar pelo menos + 2 unidades do Scorpene BR (aperfeiçoados, quem sabe com baterias de Lítio), aposentar todos os classe Tupi em suas idades esperadas (ou vende os mais recentes para a Argentina, cobrando pelo serviço de modernização), deixando apenas o Tikuna. Já seria formidável.

[FCarvalho]

A partir da segunda unidade lançada do Scorpene BR já haverá subsídios de informações para projetar mudanças e aperfeiçoamentos no modelo.
Essa área tem sido profícua em atualizações muito rápidas. Se demorar, até os subs lançados agora estarão defasados em menos de dez anos.
Há a necessidade de não deixar o estaleiro sem produzir. Do contrario corre o risco de se tornar um elefante branco.
Os IKL mais antigos tem quase trinta anos. Isso para um submarino é muita coisa.
Os gastos com eles neste momento que a MB precisará estar sempre justificando o investimento bilionário em Itaguai será tratado como um contra argumento e até críticas contra o Prosub.
Pra frente é que se anda.

Abs

[J.Ricardo]

Creio que o estaleiro não ficará a deriva, a manutenção com certeza será feito nele, e também terá o trabalho do SNB.