Geopolítica Brasileira
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- Bourne
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Re: Geopolítica Brasileira
Os chineses agradecem o apoio para ampliar a presença na Venezuela. Em conjunto com russos que quem sabe consigam comprar refinarias, redes de postos e outros de propriedade venezuelana. Em um mundo cheio de potências globais e regiões, as sanções unilaterais servem para empurrar o país para outros. No caso do Brasil, a movimentação ajuda a criar mais um problema que não dá conta do Brasil, assim como com os países árabes e a China.
Esse pessoal está brincando com fogo. Porque está atacando a neutralidade das instituições nacionais (forças armadas, Itamaraty, sentimento do cidadão comum, interesses do empresariado e outros). Não adianta acusar cuba e o PT. Isso é passado. Inclusive o Mourão está dando avisos sobre o tema. Seja nos acordos internacionais, comerciais e de segurança nacional. Não está só.
O Geisel nas suas memórias lembrava que não bastava dar ordens, mas o Presidente (ou outros cargos de comando) precisam criar condições e construir apoios.Assim a ordem será cumpridas, aceitas e até defendidas pelo governo, oposição, instituições de estado e diferentes parcelas da sociedade.
Esse pessoal está brincando com fogo. Porque está atacando a neutralidade das instituições nacionais (forças armadas, Itamaraty, sentimento do cidadão comum, interesses do empresariado e outros). Não adianta acusar cuba e o PT. Isso é passado. Inclusive o Mourão está dando avisos sobre o tema. Seja nos acordos internacionais, comerciais e de segurança nacional. Não está só.
O Geisel nas suas memórias lembrava que não bastava dar ordens, mas o Presidente (ou outros cargos de comando) precisam criar condições e construir apoios.Assim a ordem será cumpridas, aceitas e até defendidas pelo governo, oposição, instituições de estado e diferentes parcelas da sociedade.
- Sterrius
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Re: Geopolítica Brasileira
infelizmente Bourne quando os avisos não funcionam só a realidade quando bate a porta ou na cara mesmo pros desavisados.
A unica coisa que podemos torcer é que não percamos muito para as lições serem aprendidas e que ganhemos algum premio de consolação no processo.
A unica coisa que podemos torcer é que não percamos muito para as lições serem aprendidas e que ganhemos algum premio de consolação no processo.
- J.Ricardo
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Re: Geopolítica Brasileira
Tanto não aprendemos que aparentemente uma nova "guerra da lagosta" pode se iniciar com o chineses no Atlântico e nossa marinha nem ao menos tem meios para fornecer segurança para nossos pescadores.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- Wolfgang
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Re: Geopolítica Brasileira
Esse negócio de mudar embaixada em Israel, apoio aos EUA contra a Venezuela, congelamento de bens cubanos e venezuelanos, e demais ações nesse sentido não só não vai gabaritar o Brasil a jogar no clube de primeira divisão dos EUA como também vai esgarçar o tecido diplomático a pontos irreparáveis...
Brasil não tem condições de suportar a vigilância de uma jihad em solo brasileiro em resposta à mudança de embaixada para Jerusalém.
Brasil não tem condições de suportar a vigilância de uma jihad em solo brasileiro em resposta à mudança de embaixada para Jerusalém.
- Sterrius
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Re: Geopolítica Brasileira
atualmente minha maior preocupação está no Brasil sair do Acordo de país com base em uma teoria (triplo A) que nem sequer está no texto.
Por sinal uma teoria que beira o cumulo do absurdo quando passa-se a pensar na viabilidade da mesma.
isso aliado a mudança da embaixada daria um duro golpe no agronegócio brasileiro e os fariam se aliar aos ambientalistas na aliança mais estranha ever
Por sinal uma teoria que beira o cumulo do absurdo quando passa-se a pensar na viabilidade da mesma.
isso aliado a mudança da embaixada daria um duro golpe no agronegócio brasileiro e os fariam se aliar aos ambientalistas na aliança mais estranha ever
- Bolovo
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Re: Geopolítica Brasileira
Não, mas falou de "frear o Irã". É um cara que desconhece a realidade:
"No ano passado, o fluxo de comércio (soma de exportações com importações) entre Brasil e Irã somou US$ 2,6 bilhões. O Brasil exportou para o mercado iraniano, entre outros produtos, milho, soja, carnes e açúcar. Importou, no mesmo período, insumos para fertilizantes, produtos siderúrgicos, passas e espelhos de vidro." - O Globo, maio de 2018.
É um papagaio da retórica americana. Tenho até a impressão que é um agente da KGB infiltrado querendo acabar com o Brasil.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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- Bourne
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Re: Geopolítica Brasileira
O Irão tem muitos interesses de modernizar a economia e elevar a qualidade de vida da população. Assim, de um lado, o acordo nuclear estava por trás o objetivo do Irã em abrir mercado para seus produtos petroquímicos, refinados, petróleo e gás. Ao mesmo tempo buscar fornecedores de tecnologias, máquinas e equipamentos, serviços de engenharia e bem sofisticados. Os russos e europeus estão brigando pelos contratos. Não por acaso ninguém saiu do acordo nuclear depois que o Trump se retirou.
O volume de comércio é bem maior e amplamente favorável ao Brasil. O que poderia equilibrar era o Brasil importar mais petróleo, derivados e petroquímicos iranianos. Além de intenções de investir em refinarias, petroquímica no Brasil desde que garantisse importação de petróleo iraniano. Existiram conversas com Dilma e Temer, mas ficaram emperradas pela crise e instabilidade política.
http://www.mdic.gov.br/balanca/comex-vi ... ml?var=xxx
Isso é um exemplo. Tem vários outros do Brasil ganhando com a briga de china vs eua, países emergentes buscando novos fornecedores e parcerias. Coisas que vão totalmente contra a ideia de seguir alguém e entrar na aventura que na real não está nem política externa americana. O Trump até tenta, mas a burocracia, militares, congresso e senado não permitem.
O volume de comércio é bem maior e amplamente favorável ao Brasil. O que poderia equilibrar era o Brasil importar mais petróleo, derivados e petroquímicos iranianos. Além de intenções de investir em refinarias, petroquímica no Brasil desde que garantisse importação de petróleo iraniano. Existiram conversas com Dilma e Temer, mas ficaram emperradas pela crise e instabilidade política.
Podem puxar a ficha do irã. É bizarro. O Brasil exportou uns US$ 2 bi até agora em 2018 e importou mixaria de US$ 40 milhõesMilho em grãos lidera ranking de produtos exportados pelo Brasil com destino ao Irã
Em reunião com o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, o embaixador iraniano, Seyed Ali Saghaeyan, manifestou o desejo de expandir as relações comerciais bilaterais entre Brasil e Irã.
No encontro, realizado na última quinta-feira (18), em Brasília, o embaixador afirmou que o governo iraniano pretende ampliar as compras de medicamento e alimentos produzidos no Brasil.
Seyed Ali Saghaeyan também aproveitou o evento para convidar o ministro Marcos Jorge para uma reunião na capital Teerã, na Comissão Mista de Assuntos Econômicos ainda em dezembro, até o final deste ano.
O Irã é o sexto principal destino dos produtos exportados pelo Brasil. Neste ano, 2,55% das exportações brasileiras foram destinadas ao país asiático. Até setembro, o intercâmbio bilateral entre Brasil e Irã registrou um recorde histórico, movimentando US$ 4,6 bilhões, valor 77% superior ao verificado no ano passado (US$ 2,6 bilhões). Milho em grãos (78%), soja (11%) e carne bovina (5,7%) são os produtos mais exportados pelo Brasil ao Irã.
http://www.brasil.gov.br/noticias/econo ... m-o-brasil
http://www.mdic.gov.br/balanca/comex-vi ... ml?var=xxx
Isso é um exemplo. Tem vários outros do Brasil ganhando com a briga de china vs eua, países emergentes buscando novos fornecedores e parcerias. Coisas que vão totalmente contra a ideia de seguir alguém e entrar na aventura que na real não está nem política externa americana. O Trump até tenta, mas a burocracia, militares, congresso e senado não permitem.
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Re: Geopolítica Brasileira
Esses comunistas da Folha de São Paulo e FGV não acreditam na lealdade de Trump.
Além de ter alguma noção sobre comércio internacional. Por exemplo, os EUA não vão comprar US$ 50-100 bi em grãos e minérios, em parte bens industriais, para compensar restrições no mercado chinês, árabe (e muçulmano), iraniano e russo. O que ajudará o Brasil ter um superávit comercial recorde esse ano, mesmo com crescimento das importações, como indicam os números do comércio exterior.
Ou que os EUA são competidores, especialmente em commodities agrícolas para países emergentes. Enquanto o comércio EUA e Brasil é basicamente de bens industriais, peças e componentes, insumos tendendo positivamente para os EUA. E que a guerra comercial com a China, Irã e outros está ajudando os produtores brasileiros e abrindo novos mercados.
O Dudu é só um garoto. Ainda está amadurecendo. Um dia ele aprende a não falar demais, não dar tudo na base de promessas unilaterais. Ao mesmo tempo em que quem manda é o congresso e senado em que boa parte não concorda com Trump.Em nome do pai, Eduardo Bolsonaro inaugura alinhamento aos EUA
Sua missão foi dar o primeiro passo na construção do relacionamento pessoal entre Jair e Trump
29.nov.2018 às 2h00
O deputado Eduardo Bolsonaro encerrou esta semana sua primeira viagem internacional como enviado especial do presidente eleito.
A missão aos Estados Unidos foi talhada para ser o primeiro passo na construção do relacionamento pessoal entre o pai e Donald Trump.
Quando o deputado escreveu pedindo os encontros, a reação inicial na burocracia da Casa Branca foi de perplexidade. “Eles estão mesmo dispostos a se associar assim ao Trump?” Os americanos ficaram entusiasmados.
Eduardo Bolsonaro, com o boné que retrata a nova fase de idealismo romântico - Reprodução G1
A viagem foi bem calculada. O emissário reuniu-se com quase todos os centros de poder que importam: o genro de Trump, os senadores Marco Rubio e Ted Cruz, os departamentos de Estado, Tesouro e Comércio, assim como a comunidade de negócios.
O problema, entretanto, foi a mensagem. Em vez de fortalecer a mão de Bolsonaro em Washington, o primeiro movimento do governo terminou por enfraquecê-la.
O filho chegou fazendo compromissos numa agenda cara ao governo americano —Cuba, Jerusalém, China e Venezuela. Nada pediu em troca além da deferência americana a Bolsonaro.
Como Trump não respeita quem faz concessões unilaterais, a equipe de Bolsonaro desvalorizou o próprio passe. De quebra, confundiu investidores ao dizer que a reforma da Previdência pode não acontecer.
O voluntarismo do lado brasileiro é produto da crença arraigada segundo a qual Trump compensará os eventuais custos que Bolsonaro venha a incorrer no processo de se alinhar à Casa Branca.
A expectativa do novo governo é que Trump seja leal a Bolsonaro, membro mais novo do movimento transnacional de lideranças de direita.
Tal idealismo ingênuo é danoso para o Brasil e perigoso para o próprio governo Bolsonaro. Trata-se de crença irracional que ignora o gosto de Trump por arrancar concessões de seus principais parceiros a troco de nada.
Ignora, acima de tudo, o fato de que Trump não tem condições políticas de dar ao Brasil acesso significativo ao mercado americano.
O boné usado pelo deputado em Washington (“Trump 2020”) retrata esta nova fase de idealismo romântico.
Os americanos irão à forra. John Bolton fará 1.001 promessas vazias. Também tentará emplacar contratos. Caem no conto os mais ingênuos.
Quem rói as cordas são aqueles quadros do novo governo que, conhecendo como funciona a geopolítica, têm ojeriza visceral a quem viaja mundo afora para dar ponto sem nó.
Se esta missão der o tom da diplomacia dos próximos anos, os opositores podem descansar tranquilos. Não há risco de uma política externa desse tipo dar certo.
Matias Spektor
Professor de relações internacionais na FGV.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/m ... ign=compfb
Além de ter alguma noção sobre comércio internacional. Por exemplo, os EUA não vão comprar US$ 50-100 bi em grãos e minérios, em parte bens industriais, para compensar restrições no mercado chinês, árabe (e muçulmano), iraniano e russo. O que ajudará o Brasil ter um superávit comercial recorde esse ano, mesmo com crescimento das importações, como indicam os números do comércio exterior.
Ou que os EUA são competidores, especialmente em commodities agrícolas para países emergentes. Enquanto o comércio EUA e Brasil é basicamente de bens industriais, peças e componentes, insumos tendendo positivamente para os EUA. E que a guerra comercial com a China, Irã e outros está ajudando os produtores brasileiros e abrindo novos mercados.
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Re: Geopolítica Brasileira
Achei um grande tiro no pé Brasil cancelar a reunião do COP 21.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Geopolítica Brasileira
Esses acordos climáticos e de cooperação são negócios. Simples assim. As regras básicas para que possam evoluir acordos comerciais, de investimento e cooperação tecnológica.
Nos EUA, o Trump supostamente ignora os acordos, que beneficiam as indústrias velhas e pouco competitivas como as que queimam carvão. No entanto, os estados mais avanças e com relacionamento com o exterior (Califórnia, por exemplo) e as empresas que tem fortes relações com exterior seguem os protocolos internacionais para abrir os mercados e não ter problemas. Inclusive as petroleiras e mineradoras norte-americanas.
E tem a China que polui muito. Mais o menos. Os chineses estão mudando a matriz energética e as leis ambientais. É o caso de progressivamente abandonar as usinas de carvão para gás natural, aumento da participação da energia eólica e solar, incentivar programas de redução de consumo de energia e maior eficiência. Ao mesmo tempo, incentivar os carros e caminhões elétricos, limitar o uso de carros em grandes cidades, ser cada vez mais restritivo ao combustível fóssil. A motivação reduzir a dependência externa de energia de petróleo, custo da energia, abrir os mercados internacionais como de energia renovável e outras tecnológicas. Os sauditas e israelenses estão na mesma linha.
A ameaça do Macron de que "não tem acordo de livre comércio se o Brasil sair do Acordo de Paris" coerente com as mudanças no mundo. Os franceses e outros não aceitam que países e firmas que não sigam determinadas regras entre no mercado nacionais. Por causa das vantagens de menor custo, exportar poluição para outros e incentivar que empresas optem por abrir filiais em outros países.
E para lembrar que acordo de Paris beneficia o Brasil. Porque o Brasil recebe apoios financeiro, tecnológico e outras vantagens por estar no acordo.
Nos EUA, o Trump supostamente ignora os acordos, que beneficiam as indústrias velhas e pouco competitivas como as que queimam carvão. No entanto, os estados mais avanças e com relacionamento com o exterior (Califórnia, por exemplo) e as empresas que tem fortes relações com exterior seguem os protocolos internacionais para abrir os mercados e não ter problemas. Inclusive as petroleiras e mineradoras norte-americanas.
E tem a China que polui muito. Mais o menos. Os chineses estão mudando a matriz energética e as leis ambientais. É o caso de progressivamente abandonar as usinas de carvão para gás natural, aumento da participação da energia eólica e solar, incentivar programas de redução de consumo de energia e maior eficiência. Ao mesmo tempo, incentivar os carros e caminhões elétricos, limitar o uso de carros em grandes cidades, ser cada vez mais restritivo ao combustível fóssil. A motivação reduzir a dependência externa de energia de petróleo, custo da energia, abrir os mercados internacionais como de energia renovável e outras tecnológicas. Os sauditas e israelenses estão na mesma linha.
A ameaça do Macron de que "não tem acordo de livre comércio se o Brasil sair do Acordo de Paris" coerente com as mudanças no mundo. Os franceses e outros não aceitam que países e firmas que não sigam determinadas regras entre no mercado nacionais. Por causa das vantagens de menor custo, exportar poluição para outros e incentivar que empresas optem por abrir filiais em outros países.
E para lembrar que acordo de Paris beneficia o Brasil. Porque o Brasil recebe apoios financeiro, tecnológico e outras vantagens por estar no acordo.
Após Bolsonaro criticar tratado, Temer se compromete com Acordo de Paris ... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/internacion ... copiaecola
- J.Ricardo
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Re: Geopolítica Brasileira
Outra coisa, o maior vilão do Brasil no quesito poluição são as queimadas na região norte e cetro-oeste, é uma obrigação nossa cessar esse problema, nós só temos a ganhar negociado bem esses acordos, não podemos é entrar na "vibe" dos "tea party" americanos.
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Re: Geopolítica Brasileira
as queimadas metade delas são naturais e ocorrerão todo ano independente do que seja feito. Igual as queimadas da california. Desde que a terra seja deixada em paz em menos de 10 anos a vegetação retorna e mais resistente as queimadas. Logo ela é preocupante do ponto de vista do CO² mas é irrelevante do ponto de vista da preservação da floresta em si.J.Ricardo escreveu: ↑Sex Nov 30, 2018 7:00 pm Outra coisa, o maior vilão do Brasil no quesito poluição são as queimadas na região norte e cetro-oeste, é uma obrigação nossa cessar esse problema, nós só temos a ganhar negociado bem esses acordos, não podemos é entrar na "vibe" dos "tea party" americanos.
O maior problema mesmo é o crescimento desordenado na região. Sendo usado como fronteira agrícola por agricultores que dão 2 fodas pro mercado externo e vendem apenas internamente. (Pq Europa, EUA, etc não compram produtos originários da amazônia).
Por exemplo, tem que preservar 80% da amazônia ao criar uma fazenda. Mas não a nenhuma preocupação em tornar esses 80% contínuos. Acaba virando pequenos "matos" desordenados que não servem pra nada fora deixar a contabilidade no papel bonitinha.
Outra que o desmatamento da amazonia já está perigosamente perto do ponto sem retorno. Onde após isso não importa mais o que seja feito, a floresta acabará sozinha por não ter mais condição de se retro alimentar com seu próprio ciclo de água. A discussões se é entre 20 e 30%. Mas já passados dos 20%.
È só olhar mapas de rondonia por exemplo de 20 anos atrás e hoje. E da pra ver que praticamente a floresta continua e preservada acabou. Igual chamar os parques desconectados por todo o BRasil de mata atlantica.
E estão mudando as leis pra pegar o "pedaço verde" a oeste pq não tem proteção federal.
Veja que não significa que precisamos entrar no papo do "vai deixa-los na idade da pedra?". Apenas é uma verdade que a agricultura do Norte do país é estupidamente ineficiente e a muita pressão pra ficar cada vez mais redesenhando e diminuindo as áreas de proteção. E nenhuma preocupação em ligar tais áreas para formar uma zona continua que sustente a floresta.
- Bourne
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Re: Geopolítica Brasileira
Viram como a bancada evangélica reagiu ao governo preterir o grande nome Magno Malta? Eles tiveram o chilique e promessa de guerra. Porque o governo deu espaço, cedeu sem negociar e amarrar os apoios. Agora eles querem tudo porque acreditam que podem e tem poder de negociar. A Dilma se enrolou toda quando começou a dar tudo que o centrão e evangélicos pediam.
Na esfera internacional, especialmente da política comercial, é similar. Toma atitudes em troca de boa vontade e alianças estratégicas é o indicativo que vão te passar a perna. Essas papos de brigar com árabes, iranianos, chineses e tal ou sair de acordos multilaterais e mudar a legislação ambiente servem para perder mercado para os norte-americanos. E jogar o Brasil em conflitos que não precisa e não quer.
O Mourão (e militares) e equipe econômica (incluindo a parte comercial que ficou com o Paulo Guedes) percebeu e tentam evitar.
Na esfera internacional, especialmente da política comercial, é similar. Toma atitudes em troca de boa vontade e alianças estratégicas é o indicativo que vão te passar a perna. Essas papos de brigar com árabes, iranianos, chineses e tal ou sair de acordos multilaterais e mudar a legislação ambiente servem para perder mercado para os norte-americanos. E jogar o Brasil em conflitos que não precisa e não quer.
O Mourão (e militares) e equipe econômica (incluindo a parte comercial que ficou com o Paulo Guedes) percebeu e tentam evitar.
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Re: Geopolítica Brasileira
Bourne escreveu: ↑Qui Nov 29, 2018 9:36 am Esses comunistas da Folha de São Paulo e FGV não acreditam na lealdade de Trump.
Em nome do pai, Eduardo Bolsonaro inaugura alinhamento aos EUA
Sua missão foi dar o primeiro passo na construção do relacionamento pessoal entre Jair e Trump
29.nov.2018 às 2h00
O deputado Eduardo Bolsonaro encerrou esta semana sua primeira viagem internacional como enviado especial do presidente eleito.
A missão aos Estados Unidos foi talhada para ser o primeiro passo na construção do relacionamento pessoal entre o pai e Donald Trump.
Quando o deputado escreveu pedindo os encontros, a reação inicial na burocracia da Casa Branca foi de perplexidade. “Eles estão mesmo dispostos a se associar assim ao Trump?” Os americanos ficaram entusiasmados.
Eduardo Bolsonaro, com o boné que retrata a nova fase de idealismo romântico - Reprodução G1
A viagem foi bem calculada. O emissário reuniu-se com quase todos os centros de poder que importam: o genro de Trump, os senadores Marco Rubio e Ted Cruz, os departamentos de Estado, Tesouro e Comércio, assim como a comunidade de negócios.
O problema, entretanto, foi a mensagem. Em vez de fortalecer a mão de Bolsonaro em Washington, o primeiro movimento do governo terminou por enfraquecê-la.
O filho chegou fazendo compromissos numa agenda cara ao governo americano —Cuba, Jerusalém, China e Venezuela. Nada pediu em troca além da deferência americana a Bolsonaro.
Como Trump não respeita quem faz concessões unilaterais, a equipe de Bolsonaro desvalorizou o próprio passe. De quebra, confundiu investidores ao dizer que a reforma da Previdência pode não acontecer.
O voluntarismo do lado brasileiro é produto da crença arraigada segundo a qual Trump compensará os eventuais custos que Bolsonaro venha a incorrer no processo de se alinhar à Casa Branca.
A expectativa do novo governo é que Trump seja leal a Bolsonaro, membro mais novo do movimento transnacional de lideranças de direita.
Tal idealismo ingênuo é danoso para o Brasil e perigoso para o próprio governo Bolsonaro. Trata-se de crença irracional que ignora o gosto de Trump por arrancar concessões de seus principais parceiros a troco de nada.
Ignora, acima de tudo, o fato de que Trump não tem condições políticas de dar ao Brasil acesso significativo ao mercado americano.
O boné usado pelo deputado em Washington (“Trump 2020”) retrata esta nova fase de idealismo romântico.
Os americanos irão à forra. John Bolton fará 1.001 promessas vazias. Também tentará emplacar contratos. Caem no conto os mais ingênuos.
Quem rói as cordas são aqueles quadros do novo governo que, conhecendo como funciona a geopolítica, têm ojeriza visceral a quem viaja mundo afora para dar ponto sem nó.
Se esta missão der o tom da diplomacia dos próximos anos, os opositores podem descansar tranquilos. Não há risco de uma política externa desse tipo dar certo.
Matias Spektor
Professor de relações internacionais na FGV.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/m ... ign=compfb
Olha, o Matias Spektor escreve sempre para o GGN (do Luís Nassif).
Não dá para ficar colocando aqui especialista que escreve para o GGN, Brasil 247, ou Diário do Centro do Mundo, etc como se fossem "isentões".
Ah sim, ele é acadêmico. Que escreve para ânus ideológicos. Grande bost@.
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Re: Geopolítica Brasileira
Os Chineses já compraram adiantado, ou seja, uma forma de empréstimo, a produção de petróleo venezuelano até 2025.Bourne escreveu: ↑Qua Nov 28, 2018 8:46 am Os chineses agradecem o apoio para ampliar a presença na Venezuela. Em conjunto com russos que quem sabe consigam comprar refinarias, redes de postos e outros de propriedade venezuelana. Em um mundo cheio de potências globais e regiões, as sanções unilaterais servem para empurrar o país para outros. No caso do Brasil, a movimentação ajuda a criar mais um problema que não dá conta do Brasil, assim como com os países árabes e a China.
Material bélico russo é tudo em forma de empréstimo com carência longa.
Vocês acham que a China e Rússia passariam a comprar da Venezuela e na Venezuela, emprestar e passariam a tirar ela do buraco.
Só que eles já vem fazendo isso há um bom tempo e sem resultado.
"ah mas a Venezuela vai se voltar mais para eles". É um país desesperado que se voltou o quanto pôde.