NOTÍCIAS POLÍTICAS

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27796 Mensagem por Bolovo » Sáb Nov 17, 2018 1:04 am

knigh7 escreveu: Sáb Nov 17, 2018 12:41 am
Bolovo escreveu: Sex Nov 16, 2018 8:12 pm
Portugal contrata os mesmíssimos médicos cubanos desde 2009 justamente pela falta de médicos portugueses nos rincões do país,
São apenas 87 médicos cubanos trabalhando em Portugal...
E? Cada país com suas demandas. Um país europeu tem necessidades menores do que um latino-americano. Aqui em São José dos Campos, uma cidade rica e muito bem localizada, há 20 médicos cubanos. E a prefeitura está preocupada em substituí-los, pois talvez não ache quem queira as vagas. Imagina então nos rincões desse país. Mas eu sinceramente não estou entendendo todo esse celeuma, uma das promessas do Bolsonaro não era expulsar os médicos cubanos do Brasil? Então, ele conseguiu, parabéns pra ele.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27797 Mensagem por knigh7 » Sáb Nov 17, 2018 1:29 am

Bolovo,

Aqui no Estado de S. Paulo, assim como em outras regiões em que não estão no fim do mundo,a gente vai entrar no problema salarial. Que é algo havia apontado. Não preenchem por causa do salário.
Nos regiões inóspitas, que é de fato um problema, eu soube que o EB foi chamado para apontar soluções.

Eu li que o governo cubano já está retirando os médicos do Brasil. Ele está tentando gerar problema, pois está sendo feito até antes do Bolsonaro assumir.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27798 Mensagem por knigh7 » Sáb Nov 17, 2018 1:56 am

Túlio escreveu: Sex Nov 16, 2018 10:10 pm
Agora sim, totalmente de acordo! [009]

O fato de um Presidente Eleito, mesmo que ainda não empossado, dar uma declaração totalmente de acordo com as que dava até antes de ser oficialmente candidato (vi um vídeo de 2016 onde dizia palavra por palavra o que declarou e causou a crise) se, por um lado, revela que não está inventando moda e, real novidade, ao menos parece estar disposto a cumprir o que prometeu, está revelando algo que me incomoda, como militante, cada vez mais, dentre meus pares, e que cansei de criticar (mas sigo fazendo porque é verdade) no "outro lado":

FANATISMO!

É duro de admitir, e apenas fico um pouco em paz porque só vejo na web - na rua a charla é a mesma, isso a tigrada acha certo, aquilo errado, tudo normal como qualquer outra época - coisas do tipo "Bolsonaro tá sempre certo" sem a menor reflexão. Já tentei colocar em debate que ano que vem TODOS teremos que fazer sacrifícios e não serão leves nem pequenos; como Servidor Público Aposentado bem sei que o meu vai estar na reta como nunca e trato de me preparar para um ano duríssimo, poupando o que consigo e sempre de olho em oportunidades de investimento. E ninguém nem aí, parece que o Brasil vai virar numa China (só que ferrenhamente anticomunista) em 01/01/2019, entrar para a OTAN e se tornar a nova Inglaterra dos EUA, e estaremos então no melhor dos mundos. Fico pasmo, dependemos do mundo tanto quanto ele de nós, não é rua de mão única.

Daí tá lotado de gente online que vai ter uma baita decepção ano que vem se não tratar de acordar E LOGO! E da decepção resultará (alegrem-se os PUTISTAS, o jogo não acabou, pelo jeito) muito vozerio e instabilidade. Porque otimismo não é ruim mas em exagero, bueno, costuma ser FEIO quando colide com a Realidade. E aí todos veremos se o pessoal (1) dá algum espaço para governar, criticando e elogiando conforme o caso, (2) se revolta e torna a encher as ruas em busca de um governo que nunca vai existir (aquele em que todo mundo está satisfeito e não precisa fazer sacrifício algum) ou (3) segue alegremente rumo ao abismo, gritando chavões e palavras de ordem. Neste último caso, o que nos irá diferir de um PETRALHA (cara que ganha dinheiro grosso graças ao PT), um PUTISTA (cara iludido com as lorotas do PT) ou MORTADÓLAR (massa de manobra paga em merreca para se mexer) será, a meu ver, apenas sabermos o Hino e que a Bandeira é verde-amarela e não vermelha. Fora isso... [085] [085] [085] [085]
Será que o eleitorado do Bolsonaro (e não do falso eleitor :wink: ) n o qual eu me incluo, já não está calejado com o longo tempo da crise econômica e acha que ele vai tirar o coelho da cartola fazendo esse país crescer bem já no proximo ano? Ele prometeu?

O Bolsonaro não tem medo de mexer na bost@, seja por coragem, seja por não rabo preso, não importe o quanto cheire mal (além dele ser direita) o que é uma das raras qualidades num político. Vão ser pelo menos 4 anos de mimimi, rasgação de calcinha nas universidades públicas, dos gostosões do NOVO criticando, de toneladas de esquerdistas dizendo "se arrependeram de votar no Bolsonaro" :roll: , a Folha de S. Paulo noticiando que o governo dele vai acabar,etc etc.
E mais terabytes de mimimis na internet. Mas o Bolsonaro vai tocar a agenda dele...

Obs: com certeza o DataFoice e o IBOPE vão apontar extrema queda de popularidade do Bolsonaro (aliás, será que já não estão apontando?).
Aqui oh (e com certeza os eleitores de fato dele):

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27799 Mensagem por knigh7 » Sáb Nov 17, 2018 2:17 am

Direita se organiza
POR MERVAL PEREIRA16/11/2018 04:30

José Dirceu, o outrora superpoderoso ministro de Lula, continua sendo o que melhor pensa estrategicamente no PT, mesmo com muitos anos de cadeia pela frente. Ele já entendeu que o governo Bolsonaro tem “muita base social, muita força e muito tempo pela frente. Vai transformar a segurança em pauta”. Dirceu diagnostica que em 13 anos e meio de governo, o PT “se afastou do dia a dia do povo”.

A escolha do embaixador Ernesto Araújo para ministro das Relações Exteriores corresponde à ideia de dar ao presidente eleito Jair Bolsonaro um papel relevante entre os partidos do espectro direitista na América Latina e no mundo. Ele seria uma espécie de “Celso Amorim da direita”, em referência ao chanceler que inventou a imagem de Lula como grande líder popular no mundo, a ponto de pretender mediar o conflito do Oriente Médio e a crise dos Estados Unidos com o Irã.

Não deu certo, mas restam, principalmente na Europa, intelectuais e líderes de esquerda que ainda consideram Lula um preso político. Com uma imagem desgastada no exterior, devido a seu histórico político de radicalismos, Bolsonaro vai precisar se firmar como líder de sua tendencia política, e quem esta ajudando nessa tarefa é Eduardo Bolsonaro, eleito o deputado federal mais votado da história do país, e Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump e ideólogo de uma direita internacional que projeta um grupo para reunir os partidos de direita ou extrema direita da Europa em torno de discussões políticas comuns.

A indicação de Ernesto Araújo teve o entusiasmo de André Marinho, filho de Paulo Marinho, que é suplente do Bolsonaro senador, mas só começou a ser levada a sério com o apoio de Eduardo, que pretende ser o líder intelectual da direita na região. Ele viajará aos Estados Unidos, onde morou, para manter contatos com autoridades do governo Trump, já que seu pai não pode viajar.

Na América Latina, a Fundação Índigo, ligada ao PSL, partido de Bolsonaro, tentou levar o então candidato a uma reunião em Foz do Iguaçu, financiada por um Centro de Estudos em Seguridade (CES), ligado à Universidade de São Paulo (Unifesp). A ideia era que o evento fosse um contraponto ao Foro de São Paulo, que reúne representantes da esquerda de vários países, criado em parceria entre Lula e Fidel Castro, e chegou a eleger a maioria dos presidentes de países vizinhos.

A quase totalidade hoje está envolvida em corrupção no mesmo esquema com a Odebrecht que o PT exportou para a região. Quem entendeu com antecedência a ascensão da direita no país e no mundo, com pesquisas qualitativas que já prenunciavam esse comportamento conservador do eleitor brasileiro foi o Democratas, através do ex-prefeito Cesar Maia do Rio.

Ele colocou o partido em contato com a Internacional Democrata de Centro (IDC), contraponto à Internacional Socialista (IS), que tem em seus quadros o PDT como membro efetivo e o PT como observador. Ambos boicotaram a entrada do PSDB como membro efetivo.

Mas o DEM não teve coragem de assumir uma posição direitista pura, seguindo o que diziam as pesquisas, que indicavam o eleitor medio brasileiro mais ligado a valores conservadores, família e propriedade, e também receoso com a segurança publica.

Entre os palestrantes da "Cúpula Conservadora das Américas" em Foz do Iguaçu estariam na mesa de cultura o príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança, filiado ao PSL, o cientista político venezuelano Roderick Navarro, o cubano Orlando Gutierrez-Boronat, do Diretório Democrático Cubano, e o filósofo e escritor Olavo de Carvalho.

Diversos representantes de países da América do Sul, como Paraguai, Colômbia, Chile, estão na relação do encontro, que foi adiado para dezembro porque Bolsonaro não quis fazer a reunião durante a campanha eleitoral, com receio dos gastos serem vetados pela Justiça Eleitoral.

Como se vê, a turma que chegou ao poder nada tem de amadora, embora ainda se ressinta de uma organização de comunicação que evite a bateção de cabeças. Dirceu tem razão, e um dos projetos dos Bolsonaro é entrar no nicho eleitoral do PT no nordeste. É a primeira vez que um governo não petista terá a oportunidade de mostrar àquela região, sustentáculo do PT com os votos que levaram Haddad ao segundo turno, que também se preocupa com os pobres.
https://blogs.oglobo.globo.com/merval-p ... aniza.html
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27800 Mensagem por knigh7 » Sáb Nov 17, 2018 5:02 am

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27801 Mensagem por knigh7 » Sáb Nov 17, 2018 5:20 am

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Moro: Lula é mentor do esquema criminoso da Petrobras. O tríplex é a ponta do iceberg
Na primeira entrevista concedida a um veículo impresso desde que aceitou o convite para integrar o governo Bolsonaro, o futuro ministro da Justiça Sergio Moro diz que, apesar de o STF já permitir, ele vai propor que o cumprimento da prisão em 2ª instância assuma força de lei. Sobre as acusações de perseguição política ao ex-presidente petista, o juiz foi taxativo: “Lula é o mentor do esquema criminoso na Petrobras. O tríplex é a ponta do iceberg”

Germano Oliveira

15/11/18 - 19h00 - Atualizado em 15/11/18 - 20h22

O juiz demonstrava descontração. Nem parecia o magistrado sisudo das audiências tensas e, não raro, acaloradas com o ex-presidente Lula e os maiores empreiteiros do País. Chegou a esboçar leves risadas, como a que soltou ao rememorar ações envolvendo escuta de celulares num presídio, “onde os presos falavam tanto que os policiais se confundiam até sobre quem falava o que”. Depois de uma hora e meia com os repórteres da ISTOÉ, brincou: “Vocês já têm histórias para escrever um livro”.

Em sua primeira entrevista exclusiva para um veículo de comunicação impresso, após ter sido escolhido ministro da Justiça e Segurança Pública pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, o juiz Sergio Moro ainda utilizou a antiga sala da 13ª Vara Federal do Paraná, em Curitiba, que ocupa há 15 anos. A partir de agora, deve passar a concedê-las somente no Palácio de Justiça, em Brasília, suntuoso prédio onde está instalado o ministério que comandará a partir de janeiro. Sua mesa na Justiça Federal é o que podemos chamar de bagunça organizada – aquela em que só o dono é capaz de se encontrar no meio dela, mais ninguém. Repleta de papeis em desalinho, um em cima do outro, cercada por estantes amontoadas por livros comprados por ele mesmo.

Mas, claro, ali no meio daquela aparente anarquia se transpira seriedade. É onde se batalhava a faina diária de um dos magistrados mais competentes do País, responsável pela Lava Jato, a mais profunda operação de combate ao crime organizado desenvolvida no Brasil. Para o novo gabinete, ele ainda não sabe se levará os livros. Uma hipótese é deixá-los mesmo em Curitiba para não sobrecarregar a mudança. O mesmo provavelmente fará com sua esposa Rosângela e os dois filhos adolescentes, só que por outras razões, obviamente. A mulher cuida de um escritório onde é advogada especialista em casos de pessoas com doenças raras. Os filhos adolescentes preferem não trocar de escola. “Irei para casa nos finais de semana”, promete. Quem ele vai levar quase que a tiracolo é Flávia Blanco, sua chefe de gabinete na Justiça Federal, uma espécie de faz-tudo do juiz e a quem ele tem em mais alta conta. Moro tem pressa. Terá pouco mais de um mês para definir também quem levará para Brasília para integrar a nova equipe. Um de seus desejos era reforçar o time com integrantes da Lava Jato, mas enxerga “óbices” difíceis de transpor. “Seria um tolo se não levasse gente da Lava Jato, que já comprovaram competência e dedicação, mas muitos teriam que abandonar suas carreiras para me seguir”.

Na verdade, a maior angústia de Moro não é deixar para trás livros, amigos e colegas de trabalho, mas as dezenas de processos da Lava Jato ainda não encerrados. Quando desencadeou a operação em 17 de março de 2014, Moro não imaginava chegar tão longe. Mas, quando decretou a prisão do doleiro Alberto Youssef, e com ele encontrou o documento da compra de uma Range Rover Evoque em nome de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, percebeu que o caso poderia atingir proporções muito maiores. Preso, Costa revelou em delação que a Petrobras era usada pelo governo Lula para o pagamento de propinas a políticos tanto do PT, como do PP e PMDB. Era apenas o fio de um extenso novelo que alcançaria o maior esquema de corrupção da história recente do País. A Lava Jato evoluiu de tal maneira que levou o juiz a condenar importantes dirigentes do PT, o mais importante deles o ex-presidente Lula, preso em Curitiba desde o começo do ano por ter recebido vantagens da OAS, entre as quais um tríplex no Guarujá, em troca de polpudos contratos na Petrobras.

Ao responder à ISTOÉ sobre o inconformismo do ex-presidente em relação à condenação imposta a ele, Moro lembrou que a sentença foi “extensamente fundamentada” e acrescentou: “As provas indicam que Lula é o mentor desse esquema criminoso que vitimou a Petrobras. E não se trata só de um tríplex. Nós falamos de um rombo de R$ 6 bilhões. O tríplex é a ponta do iceberg”. Sobre as acusações de perseguição política, e eventual relação de causa e efeito com a campanha presidencial deste ano, Moro reavivou que a sentença no caso do tríplex foi proferida em meados de 2017. “O que existe é um álibi de Lula, baseado numa fantasia de perseguição política”. Ademais, a decisão de condenar o petista a nove anos e meio de prisão, reforçou juiz, foi mantida pela Corte de apelação (TRF-4), que não apenas endossou as suas fundamentações jurídicas como ampliou a pena para 12 anos e um mês. “A partir daí, a decisão não é mais minha”, disse.
Os demais processos que Sergio Moro deixará prontos para julgamento, envolvendo o ex-presidente, como o caso do apartamento São Bernardo do Campo e de um terreno para o Instituto Lula, doado como propina pela Odebrecht, estarão sob a batuta da juíza substituta Gabriela Hardt. A sentença deverá ser proferida ainda este ano. A julgar pela audiência de estreia (leia mais às págs 32 e 33), que lhe rendeu o apelido de “juíza linha Hard(t)” pela maneira firme como arguiu e enquadrou o ex-mandatário petista durante depoimento sobre o sítio de Atibaia, tudo indica que Lula deve ser condenado novamente por corrupção e lavagem de dinheiro. “Esses processos já fazem parte do meu passado”, esquiva-se Moro.

O foco do futuro ministro da Justiça agora é na preparação dos projetos de combate à corrupção e ao crime organizado que serão submetidos ao Congresso já em fevereiro. Entre as mudanças propostas estão as que possibilitam prever em lei o cumprimento da prisão após condenação em segunda instância e a redução da maioridade penal para 16 anos, “mas apenas para crimes de sangue”. Moro pretende endurecer ainda medidas contra os cabeças do tráfico, não permitindo as famigeradas saidinhas durante o cumprimento das penas. Uma de suas ideias é proibir inclusive as tradicionais visitas íntimas a presos. Atendendo a uma promessa de campanha de Jair Bolsonaro, Moro trabalhará para flexibilizar o porte de armas, mas apenas dentro de casa: “Não vamos autorizar que as pessoas saiam armadas nas ruas”. Para quem ainda acha que ele largará a carreira de magistrado para mergulhar na política, Sergio Moro adverte: “Não serei candidato a presidente da República. Não tenho nenhuma pretensão de participar de campanhas eleitorais, nem de subir em palanques”.

O senhor vai apresentar um plano de combate à corrupção e ao crime organizado?
Nos últimos anos houve um avanço muito grande de políticas anticorrupção. A Justiça começou a mudar. Está começando a enfrentar com mais rigor os casos de corrupção. O que nós temos visto na Lava Jato é uma agenda anticorrupção forte, mas o governo federal foi muito tímido. Então a prioridade vai ser as medidas anticorrupção. E o embate contra o que já é uma coisa de segurança nacional, que é o crime organizado. A ideia é a apresentação de um plano ao Congresso já em fevereiro.

E quais serão as primeiras medidas?
O projeto que vamos apresentar ainda está em estudo e seria imprudente de minha parte anunciar todo o plano agora. Ele ainda terá que ser submetido ao presidente Jair Bolsonaro. Então é prematuro colocá-lo em detalhes neste momento. Mas, por exemplo, em matéria de crime organizado quero proibir o condenado de poder progredir de regime de cumprimento de pena se houver vínculo com organizações criminosas. Em matéria anticorrupção há a execução da pena a partir da condenação em segunda instância, que é uma questão que deverá constar no projeto a ser encaminhado ao Congresso. O entendimento do Supremo, que predomina desde 2016, é que a Constituição já permite a execução em segunda instância. O mais prudente, neste momento, é apresentar um projeto para deixar isso mais claro na legislação ordinária.

O senhor teme a mobilização das bancadas de parlamentares que estão sendo investigados pela Lava Jato, como Renan Calheiros, contra o seu projeto anticorrupção?
O novo governo traz uma expectativa de mudança. Os eleitores deram recado claro nas eleições de que há uma insatisfação com a corrupção e com a segurança pública. Isso sem ingressar na parte econômica, que também é muito importante, mas não é da minha área. Imagino que os parlamentares serão sensíveis a esses anseios dos eleitores. Mas nós pretendemos dialogar e construir uma agenda que possa ser aprovada pelo Parlamento em tempo razoável.

O senhor disse que apesar do esforço gigantesco da Lava Jato a corrupção continua. O senhor quis dizer que a corrupção não acabará?
É impossível eliminar a corrupção, como é impossível eliminar a atividade criminal. Agora, o que é intolerável é a tradição da impunidade que nós tínhamos no Brasil. Isso acabava sendo estímulo para a prática de novos crimes. Tanto assim que se chegou à uma situação, considerando os casos já julgados, de corrupção disseminada. Se não é possível eliminar a corrupção por completo, é possível reduzi-la a patamares menores do que temos atualmente.

Os governantes montaram verdadeiras máquinas de dilapidação dos cofres públicos. No governo Bolsonaro é possível que dizer que isso não se repetirá?
Crime de corrupção é muito difícil ser descoberto e investigado, porque é um crime praticado em segredo. Tem que se criar sistemas de controle e prevenção para detectar esses fatos. Agora, o que eu posso assegurar, porque isso me foi afirmado pelo presidente eleito, é que ninguém será protegido. Identificado os casos de corrupção no governo, ninguém será protegido. Esse é um compromisso meu. Não vou assumir um cargo desses para proteger alguém.

Se o senhor descobrir alguém se locupletando do governo, vai pedir que o presidente demita essa pessoa?
Sim, certamente. Se houver provas nesse sentido, e forem consistentes, vou levar ao presidente eleito para tomar uma decisão que ele entenda apropriada.

O ex-presidente Lula usa a sua nomeação para o ministério da Justiça do governo Bolsonaro para solicitar novo habeas corpus. Como vê as acusações do PT de que o senhor usou a Justiça apenas para perseguir o ex-presidente?
Essa é uma questão que agora pertence à Justiça. Eu proferi um julgamento em 2017, em que a decisão é extensamente fundamentada. As provas indicam que Lula é o mentor desse esquema criminoso que vitimou a Petrobras. E nós não tratamos apenas de um tríplex. Nós falamos de um rombo estimado de R$ 6 bilhões. O tríplex é a ponta do iceberg. A opção do Ministério Público foi apresentar a acusação com base nesse incremento patrimonial específico, que foi fruto da corrupção. Mas eu proferi essa decisão em meados de 2017 e a decisão foi mantida pela Corte de apelação. A partir do momento em que a Corte de apelação mantém a decisão, a decisão passa a ser dela. Não é mais nem minha.

Mas foi do senhor.
O que existe é um álibi de Lula, baseado numa fantasia de perseguição política. Vamos analisar a Operação Lava Jato. Nós temos agentes políticos que foram do Partido Progressista condenados, temos agentes do PMDB e de figuras poderosas da República, como foi o caso do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, considerado adversário figadal do PT. E, claro, condenamos também agentes do Partido dos Trabalhadores. O esquema de corrupção na Petrobras envolvia a divisão de dinheiro entre executivos da estatal e agentes políticos que controlavam a empresa. É natural que o esquema criminoso dessa espécie, quando descoberto, com políticos envolvidos, impliquem majoritariamente aqueles partidos que estavam no poder e controlavam a empresa e não legendas que se encontravam na oposição.

O senhor deixou pronto para ser julgado um novo processo que envolve o ex-presidente Lula. Sobre um apartamento em São Bernardo e um terreno destinado ao Instituto Lula, em que ele é acusado de receber os imóveis como forma de propina distribuída pela Odebrecht. O ex-presidente deve ser condenado outra vez?
Essa é uma questão da Justiça, a cargo da doutora Gabriela Hardt, que me substitui na 13ª Vara Federal e não seria apropriado comentar. Ela é uma magistrada muito séria e muito competente. No entanto, está em suas mãos diversos casos criminais em relação à Lava Jato, que demandam atenção dela. Então não sei se ela vai ter tempo hábil para julgar esse caso ainda este ano.

O presidente eleito Jair Bolsonaro disse que, se a polícia subir morro e numa operação dessas morrerem até 20 bandidos, não haverá problema algum. A polícia terá passe livre para matar na sua gestão?
Não existe isso. Às vezes essa questão é mal colocada. O objetivo do trabalho de investigação policial e do trabalho dessas operações contra o crime organizado é que o criminoso seja preso e o policial vá a salvo para a sua residência. O trabalho de enfrentamento das organizações criminosas é baseado em inteligência, investigação, prisão dos líderes, isolamento dos líderes e confisco de seus bens para desmantelar essas facções. Agora, existem algumas organizações que muitas vezes se valem da força e de seus armamentos para intimidar determinadas comunidades, muitas vezes carentes, utilizando armas ostensivamente. Nesse contexto pode eventualmente haver situações de confronto entre criminosos e polícia. Podem surgir incidentes, como óbitos, mas isso tem que ser evitado ao máximo, porque o risco de danos colaterais é muito grande. A situação ideal não é o criminoso morto. A situação ideal é o bandido preso.

O presidente Bolsonaro disse que policial que mata bandido em combate tem que ser condecorado. Pode haver um aumento indiscriminado de mortes por policiais?
Temos que ver em que contexto isso foi dito. Estratégia de confronto não é um objetivo. O confronto é uma possibilidade dentro do contexto de violência que existe. Não haverá o desejo de se buscar o confronto como resolução dos problemas criminais.

As facções que dominam o crime de dentro das cadeias transmitem ordens por meio de advogados ou familiares. O senhor pensa em restringir a atuação de advogados e familiares nos presídios?
Isso está sendo estudado. É evidente que tem se preservar a ampla defesa, mas as prisões de segurança máxima têm que servir como elemento para inibir novos crimes. Se o condenado mesmo assim consegue transmitir ordens, essa é uma situação em que o trabalho dos advogados tem que ser reavaliado.

As visitas íntimas deveriam acabar?
Isso está sendo estudado. É uma possibilidade.

O senhor já disse que concorda com a redução da maioridade penal para 16 anos. Não corremos o risco de se encher ainda mais as prisões com jovens que na verdade deveriam estar na escola e não presos?
A minha avaliação é que a redução da maioridade penal para 16 anos seja relacionada apenas a crimes graves. E quando falo em crimes graves, estou falando em crimes com resultado de morte ou lesão corporal gravíssima. Crimes de sangue. O que envolve um número não tão significativo desses adolescentes. Pode se dizer que isso não resolve o problema da criminalidade. E não resolve. Mas existem questões relativas à Justiça individual. Se você é parente, um pai de alguém que foi assassinado por um adolescente nessa faixa etária, você quer ver a Justiça sendo realizada. Um jovem de 16 a 18 anos já tem consciência de que não pode matar.

O que o senhor acha da proposta do presidente Bolsonaro que prevê que o cidadão possa ter uma arma em casa. O senhor não acredita que corremos o risco de ter crimes em massa como acontece nos Estados Unidos?
É uma questão de plataforma eleitoral. Uma das promessas de Bolsonaro foi a possibilidade do porte de armas, mas em casa. Havia uma política restritiva para a pessoa obter uma arma para guardar em casa e a promessa eleitoral é que isso seria flexibilizado. A meu ver isso tem que ser cumprido, já que foi parte de uma promessa eleitoral. Mas é algo bem diferente de autorizar as pessoas a saírem armadas nas ruas. Por outro lado, não estamos falando em autorizar porte em casa de armas automáticas, de fuzis. É uma situação diferente da que acontece nos Estados Unidos. Agora, teremos que tomar muito cuidado, e isso eu conversei com o presidente eleito, de permitir que essa flexibilização seja uma fonte de armamento para o crime organizado.

Se houver invasões a propriedades rurais ou ocupação de sem tetos a prédios públicos, como o senhor vai se comportar?
Já existe a lei que protege a propriedade privada. Esses movimentos sociais têm direitos e liberdade de manifestação, de protesto, é algo natural. Mas existem limites para esse tipo de coisa, como invasão, prejuízos à propriedade privada, perturbação da ordem, fechamento de vias públicas com queima de pneus, incomodando as pessoas. Isso não é comportamento aceitável. Isso foge da regra e tem que ser apurado na forma da lei, responsabilizando as pessoas que provocaram danos ao patrimônio. Eles não são inimputáveis.

Se houver discriminação e ataques contra gays, negros, mulheres, quilombolas, o senhor pensa em punir quem levar a cabo essas ações?
Não há nenhuma chance disso acontecer. Não há nenhuma iniciativa de discriminação às minorias. O próprio presidente eleito declarou isso sucessivas vezes e no que se refere ao Ministério da Justiça, em especial, o meu entendimento é que todos têm direito a igual proteção da lei, seja maioria, seja minoria. Eu conheço vários homossexuais, alguns deles são pessoas fantásticas, das melhores que conheço, e não vejo a menor perspectiva de que venham a ser perseguidos.

O senhor ainda tem como meta chegar ao Supremo, que sempre foi seu sonho na carreira de magistrado?
Não existe uma vaga no Supremo. Ela ocorrerá só em 2020. Seria indelicado de minha parte pensar numa nomeação para o Supremo agora.


“Os movimentos sociais têm direito à livre manifestação, mas causar prejuízos à terceiros não é um comportamento aceitável. Eles não são inimputáveis” (Crédito:Divulgação)
O senhor chegou a negociar essa possibilidade com o presidente?
Eu não apresentei nenhuma condição ao presidente eleito. A questão foi levar a ele uma pauta para ver se tínhamos convergências e, no que se refere às divergências, se elas seriam razoáveis.

O senhor prefere a Justiça ou pretende ser candidato a presidente da República em 2022?
Não existe candidatura a presidente. Eu prometi e já fiz declarações expressas de que não ingressaria na política. Esta ida para o ministério foi interpretada por alguns como uma quebra dessa promessa. Mas na minha avaliação, estou indo para o governo para implementar uma agenda anticorrupção e anticrime organizado, num papel eminentemente técnico. Eu não tenho nenhuma pretensão de participar de campanhas eleitorais, de subir em palanque.


https://istoe.com.br/vamos-apresentar-p ... instancia/
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27802 Mensagem por knigh7 » Sáb Nov 17, 2018 6:09 am

Na revista Veja desta semana o Brasil remunera o regime cubano, por médico, em R$11.500,00. Só que os médicos recebem apenas R$3.500,00! 70% fica com o Governo Cubano...

link alternativo da revista Veja digital:

http://rota2014.blogspot.com/2018/11/a- ... astia.html
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27803 Mensagem por Túlio » Sáb Nov 17, 2018 12:10 pm

knigh7 escreveu: Sáb Nov 17, 2018 1:56 am
Será que o eleitorado do Bolsonaro (e não do falso eleitor :wink: ) n o qual eu me incluo, já não está calejado com o longo tempo da crise econômica e acha que ele vai tirar o coelho da cartola fazendo esse país crescer bem já no proximo ano? Ele prometeu?
Mas aí é que está, cupincha véio: de ti eu não duvido, eis que já eras militante anos antes de eu finalmente descer do muro (mas, como o fiz pelas razões certas, e que já expliquei mais de uma vez, não vou mudar fácil, se é que ainda tenho como mudar); a treta são os milhões de outros que "acordaram" mais ou menos ao mesmo tempo que eu. NÓS fizemos a diferença, mas temo que grande parte pelas razões ERRADAS! Tem gente que pelo jeito ignora voluntariamente que terá de fazer sacrifícios no ano que vem, e podem não ser tão leves assim: ficarão de boa e aceitarão sua cota como um INVESTIMENTO ou sairão às ruas para tocar o horror JUNTO COM OS PUTISTAS E MORTADELAS?
knigh7 escreveu: Sáb Nov 17, 2018 1:56 am O Bolsonaro não tem medo de mexer na bost@, seja por coragem, seja por não rabo preso, não importe o quanto cheire mal (além dele ser direita) o que é uma das raras qualidades num político. Vão ser pelo menos 4 anos de mimimi, rasgação de calcinha nas universidades públicas, dos gostosões do NOVO criticando, de toneladas de esquerdistas dizendo "se arrependeram de votar no Bolsonaro" :roll: , a Folha de S. Paulo noticiando que o governo dele vai acabar,etc etc.
E mais terabytes de mimimis na internet. Mas o Bolsonaro vai tocar a agenda dele...

Obs: com certeza o DataFoice e o IBOPE vão apontar extrema queda de popularidade do Bolsonaro (aliás, será que já não estão apontando?).
Aí temos uma coisa que já está sendo notada: a eleição foi indiscutivelmente ganha NA WEB (que inclusive nos levou às ruas desde 2013), a despeito de todo o esforço da mídia dita "tradicional" em tentar eleger até o diabo em pessoa, desde que não fosse o atual Presidente Eleito. E o que vemos? Bolsonaro cortejando abertamente a quem tentou prejudicá-lo do jeito que pôde, por mais mentiras que espalhasse (e NÓS é que éramos os propagadores PAGOS de fake news, lembras?), e não teve, mesmo unida, a força que NÓS mostramos ter, ou seja, a mesma "mídia tradicional". A última live (web, ou seja, falando conosco, os que apóiam) foi em 09/11: quantas entrevistas e coletivas para quem é abertamente hostil foram dadas até agora? Não dá para NÃO notar coisas assim...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27804 Mensagem por P44 » Sáb Nov 17, 2018 12:43 pm

Tomem cuidado, não vá algum médico comunista brasileiro salvar-vos a vida :twisted: pelo sim pelo não, mais vale morrer.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27805 Mensagem por P44 » Sáb Nov 17, 2018 12:47 pm

knigh7 escreveu: Sáb Nov 17, 2018 12:41 am
Bolovo escreveu: Sex Nov 16, 2018 8:12 pm
Portugal contrata os mesmíssimos médicos cubanos desde 2009 justamente pela falta de médicos portugueses nos rincões do país,
São apenas 87 médicos cubanos trabalhando em Portugal...
Não sei como é agora, mas até às poucos anos muitos portugueses iam a Cuba para serem operados à vista, pois os médicos cubanos eram considerados dos mais avançados do mundo nesse aspecto. Suponho que todos fossem militantes do PCP, óbvio que pessoas normais prefeririam ficar cegas a ser operadas por tais demónios cruéis comedoras de criancinhas ao pequeno almoço.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27806 Mensagem por P44 » Sáb Nov 17, 2018 12:50 pm

knigh7 escreveu: Sáb Nov 17, 2018 6:09 am Na revista Veja desta semana o Brasil remunera o regime cubano, por médico, em R$11.500,00. Só que os médicos recebem apenas R$3.500,00! 70% fica com o Governo Cubano...

link alternativo da revista Veja digital:

http://rota2014.blogspot.com/2018/11/a- ... astia.html
É quem é que gastou recursos na educação deles? Ah pois.

Mas que safoda a saúde das pessoas, importa é ter razão!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27807 Mensagem por Túlio » Sáb Nov 17, 2018 1:16 pm

P44 escreveu: Sáb Nov 17, 2018 12:50 pm
É quem é que gastou recursos na educação deles? Ah pois.

Mas que safoda a saúde das pessoas, importa é ter razão!
Prepe véio, aqui boa parte de quem se forma, inclusive em Medicina, é igualmente custeada pelos meus impostos. Mas, ao trabalharem, o governo não lhes come 3/4 do subsídio para custear as faculdades e bolsas de estudo, isso cabe ao PAGADOR DE IMPOSTOS aqui, esse perro véio que volta e meia manda todes pó qua-rrrrrailhe. :lol: :lol: :lol: :lol:

Aliás, eis uma FALÁCIA ESCANCARADA e aceita por todo mundo aqui no Brasil, que é "Médico nenhum sai da cidade grande pra pegar vaga nos cafundós". Quá, os salários oferecidos pelas prefeituras de cidades pequenas é uma merreca, tipo 2, 3 mil e isso se for um ano bom, a safra deu legal! Bota edital a BRL 11.500 por mês (custo de um PARAmédico Cubano) e vamos ver se não vai ter fila de Médico querendo atender em Coronel Bicaco ou no Passo do Inferno... :lol: :lol: :lol: :lol:
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27808 Mensagem por Sterrius » Sáb Nov 17, 2018 1:31 pm

o salário pago no interior aos médicos varia muito. A casos em que realmente o salário é baixo, outros onde o salário é realista pra um país que não deveria estar pagando 10-20mil por profissionais de saúde. E outras onde paga-se melhor do que ele teria em qualquer capital.

Mas o que pesa de verdade é a limitação do interior. No shopping, internet se tiver é bonus, sem cinema, sem vida noturna, etc.
E tb pesa a falta de estrutura. Médico brasileiro fora os de Emergencia Médica não são +treinados a tratar pacientes sem maquinas e remédios. A medicina preventiva e natural que é a unica opção pra muitas dessas famílias é vista com desdém por muitos. Então preferem nem ir achando que não farão a diferença, sendo que fazem mta mesmo que tenha só um estetoscópio e panos limpos como coisas +caras a se utilizar.


Quanto a ter que servir ao país se tiver curso pago com dinheiro público. A ideia não é ruim e não considero absurdo. Mas a de se ter um prazo limitado e não muito alto. (max 2-3 anos que seria +- o tempo que ele pagaria o curso fosse dado o salário de mercado).
A diferença de Cuba é que o prazo é eterno. Ele trabalhará pro Estado até a sua aposentadoria. Por isso configura-se a exploração.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27809 Mensagem por Túlio » Sáb Nov 17, 2018 1:41 pm

Sterrius escreveu: Sáb Nov 17, 2018 1:31 pm o salário pago no interior aos médicos varia muito. A casos em que realmente o salário é baixo, outros onde o salário é realista pra um país que não deveria estar pagando 10-20mil por profissionais de saúde. E outras onde paga-se melhor do que ele teria em qualquer capital.

Mas o que pesa de verdade é a limitação do interior. No shopping, internet se tiver é bonus, sem cinema, sem vida noturna, etc.
Não sei de QUAL interior estás falando, cupincha: o meu RS deve ser o terceiro ou quarto maior usuário de Médicos estrangeiros (tanto que citei duas localidades daqui onde se fazem presentes) no Brasil e que, mesmo pequenas (mas com internet), ficam a menos de 30 km de localidades maiores, com intensa vida noturna e Shopping (com cinema). Bota um Médico com 11,5 mil de inicial e vamos ver se não conseguem comprar um carro pra ir à farra logo que a carteira estiver assinada... :lol: :lol: :lol: :lol:

A treta é BEM outra: se é Brasileiro, faz concurso na prefeitura e recebe o que ela pode pagar SOZINHA (merreca, tipo os citados 2, 3k para quem ralou por anos e anos); se é pra botar verba FEDERAL (11,5k), por que não para Brasileiros?
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#27810 Mensagem por Bourne » Sáb Nov 17, 2018 2:05 pm

É mais profundo. Tem muito mais coisas por trás. Não tem nada a ver com ser pequena, mas perspectivas profissionais e custos intangíveis de ir para um lugar que não tem ligação sentimental ou familiar.

Os médicos não vão para interior porque entravam a carreira e vida pessoal. Simples assim. Pode pagar os míticos R$ 10 mil ou mais. Porém as regiões são pobres (ou periferia violentas) que tem mercado privado limitado, não trás fama e reconhecimento entre os colegas, se der alguma problema por falta de material ou negligência quem responde o processo é o médico. Além do custo intangível de mudar para interior e regiões não tem ligação sentimental ou familiar, falta de colegas qualificados, contatos e oportunidades de crescimento profissional.

Aliás, conheço um monte de médicos que passaram nesses concursos em cidades boas e nem apareceram para assumir a vaga. Entre os motivos eram tantas horas, não tinha como complementar a renda e desconfiavam da prefeitura em relação a estrutura. A saída de longo prazo é formar médicos nas populações locais que tenham ligação com região. Ainda assim, nada garante que sejam seduzidos pelo ambiente que vão conhecer.

Assim como muitos jovens doutores dizem não para as novas universidades do interior. O salário é igual a qualquer universidade federal, plano de carreira formal idem. O não veio porque eles não tem estruturas, não tem quadros, não tem dinheiro e perspectivas bem ruins frente a crise atual que se desenhava desde 2014. E olhem os concurso desses lugares é vazio. O pessoal até se inscreve, mas não vai. Porque calcula os custos elevados, a perspectiva de enterrar a carreira com impacto profissional e financeiro. Assim, como a irmã de um amigo, que prefere ser eterna posdoc na Unicamp em geologia com os ganhos de aulas de MBA e consultorias para empresas do que ir para interiorzão.

No meu caso, sou dotozinho da usp, antes vinha um monte de convites para participar de concursos no interior (UFFS em Laranjeiras do Sul-PR, Unipampa em Santana do Livramento-RS, UFOP em Ouro Preto, entre outras). Disse não pelos motivos acima. Já me chamaram para trabalhar na UEPG (terra do Operário de Ponta Grossa :mrgreen: :lol: ) e disse não. Porque não tem perspectiva. Prefiro ficar pilotando meu mercedão e tentando ir nas caranguejadas dos empreiteiros. Quem sabe uma copel, Sanepar ou Fomento Paraná no futuro próximo.
Trancado