Reforma já
Brasil 30.10.18 10:19
Jair Bolsonaro tem de aprovar o quanto antes a reforma previdenciária.
Os economistas consultados pelos jornais repetem mais ou menos a mesma coisa.
https://politica.estadao.com.br/noticia ... 0002573223
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... ista.shtml
José Márcio Camargo:
“O sinal de que vai ser aprovado precisa ser dado nos três primeiros meses, na pior das hipóteses (…). Se não fizer, todo o resto vai por água abaixo. Há um déficit primário de 2% do PIB e um déficit nominal de 6%, 7% do PIB. A dívida pública cresce rapidamente. E teto de gastos não se sustenta sem a reforma. Em 20 anos, 100% do Orçamento será usado para pagar aposentadorias. É insustentável.”
Maílson da Nobrega:
“Jair Bolsonaro terá de enfrentar três desafios importantíssimos neste início de governo. O primeiro é o risco de insolvência fiscal do Estado. Ele terá de conter o crescimento da dívida em relação ao PIB de maneira emergencial e, para isso, deverá aprovar a reforma da Previdência logo. Se em até seis meses a questão da Previdência não estiver colocada, prevejo uma reação muito ruim do mercado e dos investidores externos”.
Raul Velloso:
“Você tem um déficit muito grande, com um gasto obrigatório muito grande, e não há uma solução muito simples. É preciso ver o que vão anunciar. Eu acredito, e vendo sinais do próprio entorno do Bolsonaro e do Paulo Guedes, que eles não vão colocar muita carga no governo que está acabando para tentarem aprovar a reforma da Previdência no apagar das luzes.”
Rubens Ricupero, ex-ministro do Meio Ambiente entre 1993 e 1994 e ex-ministro da Fazenda em 1991:
“De modo geral, será equilibrar as contas públicas. Essa é a principal questão a ser enfrentada no primeiro ano de governo.
O déficit já chega a 7,5% do PIB, e a dívida pública segue crescendo. Ele vai ter de dar prioridade às reformas, tanto a tributária, quanto da Previdência e também da política. Eu não saberia nem ao menos dizer qual a mais importante, apenas que são, as três, urgentes. O que me preocupa diante disso tudo é que não sabemos exatamente o que ele e sua equipe estão pensando. As ideias não são claras e não foram debatidas, de modo que a sensação que eu tenho é que estamos dando um passo no escuro. No geral, não estou otimista.”